segunda-feira, 13 de julho de 2009

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré: obras de remodelação continuam

Obras no Centro Cultural

Inauguração provavelmente em Janeiro

As obras de remodelação do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré continuam. Hoje passei por lá e registei a azáfama que por ali anda, no sentido de nos oferecer um espaço cultural mais amplo e mais funcional. Também, obviamente, com mais dignidade. A garantia que há aponta para a sua inauguração no primeiro trimestre de 2010, provavelmente ainda em Janeiro, inserindo-se, assim, nas festas comemorativas do centenário da freguesia.

A Campanha do Argus em Roterdão

Museu de Roterdão

.Foi inaugurada no passado dia 4, no Museu Marítimo de Roterdão, a exposição "A Campanha do Argus", mostra itinerante do Museu Marítimo de Ilhavo, que assim se internacionaliza, com outras exposições, que irão decorrer em Espanha e Canadá. O Museu Marítimo de Roterdão é um dos mais visitados da Europa.

Foto de Afonso Duarte

domingo, 12 de julho de 2009

Diocese de Aveiro com mais um presbítero e seis diáconos permanentes

Na Sé de Aveiro
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Crê o que lês;
ensina o que crês;
e vive o que ensinas
Participei hoje, na Sé de Aveiro, na ordenação de um presbítero e de seis diáconos permanentes, em cerimónia presidida por D. António Francisco dos Santos. Com o templo repleto de fiéis, vindos um pouco de toda a diocese, em especial das paróquias dos ordinandos, senti que a Diocese vai ficar mais rica para enfrentar os desafios pastorais do futuro. Ali estavam pessoas de Nossa Senhora da Assunção de Espinhel, S. Miguel de Oliveira do Bairro, S. Tiago de Vagos, Santo António de Vagos, Nossa Senhora do Bom-Sucesso e de S. Paio da Torreira e de Santa Marinha de Avanca. Experimento sempre alguma emoção em cerimónias destas, ao confrontar-me com testemunhos, concretos, de pessoas que assumem, com a radicalidade da sua entrega, o serviço de anunciar e viver a Boa Nova de Jesus Cristo, aos homens e mulheres do nosso tempo. Jovens e menos jovens aceitam o desafio de não se deixarem seduzir pelas interpelações de um mundo sem Deus ou à margem de Deus, dando-se em plenitude à Igreja e aos seus projectos de construir uma sociedade alicerçada na verdade, na justiça, na liberdade, na paz e no amor. Partindo do princípio de que é preciso construir o “bem comum” para um “mundo melhor”, o Bispo de Aveiro pediu aos que iam ser ordenados que fossem “humildes, constantes e generosos”, nesta igreja diocesana que tem de ser “formadora da fé e construtora da esperança”, em “espírito de comunhão, com bispo, presbíteros, diáconos permanentes e leigos”. Referindo que a ordenação de um presbítero constituiu, entre nós, o “primeiro momento do Ano Sacerdotal”, D. António recomendou a todos os presentes que sensibilizassem “as comunidades cristãs para a importância deste ministério ordenado”, enquanto lembrou o Santo Cura de Ars, que o Papa Bento XVI nos apresenta como modelo para este ano. No ritual da ordenação dos diáconos permanentes, na altura da entrega dos Evangelhos, há uma frase que sintetiza, de forma expressiva, um programa de vida muito rico: “Crê o que lês; ensina o que crês; e vive o que ensinas.” Para os diáconos permanentes, mas também para os presbíteros, para os bispos e para os leigos. O Bispo de Aveiro ainda manifestou votos de louvor para todos os que trabalharam, “generosa, dedicada e assiduamente” para que este dia acontecesse. FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 139

