sábado, 12 de maio de 2012

A outra "Santíssima Trindade"


Por Anselmo Borges, no DN


Salvo excelentes excepções, como Frei Bento Domingues, os teólogos em Portugal não se pronunciam sobre a crise económico-financeira. Não é o caso dos teólogos em Espanha. Alguns exemplos.

1. J. I. González Faus, da Faculdade de Teologia da Catalunha, faz uma crítica acérrima à presente situação. Voltando ao documentário célebre Inside Job, num artigo ácido que intitula "Agencias de rating o de raping?", denuncia os Bancos de investimento que vendiam activos tóxicos, sabendo-o. Lá estavam os peritos da Moody's e Standard and Poors, dizendo: "são AAA (fiabilidade máxima)." Deste modo, as três agências (Moody's, S & P e Fitch) ganharam milhões. Elas poderiam ter terminado a festa, dizendo: vamos ajustar os critérios. Mas não; pelo contrário, deram triplo A a Madoff, dias antes da sua queda. Meses antes da derrocada de Lehman Bro- thers, o próprio FMI declarou que estava "em boa situação financeira e os riscos parecem baixos".

Santa Joana Princesa




Hoje, 12 de maio, é a festa em honra de Santa Joana Princesa, padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro, a que costuma aderir, com devoção, o povo, ligando-se à Câmara Municipal e à Diocese.
É um dia cheio a que gosto de me  associar, tocado decerto pela espontaneidade dos aveirenses que muito me sensibiliza. Há cerimónias cívicas na Câmara e religiosas na sé, culminando o dia dedicado à nossa padroeira com a procissão vistosa, participada e muito bem organizada pela Irmandade de Santa Joana, de colaboração com a paróquia da Glória e demais entidades.
Tanto quanto sei, Santa Joana, a princesa que trocou Lisboa por Aveiro, onde se acolheu para exercitar a sua humildade, longe dos salamaleques da corte e das honras de grandes conventos, marcou a sua presença entre nós pela reflexão, pela oração e pelo cuidado dos pobres, em época de doenças que a insalubridade da laguna provocava. E tanto bastou para que o estar próximo do povo a tenha levado às honras dos altares, passando, natural e primeiramente, pelos tronos que existem nos corações das gentes de Aveiro. Não é por acaso, por isso,  que há pela Santa Princesa tanta devoção por parte dos crentes e tanta estima e respeito dos não crentes. 

Universo numa teia de aranha




«Hoje, ao percorrer a "natureza", fotografei uma teia de aranha onde existem gotas de água... digam lá se não parece o Universo!?» Assim mesmo batizou Carlos Duarte esta fotografia que teve a gentileza de partilhar connosco. Não sei que mais apreciar: se a fotografia em si com as suas tonalidades, enriquecidas pelas gotas de água; se a capacidade do olhar do fotógrafo que o levou a ver o que muitos de nós não conseguimos ver. 
Atrevo-me a afirmar que a arte fotográfica não está apenas e só em enquadrar o tema a registar, mas também, e sobretudo, em o artista optar, com a sua sensibilidade, por motivos inéditos e raramente notados pelo comum das pessoas. Daí, os meus parabéns ao Carlos Duarte. E já agora, aqui reforço o desejo de continuar a publicar neste meu espaço as suas fotografias.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

PORTUGAL E AS CRIANÇAS

A UNICEF acusa Portugal de oferecer más condições de vida às suas crianças. É mais uma vergonha. Li aqui


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Férias com a Citânia de Briteiros à vista


Amigo Fernando:

Vi a foto que anexo e veio-me à lembrança o tempo em que andávamos por esses parques de campismo, e uma tenda era o suficiente para abrigar a família durante a noite.
Lembras-te de quando nos encontrámos na Citânia de Briteiros e tu a ralhares com o Pedro, por se ter deitado numa das muitas campas que por lá havia, escavadas nas rochas?
Da tenda passei a um atrelado-tenda, depois a uma caravana que ainda tenho, mas que, agora, de pouco me serve, dado que as pernas já não ajudam. Ao ver a foto que anexo, ainda sonhei um pouco com uma autocaravana, mas são muito caras. Mas como sonhar é fácil, estive um pouco, aqui, contigo, a lembrar o passado.
É o ocaso da vida que começa a vislumbrar-se. A foto é um ocaso de uma tarde junto da nossa ria.

Abraço

Ângelo


NOTA: Meu caro Ângelo, o ocaso da vida ninguém sabe quando é. E quando as pernas não ajudam, o que importa é ter a mente ativa, para podermos viver um dia de cada vez. Recordar é viver e com a tua ajuda hoje revivi umas férias inesquecíveis.

Um abraço

Fernando


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"Silêncio e palavra: caminho de evangelização."

Dia Mundial das Comunicações Sociais — 20 de maio 




«Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.»

Da contemplação


Do mais recente livro de José Mattoso 
que acabei de ler

«Com efeito, a contemplação mostra-nos a fantástica variedade, complexidade e coerência dos fenómenos da vida, da constituição da matéria, e da prodigiosa dimensão e regularidade do mundo cósmico. A contemplação intensifica a fruição da arte na música, na pintura, na poesia, no teatro e no cinema. A contemplação torna-nos sensíveis ao riso e à frescura das crianças e de tudo o que começa de novo. A contemplação faz-nos descobrir em toda a parte homens e mulheres inesperadamente inventivos, generosos e honestos. A contemplação inspira-nos o respeito e a admiração por quem é capaz de manter a dignidade face ao sadismo dos torcionários nas prisões e campos de concentração. A contemplação abre os nossos ouvidos ao clamor dos famintos e dos oprimidos em todo o mundo e em toda a História, e faz-nos partilhar com eles a compaixão pela humanidade ferida.

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