terça-feira, 22 de março de 2016

Uns dias ausente

VIDA NOVA

Vou estar uns dias ausente e sem horários, sem encontros e desencontros. Vou andar por aí ao sabor do sol e dos ares com a Lita… Vou rever caminhos já andados e descobrir harmonias e ambientes naturais, onde porventura possa encontrar as andorinhas que voltam sempre à casa-mãe emoldurada pelas cores primaveris. Quero ler poesia e fugir dos barulhos ensurdecedores das guerras e das politiquices enfadonhas. Ao menos uma semana, a Semana Santa que nos conduz à Páscoa da libertação, da caminhada solidária, da mudança necessária e da descoberta de novos horizontes. 
De quando em vez, não fugirei, se puder, ao espaço alargado da aldeia global para ver como param as modas. E regressarei mais confiante na certeza de que a Páscoa é, necessariamente, um ponto de partida para uma vida nova.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Semana Santa — Semana de Reflexão


A Semana Santa é uma semana para reflexão. Todo o cristão tem esta semana para vivenciar, mais de dois mil anos depois, a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, base da nossa fé. As cerimónias, desde as grandes catedrais até às mais humildes capelinhas do mundo cristão, acolhem todos os que acreditam nestes mistérios redentores do nosso Salvador.
Nesta quadra, que se perpetua dia a dia, o espírito que nos envolve e a comunhão que experimentamos proporcionam-nos uma proximidade de contornos imensos, rumo a um mundo de paz. 
É indiscutível que a vida nos desvia do essencial da mensagem evangélica ou de valores inspirados por outras conceções espirituais ou éticas, mas temos de convir que a Semana Santa dá a cada um a oportunidade de pensar, de refletir e de construir com outros e para outros as bases de uma sociedade mais solidária e fraterna.

Chegada da primavera

Crónica de Maria Donzília Almeida


Hoje, chegou finalmente a estação tão desejada, por toda a gente. Um inverno impiedoso, com chuvas intensas e frequentes, já estava a cansar. Mas apesar de o calendário nos dizer que ocorreu o equinócio da primavera, o tempo fez muitas caretas e parecia não querer deixar o sol afagar-nos, a nós humanos sedentos de calor.
Por entre abertas e pequenas garroas, o sol lá ia espreitando por entre as nuvens e a certa altura, manifestou-se em todo o seu esplendor – um arco-íris a toda a extensão do horizonte. Fiquei verdadeiramente deslumbrada com um espetáculo de tanta beleza e lembrei-me do que estudei na Física, nos meus verdes anos.
O arco-íris é um fenómeno ótico causado pela refração da luz solar, nas gotas de água da chuva, presentes na atmosfera. A refração divide a luz solar branca, em espetros coloridos, que caracterizam o arco-íris.

domingo, 20 de março de 2016

PRIMAVERA

Vamos usufruir esta primavera 
que chega de mansinho


Hoje, quando acordei e abri as janelas de par em par, o sol até parece que me chegava com uma luminosidade especial. E sorri. O dia parece dar garantias de mudança. Nem sequer me veio à mente que era o primeiro dia da primavera.
O Google confirmou e eu rejubilei por tão farto estar do inverno. O frio incomoda-me demasiado apesar de andar agasalhado. É certo que a chuva, sem grandes ventos a tocá-la enfurecido, até pode ter o seu quê de romântico, como convite à meditação, à serenidade, à solidão desejada. Mas o melhor é mesmo a primavera, por várias razões: É o anúncio do verão tão apetecido que vem a seguir, é o colorido e o aroma das flores que desabrocham, é a ressurreição das árvores e arbustos para enfrentarem nova caminhada na natureza, é a garridice do vestir e do estar das pessoas, mais leves e arejados, é a alegria e a descontração de todos em espírito de mudança.
Excelente  primavera para toda a gente.

A Páscoa do escravo

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

«Ao questionar a sua solenidade aos pés de gente, 
aparentemente, pouco recomendável, 
fez dele a bússola da Igreja.»

1. Graças a Deus, há sempre algum amigo que se julga encarregado de me chamar à “realidade”. Convidado para umas mini férias na Semana Santa, observei que, para mim, não era a melhor altura. O amigo não me largou sem uma viagem pela sua visão do mundo, em forma de sermão, que passo a resumir: isto já não vai com cerimónias, nem com as da Páscoa, nem com as outras. Estamos cercados de guerras por todos os lados e sem qualquer proposta para enfrentar a desordem mundial em que estamos mergulhados. A paixão pela dominação económica e financeira não recua diante de nada. O apelo aos direitos humanos tornou-se uma invocação de rotina.
A chamada UE já não sabe para que nasceu. A promovida divisão entre a Europa rica e a Europa pobre - divisão reproduzida também dentro de cada país – fabricou a burocracia que esvaziou o seu desígnio primeiro. Esquecida da responsabilidade solidária, parece que nenhuma refundação a poderá salvar. Continuaremos na dúvida se vale a pena discutir a dívida.

sábado, 19 de março de 2016

Vive com Jesus a sua paixão gloriosa

Reflexão de Georgino Rocha

«O amor de doação total
brilhará para sempre»

O domingo de Ramos constitui o pórtico da Semana Santa. Apresenta e celebra a Paixão gloriosa de Jesus. Faz ver as duas faces desta realidade histórica: a chegada à cidade de Jerusalém e o processo de condenação organizado por judeus e por romanos. Os rostos são muitos, embora os nomeados sejam apenas os que detém funções especiais: Lucas, o narrador do acontecido, recorre à sua fina sensibilidade e grande capacidade de observação e dá uma dignidade sóbria aos intervenientes e regista o alto sentido de cada passo daquele processo. Nele vão desfilando, um após outro, rostos em que o leitor se pode rever, por vezes, com grande precisão e clareza. Como num espelho. Nele se refletem os que, ao longo da história, sofrem o penoso calvário a que são são forçados: perseguidos, espoliados, indesejados, descartados.

A paixão e a política

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges
Pascal observou agudamente nos Pensamentos: 
"Jesus estará em agonia até ao fim do mundo; 
é preciso não dormir durante este tempo." 
Todos sabemos do "calvário" do mundo, 
e as personagens são as mesmas.

1. Jesus sabia que, a continuar nas suas palavras, atitudes e comportamentos, o que o esperava era a morte, condenado pelos poderes religiosos e políticos. Assim, realizou uma ceia, a Última Ceia: "Isto é o meu corpo", "este é o cálice do meu sangue". Aquele pão e aquele vinho são a sua pessoa entregue, para dar testemunho da Verdade e do Amor.

2. Judas era discípulo, mas sentiu-se enganado, porque Jesus não tomava o poder. Assim, entregou-o, tendo recebido trinta moedas de prata. Depois, perdido, enforcou-se. De que valera aquilo? Mas o dinheiro, em conluio com o poder político, continua a ser o móbil da entrega de milhões de inocentes à ignomínia e à morte.

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