quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ruas da Gafanha da Nazaré: Rua S. Francisco Xavier


Rua S. Francisco Xavier



O Apóstolo das Índias que todos recordamos


Na Gafanha da Nazaré não podia faltar uma rua dedicada a São Francisco Xavier, o Apóstolo das Índias, como desde criança ouvimos chamar-lhe. Parte do cruzamento das Caçoilas, como é conhecido, perto da igreja matriz, e leva-nos até à Gafanha da Encarnação, ligando as duas freguesias mais antigas da região das Gafanhas.
Ainda sou do tempo em que esta rua era de saibro, cheia de covas, sobretudo no Inverno, provocadas pela água, com a ajuda dos automóveis e camionetas, que sempre foram muitos, fruto do desenvolvimento demográfico, social e económico. Por ela, podemos seguir para as Gafanhas da Encarnação, Carmo, Boa Hora, continuando depois até Mira e outras povoações.
A estrada que liga as duas Gafanhas, da Encarnação e da Nazaré, foi construída, segundo o Padre Rezende, na década de 20 do século passado. Refere o primeiro prior da Gafanha da Encarnação que na sessão da Câmara de Ílhavo, de 21 de Julho de 1928, sob a presidência de Dinis Gomes, foi autorizado o pagamento da despesa com a construção dessa estrada. Mais pagamentos foram autorizados na sessão de 15 de Agosto de 1931, ficando assim “estabelecida a comunicação viária entre as duas freguesias”.
E posto isto, vamos ver um pouco quem foi São Francisco Xavier, um santo que ficou na memória de todos nós e dos indianos, que veneram o seu corpo, sendo actualmente patrono da Arquidiocese de Goa e Damão.
Nasceu no Castelo de Xavier, em Navarra, em 7 de Abril de 1506. Estudou em Paris e torna-se amigo de Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a que adere.
A pedido do nosso Rei D. João III, que solicitara ao Papa autorização para enviar um grupo de jesuítas para missionar no Oriente, vem para Lisboa. Chega a Goa em 1542, mas em 1546 segue como missionário para as Molucas, Temate, ilha de Moro e Malaca.
Regressa a Goa entre 1547 e 1549, mas ainda vai para o Japão, onde assume hábitos e trajes japoneses, voltando definitivamente para a Índia em 1551. Finalmente, parte para a China no ano seguinte, mas, ao chegar à ilha de Sanchoão, adoece, acabando por morrer em Dezembro de 1552.

Fernando Martins

A Igreja Católica celebra hoje S. Francisco Xavier



O Apóstolo das Índias


Nasceu no castelo de Xavier, em Navarra (Espanha) no ano de 1506. Quando estudava em Paris, juntou-se ao grupo de S. Inácio. Foi ordenado sacerdote em Roma no ano de 1537 e dedicou se a obras de caridade. Em 1541 partiu para o Oriente. Evangelizou incansavelmente a Índia e o Japão durante dez anos, convertendo muitos à fé. Morreu em 1552 na ilha de Sanchoão, às portas da China.

Lançamento do livro "Intervenção da Igreja na sociedade portuguesa contemporânea"



(Clicar para ampliar)

Dia Mundial dos deficientes: 3 de Dezembro



TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Um dia, ao fazer uma visita ao interior de um Hospital Psiquiátrico, o seu Director depara com esta cena bizarra: um doente, ali internado, transportava um carrinho de mão, de pernas para o ar. Interpelado sobre as razões da sua atitude, respondeu, prontamente: - É que... se eu o voltar ao contrário, carregam-no com tijolos.
A interpretação do facto ficará a cargo de cada um, não me competindo a mim, entrar em divagações.
Vem isto a propósito de muitos cidadãos com quem nos cruzamos no nosso dia-a-dia, por qualquer particularidade no seu comportamento, serem rotulados de “anormais”, com toda a displicência e arrogância. Não encontrei, ainda, a bitola para classificar as pessoas, medindo-lhes as capacidades intelectuais e outras, o que talvez permitisse estabelecer claramente a barreira entre a normalidade e a insanidade mental. Quando ouço os peritos na matéria, fico cada vez mais perplexa, pois em vez de me ajudarem a “rotular” as pessoas, fico com a sensação que a loucura anda por aí a espreitar em pessoas que se intitulam de muito sãs!
As entidades oficiais adoptaram a política de inclusão dos cidadãos deficientes, no meio da grande massa dos alunos ditos normais, numa perspectiva de desenvolvimento, da aceitação do outro e da tolerância.
Se aprofundarmos bem esta questão, veremos que anda por aí muita gente com “pancas” bem declaradas, sob a capa de respeitáveis cidadãos. Chamar anormal a uma pessoa comum, apenas porque não se rege pelos parâmetros da maioria iluminada, é algo de muito perigoso e até arriscado. Chovem de cima os exemplos de anormalidade, em todos os campos de acção, sendo o político aquele donde são recrutados os maiores exemplares.
Se a imoralidade, o despudor, a par com a violação dos valores e princípios que deveriam nortear a vivência em sociedade, grassam em campo aberto, quem sou eu para olhar o meu próximo com olhos discriminadores?
Prefiro quedar-me com a frase feita: Todos diferentes, todos iguais.