BACALHAU EM DATAS - 29
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GIL EANES
Caríssimo/a: 1924 - «No início de Janeiro de 1924, é fundada a Empresa Portugália, L.da e a Empresa de Pesca Bons Amigos, L.da. A Companhia Aveirense de Navegação e Pescas, em liquidação, vende todos os seus bens: a sede, o rebocador VOUGA, entre outros bens.» Oc45, 86
«Em 1924 o número de embarcações da frota bacalhoeira atinge as 65 . As capturas passam de valores inferiores a 2.000 toneladas de bacalhau para mais do dobro e o número de dóris ultrapassa os 2.000.» HPB, 76
«Outras vezes a pesca não chegava para as despesas. Diz Mário Moutinho, “quando foi à Terra Nova a maior frota desta época, a média de capturas não ultrapassou 100 toneladas por barco. Esta média manteve-se nos 20 a 25 e chegou mesmo a ser inferior em anos anteriores”.» Oc45, 88
1925 Dez 14- «Decreto do governo n.º 11.351 que se orientava para o desenvolvimento da frota e para a formação profissional do pessoal técnico dos estaleiros e oficinas de construções navais, a realizar na nova Escola de Construção Naval de Lisboa a qual nunca viria a ser construída. ... Este Decreto propunha a criação de um prémio de construção para os navios destinados à pesca do bacalhau que fossem construídos segundo os planos fornecidos pela Direcção da Marinha Mercante ou por ela aprovados... Não parece que estas medidas tivessem resultado, pois nos 10 anos seguintes apenas foram construídos 5 navios.» HPB, 73/74
1926 - Substituição do primitivo estaleiro da Gafanha por outro, situado mais para sul, pertença do mestre Manuel Maria Bolais Mónica. Aquele primeiro estaleiro, situado na margem esquerda da Ria, foi fruto da transferência, no séc. XIX, dos estaleiros localizados na Cale de S. João, em Aveiro, ocasionada pela subida dos fundos do canal da vila.
«Em 1926, pela primeira vez, pesca-se mais de 7.000 toneladas, assistindo-se a partir de então a uma quebra de produção.» HPB, 76/77
1927Abr08 - «O Decreto n.º 13.441 é sem dúvida a primeira peça fundamental da organização da indústria bacalhoeira promovida pelo Estado Novo, os assuntos tratados são muito variados, demonstrando uma visão globalizante dos problemas.» HPB, 74
«No art.º 27 do Decreto n.º 13.441 determinava-se que o Ministério da Marinha organizaria o serviço de assistência aos pescadores nos bancos da Terra Nova e promoveria estudos técnicos e científicos realivos à pesca do bacalhau. Neste quadro foi o «GIL EANES» à Terra Nova ainda em 1927.» HPB, 75
Finalmente o «GIL EANES»!... E falar em «GIL EANES» é falar em assistência aos bacalhoeiros; e pese embora todas as críticas e suspeições (e bem fundamentadas!) a outras atribuições do barco de apoio, temos de convir que foi positivo o seu “bem-fazer”! Será caso para dizer: tardou mas chegou!
Manuel

Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré

No jardim anexo à Alameda Prior Sardo, decorreu ontem, dia 11, o Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, com a participação do Orfeão da Feira, do Rancho Folclórico e Etnográfico de Arzila, Soure, do Grupo Etnográfico "Os Esparteiros de Mouriscas", Abrantes, do Centro de Recreio Popular de S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, e do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organizou o festival. Aqui deixo um registo desta festa de raízes populares, tão de agrado do nosso povo.

sábado, 11 de julho de 2009

Ossos de São Paulo vêem a luz do dia

«São velhos e poeirentos mas iluminam uma história com mais de 2 mil anos. No dia 28 de Junho, Bento XVI aproveitou a missa dominical em Roma para fazer um anúncio. As análises a um esqueleto enterrado nas catacumbas da Basílica de São Paulo, em Roma, pertencem a um homem que viveu entre o século 1 e 2. "Parecem confirmar a unânime e incontestável tradição de que são os restos mortais do apóstolo Paulo", declarou o papa alemão. "Esta descoberta comove-nos profundamente."»
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MINISTRA DA SAÚDE: Uma ministra eficiente, competente e simpática

Ana Jorge
A ministra da Saúde, Ana Jorge, é o exemplo mais evidente do governante atento, simples, simpático, eficiente, competente. Pela sua resposta pronta em questões urgentes, pela sobriedade, pelos conselhos oportunos e pela disponibilidade total para o esclarecimento na hora própria merece o meu destaque. É a ministra certa no lugar certo. Talvez por ser médica. Talvez por ser mulher. Talvez por ser simples. Talvez por ser uma pessoa sensível. Por todas as razões, afinal. Se calhar, por não ser política de carreira.

