quarta-feira, 1 de junho de 2005

Presença viva num mundo diferente

Um artigo de D. António Marcelino

Já não são muitos os sobreviventes activos dos tempos anteriores ao Concílio. Quarenta anos depois, há necessidade de uma reflexão para ver onde nos encontramos, segundo o que é legítimo esperar do maior acontecimento da Igreja no séc. XX.
Não é um exame fácil, a menos que se saiba ler o que se passa hoje, o que está para além do que se vê, o que influencia uma parte da vida que já se vive e o que não consegue influenciar o rumo determinante da mesma. Situar-se, por fim, no meio do vendaval que sopra, por vezes inclemente, e vai derrubando gente por todo o lado. Sou um desses sobreviventes, ordenado padre antes do Concílio, já lá vão cinquenta anos. Estudei em Roma, ainda por livros antigos que já iam perdendo folhas. Regressei à terra-mãe, chamado a uma missão para a qual me julgava sentir tão seguro, como perplexo. Entrei logo numa equipa generosa que preparava, em casa nova, novos padres para a Igreja e fui sentindo que estes, sendo padres como eu, não o iriam ser do mesmo modo. Fui dando por mim a ver o mundo e a Igreja com outros olhos, sem perceber ainda o rumo que tudo iria levar. Abri-me, desde então, com decisão e generosidade, à formação dos leigos, porque cedo percebi que o padre diocesano, na sua missão diária, ou é um cristão com os cristãos leigos ou não sobreviverá, pastoralmente, como padre.

Um poema de Fernando Pessoa

LIBERDADE Ai que prazer não cumprir um dever. Ter um livro para ler e não o fazer! Ler é maçada, estudar é nada. O sol doira sem literatura. O rio corre bem ou mal, sem edição original. E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal como tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma. Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol que peca Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças, Nem consta que tivesse biblioteca...

"O dia do futuro das sociedades"

Posted by Hello Mensagem para o Dia Internacional da Criança
Neste dia, 1 de Junho, Celebra-se o Dia Internacional da Criança. É um dia em que, certamente, irá haver muitos discursos, alguns bem elaborados do ponte vista dialéctico, mas vazios de conteúdo e ocos na sua prática. Atrevomo-nos a afirmar que este dia deveria ter como subtítulo “o dia do futuro das sociedades”. Sim! Porque é do futuro de uma sociedade que se trata quando falamos de crianças. É, de facto, sobre isto que todos devemos reflectir, inquietarmo-nos com o futuro que estamos a preparar para a nossa sociedade quando, no dia a dia, descoramos das nossas crianças.
Tal como se diz, e em nossa opinião correctamente, que a família é a célula base da sociedade, as crianças são o seu ADN. É nelas que reside todo o potencial de crescimento e evolução de uma sociedade. Esta será no futuro aquilo que hoje fizermos das nossas crianças. É nesta perspectiva que devemos olhar para elas e defende-las de todas as provações que nos nossos tempos lhes são infligidas.Não deixará de ser curioso observar a discrepância entre aquilo que neste dia é apregoado e defendido pelos líderes políticos e o que realmente vem sendo a prática política quotidiana daqueles a quem compete implementar e zelar pelo bom desenvolvimento das sociedades. Muito se tem falado sobre os direitos das crianças. A própria ONU elaborou uma carta sobre os direitos da criança, no entanto, enquanto escrevemos ou lemos estas palavras e os líderes das nações debitam discursos rebuscados, no mundo inteiro milhões de crianças:
• são exploradas sexualmente;
• são forçadas em trabalhos perigosos;
• são vítimas num conflito armado;
• são forçadas a abandonar a escola e a ingressar nas fileiras militares;
• são agredidas por adultos;
• são infectadas com o HIV ou ficam órfãs por causa dessa doença.
(Para ler tudo, clique Mensagem)

CRIANÇAS que sofrem, CRIANÇAS que morrem

Posted by Hello
Segundo um relatório das Nações Unidas, nos últimos dez anos morreram nas guerras dois milhões de crianças e quatro milhões ficaram gravemente mutiladas. São números alarmantes que demonstram uma autêntica “matança de inocentes”, mesmo quando essas vítimas são obrigadas a tornar-se carrascos.
No dia 1 de Junho celebra-se o Dia Mundial da Criança. Um estudo da agência missionária Fides (www.fides.org), do Vaticano, apresenta um conjunto de dados sobre a situação actual da infância a nível mundial.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

