segunda-feira, 31 de março de 2025
Propriedade agrícola dos nossos avós
Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à medida que o número de famílias foi aumentando, por força de novos colonos ou dos seus descendentes, em grande número, dos primeiros gafanhões, logo a terra começou a ser retalhada. E nunca mais deixou de o ser. Também a venda de propriedades se fazia com muita facilidade, numa prova evidente de pouco apego à terra arável. Daí dizer-se, por exemplo, que se trocava um terreno por uma fornada de boroa ou por uma caldeira de papas.
Sublinha a propósito disto o Padre Resende, na década de 40 do século passado, que “ainda hoje se diz que um tal José Gafanha vendeu uma grande propriedade por... um GABÃO!” E continua: “Manuel Petinga, da Nazaré, possui uma escritura de 1807, pela qual Jacinto Francisco Sarabando tinha comprado a Luísa Maria, viúva de António Ferreira, uma terra no sítio da Chave por vinte e quatro mil reis. Apesar daquele local ser o terreno das primeiras culturas, e portanto o mais valorizado, foi vendido por este preço insignificante. Hoje [1944] ‑ continua o Padre Resende – vende-se o metro quadrado a 17$00 ao norte, a 5$00 ao centro e a 2$00 ao sul da Gafanha”. Bons tempos, dizemos nós!
sábado, 29 de março de 2025
Última linha do privilégio
“Que nós, cristãos, nos encontremos na primeira linha do serviço e na última linha do privilégio. Por isso, aqui estamos, cristãos, fiéis a uma fé, mulheres e homens, leais a uma natureza e a um destino, inseparável daqueles com quem construímos, dia após dia, uma pátria chamada Portugal”
Marcelo Rebelo de Sousa,
Presidente da República,
NOTA: Das redes sociais.
PÁRA E PENSA : Cuidado e Saúde
Crónica de Anselmo Borges
Na crónica anterior, reflectimos sobre o cuidado. Ora, a saúde está intrinsecamente vinculada ao cuidado. Viver é ser cuidado, é ter cuidado, é cuidar. Cuidar de nós, cuidar dos outros — a solidão mata —, cuidar da natureza, dos amigos — a vida sem amigos não presta, já observou Aristóteles —, cuidar da natureza, cuidar do Sagrado, da Transcendência, do sentido, Sentido último... Significativamente, o étimo de saúde é salus, salutis, que está na base também de salvação... E também dizemos que alguém está são, utilizando a mesma palavra para santo — por exemplo São José.
Vamos, pois, continuar a reflexão, retomando reflexões anteriores e chamando, desde já, atenção para que, quando se fala de saúde, devemos fazê-lo no sentido holístico (do grego, hólon: todo enquanto mais do que a soma das partes). No inglês, saúde diz-se health e santo diz-se holy, provindo as duas palavras de the whole — de novo o todo enquanto mais do que a soma das partes
A saúde tem, portanto, um carácter pluridimensional. No sentido autenticamente humano inclui vários níveis:
sexta-feira, 28 de março de 2025
Peixinhos tentam invadir uma habitação
Não é que os peixinhos saltaram da Ria e tentaram invadir o primeiro andar de uma habitação? Ou os peixinhos, com os turistas, já se tornaram humanos?
quarta-feira, 26 de março de 2025
Aveiro – Turismo à vista
Andámos hoje por Aveiro, descontraidamente, ao jeito de matar saudades. Apreciar o movimento nas ruas, sentir os olhares de turistas que se aproximam da Ria. Fixar os nossos olhos nos que entram nos moliceiros para uma voltinha e deles saem satisfeitos depois da viagem, decerto para mais tarde recordarem no regresso às suas terras.
O turismo é real nas ruas da cidade. Grupos posam para a fotografia e os ovos moles talvez sejam os guloseimas preferidos para repartir em casa.