EM BUSCA DE SENTIDO

Há hoje uma forte corrente científico-filosófica para a qual entre o Homem e os outros animais a diferença é apenas de grau. Continuo a pensar que ela é qualitativa. Como mostrou o filósofo Pedro Laín Entralgo, a via mais adequada de acesso à comparação entre o Homem e o animal é a conduta humana observável. Entre todos os seres da Terra, só o Homem é livre - Kant sugeriu que a liberdade é o divino em nós -, e, assim, responsável e moral, só ele tem a capacidade de razão abstracta, de autoposse, só ele se sabe sujeito de obrigações para lá das instâncias meramente instintivas, só ele pode sorrir, só ele é animal simbólico e simbolizante, só ele é capaz de amor de doação, o animal também sabe, mas só o Homem sabe que sabe, só ele é capaz de autoconsciência, de linguagem duplamente articulada, de sentido do passado e do futuro, de promessas, de criação e contemplação da beleza, de descida à sua intimidade e subjectividade pessoal, só ele sabe que é mortal e gasta tempo com os mortos e espera para lá da morte, só ele pergunta e fá-lo ilimitadamente, só ele cria instituições jurídicas e compõe música, só ele tem de confrontar-se com a questão da transcendência e do Infinito... Evidentemente, as investigações etológicas, bioquímicas, da genética e das neurociências constituem hoje talvez o maior desafio alguma vez lançado a uma concepção verdadeiramente humanista, por causa da tentação de reduzir o humano a uma explicação no quadro exclusivo do zoológico e bioquímico. De qualquer forma, ao ser humano reflexivo impor-se-á sempre a subjectividade própria, pois a ciência objectiva só existe para e a partir do sujeito. Por mais que objective de si, o sujeito humano deparará sempre com o inobjectivável, já que a condição de possibilidade de objectivar é ele mesmo enquanto sujeito irredutível. O Homem enquanto sujeito transcenderá continuamente a explicação das ciências objectivantes. Aliás, sem esta diferença essencial, o Homem não poderia exigir respeito e reconhecimento pela sua dignidade. Outra característica sua essencial é a busca de sentido. Enquanto os outros animais aparecem praticamente feitos, o Homem nasce prematuro, por fazer, e tem de fazer-se. Daí a pergunta: fazer-se como e para quê, com que meta e objectivo? Dizemos que algo não tem sentido - uma frase, ou discurso, por exemplo -, quando os seus elementos surgem sem organização, sem fio condutor. O sentido tem, pois, a ver com uma totalidade harmónica, com significado. Recentemente, os jornais faziam-se eco da preocupação das autoridades inglesas porque uma percentagem elevada de jovens (10%) se queixa do vazio existencial, sentindo a vida como insignificante e não valendo a pena. Investigadores sociais e psiquiatras não têm dúvidas de que o vazio e a frustração existencial são uma das causas maiores dos desequilíbrios do Homem contemporâneo. Não faltam investigações científicas que mostram que a carência de sentido está frequentemente na base da dependência da droga, do alcoolismo, da criminalidade, do suicídio. Outras investigações chegam à mesma conclusão pela positiva: há, por exemplo, conexão entre a prática de uma religião e o sentimento de felicidade e uma vida mais longa. Entre as razões para essa ligação está precisamente o facto de a dimensão espiritual ajudar a fixar um sentido para a existência: quem vive e vê a sua vida integrada numa totalidade com sentido e sentido último resiste mais e melhor também em termos físicos e mentais. O Homem é por natureza o ser da transcendência: nunca se contenta com o dado e está sempre para lá de si e de toda a meta alcançada. Vive inclusivamente um desnível insuperável entre o que faz e realiza e a aspiração inesgotável a realizar-se sempre mais. Vai, portanto, caminhando de sentido em sentido, mas só encontraria satisfação total no Bem Sumo enquanto sentido de todos os sentidos, isto é, o sentido último e global. Aí está a razão por que não pode deixar de pôr a questão de Deus, independentemente da resposta que lhe dê, pois ela é intrínseca ao dinamismo do ser Homem. Anselmo Borges
In DN

