quarta-feira, 4 de março de 2009

AVEIRO ANTIGO em fotografias

De 7 de Março a 5 de Abril

Aspecto da Ponte Praça, que foi inaugurada em 25-5-1952

Exposição na Galeria dos Paços do Concelho

No âmbito das Comemorações Aveiro2009, a Exposição de Fotografia Aveiro Antigo é constituída por 23 fotografias de Aveiro nos séculos XIX e XX, todas pertencentes ao espólio do Município de Aveiro. A Exposição poderá ser visitada de terça a domingo, das 14 às 19 horas, na Galeria dos Paços do Concelho. Tem entrada livre. Fonte: "Site" da CMA

terça-feira, 3 de março de 2009

TINHA SIDO O GALÃ DA ALDEIA

Na sua juventude tinha sido o galã da aldeia. Vestia bem e apresentava-se com dignidade. Bem falante e de boa figura, era alvo das atenções onde quer que estivesse. Tinha o seu emprego estável e era competente. Depois, de um dia para o outro, por razões que desconhecemos, começou a beber e a desleixar-se. A partir daí foi o fim. Qual farrapo humano, deambula por aqui e por ali, de taberna em taberna. À noite recolhe-se à sua barraca. Os primeiros amigos, os da juventude, esqueceram-no ou ignoraram-no. Os amigos de hoje, se os tem, vivem, na sua maioria, os mesmos objectivos, sempre alimentados estes pelo copo de tinto ou branco, conforme as circunstâncias. Os outros amigos, os que não bebem, bem tentam recuperá-lo e ajudá-lo, mas pouco têm conseguido. A queda na escala social e a degradação provocada pelo álcool aniquilaram o indivíduo. O farrapo humano, completamente desligado e desinteressado da vida, continua, apesar de tudo, um ser humano com corpo e alma. Continua nosso irmão. Vamos mesmo tratá-lo como tal?
Fernando Martins
Publicado no TIMONEIRO, Fevereiro de 1990
NB: Revisitei números antigos do TIMONEIRO e neles encontrei textos que se tinham varrido da minha memória. Alguns, por um ou outro motivo, aqui serão publicados. Talvez pela sua flagrante actualidade.
FM

ÍLHAVO: I Seminário Náutico do Município

Vai realizar-se o I Seminário Náutico do Município de Ílhavo, no dia 13 de Março 2009, numa perspectiva de partilhar as primeiras actividades deste novo Fórum, conhecer programas desenvolvidos pelas Federações de Canoagem, Natação e Vela, assim como experiências de associações náuticas da Galiza, usando o espaço único do Museu Marítimo de Ílhavo. Esta realização é um contributo para a dinamização das actividades náuticas, elemento de valorização de Ílhavo, da Região de Aveiro e de Portugal.

Há quanto tempo não se confessa?

"É a segunda vez que me encontro com este monge beneditino de Munsterschwarzach, chamado Anselm Grun. A primeira foi num desconcertante livro sobre Deus e o sofrimento, com uma luta leal entre os dramas humanos e a sábia providência de Deus. Desta vez, na livraria, olhei primeiro o título, e quase no fim da introdução voltei à capa e reparei que o autor não me era estranho. Tem a ver com o sacramento da penitência e com todas as lutas que travamos connosco próprios para a nossa reconciliação interior, o diálogo sobre a nossa condição de pecadores, a Igreja como lugar de reflexo do nosso arrependimento e do reconfortante perdão de Deus. Sabendo nós que podemos voltar a pecar e que mesmo assim não estamos abandonados nem por um momento à nossa solidão ou desesperança."
António Rego
Leia mais aqui

segunda-feira, 2 de março de 2009

HÁ MAIS CATÓLICOS NO MUNDO

Segundo informações do Vaticano, o número de católicos no mundo aumentou, em particular em África e Oceânia, mas diminuiu na América. Isto mesmo diz o Anuário Pontifício de 2009. Os dados referem-se a 2007 e tèm por base mais de 2900 circunscrições eclesiásticas. De acordo com o documento, o número de padres também aumentou, sendo agora superior a 408 mil.

ÍLHAVO: VI Concurso de Fotografia

“Olhos sobre o Mar”
A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou hoje as normas do VI Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”. Este concurso conta com o apoio do Centro Português de Fotografia/Ministério da Cultura, da revista FotoDigital e do Diário de Aveiro. Será de âmbito nacional, nas categorias cor e preto e branco, e decorre até 15 de Junho de 2009. Atendendo ao facto de ter sido fundado, recentemente, o Fórum Náutico no nosso Município, foi excepcionalmente criada, neste concurso, uma Secção Especial, denominada “Desporto no Fórum Náutico do Município de Ílhavo”, à qual cada fotógrafo poderá concorrer com uma fotografia em cada uma das categorias (cor e preto e branco), que retrate a temática. A entrega dos prémios acontecerá em Agosto, mês em que os 50 melhores trabalhos irão ficar expostos na Sala de Exposições Temporárias (Porão de Salgado), do Navio-Museu Santo André. Para mais informações, visitar http://www.cm-ilhavo.pt/, passar pela Câmara Municipal, contactar pelo telefone 234 329 602 ou por e-mail geral@ilhavo.pt.