M.ª Donzília Almeida

03.12.09

Efeméride: Capela de Nossa Senhora dos Navegantes


1862

Neste dia, em 1862, iniciou-se a construção da capela de Nossa Senhora dos Navegantes, junto ao Forte da Barra de Aveiro. Ainda hoje ao culto, carateriza-se pela sua arquitectura acastelada e muito simples, ao jeito do Forte que lhe fica quase em frente. Torna-se mais badalada por alturas dos festejos em honra da padroeira, venerada pelos pescadores e marinheiros. É o mais antigo templo das Gafanhas, permanecendo de pé e ao serviço da comunidade. 

Poesia para começar o dia




HOSSANA!

Junquem de flores o chão do velho mundo:
Vem o futuro aí!
Desejado por todos os poetas
E profetas
Da vida,
Deixou a sua ermida
E meteu-se a caminho.
Ninguém o viu ainda, mas é belo.
É o futuro...
Ponham pois rosmaninho
Em cada rua,
Em cada porta,
Em cada muro,
E tenham confiança nos milagres
Desse Messias que renova o tempo.
O passado passou.
O presente agoniza.
Cubram de flores a única verdade
Que se eterniza!

Miguel Torga

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Gustavo Dudamel é hoje sinal do poder que a música pode ter


Gustavo Dudamel

O fenómeno Dudamel

1. Não é nenhum jogador de futebol genial, mas vive a música como se de um jogo admirável se tratasse. Vale a pena parar diante deste maestro venezuelano de 28 anos apenas que tem o mundo a seus pés. Gustavo Dudamel é hoje sinal do poder que a música pode ter no que se refere às virtualidades de transformação social que a arte transporta. Criador do que ele chama o «sistema» musical na Venezuela, viu que para as crianças dos bairros mais pobres o carregar do violino e clarinete, o estar em ensaios de saber ouvir em grupo, o acolher a inteligência emocional da melodia, tudo isto poderia ser um pólo de motivação sem precedentes para a própria vida diária, em ordem à implementação da confiança no futuro. O nome de «Dudamel» já é uma poderosa imagem de marca que se vai estendendo por muitos países do mundo inteiro...

2. Tendo Dudamel neste 2 de Novembro estado em Portugal, na Fundação Gulbenkian para dirigir a Orquestra Juvenil Ibero-Americana, o maestro vive os seus dias entre a visibilidade mediática de Los Angeles, o “retiro” de Gotemburgo e a sua casa natal da Venezuela, que nunca abandonará. No mundo musical todos os querem pela sua energia única; aclamações são imensas: de personalidades que dizem que casos como Dudamel «surgem em cada cem anos», até ao próprio génio maestro Daniel Barenboim para quem «Gustavo tem um talento sem limites». A sua chegada em Setembro último para dirigir a prestigiada orquestra de Los Angeles marca o ponto sem retorno que deixará na história da música gravado o nome Dudamel.

3. À nossa cultura musical, ao potencial que a música poderia ser para aprender matemática, ao lugar dado às personalidades com capacidade de influência nas opções pela música no mundo da escola formal ou informal, a todos os têm capacidade de se deixarem sensibilizar com a arte, a poética e a música... faz bem conhecer histórias de vida em «Sol +» como Dudamel, não só pelo génio pessoal, mas pela capacidade (trans)formadora social.

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