domingo, 3 de dezembro de 2006

Presidência da UE

COMBATE À POBREZA
E À EXCLUSÃO SOCIAL
SERÁ PRIORIDADE
O combate à exclusão social e à pobreza serão dois temas relevantes da presidência portuguesa da União Europeia (UE), disse, em Bruxelas, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva. “O combate à pobreza e à exclusão social serão prioridades da presidência portuguesa, tanto mais que 2007 é o Ano Europeu da Promoção da Igualdade”, disse Vieira da Silva, no final de uma reunião com os seus homólogos dos 25 Estados-membros da UE. Durante a presidência alemã (no primeiro semestre de 2007), especificou, será dada particular atenção ao combate ao desemprego juvenil e à promoção da manutenção dos trabalhadores mais idosos no mercado de trabalho. “Naturalmente que nós continuaremos esta prioridade” na presidência portuguesa (segundo semestre de 2007), acrescentou. Após Portugal, será a Eslovénia a presidir à UE no primeiro semestre de 2008. Comum às três presidências da UE será “a discussão sobre a sustentabilidade do Modelo Social Europeu, sobre as políticas activas de emprego”, referiu também Vieira da Silva. As linhas gerais dos programas das três presidências, já concertadas entre os países envolvidos, serão divulgadas ainda este mês em Berlim. Este tipo de discussões tripartidas, uma novidade na União Europeia, foi considerado pelo ministro português “vantajoso do ponto de vista do processo legislativo”.
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Fonte: iid

PAPA NA TURQUIA

Papa na Turquia
LIÇÃO DE BENTO XVI
AO MUNDO
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Contra ventos e marés de mau agoiro, o Papa foi à Turquia. Sem medo nem complexos. Porque a verdade e a fé não são temerosas. Foi, mesmo sabendo das ameaças que andavam no ar. No fim, o que sentimos foi que os turcos acabaram por compreender o Papa e por aceitar o seu testemunho. Os sorrisos das autoridades não escondiam a compreensão e a alegria que lhes ia na alma. A visita, de fraterna amizade para com o Patriarca de Constantinopla, serviu para aproximar católicos e cristão ortodoxos e para dialogar com o islamismo, depois do badalado discurso de Bento XVI numa universidade alemã. No final, penso que os turcos aprenderam a lição do amor cristão que se desprendeu e desprende do Papa. De facto, Bento XVI deu na Turquia, país de maioria muçulmana e onde os católicos são uma minoria, uma linda lição de serenidade, ao anunciar, sem peias, a fraternidade, a paz e a liberdade religiosa, como um direito humano a ter em conta em todas as culturas. Bento XVI foi um grande exemplo de diálogo, ao mesmo tempo que mostrou a sua capacidade, indesmentível, para um entendimento sincero com todos os homens de boa vontade. Serviu de ponte entre civilizações, religiões e culturas, mostrando como se deve viver, sempre no respeito pelas opções de cada pessoa. Ainda confirmou na fé os católicos que vivem num meio hostil. Bela lição deu o Papa ao mundo, nesta quadra em que se aguarda a chegada do MENINO. Fernando Martins

NATAL – 2

Nossa Senhora e o Menino,
de Leonardo da Vinci
“NESTE NATAL,
ATREVA-SE A SONHAR”
“Neste Natal, atreva-se a sonhar.” Li esta frase num saco publicitário, daqueles que carregam jornais e muita papelada, para ajudar a vender mais. É uma frase bem conseguida, pois incita a comportamentos que é suposto conduzirem à felicidade. Quem não gosta de sonhar!!! O sonho, diz o poeta António Gedeão, comanda a vida. E se assim é, há que encher a vida de sonhos. Realizáveis, uns, e impossíveis de atingir, outros. Sonhos que nos alimentam o espírito e nos dão forças para prosseguir na jornada, em caminhos de optimismo, de tolerância e de verdade. Importa, pois, sonhar, porque a vida não pode ser só trabalho, canseiras, preocupações, tristezas. Urge crer num mundo melhor e querer uma sociedade mais justa e mais solidária, para nós e para os nossos filhos e netos. Urge tornar fácil, através do sonho, os caminhos que trilhamos, iluminando os que nos rodeiam com sorrisos e projectos de beleza. Urge prosseguir no dia-a-dia na busca do que é bom para todos os homens e mulheres de boa vontade. Atreva-se a sonhar até ao Natal que se avizinha e muito para além dele. É que o sonho, a alma de uma vida melhor, é luz que brilha e ilumina projectos com sentido, porque assentes na ternura que o MENINO do presépio de Belém nos deu para sempre. Fernando Martins