GAFANHA DA NAZARÉ: Delimitações

Sobre as delimitações da freguesia da Gafanha da Nazaré, aqui publico a acta que regista o facto, em 1911. Lembro que a freguesia foi criada em 1910.

“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro” em Madrid

DE 4 DE MARÇO A 12 DE ABRIL
ANA PAULA VITORINO VAI PRESIDIR À INAUGURAÇÃO
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, vai presidir, esta quarta-feira, 4 de Março, em Madrid, à inauguração da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”. A inauguração está prevista para as 18 horas, na sala de exposições da Arquería de Nuevos Ministerios, Paseo de la Castellana. A presença da exposição em Madrid acontece sob o Alto Patrocínio do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Portugal), e do Ministerio de Fomento (Espanha), sendo organizada pela Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A.) e por Puertos del Estado. De registar o apoio da Câmara Municipal de Aveiro. Patente até 12 de Abril de 2009, a exposição, comissariada por João Carlos Garcia e Inês Amorim (ambos professores da Faculdade de Letras do Porto), cumpre em Madrid a quinta etapa de um circuito de itinerância pela Península Ibérica. A exposição é composta por quatro núcleos: - “I – A RIA DE AVEIRO”; “II – A BARRA DE AVEIRO”; “III – A NAVEGABILIDADE DA RIA DE AVEIRO”; “IV – AS MARINHAS DE SAL DA RIA DE AVEIRO”.
Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

domingo, 1 de março de 2009

SINAL +

A Igreja Católica não precisa de lições de solidariedade social
Centro de Dia (foto do meu arquivo) AS CONFISSÕES RELIGIOSAS TÊM O DIREITO
DE DEFENDER OS SEUS PRINCÍPIOS
A propósito das declarações recentes da hierarquia da Igreja Católica sobre o casamento de mulheres cristãs com muçulmanos e sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, ouvi acusações sem nexo. Que a Igreja não tinha nada que se meter nestes assuntos e que devia, isso sim, preocupar-se com a pobreza, com as injustiças sociais, com os marginalizados. Enfim, a Igreja devia fechar-se nos templos, ficar por lá a rezar, preocupando-se com o espiritual e deixar o resto para os políticos. Claro que esta posição de algumas cabecinhas pensadoras reflectem bem o seu gosto preferencial pelas sociedades de pensamento único, esquecendo-se que, numa democracia, todos, mas mesmo todos, têm o direito e a obrigação de expor e defender as suas opiniões e as suas convicções. Sem querer avançar com temas polémicos, que existem em todas as sociedades livres, permitam-me que lembre apenas que a Igreja Católica, como outras Igrejas cristãs e não cristãs, não precisa que lhe recordem as suas obrigações sociais, traduzidas, no nosso país e pelo mundo, através das mais diversificados respostas, muito concretas, em favor de quem sofre e de quem precisa. Basta olhar para o lado, com olhos de ver.
FM

Mais um livro de Mons. João Gaspar

Aveiro2009 – Recordando Efemérides

Mons. João Gaspar



“Quando penso na história milenar de Aveiro e da sua região, logo assoma em mim a rara sensação de uma estranha e única composição de terra, de água, de sol, de ar e de luz, que, no rodar da existência, é difícil encontrar em qualquer outra parte. As vagas do Atlântico, as ondinas da ria, as velas dos barcos, as proas dos moliceiros, o remanso do Vouga, a beleza dos horizontes, a pujança dos campos, o verde das florestas, o contorno das serranias, a diversidade das povoações, o primor dos edifícios, o sinuoso das ruas, a singularidade dos costumes, a característica do folclore, a animação das festas, a galhardia dos cortejos, o sentimento das devoções, a originalidade das maneiras, a esperança das famílias, a traquinice das crianças, o entusiasmo dos jovens, a faina dos marnotos, a labuta dos agricultores, a canseira dos trabalhadores, a preocupação dos empresários, o talento dos letrados, a formosura das mulheres, o altruísmo dos voluntários, a coragem dos mártires, a vida das terras, a graça das gentes…”

