domingo, 8 de outubro de 2006

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Cristianismo e bioética (2)
A palavra bioética foi usada publicamente pela primeira vez pelo oncologista Rensselaer van Potter, em 1970, num artigo emblemático, "Bioethics: The Science of Survival", e repetida, no ano seguinte, no seu livro Bioethics: Bridge to the Future.
Para ele, a nova disciplina tem o propósito de contribuir para o futuro da humanidade, procurando proporcionar o "conhecimento de como usar o conhecimento" para "a sobrevivência do homem e a melhoria da qualidade de vida".
Há a percepção de que a bioética é a ciência da sobrevivência, concretamente quando ela é compreendida como ética global, portanto, como ética médica e ética ecológica, abrindo para a urgência do debate sobre o que se chama cidadania mundial, que implica um conjunto de valores universais para um desenvolvimento sustentável. A cidadania mundial é um requisito para a sobrevivência, pois leva a compreender que, se sou cidadão do mundo, os problemas são do mundo, a comunidade verdadeira é toda a humanidade, os seres humanos fazem parte da natureza, impondo-se, portanto, que é preciso atender às necessidades universais de todos, incluindo as gerações futuras, e respeitar a biosfera.
Reflectir sobre esta abertura da bioética a um horizonte de cidadania mundial não foi dos menores contributos do XXVI Congresso dos Teólogos e Teólogas João XXIII, em Madrid, de 7 a 10 de Setembro passado.
Este debate sobre ética, justiça e ecologia, que coloca a questão difícil da particularidade e da universalidade dos valores, foi lançado por Lidia Feito, da Universidade Rey Juan Carlos. Neste enquadramento, Begoña Iñarra, religiosa do Congo, denunciou o comércio internacional organizado para benefício dos ricos, nomeadamente com os subsídios aos seus produtos agrícolas, e pediu que se facilitasse o comércio africano mediante o alívio das barreiras alfandegárias. Marcelo Barros, monge beneditino brasileiro, acentuou a dimensão social da bioética e propugnou uma espiritualidade macroecuménica cósmica.
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Gotas do Arco-Íris – 34

ÁGUA + COR
= POLUIÇÃO = MORTE
Caríssimo/a: E foi assim... Tudo começou numa brincadeira de caranguejos: olha ali um! Cuidado com as tenazes! Este é macho! Aquele é mais redondo, é fêmea! Este é rijo! Um mole! Guarda-se para isca!... Mas que é isto? Um fio verde? Como é bonito! Vou enrolá-lo nas mãos! Já estão verdes! ... Agora não é só um fiozinho, alargou-se... E o nosso rapaz esquece os caranguejos, despe-se e atira-se para aquela água diferente para um banho de causar inveja aos outros... Quando eles souberem até vão ficar de olhos trocados: não que de um banho em água tão especial ainda ninguém se tinha gabado!... Porém, nova mudança de cor na água - de verde passou a cinzenta escura -trouxe-lhe inquietação: a água era um caldo que até cheirava mal. Que chatice! E como é que ia tirar aquela porcaria do corpo? E do cabelo? Parecia cola... Lá se arranjou como pôde e fugiu, fugiu mesmo, a correr, afastando-se daquela água que o encantara e agora o assusta. À tarde, com o grupo lá do canto, enojou-se e virou o nariz, afastando a vista daquela mortandade de peixes. Nunca tal se vira, e quem o garante é o ti João André. Aquilo é obra de Cacia. E agora, com os peixes todos mortos, de barriga para o ar, que vai ser de nós? O que valeu ao rapaz é que a maré sobe e desce e o mar – aquele gigante!... - engole tudo, até a sujidade do homem. E vêm-me à esferográfica duas pérolas [a nós atribuir-lhe a cor]: «O problema não está na poluição, mas no que lançamos para a água e para o ar.» (Lula da Silva) «Louvado sejas, Senhor, pela nossa irmã água que é muito útil e humilde, preciosa e casta!» (Francisco de Assis) Manuel