COISAS DA GAFANHA

Um trabalho de Manuel Olívio da Rocha
“REPORTÓRIO DA GAFANHA”
O professor Manuel Olívio da Rocha, um gafanhão de gema radicado no Porto há muitos anos, nunca esqueceu as suas raízes. Daí a sua preocupação em aproveitar todas as circunstâncias, de mãos dadas com o seu amor à terra que o viu nascer e com o seu gosto pelas coisas da história, para guardar, estudar e divulgar curiosidades gafanhoas, e não só. Desta feita, o professor Olívio brindou-me, nesta quadra natalícia, com um trabalho meritório, que estava à espera de ser feito. Trata-se de "Reportório da Gafanha", uma compilação de orações, cânticos, cantigas e cantilenas que nos foram deixados pelos nossos avós. Reencontro-me em muitas orações, cânticos e cantigas, bem como em cantilenas que papagueei quando menino e moço, que o professor Olívio agora nos oferece de mão beijada, neste Natal de 2006. Bem-haja. A edição, restrita e para familiares e amigos, espera agora que alguém ajude a voar este livrinho de que todos os gafanhões e outros estudiosos hão-de gostar. Para ler, para meditar, para guardar em lugar de destaque, como coisa preciosa que não pode cair no esquecimento. Os meus parabéns ao professor Olívio, amigo de infância que muito prezo. Com votos sinceros de que continue com esta paixão pela recolha e divulgação do património gafanhão. Fernando Martins
::::::::: Para abrir o apetite,
aqui fica...
::: Nana, nana, meu menino, C’a tua mãe logo bem: Foi labá-las fraldinhas À fonte de Belém. O mê menino é d’oiro, D’oiro é o mê menino; Hê-de entregá-lo ós anjos Incanto é pequenino. Vai-te embora, papão negro, De cima do mê telhado; Deixa dormir o menino Um soninho descansado. Quem tem o nome de mãe Nunca passa sem cantar; Cantas vezes a mãe canta Com vontade de chorar.

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 42

A COR DA CRISPAÇÃO
DA ÁGUA DAS CHEIAS...
Caríssimo/a: Curiosamente no dia em que o vendaval mais nos fustigou andava às voltas com os livros de apontamentos do Avô Manuel Passarinha (de seu nome completo Manuel Joaquim Tavares Valente), falecido no Bunheiro, em 1943. Fiz alguns recortes (conservando a ortografia que utilizou): “Em 1897 lavraram-se as terras muito bem mas como não tornou a chover até ao dia 15-10 a colheita foi muito escassa, mas foi um ano muito abundante de pastagens e no dia 31 de 12 veio da travessia um temporal tão forte, de tarde, que deitou por terra muitos pinheiros e chamuscou as pastagens, também choveu. Cairam-me 25 pinheiros. [...] Passarão-se 11 anos [desde 1903] sem novidade particular até que a noite de segunda para 3.ª de Entrudo, a 24 de fevereiro de 1914 reventou um temporal tão forte como não havia memoria nos homens mais velhos desse tempo. Aqui levantou o acabanal cheio de palha dencontro ao muro caindo ambos no meio da Estrada, e quebrou os raios ao munho de vento, deitou abaixo quasi todo o pinhal da Campota que foi vendido por 150:000, e fora estes cairão mais 73 pinheiros entre estes 4 velhos das Orchas, escapando 1 e nunca se viu o monte tão cheio de lenha arrancada e quebrada pelo meio. [...] E em 16 de Janeiro de 1922 perto da noute veio um temporal do Norte mais forte do que o de 24 de fevereiro de 1914 todos os quintais sofreram havarias e em lenhas superior ao outro e morreram pessoas afogadas no rio com barcos borcados e frio. Houve quem viu lume no ar e passados dias apareceram as folhas dos eucaliptos e loureiros secas. Primeiros signaes do fim do mundo, como diz a Escriptura.” Este bom homem não se ficava só com as suas notas, consta-se que em tais dias punha a enxada ao ombro e ia abrindo valas e valetas para a água correr. Um apontamento mostra que não esperava que as forças públicas tudo resolvessem: “O acduto dos Adeixos foi feito entre o Ant.º Carrabao e Ant.º Rico e eu M. J. T. Valente em Setembro de 1933 120 escudos” Não tem a ver com vendavais, mas pode aguçar a curiosidade a alguns de nós o que deixou escrito sobre a família. Aqui fica só o início: “Árvore de Família começada em 2 de Fevereiro de 1911 pedindo a quem tiver disto conhecimento para o futuro de a continuar.” Manuel Fora de tempo: Foi bom, mesmo muito bom a chegada de mais amigos a esta nossa conversa. O Mundo é pequeno, seria bem que acrescentassem sempre onde lutam... Feliz Natal!

