sábado, 24 de julho de 2021

Férias só para alguns?

António Marcelino, 
antigo  Bispo de Aveiro 

«Muitas instituições particulares de solidariedade social têm proporcionado uns dias de praia às crianças. Algumas destas instituições, pelas restrições a que têm sido sujeitas, vão deixando de o poder fazer. Outras, com dificuldade embora, têm continuado a proporcionar este bem.
Recordo que uma diocese de Portugal, a de Coimbra, promoveu, há tempos, férias para filhos de pais desempregados. Não poderão outras entidades fazer o mesmo? Não poderão também algumas famílias assumir nas suas férias uma ou mais crianças que precisem de sol e mar e que os pais não lhos podem dar

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NOTA: Boa questão é esta que o antigo Bispo de Aveiro levantou, há 10 anos, com verdadeiro sentido de oportunidade. 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

A Terra não nos pertence


“A Terra não nos pertence. Esta noção fundamental é-nos lembrada pelos ecologistas. Deixando de lado todos os fenómenos espúrios, considero que esta nova atenção consagrada ao ambiente é um acontecimento capital para a história da Humanidade.”

Abbé Pierre

Nota: Se vai de férias, reconheça a riqueza que é para nós podermos usufruir da natureza linda, limpa e asseada. E deixe-a melhor do que a encontrou. 

Tranquilidade na Ria





Ontem, a Ria estava tranquila e convidativa. Talvez por isso, não faltaram barquinhos à vela em jeito de treino, aprendizagem e recreio. O dia estava claro e só para olhar a paisagem valeu a pena sair de casa para andar por ali, com a Costa Nova nas minhas costas. Ganhei uns momentos de tranquilidade plena. Experimentem...

Pão repartido sacia as fomes do mundo

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XVII do Tempo Comum



Ontem como hoje, as multidões têm fome de toda a espécie de pão que corresponde a todas as dimensões do ser integral da pessoa humana.

A atitude da multidão denota o alcance da acção missionária de Jesus. Vê o que faz aos doentes e sente-se atraída. Deixa o rame-rame da vida e segue-o. Deleita-se com os ensinamentos que ouve e nem sequer se preocupa com a fome que lhe consome as energias. Mas preocupa-se Jesus: Ao ver a multidão pergunta a Filipe: Onde encontrar pão para tanta gente?. Jo 6, 1-15. Se então eram muitos, hoje são milhões.
Segundo dados do último relatório da Oxfam/ONG italiana, a situação é alarmante: “Acontece que 20 milhões de pessoas a mais que no ano anterior estão à beira da morte porque não têm alimentação suficiente: 155 milhões no mundo … A emergência é global e afeta principalmente as camadas mais vulneráveis da população, começando pelas mulheres, que em muitos casos abrem mão da comida para alimentar seus filhos”, afirma Paolo Pezzati… Em que mundo vivemos se esta emergência não está no topo das agendas políticas comuns?” E das nossas preocupações diárias?

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Edifício JARBA - Conjunto de Interesse Municipal


O Edifício da JARBA [Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro] e Oficinas, situado no Forte da Barra de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, foi classificado como Conjunto de Interesse Municipal (CIM). O documento que conclui o procedimento de classificação, assinado pelo presidente do executivo municipal ilhavense, Fernando Caçoilo, no passado dia 1 de julho, reconhece o edifício da JARBA e as oficinas como sendo “um importante testemunho do património cultural municipal, refletindo, de acordo com o estabelecido no artigo 2º da lei nº 107/2001, valores de identidade e de memória coletiva, bem como de antiguidade, autenticidade, originalidade, singularidade e exemplaridade”. 
Ao contrário do que normalmente acontece com a classificação de monumentos, neste caso não foram definidas zonas de proteção ao conjunto agora classificado, uma vez que o mesmo está abrangido pela zona geral de proteção, conferida pelo decreto que procedeu à classificação do Forte da Barra de Aveiro como Imóvel de Interesse Público (IIP), decreto nº 735/74.


NOTA: Publicado no TIMONEIRO

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Qualquer bom cidadão tem o ideal de lutar por um mundo melhor

Miguel Neto em entrevista ao TIMONEIRO

Iniciámos no mês passado, no Timoneiro, a divulgação do que vai acontecendo, na paróquia, sobre a caminhada dos nossos jovens, rumo às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que ocorrerão em 2023 em Portugal, concretamente na região de Lisboa.
Dulce Faria vai-nos elucidando sobre a forma como os jovens se vão envolvendo na comunidade, lembrando que a caminhada, já iniciada, pressupõe disponibilidade para agir nas periferias, porque é fora da Igreja que temos de mostrar aos outros “o amor ao próximo e a presença de Deus na vida deles”, referiu. Ainda nos disse que tem por companheiras, como catequistas, a Mariana Ramos e a Patrícia Teixeira.
Na conversa via e-mail que tivemos com o Miguel Neto, um dos jovens que assumem a caminhada de treino para as JMJ, ficámos a saber que o grupo reconhece que, “apesar de Deus estar sempre preparado para nos ouvir, auxiliar e amparar, nós nem sempre estamos preparados para O sentir na sua plenitude”. Por isso, vê as JMJ como “um incentivo extra para fortalecer a nossa sensibilidade”. Nessa linha, frisou que têm procurado mais informações sobre as jornadas anteriores, ao mesmo tempo que têm participado em atividades que reforcem “a união entre os membros da paróquia”.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Cesário Verde - Uma evocação

Ave-Marias

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sampetersburgo, o mundo!

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.

Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos,
Embrenho-me a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!

E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinido de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.

Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.

Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.

Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!

In O Livro de Cesário Verde

NOTA: Cesário Verde morreu neste dia, 19 de Julho,  de 1886.

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