Carta Aberta aos pais portugueses

Um dos criadores da “educação sexual” que o Ministério da Educação está a propor nas escolas desde o ano 2000, William Coulson, publicou uma “Carta Aberta aos Pais Portugueses” no passado sábado (28/05/2005) no semanário “Expresso” e deu também uma entrevista à Rádio Renascença http://www.rr.pt/noticia.asp?idnoticia=136416
Na sequência dessas declarações, é possível afirmar, nomeadamente:
1. Coulson, que foi um dos criadores da técnica usualmente conhecida por Clarificação de Valores, largamente usada nos livros referidos no documento "Educação Sexual em Meio Escolar - Linhas Orientadoras", reconhece agora que se trata de uma técnica simultaneamente muito poderosa e muito destrutiva;
2. Afirma também que aqueles programas destrutivos são distribuídos no mundo inteiro pelas filiais locais da IPPF, de que a APF é a sucursal portuguesa;
3. Não previa, de início, – muito menos pretendia – os malefícios da técnica, pois não eram evidentes. Foi a experiência a demonstrar como destruía adultos e crianças;
4. Para terminar, o autor da carta confessa-se “aterrado” com a quantidade de actividades de “clarificação de valores” que aparecem nas Linhas Orientadoras e nos materiais elogiosamente referidos nelas;
5. Sabemos que neste momento, até ao presente, o Ministério da Educação formou nestas técnicas mais de 10.000 professores, contando apenas aqueles que foram abrangidos pelas acções ao abrigo do protocolo que estabeleceu com a APF. A estes, há que juntar todos os professores que frequentaram as acções de formação de professores do Programa FOCO e similares, e bem como todos aqueles que participaram nos cursos, acções e iniciativas periodicamente organizados pela APF. Os pais, em geral, não sabem quem são esses professores, onde estão, e se já aplicaram aos alunos essas técnicas, sobre cujo elevado perigo o seu autor agora nos alerta;
6. Os pais, representados pelo MOVE, exigem que seja feito um inquérito completo a esta gravíssima situação, com o levantamento exaustivo dos programas e materiais usados na formação de professores e o número de professores que receberam acções de formação incluindo as actividades de Clarificação de Valores;
7. É motivo de grande preocupação saber que a APF – difusora de técnicas de comprovada perigosidade – tem parcerias não só com o ME, mas também com a Secretaria de Estado da Juventude, o IPJ e a Comissão Nacional de Luta contra a Sida. Pedimos, por isso, ao Governo que investigue e informe os portugueses das acções que, com o dinheiro que pertence a todos os portugueses, a APF tem desenvolvido e continua a desenvolver em Portugal.
30 de Maio de 2005
Fonte: ECCLESIA

terça-feira, 31 de maio de 2005

FEIRA DO AMBIENTE no Carrefour - Aveiro

Posted by Hello
A HERA - Associação para a Valorização e Promoção do Património está presente na Feira do Ambiente, organizada pelo Carrefour -Aveiro, no espaço da Galeria Comercial. Trata-se de um evento à escala mundial.
A Hera espera a sua visita. Passe por lá para ficar a saber mais sobre o Ambiente e sobre o Património Cultural.

DIA MUNDIAL SEM TABACO

Posted by Hello
Os estudiosos hão-de explicar-nos, um dia, por que motivo um vício, com raízes antiquíssimas, se espalhou por todo o mundo, envolvendo gentes de todas as idades e de todos os estratos sociais. Isto, apesar de se saber, muito bem, que fumar é prejudicial à saúde e à bolsa. Todos sabem que o tabaco é o principal responsável pelo cancro do pulmão, entre outros malefícios que provoca, mas nem assim as pessoas deixam de fumar, levando muitas outras a inalarem o fumo, tanto nos locais de trabalho como nos recintos públicos, nomeadamente cafés, bares e restaurantes, apesar da legislação o proibir. E nem a subida do preço dos maços de tabaco, uma constante nos mais diversos países, leva os fumadores a porem de lado o vício, tão pernicioso para todos. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, que hoje se comemora, seria bom que as pessoas reflectissem um pouco sobre o assunto e decidissem, de uma vez por todas, pôr de lado o tabaco. Não com cortes no número de cigarros que se consomem por dia, mas de forma radical, porque só assim haverá resultados palpáveis. O que acredita que pode deixar de fumar aos poucos, nunca deixará de o fazer. Conheço exemplos desses e também conheço quem foi capaz de renunciar ao tabaco, de forma decisiva, com êxito.
Para mais esclarecimentos, consulte o "site" da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
F.M.

Um artigo de António Rego

. Do alto de Subiaco
Poucas pessoas terão notado que o actual Papa, cerca de vinte dias antes de ser eleito, se havia deslocado ao Mosteiro Beneditino de Subiaco, para proferir uma conferência sobre a “Europa na crise das culturas”. Recebeu, nessa altura e nesse local, o prémio “S.Bento pela promoção da vida da família na Europa”. Poucas pessoas se terão apercebido, na hora do Habemus Papam, a razão íntima por que Ratzinger escolheu o nome de Bento XVI. Não foi uma inspiração circunstancial. Há muito que S. Bento e a Europa têm uma grande proximidade na percepção histórica e na sensibilidade do actual Papa.
O chumbo do Tratado Europeu, em França, não sendo uma catástrofe para a União Europeia, constitui um bom momento para relançar algumas questões sobre o nosso Continente, que alguma sofreguidão política e económica terá levado a diversos “saneamentos” históricos. O laicismo mórbido que se concretizou na negação da matriz cristã europeia, mina, sem o notar, a cultura da liberdade e da democracia, ao abjurar as suas raízes ou considerando-as, por mero oportunismo, apodrecidas. E, por essa via, definindo quem deve ou não pertencer à Europa.
“A Europa – disse Ratzinger em Subiaco - foi um continente cristão, mas também um ponto de partida para uma nova racionalidade científica... Foi na Europa que o cristianismo recebeu o seu impulso cultural e intelectual mais eficaz... mas foi, também, na Europa que se desenvolveu uma cultura que constitui a contradição mais radical não só do cristianismo mas também das tradições religiosas e morais da humanidade. Por isso a Europa está a atravessar uma autêntica prova de fogo... Daqui emerge a responsabilidade que nós, Europeus, temos de assumir neste momento histórico: no debate sobre a definição da Europa, não está em jogo uma batalha nostálgica de retaguarda da história, mas uma grande responsabilidade para a humanidade de hoje.”
Na crise da Europa não estará, visivelmente, o problema religioso. Mas quem risca do seu bilhete de identidade o nome de seus pais, parece não estar interessado em ser reconhecido como filho de boa gente.

