Crónica de Maria Donzília Almeida
Foi após ter conhecido Angela Gillian, no último quartel do século XX, mais precisamente em 1976, que fiquei mais sensível ao papel da mulher na sociedade. Foi aquela socióloga americana convidada pela Faculdade de letras da Universidade de Coimbra para ministrar a cadeira de “História das Ideias e da Cultura na América” aos licenciandos em Literatura Norteamericana.
Era uma mulher vanguardista de ascendência negra que personificava a luta, dos seus congéneres americanos, pela igualdade de direitos e a sua inserção ativa na sociedade e na política. Vivia-se, nos Estados Unidos, o Bicentenário da Declaração da Independência, proclamada em 1776. Desde que as feministas americanas quiseram mudar o nome à história, propondo Herstory em vez de History…eu fiquei mais atenta à problemática da mulher!
Uma que mereceu a minha atenção e interesse foi Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nascida em Torres Novas, a 6 de outubro de 1893, que ficou para a história como Maria Lamas.