Pudemos caminhar tranquilos na cidade que nos acolheu na infância. A Lita veio de Pardilhó para casa da Tia Lurdes e eu ingressei na Escola Comercial. E por Aveiro não encontrei ninguém da minha geração, embora me cruzasse com conhecidos.
Voltaremos, garantidamente!
terça-feira, 25 de março de 2025
Riqueza incomensurável da ternura
Hoje conto uma história. “Um menino de 4 anos tinha um vizinho idoso a quem falecera dias antes a esposa. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele e sentou-se simplesmente no seu colo. Quando a mãe lhe perguntou o que tinha dito ao velhinho, ele respondeu: Nada. Só o ajudei a chorar.” Um escritor de nome, convidado como jurado de um concurso de crianças, deixou-nos esta preciosidade como gesto inefável da criança premiada.
Sobram comentários. É isto que não deixa que o mundo se afogue. Uns dispensam os filhos, outros escandalizam as crianças, outros põem veneno em tudo, sabendo que elas o irão beber… Deus vela por elas através de quem é capaz de as amar sem condições.
O melhor do mundo, disse o poeta, são as crianças. Quem as faz andar em terras desertas e frias para poderem ter escola não pensa assim. Quem deixa que a família se degrade ou até contribua para isso não pensa assim.
Quem não tem sensibilidade para perceber a riqueza dos gestos de ternura não pensa assim.
Amanhã é Dia de Portugal. A riqueza do país são as pessoas. Mais ainda, as crianças. Só elas são capazes de ajudar a chorar. E, neste chorar, aliviam a dor que mais dói, a da saudade de quem se ama.
Só o amor puro das crianças.
António Marcelino
Nota: D. António Marcelino foi o segundo Bispo da restaurada Diocese de Aveiro.
AVEIRO: Estátua de José Estêvão
segunda-feira, 24 de março de 2025
O SOL está de volta?
Para começar a semana de trabalho, parece que o SOL está de volta. Será que veio para ficar? Com as alterações climáticas que enfrentamos, nunca se sabe. Vamos torcer por isso.
Boa semana para todos.
sábado, 22 de março de 2025
ANTÓNIO FEIJÓ - O Amor e o Tempo
O Amor e o Tempo
Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.
Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.
— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»
Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento,
Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!
António Feijó,
in 'Sol de Inverno'
ANDANÇAS - Póvoa de Lanhoso
Encontro com Maria da Fonte, a heroína que deu lições a homens na defesa da sua terra e gentes. Em passeio de Verão, eu a Lita passámos pela Póvoa de Lanhoso para a saudar e homenagear. Não posso precisar a data.
Vencidos do catolicismo
![]() |
Ruy Belo |
Nós os vencidos do catolicismo
que não sabemos já donde a luz manahaurimos o perdido misticismo
nos acordes da carmina burana
Nós que perdemos na luta da fé
não é que no fundo não creiamos
mas não lutamos já firme e a pé
nem nada impomos do que duvidamos
Já nenhum garizim nos chega agora
depois de ouvir como a samaritana
que em espírito e verdade é que se adora
deixem-me ouvir a carmina burana
Nesta vida é que nós acreditamos
e no homem que dizem que criaste
se temos o que temos o jogamos
“meu deus meu deus porque
me abandonaste?”
Ruy Belo
NOTA: Entre livros há sempre livrinhos que deixaram marcas indeléveis em certos recantos do nosso cérebro. Da capa de "Nós, os vencidos do catolicismo" transcrevi o poema que hoje partilho com os meus leitores e amigos.
Cuidado! Cuidar
Crónicas PÁRA E PENSA
Anselmo Borges
Entre as grandes obras filosóficas do século XX, figura um do filósofo alemão Martin Heidegger: Seinund Zeit (Ser e Tempo). Nela, retoma a célebre fábula sobre o Cuidado, de Higino, um escravo culto (64 a. C.-16 d. C.). Fica aí, traduzida literalmente. “Uma vez, ao atravessar um rio, Cuidado’ viu terra argilosa. Pensativo, tomou um pedaço de barro e começou a moldá-lo.