sábado, 7 de outubro de 2006

Ao sabor da maré – 1

A MINHA RELAÇÃO
COM OS LIVROS
A minha relação com os livros é muito bonita. Não sob o ponto de vista comercial ou de coleccionador, mas afectivo, porque me recordam coisas boas. Tenho sempre uma história sobre cada livro dos que ocupam lugar de honra nas minhas estantes. Olho-os como quem olha amigos de coração, com quem se dialoga a propósito de tudo e de nada. E a muitos deles associo lugares, situações, gentes. Um dia destes, dia de limpeza e arrumação, dei de caras com uma edição antiga de um livro de Fernando Namora. Capas gastas pelo tempo, mas com as ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia ainda bem visíveis. Tem por título “Casa da Malta” e a 2ª edição, revista, a que eu possuo, é de 1951. Comprei-o num alfarrabista do Porto, perto da Praça Humberto Delgado, numa visita que fiz à capital do Norte. Recordo-me bastante bem. Fui de comboio e no regresso, como faltava muito para a hora da partida assinalada na estação de S. Bento, resolvi dar uma volta pela cidade. Num escaparate lá estava o livro a desafiar-me. Comprei-o. Minutos depois já me quedava num banco da praça a lê-lo, com a avidez que a juventude animava. A leitura continuou no comboio até Aveiro. Quando cheguei a casa, já estava e reconstruir a história que Fernando Namora engendrara com a mestria que o tornou famoso com “As Sete Partidas do Mundo” (1938), “Mar dos Sargaços” (1940) e “Fogo na Noite Escura” (1943), entre outras obras que depois continuou a publicar. Gosto de reler livros que encheram a minha imaginação, que me fizeram viajar e sonhar, que me ensinaram tanta coisa que me tornou mais rico. Os livros são assim como amigos para a vida, amigos que nos dão tudo sem exigir nada em troca. Fernando Martins

JACINTA EM AVEIRO

CONCERTO IMPERDÍVEL
A cantora de Jazz Jacinta, nossa conterrânea, presentemente em digressão pelo País, vai estar em Aveiro, no Teatro Aveirense, no próximo dia 11. Será, garante a crítica especializada em Jazz, um concerto imperdível, para quem gosta de momentos inesquecíveis.
Diz Maria João Lopes, no PÚBLICO, que Jacinta tem "alma lusitana e uma voz única, cheia de carácter e de personalidade", motivo mais do que suficiente para a aplaudirmos. O seu primeiro disco colocou-a de imediato entre as melhores intérpretes portuguesas de Jazz. Com “Daydream”, Jacinta destacou-se na cena nacional ao fazer-se acompanhar por alguns dos mais reputados músicos internacionais liderados por Greg Osby, que também produziu este álbum.
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Ficha artística: Jacinta (voz), Rui Caetano (piano), Jorge Reis (sax), João Lencastre (bateria), João Custódio (contrabaixo).
Ficha técnica: Miguel Ramos (Iluminação), Joana Pereira (Assistente de Jacinta), João Cortez (Assistente de Produção), António Cunha (Direcção de Produção), Tela Negra (Desenho de Iluminação), João Paulo Nogueira (Técnico de Som & Direcção Técnica)
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Uma produção UGURU
Preços: 1ª Plateia: 15 €; 2ª Plateia: 12 €;
1º Balcão: 10 €; 2º Balcão: 8 €

Um poema de Alexandra Varela

Posted by Picasa
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“O SENTIDO DA VIDA, QUE HORIZONTES?”
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O "nonsense" dos sentidos ludibriados
Garantiram em mim a explosão do sentido.
A luz fez-se, os dias são marcados
Por um fio condutor indissolúvel
Que me tranquiliza e me acolhe.
Parar
Ouvir
Olhar e sorrir
Desequilibram a dor que emerge
E teima em surgir.
No horizonte a luz renasce.
Vejo as lindas paletas de cor
Sinto o calor
Abrandar a dor
O cheiro da flor...
E a harmonia de Deus em todo o seu esplendor.
In IGREJA AVEIRENSE

PROJECTOS PARA TODOS

HERA ABERTA A TODA A GENTE
A HERA - Associação para a Valorização e Promoção do Património continua aberta a toda a gente, dinamizando projectos de largo interesse cultural, mas também educativo. Numa época em que tanta gente fica indiferente perante as ofensas à natureza e ao património ambiental e cultural é bom saber que há associações como esta, que nos vai brindando com iniciativas fundamentais para a sociedade, no sentido de a tornar mais consciente e comprometida com o interesse comunitário. Aqui fica uma foto de uma visita às Dunas de São Jacinto.
Para ver mais, visite a Hera

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Revista da Diocese de Aveiro

