quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Um Presépio Japonês


Catedral de Santa Maria, Tóquio

Foto: guen-k

Um presépio japonês
 Guilherme d'Oliveira Martins

À Memória do João Bénard da Costa



Naquele dia de outono, Quioto estava na plenitude da sua beleza. O Pavilhão de Prata, o Ginkaku-ji, apagava-se diante da natureza pujante. Percebíamos que o importante não era o facto de a prata nunca ter sido colocada para tornar o edifício mais espetacular. Tudo se passava, afinal, como se apenas faltasse um espelho, pois o essencial era o jardim e a ordenação magnífica da natureza. E é a memória do xógum Yoshimasa, no distante século XIV, que está presente, a partir da recordação de seu avô, o qual num gesto de suprema audácia, cobriu de folha de ouro o surpreendente Kinkaku-ji… Ali, porém, naquele momento, mais do que a prata ou o ouro, estava a natureza em toda a sua intensidade. E talvez a ausência da prata pudesse ter sido um desígnio dos deuses, para que as árvores e as plantas pudessem tornar-se mais evidentes na sua magnitude. Era o tempo do momiji, em que a natureza culta, domada pelo ser humano, é dominada pelas folhas escarlate, como se fossem flores. Deambulámos pelos caminhos do jardim, contámos as suas pedras, deslumbrámo-nos com os musgos tratados, com as águas, com os lagos, com os jardins secos, com o saibro riscado ou a terra cuidadosamente penteada a representar ilhas, oceanos e os rios da vida. E caminhámos pela via dos mestres. Foi então que, naquela peregrinação singular, encontrámos em amena conversa, nesse caminho que nos leva a Namzen-ji, um monge budista e um clérigo cristão. Com surpresa, ouvimos o diálogo de quem se assumia ora como mestre ora como discípulo.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

“Bags of Books” é uma editora sedeada na Gafanha da Nazaré

"Meu Amor"

Segundo noticiou o Diário de Aveiro, foi criada na Gafanha da Nazaré uma editora de livros ilustrados, a “Bags of Books”. Trata-se de um projecto do ilustrador e designer Francisco Vaz da Silva, que afirmou àquele jornal que as edições se destinam a crianças e adultos. O primeiro livro, “Meu Amor”, foi feito com ilustrações em tecido pela autora, a italiana Beatrice Alemagna.
Desejamos a Francisco Vaz da Silva os maiores êxitos editoriais, a partir da nossa terra.

Dois mil e Deus



Por Octávio Carmo

Que 2011 chegue em festa, como uma página em branco que Deus nos coloca diante das mãos, para preenchermos com as marcas do melhor que existe em nós


2010 chega ao fim e volta em nós este sentimento de impotência perante a inexorabilidade do tempo, as tantas expectativas que ficaram por cumprir, as surpresas, o sabor amargo de uma crise que, em muitos momentos, apagou do mapa toda e qualquer boa notícia que cada dia pudesse trazer consigo.

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“Casa dos Vizinhos” abre no Porto



 
Li e gostei do que li. No Porto, na freguesia da Paranhos (Há anos, o pároco afiançou-me que é a maior freguesia de Portugal) abriu a “Casa dos Vizinhos”, obviamente para envolver as pessoas umas com as outras, rua a rua, combatendo problemas, procurando soluções, derrubando “muros” como a indiferença, o abandono e a solidão.
O mundo em que vivemos é, realmente, um mundo sem alma. Como prova disso, aí temos, na mesma rua ou prédio, pessoas que não se conhecem nem se saúdam quando se cruzam. O espírito de vizinhança dos tempos da minha meninice, em que se emprestava um ovo para a ceia ou um fósforo para acender a lareira, já lá vai. Mas seria bom que os vizinhos se olhassem mais uns aos outros.