Enquanto contemplava o que tinha feito, apareceu Júpiter. ‘Cuidado’ pediu-lhe que insuflasse espírito naquela figura, o que Júpiter fez de bom grado. Mas, quando ‘Cuidado’ quis dar o próprio nome à criatura que havia formado, Júpiter proibiu-lho, exigindo que lhe fosse dado o seu. Enquanto ‘Cuidado’ e Júpiter discutiam, surgiu também a Terra (Tellus) e também ela quis conferir o seu nome à criatura, pois fora ela a dar-lhe um pedaço do seu corpo.
sexta-feira, 21 de março de 2025
CAFANHA DO CARMO - Há 12 anos
«A minha terra tem uma "Rua de Baixo". Tem um "Café Central" e uma "loja do Ti Larico" e o Talho do Ti Mário da Fátima No Largo da Igreja há um jardim para as crianças brincarem e nesse largo existe aos Domingos no fim da missa uns senhores a venderem fruta, ouro e lençóis. Tem várias pessoa que ainda fazem pão em casa. Flores amarelas de erva azeda em vez de ervas daninhas pelas bermas da estrada. Tem pessoas que dizem sempre "bom dia" a quem passa, mesmo que sejam desconhecidos, tem o Ti Tairoco sentado no seu banquinho, que nos chama de Cachopas
Ao meio dia toca o Sino. Tem um campo da bola. Um Grupo União Desportivo. Tem um Centro Comunitário onde tomam conta dos nossos idosos, com jovens cheios de entusiasmo, o mesmo entusiasmo que teve o seu Fundador e a sua equipa. Tem um grupo de pessoas que vestem umas capas vermelhas, elas uma blusa branca e uma saia preta e vão na procissão da festa e funerais.
Um carteiro que entrega cartas deslocando-se numa Vespa. Tem uma mercearia que toda a gente achou que ia à falência com a abertura do shopping mais próximo, mas que resiste porque vende o pão da padeira, frango churrasco ao Domingo e à Quinta, os legumes mais frescos vindos diretamente dos fornecedores locais, sempre que lhe falta um cliente idoso mais que um dia na loja, vai tentar saber junto da família e vizinhos se está tudo bem. Teve vacas e ordenhas que fizeram muitas vezes parar o trânsito, às vezes. Tem Senhoras que moram ao pé do adro da Igreja e que vão a todos os funerais e velórios, mesmo que não conheçam os mortos. Tem um sino que se ouve, altaneiro, às onze da manhã de domingo. Tem vizinhos que se cumprimentam por "vizinhos" como se fosse um parentesco. Tem muita gente que não sabe o meu nome mas sabe de quem sou nora ou Cunhada. Tem a ida aos cricos e ao moliço. Tem gente que se conhece pelo nome próprio.
Do mês de Junho ao mês de Agosto as casas enchem-se com gente: filha, prima, cunhada, netos, de muitas ti Marias e de muitos ti Manéis.
Tem um Presidente da Junta que pertence aos Escuteiros.
A minha terra tem vida lá dentro. E vocês conhecem esta terra ? :)
Cândida Pascoal»
NOTA: Cumprimento especial à Cândida Pascoal, esteja ela onde estiver.
quinta-feira, 20 de março de 2025
PRIMAVERA
A PRIMAVERA vai escancarar as portas às flores e à alegria, ao jeito de quem anuncia que a seguir teremos calor, sol acalentador e férias para quem as puder gozar. Casacas e sobretudos serão arrumados e a vida terá um sabor mais agradável. Assim penso eu e quem anda ao sabor das boas marés.
Eu sei, todos sabemos, que o tempo tem sofrido alterações por culpa dos homens e mulheres descuidados que ofendem a natureza sem dó nem piedade. E por isso importa pregar que está nas nossas mãos cuidar do planeta que habitamos para o deixarmos de herança às novas gerações, com mais saúde. Boa Primavera para todos.