“IGREJA AVEIRENSE” Está já em distribuição o nº 1 do II ano, Janeiro/Junho de 2006, da revista “IGREJA AVEIRENSE”. Trata-se de uma revista documental, organizada e editada pela Comissão Diocesana da Cultura, que pretende preservar alguns textos que reflectem o labor da comunidade eclesial com sede em Aveiro. O Índice mostra o que de essencial pode ser consultado, quer por estudiosos quer por pessoas interessadas em recordar e aprofundar o que ouviram em diferentes contextos, tanto em cerimónias como em encontros de estudo e de reflexão.
Neste volume, para além das mensagens, homilias, catequeses e textos diversos de D. António Marcelino, há referências mais ou menos alargadas a acções desenvolvidas por vários serviços diocesanos, notas sobre publicações saídas neste período, homenagens prestadas a pessoas que fizeram história, efemérides importantes e notícias breves. O último capítulo, dedicado a Pessoas Notáveis, torna mais amplo o testemunho de vida cristã de Maria Madalena da Fonseca Magalhães (a Leninha de Sever), falecida em 18 de Abril de 1997, com fama, entre os que a conheceram, de santidade, pela sua entrega a Deus e às pessoas, sobretudo às mais carenciadas de pão ou de afecto. Na Apresentação da revista, sublinha-se que a “IGREJA AVEIRENSE” faz-se arquivo documental dos esforços passados a escrito, das narrativas elaboradas, dos ‘sonhos’ inacabados e das expectativas mantidas, das novidades surgidas a abrir horizontes de esperança e dos estilos adoptados a dar ‘cor e vida’ a rotinas envelhecidas e a experiências novas, cheias de vigor e promessa. A parte documental – a única acessível – constitui apenas a face visível de uma outra realidade que nos escapa: o que esta acção e a graça de Deus fazem germinar no coração de cada pessoa, no seio de cada comunidade, na consciência do mundo, sempre necessitada de progressiva humanização.”
F.M.

CORRUPÇÃO

É URGENTE EDUCAR
PARA A INTEGRIDADE
Ontem, nas comemorações da implantação da República, o Presidente Cavaco Silva alertou para a urgência da luta sem tréguas contra a corrupção, mal que grassa um pouco por toda a parte. Diz que a corrupção "tem um potencial corrosivo para a qualidade da democracia, que não pode ser menosprezado", e sublinha que "no combate por uma democracia de melhor qualidade devem ser convocados todos os portugueses”. Refere, ainda, que esta “é uma tarefa que compete, em primeira linha, aos titulares de cargos públicos". Ao contrário do que muitos dizem, não foi esta a primeira vez que um Presidente da República apelou ao combate contra a corrupção. Outros Presidentes, antes dele, já o fizeram. Mas a verdade é que este cancro da nossa sociedade, como de outras, é de cura difícil. Apesar de ser uma doença gravíssima, isso não justifica que fiquemos indiferentes ou alheios a quaisquer estratégias que levem a erradicação dos corruptos, de que muitos de nós certamente já fomos vítimas. No sector público e no sector privado. Claro que o nosso empenhamento não pode passar só pela denúncia de situações de corrupção ou de compadrio, até porque tais atitudes são, quase sempre, de comprovação difícil. Onde estão os corruptos que passam recibo dos dinheiros que recebem, ou que exijam, por escrito, verbas para avançarem com processos ou para resolver problemas que fazem parte das suas funções profissionais? Não conheço. Penso, contudo, que as soluções não passam só pela denúncia e castigo dos corruptos, que pululam um pouco por toda a parte. As soluções, a meu ver, têm de se apoiar em critérios que apostem na educação e na formação de novas mentalidades. Precisamos de homens e de mulheres que saibam educar as crianças e jovens para a cultura da verdade, da justiça, da honestidade e da cidadania. Enquanto as crianças e jovens não forem industriados, nas famílias, nas escolas, nas mais diversas instituições e nas Igrejas, para a exigência e vivência da integridade, em todas as circunstâncias, jamais teremos cidadãos imunes à corrupção, quer como corruptores quer como corruptos. Fernando Martins

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Um artigo de D. António Marcelino