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Prevenir a saúde

1. É a tendência humana que também nos diz que na hora da doença apreciamos mais a saúde e cuidamos dela como antes não lhe havíamos dedicado tanta atenção... Efectivamente, nas horas de aflição e de receios somos mais apreciadores dos pormenores do dom da própria vida e valorizamos mais as medidas de prevenção a ter continuamente. A direcção geral de saúde tem acompanhado o evoluir da situação no que se refere à gripe A. O site http://www.dgs.pt/ apresenta-se como uma fonte de informação oportuna. Nem gerar pânicos nem ocultar a informação importante tem sido o lema fundamental. Uma pedagogia social tem-se revelado importante nesta aproximação ao período de férias, tanto no sentido de evitar possíveis alarmismos como para formar nos cuidados fundamentais de saúde pública.
2. A natureza – na própria transformação do vírus da gripe A – vai alertando tanto a nossa capacidade de resistência à mudança como na dimensão cuidadora e respeitadora da vida. A mobilidade mundial das populações, que no tempo veraneante se multiplica, fazem sentir a urgência de reforçar todos os alertas em muitos cuidados que, afinal, deveriam de ser mais permanentes. Muita informação (será que chega?!), mesmo para os mais desatentos tem procurado sensibilizar para gestos tão simples como o saber tossir ou o saber lavar e desinfectar as mãos. Afinal, preocupações a ter não só nas vésperas da gripe A como nos hábitos diários de todos.
3. A direcção geral de saúde e os centros de saúde associados deixam à autonomia das instituições o erguer de referências de prevenção e segurança. Desmistificar o uso das máscaras de protecção, orientar para reuniões de formação e sensibilização para todos, aperfeiçoar gestos tão simples como a lavagem das mãos, também podem ser um exercício cívico de prevenção de que ninguém está dispensado. As coisas simples que nos falam daquela sensibilidade em que um “homem prevenido, vale por dois”!
~
Alexandre Cruz

Bento XVI recebeu Barack Obama

Papa e presidente dos EUA debateram
resultados da cimeira do G8
"Bento XVI recebeu pela primeira vez no Vaticano o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, que concluiu nesta Sexta-feira a sua participação na Cimeira do G8, na Itália. "É uma grande honra para mim, muito obrigado", disse o presidente norte-americano, ao apertar a mão ao Papa, antes de revelar que a cimeira do Grupo dos 8 tinha sido muito "produtiva". "Deve estar muito cansado, depois destes encontros", retorquiu Bento XVI. O encontro entre ambos, na biblioteca privada do Papa, durou 40 minutos. Como era esperado, foram discutidas as "perspectivas de paz" para o Médio Oriente, onde há "convergência" de posições, e outras situações regionais. No centro do encontro, segundo o Vaticano, estiveram os temas da "política internacional", à luz dos resultados da cimeira do G8."
Leia mais aqui, na Ecclesia

Está aí o Verão

Está aí o Verão.
E as férias, o mar, a montanha, as origens, a memória, a família…

Está aí o Verão. E as férias, o mar, a montanha, as origens, a memória, a família. Não se juntam, necessariamente numa grande festa. Mas muitas vezes aproximam-se numa espécie de Natal menos apressado, com tempo para assentar, conviver, recordar e celebrar. Aparentemente sem nada de sagrado. Mas com sentido numa espécie de visita à infância, sem ornamentos do trabalho, da cidade, da política, dos meios herméticos quantas vezes geradores de máscaras para uma espectáculo social ou pódio de prestígio para uma visibilidade respeitável em relação aos outros.
Temos presenciado, de há algum tempo a esta parte, espectáculos perturbadores em matéria de economia, finanças, negócios, política, empreendimentos, sempre aos milhões, com jogos escondidos sem percebermos o que significam as promessas, os contratos, os desvios, corrupções, roubos, manobras de compra, venda, cumplicidade, estratégias de ocultação do que se pretende, embaciamento do olhar do cidadão comum que não se apercebe dos jogos por baixo da mesa e até desconfia da sanidade do seu próprio olhar. Assim, nada é o que parece, embora se diga que em política o que parece é. As acções ou omissões sobre dinheiros, justiça, saúde, educação, tecnologia, manobras empresariais, cobrem-se duma neblina enganosa que, a um tempo deixa ver metade e oculta a outra metade dos factos e das manobras em vários quadrantes. 
A mesa de bilhar parece a grande parábola dos poderes. Um toque, aparentemente simples, leva efeito, direcção, sequência, recolocação, vitória ou suicídio. É um jogo complexo, escondido na inteligência e habilidade de quem desfere um impulso débil numa bola fria e indiferente. Há gestos com destino de glória ou de humilhação. Directos, públicos, claros,
registados, repetidos, interpretados por críticos com pouco pudor mas que sabem escandalizar-se, rasgar as vestes, invocar a moral, dizer-se, finalmente, civilizados. E que espalham o seu olhar à sociedade que exorciza tabus, vive opulentamente das públicas virtudes e vícios privados. Que esmaga impiedosamente quem desconhece ou transgride as regras. Ai de quem tem a infelicidade de cair nesta armadilha. E, todavia, a transparência continua a ser a virtude primeira da relação humana. Que se explicita no tempo gratuito e sereno das férias. Mas que diz respeito ao todo pessoal e social. A mentira não é boa regra para nenhum quadro de vida.

António Rego

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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