NOTA: Flores do nosso jardim.
Compromissos para todos
"O estudo da Cáritas Portuguesa reforça a evidência de que a pobreza se transmite entre gerações, sendo a educação um fator determinante para quebrar esse ciclo.
A impossibilidade de muitas crianças e jovens terem um espaço adequado para estudar, bem como as dificuldades económicas que condicionam o percurso escolar, são desafios que exigem um compromisso de todos.”
Um poema de Fernando Pessoa
Que coisa distante
está perto de mim?
Que brisa fragrante
Me vem neste instante
De ignoto jardim?
Se alguém mo dissesse,
Não quisera crer.
Mas sinto-o, e é esse
O ar bom que me tece
Visões sem as ver.
Não sei se é dormindo
Ou alheado que estou:
Sei que estou sentindo
A boca sorrindo
Aos sonhos que sou.
está perto de mim?
Que brisa fragrante
Me vem neste instante
De ignoto jardim?
Se alguém mo dissesse,
Não quisera crer.
Mas sinto-o, e é esse
O ar bom que me tece
Visões sem as ver.
Não sei se é dormindo
Ou alheado que estou:
Sei que estou sentindo
A boca sorrindo
Aos sonhos que sou.
Fernando Pessoa
Do Livro 1 (Poesia, Lírica, Épica)
quarta-feira, 19 de março de 2025
Obrigado, Pai, pelo teu exemplo
Celebra-se hoje o Dia do Pai. Também a Igreja celebra S. José. Associo muito o meu pai a S. José. Ambos trabalhadores com responsabilidades familiares. Ambos humildes e dados a um certo e normal silêncio. Ambos conscientes dos seus deveres sociais e religiosos. Ambos crentes num Deus Criador. Ambos disponíveis para enfrentarem dificuldades. Ambos com grande capacidade de sacrifício. E ambos sabiam amar muito. O meu pai faleceu há bastantes anos. Foi nos idos de 75 do século passado. Inesperadamente. De forma apressada e sem hipótese de cura. Nunca o tinha visto doente. Nunca se queixava de qualquer incómodo que nos levasse a pensar num possível enfarte. Era um homem saudável e até brincava com as nossas fraquezas. Mas a primeira doença que teve foi fatal.
FM
A sociedade que temos...
“Em 2024, de acordo com as estatísticas do INE, cerca de 500 mil pessoas viviam em privação material e social severa, 266 mil não tinham capacidade financeira para terem uma alimentação adequada, 649 mil não tinham capacidade para comprar roupa nova, mais de 1 milhão não tinham meios para gastar uma pequena quantia consigo e mais de 1,6 milhões não conseguia manter a casa devidamente aquecida”
Nota: Dos jornais
segunda-feira, 17 de março de 2025
Salve Rainha de Alçada Baptista
“Salve Rainha, mãe de Deus, olhai por nós que somos frágeis. A vós nos dirigimos do meio das dificuldades da vida com ansiedade e confiança. Lançai sobre nós os vossos olhos bondosos e, depois da nossa morte, leva-nos a Jesus com a ternura da mãe para o filho querido. Ó doce Virgem Maria, ajudai-nos e olhai para nós e ajudai-nos para podermos alcançar as promessas de Cristo.”
Oceano casou com a Ria
O Oceano Atlântico, a dada altura, abraçou a Ria e ficaram amigos para toda a vida. O Farol avisa a quem passa, a mais de 30 quilómetros de distância, que estão perto de terra segura.
sábado, 15 de março de 2025
Hermenêutica feminista das religiões e seus textos
Crónicas PÁRA E PENSA
Anselmo Borges
A religião/religiões só têm sentido se e na medida em que são factor de libertação/salvação. Ora, a gente fica tremendamente impressionado, quando observa o que de negativo tantas vezes as religiões e os seus textos dizem sobre as mulheres. Que é que isto quer dizer? É essencial interpretar e não tomar de modo nenhum à letra. Aí ficam, pois, alguns princípios de hermenêutica feminista das religiões e seus textos.