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Sem-abrigo a nossa vergonha


A comunicação social ainda fala hoje das refeições quentes que foram oferecidas aos sem-abrigo e outros famintos do nosso país. Um dia destes até houve feijoada servida no Metro. Estou em crer que, daqui a uns dias, com os preparativos para a passagem do ano, que deve movimentar milhões em festas para toda a gente de posses e até remediados, poucos se lembrarão dos dois milhões de pobres que vivem entre nós. E prega-se tanto que o Natal devia ser celebrado todos os dias do ano. Pois é… Por enquanto lá o vamos celebrando uns diazitos dos 365 que o ano tem…

Navio-escola Sagres já regressou

Sagres
O navio-escola Sagres já regressou da viagem de circum-navegação, à qual se associou a Câmara Municipal de Ílhavo, que aproveitou, por esta forma, a excelente oportunidade de promover, além fronteiras, os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”. Associação dos Industriais do Bacalhau foi parceira da CMI nesta aposta, fornecendo todo o bacalhau que fez as delícias da Tripulação e dos Convidados das recepções oficiais oferecidas pelo navio-escola Sagres.

Gustave Eiffel morreu neste dia, em 1923

Gustave Eiffel


Alexandre Gustave Eiffel (Dijon, 15 de Dezembro de 1832 — Paris, 27 de Dezembro de 1923),  foi um engenheiro francês que participou na construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e da Torre Eiffel de Paris. Também viveu em Portugal, onde montou ateliê e projectou pontes, nomedamanete, a de D. Maria Pia, Dupla de Viana do Castelo,  Ferroviária de Barcelos e, ainda, o Mercado de Olhão. É óbvio que a sua obra mais célebre será a Torre Eiffel, que  foi construída entre 1887 e 1889, em Paris, para a Exposição Universal de 1889, sendo hoje o símbolo da capital francesa. Actualmente possui 325 metros (adicionada a altura das antenas que possui). Na época de sua construção tinha aproximadamente 7 300 toneladas de ferro e hoje em dia tem aproximadamente 10 000 toneladas.

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Oportunidade histórica

«Os homens crescem mais nas tormentas que na bonança. Por isso vivemos hoje uma ímpar oportunidade histórica: podemos finalmente dar o salto que falta para nos confirmar no ritmo do futuro.» Concordo. Em vez de nos lamuriarmos, há que inventar oportunidades para singrar na vida. Leia aqui.

domingo, 26 de dezembro de 2010

José Estêvão nasceu neste dia, 26 de Dezembro


José Estêvão, grande parlamentar português e um aveirense ilustre, nasceu neste dia. A nossa região, incluindo a Gafanha da Nazaré,  muito ficou a dever a este político, pela sua intervenção em defesa dos nossos interesses. 

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 217

PELO QUINTAL ALÉM – 53



A OLIVEIRA

A
todos e cada um de vós
que espreitais este quintal

Caríssima/o:

a. “Verde foi meu nascimento
E de luto me vesti
Para dar a luz ao mundo
Mil tormentos padeci.”

Foi com esta adivinha e com as imagens dos livros de leitura das primeiras classes da escola primária que me familiarizei com a oliveira e a azeitona. Aliás esta era manjar e conduto para refeição “festiva”, mas só nesta altura soube que era à oliveira que se ia apanhar.
Lembrando-nos do empenho da Tia Albina que desejava uma oliveira junto do portão de entrada da casa, como sinal de Paz, houve mais do que uma tentativa da nossa parte mas as oliveiras não gostam da sombra das outras árvores e ficam tristes... A que o senhor Valentim ofereceu tarda em crescer!...

e. É possível que medrasse com dificuldade a oliveira, em algum quintal da Gafanha, e até teimasse mostrar algumas azeitonas (verdes e azedas) que para nós eram balas polidas para os nossos tiroteios, os marotos!

i. É uma árvore que raramente ultrapassa os dez metros de altura ... Porém, as raízes poderosas e compridas podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

o. O azeite, quem o não sabe?, é óleo indispensável e insubstituível na culinária. Também possui propriedades diuréticas, laxantes e emolientes.
Não é hábito falarmos da arte do albitário mas hoje gostaria de vos dar uma dica que se poderá revelar muito útil nestes tempos de voltar às origens. É assim: quando um galináceo aparecia com gogo, a Tia Maria José sentava-o no colo, abria-lhe o bico e... aí vai disto, despejava uma colherada de azeite pelas goelas abaixo da ave que melhorava e, e mais tarde, (quem sabe se por virtude da qualidade do óleo...) dava uma rica canja.

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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