domingo, 6 de novembro de 2016

A Invenção da Natureza

“A Invenção da Natureza 
— As aventuras de Alexander Von Humboldt, 
o herói esquecido da ciência”



“A Invenção da Natureza — As aventuras de Alexander Von Humboldt, o herói esquecido da ciência” é um trabalho de Andrea Wulf, autora de vários livros distinguidos pela crítica, li na badana desta sua obra. Entre outras tarefas, «foi escritora em residência da British Livrary em 2013 e bolseira do International Center for Jefferson Studies em Monticello». Com estas credenciais, a autora oferece-nos um livro sobre um herói esquecido que dedicou a sua vida à ciência nas múltiplas vertentes da época em que viveu (1769-1859).
Reconheço que, ao passar por uma qualquer livraria, jamais daria atenção a este volumoso livro de 545 páginas, olhando apenas para o nome do biografado, que desconhecia em absoluto. Contudo, tive a sorte de o receber como oferta pela renovação da minha assinatura anual da revista LER, que muito aprecio e coleciono. 
Pelo que li, Alexander Von Humboldt foi, realmente, uma personagem 
extraordinária para o seu e nosso tempo pelo que visitou, um pouco por todo o mundo, e pelo que estudou, divulgou e influenciou sobre a natureza, numa época muitíssimo longe das altas tecnologias e dos diversos meios de comunicação social.
Diz a autora: «Nunca antes alguém chegara tão alto e nunca ninguém respirara um ar tão rarefeito. Enquanto estava de pé no topo do mundo, olhando lá em baixo as cordilheiras enrugadas, Humboldt começou a ver o mundo de forma diferente. Viu a terra como um grande organismo vivo, em que tudo estava ligado, concebendo uma ousada nova visão da natureza, que continua a influenciar a forma como compreendemos o mundo atual.»
Sublinha Andrea Wulf que Alexander Von Humboldt era descrito pelos seus contemporâneos como «o homem mais famoso do mundo a seguir a Napoleão, mas também «feroz crítico do colonialismo», apoiando as «revoluções da América Latina». E embora admirasse os Estados Unidos, «devido aos seus conceitos de liberdade e igualdade», nunca deixou de criticar «o seu fracasso para abolir a escravatura». 
Na contracapa, citam-se algumas referências, de que destaco:

«Os ecologistas de hoje, afirma Andrea Wulf, devem tudo a Humboldt. Face ao desafio tremendo de compreender as consequências globais das alterações climáticas, a abordagem interdisciplinar deste cientista é hoje mais relevante do que nunca» (The Economist)

«A um certo nível, este livro é uma exuberante história de aventuras […] Mas é também uma fascinante história de ideias.» (Sarah Darwins, Financial Times)

«Uma biografia espantosa. […] Humboldt pode ter sido esquecido, mas as suas ideias nunca estiveram tão vivas. […] No nosso tempo as suas teorias são como profecias. Mais importante ainda, explicam o caminho a seguir. É impossível ler a Invenção da Natureza sem contrair a “febre de Humboldt”. Wulf torna-nos fãs deste homem. […] A investigação que presidiu a este livro não desagradaria ao próprio Humboldt.» (New York Review of Books)

Então, se puderem, leiam este livro. Está bem escrito, bem traduzido e com ilustrações a condizer.

Fernando Martins 

A Igreja e a Política: que Igreja e que política? (3)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Insisto neste longo e interrogativo título. Tanto no passado como na actualidade, o uso destas palavras está carregado de sentidos contraditórios. Existem muitas Igrejas. Quando se fala da Igreja Católica, muitos teimam, esquecendo o Vaticano II, em referir-se, apenas, à hierarquia eclesiástica: Papa, Cúria Romana, Cardeais, Bispos e Padres, deixando de fora a quase totalidade da Igreja. Aconteceu, entretanto, algo de muito estranho: chegou um Papa a mostrar que isso está completamente errado.
Como a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, (A Alegria do Evangelho, 2013), do Papa Francisco, é muito incómoda, procura-se fazer de conta que é um desabafo irrelevante, sem consequências. Mas ele quis deixar escrito que se trata de um documento programático e de consequências importantes,dirigido a cada cristão.
Não se trata de uma vontade de poder, de auto-afirmação, de quem quer, pode e manda, apoiado na infalibilidade pontifícia. É precisamente essa mentalidade que ele procura desterrar. A Igreja é o NÓS de todos os cristãos e é precisamente isto que Bergoglio lembra, em todas as circunstâncias, a todas as pessoas e grupos, combatendo, sem tréguas, o clericalismo sempre renascente.