Pressuposto essencial é evidentemente, a compreensão de que os textos sagrados não são ditados de Deus, tornando-se, pois, claro que, sem interpretação, eles se convertem inevitavelmente, em texto fundamentalistas. Os textos sagrados têm de ser lidos de modo crítico e situados no seu contexto histórico.
Um livro sagrado, por exemplo, a Bíblia, só tem validade última e só encontra a sua verdade adequada enquanto todo e na sua dinâmica global. A argumentação com fragmentos pode por vezes tornar-se inclusivamente ridícula. Assim, princípio hermenêutico essencial e decisivo das religiões e dos seus textos é o do sentido último da religião, que é a libertação e salvação. O Sagrado, Deus, referente último do religioso, apresenta-se como Mistério plenamente libertador e salvador. É, pois, à luz desta intenção última que as religiões e os seus textos têm de ser lidos, concluindo-se que não têm autoridade aqueles textos que, de uma forma ou outra, se apresenta como opressores e discriminatórios.
António Gedeão - Minha Aldeia
Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
António Gedeão
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
António Gedeão
sexta-feira, 14 de março de 2025
Flores do meu quintal
A nossa casa tem espaços para caminhar, trabalhar e sonhar. Eu apenas caminho e sonho, ao jeito da minha idade. E no meu caminhar contemplo flores de sonho.
Arco-íris de paz
A Quaresma carrega consigo a esperança da Páscoa, a razão do nosso ser cristãos. Apesar de um céu cinzento, por vezes, podemos almejar um arco-íris de paz, de solidariedade e fraternidade. Arrisquemos a proximidade como caminho de esperança.
PORTO DE AVEIRO CRESCE
"O Porto de Aveiro deu início a um projecto estratégico de modernização, com um investimento de 1.740 M€ e um prazo de execução estimado de 365 dias, destinado a reforçar o abastecimento eléctrico e impulsionar o desenvolvimento sustentável das suas operações.
A 3 de março foi publicado em Diário da República o concurso público para a execução da empreitada intitulada “Construção da Linha Mista a 60kV SE Gafanha - SE APA”, que prevê a construção de uma linha subterrânea e aérea em alta tensão (60kV) entre a Subestação da Gafanha da Nazaré e a futura Subestação do Porto de Aveiro. Esta obra é considerada essencial para o fortalecimento da infraestrutura elétrica do porto, garantindo maior capacidade para atender às crescentes exigências energéticas."
NOTA: Li em Portos de Portugal
Eleições em Maio
Em Maio lá teremos eleições. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já anunciou a data (18 de Maio). Quer chova quer faça sol, irei com todo o gosto à Escola Básica Professor Fernando Martins (sim, sou eu) depositar na urna a minha opção. E assim cumprirei o meu dever de cidadão consciente e responsável.
FM
Dia calmo
Hoje apostei num dia calmo e aberto à contemplação. De vez em quando espeitava pela janela para respirar o ar puro da manhã. Já não me sinto com forças para correr de um lado para o outro. Não peguei em livros. Chegaram-me umas revistas. Vão esperar que o apetite me anime. É assim a vida.
Amanhã será outro dia, porventura diferente.
FM
quarta-feira, 12 de março de 2025
FEIRA DE MARÇO
Evoco hoje a Feira de Março que se realiza em Aveiro no Parque de Feiras, entre 25 de março e 27 de abril, há séculos, com as alterações adequadas aos tempos de hoje.
Não conheço as estatísticas da participação dos povos da região, mas é garantido que, como é normal, tenha interesse para todas as idades. Como de costume, passarei por lá para saborear, pelo menos, umas farturas e apreciar eventuais novidades.
Há programas cheios para todos os dias, com divertimentos para todos os gostos, de novos e velhos. Como costuma acontecer, não faltarão amigos conhecidos para o bate-papo indispensável. Boa Feira de Março para todos.