sábado, 2 de dezembro de 2006

NATAL – 1

NATAL DE JESUS CRISTO
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A partir de hoje e até 25 de Dezembro, aqui procurarei estar todos os dias, com um tema de Natal. Fotografias, poemas, contos, recordações, meditações, história, estórias, memórias, mensagens, vivências, dúvidas, certezas, testemunhos e sonhos. De tudo um pouco, com sabor a advento, alegria, vida nova, natividade, fraternidade, paz, ternura, verdade, justiça, amor e MENINO JESUS. Convido todos os meus leitores a acompanharem-me nesta caminhada com rumo certo e com meta à vista: NATAL DE JESUS CRISTO.
Fico à espera da colaboração de todos.
Fernando Martins

CURTA AUSÊNCIA

HÁBITOS SÃO HÁBITOS
Estive ausente umas 48 horas, mas, apesar de pouco tempo, não deixei de ter saudades. São os hábitos que criamos e alimentamos que nos prendem. Mesmo por períodos curtos, aqui venho diarimente, para ver como vai o mundo e para nele reflectir o que penso e o que me vai na alma.
Mas já cá estou para pôr a escrita em dia, no aconchego da minha tebaida e na certeza de que estou entre amigos.
Bom fim-de-semana para todos.
F.M.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

AVEIRO: SÃO GONÇALINHO

Posted by Picasa
À espera das cavacas
::: SÃO GONÇALINHO DEBATIDO
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“Se o Porto tem o São João e Lisboa o Santo António, por que é que Aveiro não há-de ter o São Gonçalinho como grande festa municipal?”
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A hipótese foi levantada por Capão Filipe nos primeiros encontros de São Gonçalinho, que decorreram na tarde de 25 de Novembro, na antiga Capitania, promovidos pelos Mordomos de São Gonçalinho e a Câmara Municipal de Aveiro.
Quererá o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Aveiro relegar para segundo plano Santa Joana Princesa, a padroeira de Aveiro? Tal não foi esclarecido, mas depreendeu-se que não é disso que se trata, porque enquanto a festa da Santa Princesa é popular, mas não tem folia, a do Santo da Beira Mar, genuinamente popular, tem elementos e tradições para ombrear com as outras grandes festas citadinas, ainda que decorra no Inverno (10 de Janeiro).
Os encontros de São Gonçalinho contaram com mais de uma dezena de intervenções, do investigador universitário ao artista, do jornalista ao padre, do que invocou o auxílio e foi atendido ao confrade, tendo iniciado com uma representação da célebre “dança dos mancos” pelo Grupo Cénico Etnográfico das Barrocas.
A verdadeira “dança dos mancos” acontece(?) a hora incerta, dentro da “capela do santinho” e não pode ser filmada ou fotografada, nem presenciada por quem não dance. Na origem da dança, estaria uma forma de mancos genuínos pedirem auxílio ou esconjurarem a sua deficiência. Segundo o investigador Daniel Tércio, trata-se de “um elemento transgressor”, “como se [o mundo] virasse ao contrário”, à semelhança das “festas de loucos” medievais. Tal rito “tem importante sentido comunitário”, diz o investigador.
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Um texto de Jorge Pires Ferreira
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Leia mais em Correio do Vouga

