quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

 
Símbolos 

A sociedade de consumo tem mau nome desde os anos 60. Nem sempre pelos bons motivos. Muitos dos críticos da sociedade de consumo beneficiam das suas vantagens, mas não gostam que elas se estendam a outros. Veja-se o automóvel a sua democratização eliminou-o como factor de distinção social e complicou a vida aos que já o possuíam, ao congestionar o trânsito. Por outro lado, a crítica "moral" soa às vezes a falso: os hippies cultivavam um hedonismo muito próximo do espírito consumista que denunciavam. 
Dito isto, é verdade que a sociedade de consumo portuguesa tem traços chocantes. A poupança dos portugueses cai desde 1990, subindo entretanto o nível de endividamento das famílias. Temos 10,6 milhões de telemóveis - mais de um por residente, incluindo crianças. Em Portugal existem mais carros por habitante do que em países ricos, como a Dinamarca. Com o reverso da medalha Lisboa é das cidades mais poluídas da Europa, apesar do vento e da proximidade do mar. 
Nos últimos trinta anos mudou em Portugal a atitude face aos símbolos de uma certa pobreza. A generalidade da população já não aceita prescindir de bens de consumo que associa ao estatuto de classe média. Nem aceita - apesar do desemprego - tarefas consideradas inferiores, como trabalhar na construção civil ou servir à mesa em restaurantes. Para isso é preciso recorrer a imigrantes, tal como acontece em França ou na Alemanha. Compreende-se a atitude de quem quer varrer da memória a pobreza ancestral. O problema está em que ter entrado para a CEE em 1986 não nos deu automaticamente a riqueza de franceses e alemães. Desde há anos que estamos, até, a afastar-nos da riqueza deles. Ora ter hábitos de rico quando se é pobre torna perigosa a situação. Sobretudo quando não se faz por produzir mais.

terça-feira, 30 de agosto de 2005

FOGOS FLORESTAIS: 240 mil hectares consumidos



Governo pode alargar a época oficial de fogos 



Os incêndios florestais consumiram desde o início do ano uma área estimada em 240 mil hectares e o Governo poderá optar por alargar a época oficial de fogos, fixada actualmente em 30 de Setembro. Os dados foram apresentados esta terça-feira numa conferência de imprensa na Presidência do Conselho de Ministros, onde o ministro da Administração Interna, António Costa, admitiu a possibilidade de ser alargada a época de fogos, estabelecendo como data limite para essa decisão o dia 15 de Setembro. 
A decisão do Governo está dependente das condições meteorológicas e da evolução da situação, mas António Costa frisou que, tal como este ano foi antecipada em quinze dias, a época de fogos também poderá ser necessário prolongá-la em termos operacionais. Os custos vão depender do número de dias e dos meios a mobilizar, acrescentou o ministro, referindo que estão já esgotados os contratos para horas de voo, nos meios aéreos de combate, e que será necessário pagar horas extraordinárias, o que está previsto nos contratos. 
O Governo está a fazer uma avaliação da situação, que prevê uma revisão da actuação dos meios de primeira intervenção. António Costa defendeu que, além de outras medidas, é necessário apostar na vigilância terrestre por via pedonal. António Costa sublinhou que Portugal vive este ano o pior risco de incêndio dos últimos cinco anos, com um baixo nível de humidade no solo, tendo aumentado a área ardida em 7,5% face à média 2000-2004. 
Até 28 de Agosto, a Direcção-Geral de Recursos Florestais registou 28.670 incêndios: 6.093 fogos florestais e 22.577 fogachos, que consumiram 166.339 hectares, valor já confirmado no terreno. A mesma direcção-geral estima, contudo, que o total da área ardida - incluindo a dos últimos incêndios dos últimos dias - ronde os 240 mil hectares, valor obtido através da analise de imagens de satélite.

Fonte: Diário Digital

VATICANO: Abertas as portas do diálogo


Bento XVI e o chefe da Fraternidade ultraconservadora Pio X 
tiveram ontem um encontro 

O Papa Bento XVI e o chefe da Fraternidade Pio X tiveram ontem um encontro, que será, segundo se pensa, o primeiro passo para o diálogo, com vista ao regresso daquele grupo ao seio da Igreja Católica. 
Recorde-se que a Fraternidade Pio X, fundada pelo Bispo Marcel Lefèvre, foi afastada da Igreja por João Paulo II, por não aceitar as regras impostas pela Santa Sé. Ontem, Bento XVI abriu um caminho para o retomar do diálogo, ao receber, de manhã, em Castelgandolfo, o superior geral da Fraternidade Pio X, discípulo daquele bispo dissidente, que entretanto foi excomungado por João Paulo II em 1988, por se opor às inovações do Concílio Vaticano II e por não aceitar o espírito ecuménico e o encontro com religiões não cristãs. Esta foi uma aproximação discreta, mas que pode traduzir uma abertura de Bento XVI, face à Fraternidade ultraconservadora.