FM
segunda-feira, 10 de março de 2025
Como vamos dar asas à águia?
No meu blogue,
há 8 anos
Embora nem sempre consiga seguir esse seu conselho, que a vida é feita de imprevistos, alegrias e deceções, procuro sair, no dia a dia, da pachorrenta banalidade da existência, se não pela coragem de viajar, ao menos pela riqueza de sonhar, que aí dificilmente alguém me leva a palma. E nesse sonhar, olho para mais uma passagem do referido livro:
«É a hora e a vez da águia. Despertemo-la. Ela está se agitando nas mentes e nos corações de muitos. Não só. Ela anima a história e penetra na própria realidade íntima de cada ser humano. Uma águia nunca voa só. Vive e voa sempre em pares.» E mais adiante: «Cada um hospeda dentro de si uma águia. Sente-se portador de um projeto infinito. Quer romper os limites apertados do seu arranjo existencial. Há movimentos na política, na educação e no processo de mundialização que pretendem reduzir-nos a simples galinhas, confinados aos limites do terreiro. Como vamos dar asas à águia, ganhar altura, integrar também a galinha e sermos heróis de nossa própria saga?»
De uma conferência de Leonardo Boff
A LITA ESTÁ DE PARABÉNS
A Lita está hoje de parabéns. Ao completar 85 anos de vida, mantém a liderança da casa, cultivando a harmonia entre todos os membros da família. Nunca escondeu a idade que tem e até faz gala de sublinhar que já passou a barreira dos 85 anos. Não tem o dinamismo que a caracterizou ao longo da nossa vida em comum, a caminho dos 60 anos, mas demonstra à evidência a alegria de viver e de partilhar o dom de amar os que a rodeiam e de criar amizades com uma facilidade que me espanta.
A festa que a Lita merece será ao sabor da maré como é natural, com filhos, netos e bisneta, nora e genro, a partir de hoje, mas tenho a certeza de que toda a família estará com ela, mesmo à distância, já que o amor não tem barreiras e do longe se faz o perto graças aos meios de comunicação.
A Lita precisa e merece a ternura de todos nós, a atenção dos que a envolvem, porque é na dor de cada um e nas preocupações de todos que o amor da Lita sobressai com o carinho adequado, os conselhos oportunos e a disponibilidade total para o que for preciso.
Com o passar dos anos, as limitações não deixam de marcar terreno, a saúde vai dando lugar a certas impossibilidades, mas a Lita não desiste de procurar soluções. Consulta médicos, cuida da sua alimentação como ninguém, governa a casa como só ela sabe, vai às compras com os cuidados impostos pelas circunstâncias e teima em me proibir de sair porque, diz ela, se calhar com razão: — Tu és um descuidado...
Neste outono da nossa existência, continuaremos a acreditar que a vida plena, com a alma primaveril, merece ser partilhada com a família toda, em especial, e com todo o mundo, em geral.
Um beijo do teu...
Fernando
domingo, 9 de março de 2025
GAFANHA - Propriedade Agrícola
Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à medida que o número de famílias foi aumentando, por força de novos colonos ou dos seus descendentes, em grande número, dos primeiros gafanhões, logo a terra começou a ser retalhada. E nunca mais deixou de o ser, até hoje. Também a venda de propriedades se fazia com muita facilidade, numa prova evidente de pouco apego à terra. Daí dizer-se, por exemplo, que se trocava um terreno por uma fornada de boroa ou por uma caldeira de papas.
Sublinha a propósito disto o Padre Resende que “ainda hoje se diz que um tal José Gafanha vendeu uma grande propriedade por... um GABÃO!” E continua: “Manuel Petinga, da Nazaré, possui uma escritura de 1807, pela qual Jacinto Francisco Sarabando tinha comprado a Luísa Maria, viúva de António Ferreira, uma terra no sítio da Chave por vinte e quatro mil reis. Apesar daquele local ser o terreno das primeiras culturas, e portanto o mais valorizado, foi vendido por este preço insignificante. Hoje [1944] ‑ continua o Padre Resende – vende-se o metro quadrado a 17$00 ao norte, a 5$00 ao centro e a 2$00 ao sul da Gafanha”. Bons tempos, dizemos nós!