UM ARTIGO DE D. ANTÓNIO MARCELINO

RENOVAÇÃO, PROPÓSITO
QUE NÃO SE PODE ADIAR
Prestes a comemorar-se mais um aniversário, o 41º, do encerramento do Concílio Vaticano II, vem-nos ao pensamento a palavra profética e orientadora de Paulo VI. Naquele 8 de Dezembro de 1965 e nos tempos que se seguiram, ele não se cansou de encorajar a Igreja de então e de sempre, a que, sem medo, se empenhasse continuamente por trilhar o caminho da renovação e da conversão ao Evangelho. Só assim ela poderia responder às exigências da sua missão essencial, que tão eloquentemente expressara em tempos novos e exigentes que se viviam então e que seriam os que vinham a seguir. A renovação continua uma palavra e uma atitude actual, não apenas por força de um acontecimento que marcou a Igreja no seu futuro, mas, também, porque se nota alguma sonolência e instalação, em relação à graça e aos objectivos do Concílio, por parte de muitos cristãos, clérigos e leigos. As pessoas vão mudando e damos, com frequência, por gente que não viveu o Concílio, nem outros factos marcantes da sociedade, como a chegada do regime democrático e, para a qual, tudo pode parecer estranho. Não é que as novas gerações sejam menos generosas e atentas que as contemporâneas destes grandes acontecimentos que, a quando da sua realização, interpelaram por dentro, pessoas e comunidades. Pode ter acontecido, porém, que, por parte de muitos que os viveram, o ritmo da primeira hora tenha esmorecido, de modo a não contagiar, nem estimular o propósito e a atitude de renovação que a todos diz respeito, porque sempre e cada vez necessária e urgente. Por outro lado, Igreja conciliar e sociedade democrática, podem ser coisas tão naturais e óbvias que já não interpelam, nem põem em causa atitudes e projectos diários, mesmo que dissonantes.O propósito de renovação que nasce de uma conversão interior é sempre sinal de vida que quer durar e se quer expandir. Na conversão está a grande exigência posta pela renovação. Esta não se traduz apenas em fazer coisas novas, mas em tirar, do tesouro inesgotável e rico de sempre, coisas novas e coisas velhas, com sentido de novidade. A conversão leva a centrar a vida no essencial, voltando a ele ou reforçando as raízes que o suportam e alimentam. Pode e deve tornar-se uma experiência permanente, que não deixa adormecer, quando no horizonte dos compromissos estão coisas importantes, por vezes mesmo necessárias, a pedir intervenção. Paulo VI, em ordem à continuação do Concílio, fala de “renovar-se em Cristo”. Para um crente, a qualificação deste apelo é compreensível. Cristo é, para cada cristão, a referência necessária e segura para uma vida com sentido de responsabilidade. Aprender Jesus Cristo não é uma devoção. É o caminho do discipulado, da aprendizagem de uma vida consistente para fazer face ao dever de uma vida testemunhante e solidária. Ora esta atitude traduz-se em diálogo, serviço, disponibilidade; e ninguém como Cristo é modelo de um tal modo de ser e de agir. O Concílio não pode transformar-se numa preocupação de eruditos, mas há-de ser para todos uma luz norteadora. Todos os cristãos têm direito a esta luz que lhes permite viver e ser uma Igreja credível, pátria de salvos e, por isso mesmo, geradora de comunhão, num mundo perdido e dividido. Um sereno exame de consciência dirá a cada um que o caminho a andar ainda é longo e nem sempre cómodo. Mas dirá também que o caminho pessoal só o próprio o pode andar. Ninguém vai só e também isto constitui um estímulo a não ficar parado. Na berma da estrada estão os críticos, que nunca sentirão a alegria de fazer caminho, nem de construir o edifício apaixonante de uma sociedade nova, fraterna e solidária.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Fórum::UniverSal

NO CUFC - 6 DE DEZEMBRO
O DESPERTAR
DA IDENTIDADE LUSÓFONA
Paulo Borges é o convidado do CUFC (Centro Univer-sitário Fé e Cultura) para a “Conversa Aberta” do dia 6 de Dezembro, pelas 21 horas. O tema deste serão – “O despertar da identidade lusófona” – insere-se na “Semana CPLP”, que assi-nala o 10º aniversário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Paulo Borges é presidente da Associação Agostinho da Silva, bem como da União Budista Portuguesa. É professor da Universidade de Lisboa, onde trabalha nas áreas de Filosofia da Religião, Filosofia em Portugal e Antropologia e Cultura. É doutorado com uma tese sobre o escritor Teixeira de Pascoaes. Publicou livros de poesia e ensaio.
Também é o responsável pela edição das obras de Agostinho da Silva e coordena o projecto de levantamento, transcrição e estudo das obras e ideias daquele pensador e humanista, no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.
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Foto: Agostinho da Silva

CULTURA DA VIDA

CUFC, 1 de Dezembro
VIDAS COM VIDA
O projecto “Vidas com Vida” tem como missão promover, difundir e formar para uma verdadeira cultura da Vida. Para isso, é importante fazer incidir a nossa acção em duas áreas complementares: - Concepção e elaboração de material multimédia, já reunido no Kit “Vidas com Vida”; - Formação de Animadores de Encontros pela Vida. É um projecto construído por todos os que se envolvem na defesa e promoção da vida e nunca está acabado! Por isso estamos a fazer este desafio: No próximo dia 1 de Dezembro, no CUFC, a partir das 9 horas, vai ser apresentado o Kit “Vidas com Vida”, mostrando-se como pode ser utilizado para difundir a cultura da Vida. Para se poder preparar devidamente o encontro e reservar os Kits necessários, pede-se aos interessados que se inscrevam, através de cufc@ua.pt
ou 964423671 Esta é uma organização de Grupo Vidas com Vida, Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC) e Movimento de Schoenstatt.

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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