 In NA MEMÓRIA, do livro de Mons. João Gonçalves Gaspar

Ontem tive o privilégio de assistir ao lançamento do mais recente livro de Mons. João Gonçalves Gaspar – Aveiro2009 – Recordando Efemérides –, no Museu da Cidade. Apresentou a obra Delfim Bismark Ferreira. Teceu naturais e justos elogios ao autor, que já publicou mais de 30 títulos, a maioria dos quais à volta de Aveiro e sua região, mas também sobre vultos da história local. 
Mons. João Gaspar pensou este trabalho há uns três meses. Pegando na ideia, buscou na história e na memória o que de relevante aconteceu em cada mês, de muitos anos “redondos”. Começou, obviamente, pela data mais antiga – 12 de Junho de 922 – que se refere provavelmente a Aveiro. Diz assim: “D. Ordonho II, rei da Galiza e de Leão, assinou uma importante doação em favor do Mosteiro de Crestuma, onde se menciona o PORTU DE ALIOVIRIO; se este topónimo corresponder a uma anotação alterada de ‘Alavário’, temos aqui a primeira referência histórica a Aveiro.” 
Fiquemos então com esta data que assinala o primeiro “baptismo” de Aveiro. Mas o livro tem muitas outras curiosidades que nos levam a visitas bem guiadas, através dos séculos e até quase aos nossos dias, pela vida da terra aveirense e das suas gentes. Esta obra, com edição de excelente papel e profusamente ilustrada, insere-se perfeitamente nas celebrações dos 250 anos da elevação de Aveiro a cidade. 
Com capa de Hugo Rios, a partir de desenho de Sara Bandarra, e composição de José Luís Santos, este livro é um regalo para os olhos e para o espírito de quem sente o património histórico como parte integrante do seu próprio ser. 
Mons. João Gaspar, provavelmente o mais prolífero historiador aveirense, não se poupa e esforços para nos ofertar, com alguma frequência, lampejos da sua sensibilidade e do seu labor, carregados de aveirismo, onde o eixense, que ele é também, mergulhou há muito, com assinalada paixão. Deste trabalho haverei de falar e de escrever algumas vezes, ao sabor das efemérides que o autor tão bem soube registar em letra de forma, com belas e oportunas fotografias. 

Fernando Martins

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 120

BACALHAU EM DATAS – 10
ERA PRÓSPERA A PESCA NO REINADO DE D. SEBASTIÃO
Caríssimo/a:
1570 - «Por razões que se relacionam mais com o estado da barra,”não foi longa esta afluência de navios estrangeiros ao porto de Aveiro. [...] O entupimento da barra – afirma Marques Gomes – que começou em 1570, paralisou quase por completo o comércio marítimo.» [Oc45, 78] 
1571 -Nov 03 - «Também era próspera a pesca do bacalhau naquele reinado [D. Sebastião], determinando-se em 3 de Novembro de 1571 que a flotilha de Aveiro seguisse com a de Viana para os Bancos.» [MG, 170] «A lei de 3 de Novembro de 1571, § 23, faz referência à necessidade de os barcos se armarem e pelejarem, juntos, contra inimigos. “As naus que forem da Vila de Aveiro e Viana e de qualquer outra parte dos meus Reinos e Senhorios à pescaria do bacalhau, irão armadas e elegerão, entre si ao tempo em que partirem Capitão-mor, tudo conforme este regulamento [...]”.» [Oc45, 78] «No reinado de D. Sebastião, esta actividade continuava a desenvolver-se. Foi então publicado o “Regimento para as frotas da pesca do bacalhau”, pelo qual estas eram reorganizadas sob um mesmo comando». [HPB, 22] «Dos portos do Minho, Douro e da barra de Aveiro, saíam regularmente frotas que tiveram dos reis D. João III e D. Sebastião regimentos para seu governo.» [ in Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão, Iniciativas Editoriais, 1979, Volume I, pág. 268] 
1572 - «Secou-se e beneficiou-se bacalhau entrado na barra da vila de Aveiro, cf. Documento existente no Arquivo Municipal de Aveiro.» [MG,341] «Quanto à seca de bacalhau, Mosés Amzalak cita um documento existente no Arquivo Municipal de Aveiro, onde se refere à existência desta actividade no porto de Aveiro em 1572. Ainda sobre este período do século XVI, escreve Francisco Salles Lencastre que o produto da pescaria do bacalhau opulentou várias terras de Portugal, principalmente Viana na Foz do Lima e Aveiro.» [HPB, 21] 
1576 - «Havia na Terra Nova pescando bacalhau, 50 navios portugueses, 30 ingleses e 100 espanhóis.» [HPB, 22] 
1578 - «Segundo um mercador de Bristol, Anthony Parkhurst, “havia na Terra Nova mais de 100 velas espanholas pescando bacalhau, 50 velas portuguesas e 150 francesas e bretãs e 50 inglesas”.» [HPB, 21] A História reserva-nos muitas surpresas, habituados como estamos a sombras, sonhos, ... fantasmas, leituras rápidas, pouca reflexão/investigação... D. Sebastião [1554-1578, em 1568 assume o trono aos 14 anos], Alcácer Quibir, Sebastianismo... Quem de nós, ao falar no rei D. Sebastião, pensaria em ... pesca de bacalhau!?... Ainda mais: estando nós no início da Quaresma, imaginaremos a importância e influência da religião sobre a pesca do bacalhau? Pois vejamos: 
«Cedo o bacalhau salgado e seco se torna um alimento importante em Portugal. Dos portos do Norte do País e de Lisboa saem expedições anuais que trazem o peixe, cujo consumo se populariza. A obrigatoriedade religiosa de abstinência de carne nos dias magros decretados pela Igreja forçava a explorar aqueles recursos imensos.» [Oc45, 5] «A necessidade era imperiosa, já que a pesca era o alimento básico dos europeus dos séculos XV e XVI, para além do preceito religioso que impedia os cristãos de ingerir carne durante mais de metade dos dias do ano.» [Oc45, 24] 

 Manuel

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