Fernando Martins
sábado, 8 de março de 2025
PRAIA DE SÃO JACINTO
Há 17 anos passei pela praia de São Jacinto. A garantia vem da foto registada nos meus arquivos. O tempo passa a correr, mas é sempre agradável recordar. Não se diz que recordar é viver?
Presentemente, vivo muito de recordações e quando delas escrevo ou falo é porque nelas fui feliz. E ainda bem que o faço, para regalo meu e de quem comunga dos mesmos prazeres.
FM
A MULHER NA IGREJA
Crónica de Anselmo Borges
1. Neste Dia Internacional da Mulher, solidarizando-me com todas as que lutam contra a misoginia da Igreja, retomo o que já aqui escrevi em 2011: “As mulheres têm motivo para estar zangadas com a Igreja, que as discrimina. Jesus, porém, não só não as discriminou como foi um autêntico revolucionário na sua dignificação, até ao escândalo.” Veja-se a estranheza dos discípulos ao encontrar Jesus com a samaritana, que tinha tudo contra ela: mulher, estrangeira, herética, com o sexto marido, mas foi a ela que se revelou como o Messias.
Condenou a desigualdade de tratamento de homens e mulheres quanto ao divórcio. Fez-se acompanhar — coisa inédita e mesmo escandalosa na época — por discípulos e discípulas. Acabou com o tabu da impureza ritual. Estabeleceu relações de verdadeira amizade com algumas.
Maria Madalena constitui um caso especial nessa amizade: ela acompanhou-o desde o início até à morte e foi ela que primeiro intuiu e fez a experiência avassaladora de fé de que o Jesus crucificado não foi entregue à morte para sempre, pois é o Vivente em Deus, como esperança e desafio para todos os que crêem nele, a ponto de Santo Tomás de Aquino e outros, apesar da sua misoginia, a declararem a “Apóstola dos Apóstolos”, precisamente por causa do seu papel fundamental na convocação dos outros discípulos para a fé na Ressurreição: na morte, não caímos no nada, pois entramos na plenitude da vida em Deus, Deus de vivos e não de mortos. Aliás, já São Paulo, na Carta aos Romanos, pede que saúdem Júnia, “Apóstola exímia”.
sexta-feira, 7 de março de 2025
Espírito e graça da Camilo
«Uma vez, Alberto Pimentel e Camilo conversavam sobre vários assuntos literários. A certa altura, disse Alberto Pimentel:
— Talvez o sr. Camilo não acredite, mas sei de cor todos os seus pseudónimos?
— Não é possível.
— Quer ouvir… Egresso Bernardo de Brito Júnior, A Voz da Verdade, F. Fagundes, Gervásio Lopes Canavarro, Saragoçano, José Mendes Enxúndia, Rosária dos Gogumelos, Manuel Coco, Anastácio das Lombrigas, A. E. I. O. U. Y., Felizardo, João Júnior, O antigo Juiz das Almas de Campanhã, O Possesso Anacleto dos Coentros, Archi-Zero, Visconde de Qualquer Coisa…
— Que rica memória, Alberto! — comentou Camilo.
— O curioso é que se esqueceu precisamente do meu pseudónimo mais vulgar…
— ?
— Camilo Castelo Branco!»
Em “O Espírito e a Graça de Camilo”,
de Luís de Oliveira Guimarães
Gafanha da Nazaré ganha nova biblioteca
A partir de 11 de março, data em que se assinala o Dia da Rede Nacional das Bibliotecas Públicas, a Gafanha da Nazaré ganhará uma Biblioteca situada num espaço renovado da Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. Entre 11 e 14 de março há um programa especial de atividades.