QUE É FEITO DO
OBSERVATÓRIO
DA PUBLICIDADE?
Mão amiga deu-me conta de dois anúncios que lhe mere-ceram atenção. Ambos foram há pouco publicados em jor-nais diários bem conhecidos. Os de maior audiência. Por isso, certamente, são procurados para anunciar. Dizem assim: - “Procuram-se mendigos para diversos pontos de Lisboa. Trata Liga dos Indigentes”. - “Procuro mulher para ter um filho”. Há semanas fiz eco, mais uma vez, da publicidade descarada referente à prostituição. Um jornal diário publica, em cada número, mais de mil pequenos anúncios, fazendo a cobertura de todo o país, onde o produto se pode encontrar com um simples golpe de telefone. Cinco páginas, completas ou quase. É o único com este exagero, mas não o único a fazê-lo diariamente. A linguagem cresce cada dia em ousadia e despudor. Assim vende mais. Impunemente. A uma jornalista que me pediu informação sobre assunto bem diferente, falei no fim do que venho referindo, em relação ao seu jornal diário. Logo me respondeu: “Isso é com a administração”. Eu sabia, mas pedi-lhe que fizesse eco, junto de quem manda, da opinião dos leitores. “Não pode ser”, disse. Também o sabia. Quem manda é o dinheiro. Um jornalista, por mais sério que seja, tem de agradar a quem manda e paga, porque o poder está sempre aí. Os empregos são cada dia mais raros e mais precários. É tudo. Este é um verdadeiro deficit nacional. A pouca vergonha que enriquece, a falta de ética dos meios para conseguir os fins. Parece que ninguém do governo está empenhado em diminuir este deficit, a ponto de o ver saldado, quanto antes, porque assim o exige a purificação do ambiente. Não sei o que pensa Bruxelas, como orientação aos países membros, sempre tão zelosos em cumprir o que lhes interessa e em calar o que não vem ao seu jeito. Com a miséria moral que vai por essa Europa, é fácil de ver que “lá como cá, más fadas há”. Um Observatório da Publicidade para que serve? Só para detectar publicidade escondida e aplicar coimas? Se é assim, é bem pouco, embora mais rentável para o senhor Ministro das Finanças. O que se publicita, o modo como se faz e como se envenena o ambiente social, também tem a ver com este órgão, ou ele é apenas mais uma mão estendida do fisco? Diz-se que não se pode haver censura, que estamos num regime livre. Livre? Não é isso que se vê sempre. Há opiniões logo castigadas pelo poder político, e sanções inevitáveis para quem critica ou pensa de modo diverso. Está à vista de quem está atento. Igualmente preocupante é ver autarquias a lutar pela abertura de casinos no seu território e a publicitar espectáculos para toda a gente, próprios (ou impróprios?) de casas que não podem admitir menores. Assim vai a sociedade. E o Observatório da Publicidade que diz a tudo isto?

ACÇÕES PARA O DESARMAMENTO

Assinado protocolo de cooperação com o MAI
Comissão Nacional Justiça e Paz
promove acções de desarmamento
A presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Manuela Silva, disse que a nova Lei das Armas “é muito importante, porque encoraja a legalização das armas ilegais ou a sua entrega” ao Estado, através das forças de segurança. “O nosso compromisso é pugnar para que a sociedade portuguesa seja segura e livre de armas”, declarou Manuela Silva, citada pela agência Lusa, para justificar a assinatura do protocolo com o Ministério da Administração Interna, visando “a difusão da lei”, nomeadamente junto de crianças e jovens, como meio de chegar aos adultos. A presidente da CNJP falava à margem do acto de assinatura de um “protocolo de cooperação” entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Observatório sobre Produção, Comércio e Proliferação de Armas, da CNJP, para o desenvolvimento de acções de informação e sensibilização com vista à legalização ou entrega voluntária de armas. A CNJP vai organizar, já no próximo dia 28 de Outubro, uma festa para crianças e jovens, com o tema: “Por uma Sociedade sem armas: Desarmar os corações”. Numa carta explicativa enviada a todos os parceiros, a presidente da CNPJ, Manuela Silva, afirma que “esta iniciativa vem na sequência de diversos trabalhos para sensibilizar a opinião pública sobre a problemática da proliferação das armas no nosso País e, por outro lado, integra-se na campanha de entrega voluntária de armas que o Governo está a promover, após regulamentação da recente Lei sobre o uso e porte de armas”. “Com esta festa queremos mostrar que é possível vivermos numa sociedade segura porque é livre de armas. Para isso, vamos começar por mostrar a nossa vontade de desarmar os corações, dar o primeiro sinal de que é possível construir uma sociedade mais livre, justa e segura”, prossegue. O espectáculo tem lugar no Fórum Lisboa (Avenida de Roma) das 15 às 17h, no dia 28 de Outubro.
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Para ler mais, clique ECCLESIA

Gala no Aveirense

SONHO
DE UMA NOITE
DE OUTONO
NA RIA
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“Sonho de uma noite de Outono na Ria” é o título da gala de encerramento do programa SorRia – Iªs Jornadas da Ria de Aveiro. O espectáculo realiza-se no sábado, 7 de Outubro, pelas 21.30 horas, no Teatro Aveirense.
Os bilhetes oscilam entre três e dez euros e estão à venda no Teatro Aveirense, entre 13 e as 20 horas.
Na gala estreiam-se três obras de três expressões artísticas: bailado, música e teatro. As interpretações são feitas por entidades, grupos e artistas aveirenses, em exclusivo.
Um espectáculo pensado para agradar aos amantes das artes. A não perder.

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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