sábado, 5 de novembro de 2016

“Continuo a perguntar-me se a reforma faz bem à saúde”


«"Não basta acrescentar anos à vida. É preciso que esses anos sejam vividos bem", enfatiza Maria João Valente Rosa, que dirige a Pordata, base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A demógrafa e professora universitária defende que deveria ser possível continuar a trabalhar após a reforma»

No PÚBLICO de hoje

Os reformados/aposentados têm mesmo de se questionar sobre a forma como estão a viver depois de deixarem definitivamente as suas ocupações profissionais. Mas será que a qualidade de vida lhes garante uma velhice tranquila, alegre e feliz? Ou, como sugere o texto escrito por Alexandra Campos, a reforma não faz bem à saúde?
A esta e a outras perguntas responde Maria João Valente Rosa. Mas também adianta que o ideal seria continuar a trabalhar após a reforma. E eu acrescento: na mesma profissão ou noutras.

Homenagem a João Lobo Antunes

Crónica de Anselmo Borges 


João Lobo Antunes
Para um dos colóquios Igreja em Diálogo, sobre "Religião e (In)felicidade", também convidei o professor João Lobo Antunes, para falar precisamente sobre "Sofrimento, medicina e o transcendente". Mandou-me o texto da conferência, que ainda não publiquei. O que aí fica é um brevíssima síntese, que é, julgo, a melhor homenagem que posso prestar ao amigo, médico de fama mundial, professor ilustre, homem da cultura, mestre da escrita, humanista, cristão.
"O papel da espiritualidade no contexto do sofrimento e da doença é tema que entre nós habitualmente se mantém circunscrito ao domínio de uma visão confessional da medicina ou da saúde em geral. Devo dizer que este é tópico que me tem ocupado regularmente ao longo dos anos, estimulado, quem sabe, por uma angústia metafísica que periodicamente emerge."

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

E se encontrassem o corpo de Jesus?

Equipa de cientistas anda a escavar no Santo Sepulcro. 
A descoberta de um corpo podia "abalar a fé de milhões"


Interpelações aos vivos do Deus da Vida

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus aproveita a oportunidade que a pergunta insidiosa dos saduceus proporciona para mostrar quem é Deus e afirma sem rodeios que é o Deus dos vivos e da vida. Procura assim “configurar” o rosto de Deus Pai, fonte de vida e de felicidade, aliado incondicional de cada ser humano que trata com seu filho querido. Mesmo quanto este vive situações indignas e degradantes, vítima de si mesmo ou de condições sociais e religiosas, consciente da dignidade perdida e desejoso de a ver reabilitada ou resignado na sua passividade induzida.
A pergunta dos saduceus, elite aristocrática de Jerusalém, pretende “entalar” Jesus sobre uma questão delicada: a ressurreição dos que morrem, a relação entre eles, a compreensão da vida futura. Assunto em que eles não acreditam, mas que lhes dá jeito pelas questões que envolvem. E recorrem a um suposto caso de vida em que uma família tem sete filhos que, sucessivamente, vêm a casar com uma mulher que vai ficando viúva à medida que cada um deles morre. Finalmente morre também ela. “A quem pertence no futuro, uma vez que foi esposa dos sete?
Jesus eleva a questão ao seu verdadeiro nível e diz-lhes com apoio na tradição bíblica em que eles também acreditam que Deus é Deus dos vivos, que para Ele todos vivem, que a todos oferece a ressurreição feliz. Fica desmontada a armadilha e esclarecida a verdade a respeito de Deus, do ser humano, da vocação da humanidade: acolher a vida como dom de Deus e missão nossa. A ressurreição não é um regresso, nem um prolongamento da vida presente. É novidade completa garantida por Deus e acontecida em Jesus de Nazaré, que ressuscita após a sua morte de cruz.

Concerto de encerramento do Ano Santo da Misericórdia

SÉ DE AVEIRO
12 NOVEMBRO 2016 | 21H30



No próximo dia 12 de novembro, pelas 21h30, decorrerá na Sé de Aveiro um concerto sob a direção de António Mário Costa com João Santos ao órgão, a soprano Helena Santos e com os Coros da Catedral de Aveiro e de Santa Joana.
Esta ação, integrada no encerramento do Ano Santo da Misericórdia, é organizada pela Comissão Diocesana da Cultura em parceria com a anfitriã Paróquia de Nossa Senhora da Glória.

Nota: Informação da Diocese de Aveiro

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