Um artigo de António Martins da Cruz

. Portugal e a desordem europeia
Os franceses enganaram- -se na pergunta do referendo e a Europa entrou em crise. O voto da França compromete o futuro da Europa, para além de debilitar o próprio papel francês nos novos rumos europeus. As razões franco-francesas foram uma espécie de caldeirão do João Ratão onde os políticos de direita e de esquerda caíram. O paradoxo é que a França é não apenas o primeiro país fundador da União Europeia que vota não, como o próprio Tratado Constitucional Europeu é uma invenção francesa, imposta aos constituintes por Giscard d'Estaing. Que o diga Ernâni Lopes. Será interessante recordar que De Gaulle se demitiu de presidente em 1969 por uma questão referendária menos importante. E Chirac? A Europa foi vítima da França. Ou, como dizia o secretário-geral do PS francês na noite do referendo, a Europa foi vítima da desordem interior francesa. Para além do divórcio entre a França e a Europa e a dimensão interior do próprio referendo, apetecia-me dizer que o problema é da França. Infelizmente não é. Começa a ser útil, ou talvez necessário, olhar as coisas como elas são e não como nós gostaríamos que fossem.
(Para ler o texto na íntegra, clique DN)

Jorge Sampaio lança apelo ao "espírito patriótico" dos sindicatos e do patronato

Posted by Hello
O Presidente da República, Jorge Sampaio, lançou ontem um apelo ao "espírito patriótico" das associações sindicais e patronais, para que convirjam na busca de uma solução para a "grave situação" das contas públicas, depois de se ter divulgado que o défice poderá atingir os 6,83 por cento este ano. Em carta enviada ao Conselho Permanente de Concertação Social, que hoje se reúne com o Governo, Jorge Sampaio defende que a busca de uma solução para combater o défice "deve motivar" também "o conjunto dos agentes económicos e sociais" representados naquele órgão. Nesse sentido, o chefe de Estado deixa “um apelo ao espírito patriótico e ao sentido de responsabilidade das associações sindicais e patronais e, por seu intermédio, aos trabalhadores e aos empresários portugueses". Jorge Sampaio sustenta que as "condições de resposta à crise orçamental e às suas causas mais profundas" serão "tanto melhores quanto mais forte for a capacidade de concertação entre o Governo e os associações representativas dos interesses económicos e sociais". O Presidente da República chama a atenção para a "situação complexa" que o país vive e para os "esforços adicionais" que será necessário fazer, "no sentido de responder à necessidade de realizar um programa completo de consolidação orçamental e de responder às causas políticas, económicas e sociais do défice orçamental acumulado durante um período longo". "Essa grave situação constitui um problema nacional, cuja resolução deve motivar todos os portugueses, e, designadamente, o conjunto dos agentes económicos e sociais, que estão representados no Conselho Permanente de Concertação Social", escreve ainda Jorge Sampaio.

De Santo Agostinho, para reflectir

. Aquele Pão que vedes no Altar Aquele pão que vedes no Altar, consagrado pela Palavra de Deus, é o Corpo de Cristo. Aquele cálice, melhor, o que está dentro daquele cálice consagrado pela Palavra de Deus, é o Sangue de Cristo. Por eles nos quis o Senhor Jesus Cristo entregar o Seu Corpo e o Seu Sangue, que por nós derramou, para remissão dos nossos pecados. Se os recebestes com as devidas disposições, vós sois o que vós recebestes. Realmente o Apóstolo diz: "Embora sejamos muitos, somos contudo um só pão e um só corpo." Assim ele explica o Sacramento da Mesa do Senhor: "Somos muitos, mas somos um só pão e um só corpo." Com este pão se vos mostra quanto deveis prezar e amar a unidade. Porventura aquele pão foi feito de um só grão? Não eram muitos os grãos de trigo? Mas antes de chegarem a pão, estavam separados (...). Ora convosco passou-se coisa parecida. (...). Vejo o Baptismo e como que fostes amassados com água para chegardes a esta forma de pão.

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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