Com a abertura deste espaço, o Município de Ílhavo devolve à Gafanha da Nazaré uma valência que já teve anteriormente, estendendo a esta cidade a aposta que já tem vindo a realizar na Biblioteca Municipal de Ílhavo, na promoção das diversas literacias junto da comunidade.
Desde maio de 2024, o Município de Ílhavo já disponibiliza as habituais valências de biblioteca no Convés da Fábrica das Ideias, mas a partir de terça-feira, a Biblioteca abre as portas num espaço dedicado e renovado, em frente ao Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré.
Nota. Texto oficial de divulgação
quinta-feira, 6 de março de 2025
PIÓDÃO - Aldeia Histórica
De Arganil, rumei a Piódão, uma Aldeia Histórica que é uma referência nacional. Foram 41 quilómetros, por estrada que serpenteia a Serra do Açor, do cimo da qual se pode apreciar um panorama único, pela verdura que o enche e pelos desfiladeiros que atemorizam o viajante mais destemido. Por aqui e por ali, casebres abandonados, de xisto, e, lá no alto, as torres que aproveitam a energia eólica. Nem vivalma pelo caminho. Apenas a serenidade e a beleza do ambiente, o ar puro que desentope os brônquios e a alma a sentir-se livre e a querer voar para chegar ao infinito. Depois, ao longe, ao virar de uma esquina serrana, meta à vista, com o casario da aldeia, como um bloco único de xisto.
É PRECISO APOSTAR NO FUTURO
Hoje, com a paciência possível para enfrentar umas boas horas de trabalho, apostei em afinar os meus blogues. É claro que ainda não cheguei ao fim, mas terei de voltar.
Nunca pensei que tinha escrito tanta coisa, abordando os mais diversos temas: contei estórias e a história da nossa terra tem por aqui nacos da minha vida em prol da comunidade. Daria para diversos livros, mas como se lê pouco, não vale a pena pensar nisso. Fica em armazém para quem quiser debruçar-se sobre o labor insano das gerações que nos antecederam, mas também das atuais.
Contudo, enquanto puder, não ficarei a olhar só para o passado. É preciso apostar no futuro.
FM
quarta-feira, 5 de março de 2025
RECORDAÇÕES - O Catitinha
Foi em casa do tio João Catraio que um dia, aí por 1945, conheci uma figura típica e algo misteriosa. Aparecia de tempos a tempos e fixava residência em casa de alguns gafanhões, que o recebiam como se fora um parente próximo. Cediam-lhe um quarto, comia à mesa com as famílias que o acolhiam, conversava e dava conselhos a todos. Das suas palavras, serenas e bem medidas, saíam conceitos cheios de filosofia, que eu não entendia, mas que os sentia nos rostos extasiados de gafanhões iletrados e pouco viajados. Era o Catitinha, que até os fotógrafos da região gostavam de registar para a posteridade. E quando nos falava, como qualquer avô extremoso e sábio, mostrava-nos fotografias das localidades por onde passara, viajando sempre de comboio. Dizia-se, então, que tinha livre-trânsito para poder andar de terra em terra. Não estava muito tempo no mesmo sítio. De repente, sem que nada o fizesse prever, anunciava a partida, e lá ia. Vim a referenciá-lo, mais tarde, noutras terras, sobretudo da beira-mar.
Diz a Agência Lusa - O mar é uma "sopa"
O mar é uma “sopa” de bactérias, algas, vírus, fungos, corais, esponjas, peixes, moluscos e crustáceos, dos quais se extraem “ingredientes” para medicamentos contra o cancro, cosméticos anti-rugas, suplementos alimentares, rações para animais, fertilizantes e descontaminantes.
Sendo assim, vamos todos aproveitar. O Verão ainda tarda, mas já podemos molhar os pés e mais alguma coisa.
terça-feira, 4 de março de 2025
Um poema de João de Deus
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!
NOTA: Hoje acordei a recitar, para mim, claro, este poema.
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!
NOTA: Hoje acordei a recitar, para mim, claro, este poema.
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