IMIGRANTES: Sistema de quotas não funciona

Governo promete apresentar, 
até final do ano, 
alterações à actual lei 


O sistema de quotas para resolver a entrada de imigrantes em Portugal não funciona. A garantia foi dada por Rosário Farmhouse, do Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados, à Rádio Renascença (RR). O Governo promete apresentar, até final do ano, no Parlamento, alterações à actual lei. Já hoje o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras considerou o sistema por quotas demasiado rigoroso. Para Rosário Farmhouse, o mecanismo tem falhas graves: “para instituir um mecanismo destes há que ter em conta a aplicabilidade dos mecanismos”.“Um relatório que é quase uma Bíblia para quem quer vir para Portugal, se, por acaso, a profissão que a pessoa quer exercer não consta do relatório por lapso, quem quer vir exercer essa profissão não pode vir e o conselho que dão é fingir que vem fazer outra coisa. Ora, assim, não vamos longe” - conclui. 
Uma ideia também defendida pelo Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas. O Pe. António Vaz Pinto diz que o actual sistema não funciona. É muito lento e burocratizado. “É facto que o sistema não funciona. Isto significa que é um sistema tão lento e tão burocratizado que as pessoas ou não imigram ou vêm por via ilegal. Ou os patrões que querem ter imigrantes não esperam meses e meses. Acabam por contratar pessoas em formato ilegal. Portanto, é qualquer coisa que tem que ser profundamente revista” – explicou O Pe. António Vaz Pinto, Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, à Antena Católica.

Fonte: Ecclesia

QUERCUS quer mais impostos para carros poluentes

A QUERCUS, uma associação ambientalista que luta incansavelmente contra quem polui, veio agora defender o agravamento do Imposto Automóvel para carros poluidores. Quer que os compradores de viaturas a gasóleo sem filtros de partículas paguem mais 500 euros de imposto. Para justificar esta medida, a QUERCUS argumenta que "em Portugal, em 2000, só devido às partículas mais finas de origem antropogénica (causadas pelo homem), a esperança de vida é em média cinco meses menor do que se não existissem as concentrações elevadas que temos".
Já que se fala de poluição do ambiente, causada pelos veículos motorizados, penso que seria bom cumprir-se a legislação em vigor, no que diz respeito à poluição sonora. Um dia destes, por exemplo, algumas motorizadas e minimotorizadas perturbavam tudo e todos com a estridência dos escapes livres, perante a indiferença das autoridades.
Claro que não me vejo no papel de delator seja de quem for, mas penso que não posso ficar calado perante os abusos dos aceleras, sem que lhes sejam aplicadas as multas correspondentes. Mas se é verdade que alguns são multados, não posso deixar de deduzir, perante a regularidade com que alguns poluem a atmosfera, que muitos agem como se nunca ninguém os incomodasse.

F.M.

FORTE DA BARRA: Nossa Senhora dos Navegantes

Festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes 


Como manda a tradição, vai realizar-se no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré, no dia 18 de Setembro, a festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que inclui a procissão pela Ria, com o andor de Nossa Senhora e muito povo.
A procissão sai do Clube Stella Maris às 14 horas e meia hora depois começa o desfile pela laguna aveirense, com a incorporação de embarcações diversos, nomeadamente moliceiros e mercantéis, lanchas, traineiras e barcos de recreio.
Como a festa vai ter um festival de folclore, organizado pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que é também o responsável por estes festejos, na procissão participam ainda os grupos e ranchos convidados e a Filarmónica Gafanhense.
A festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, venerada pelos pescadores e outros marítimos, conta com a participação do povo da região ribeirinha, e não só.

F.M.

Crianças de Risco

Em Fátima, de 6 a 9 de Setembro, "Crianças em risco" vai ser tema da Semana Social
A realidade das crianças em situações de risco vai estar em discussão, no auditório do Centro Paulo Pastoral Paulo VI, em Fátima, entre os dias 6 e 9 de Setembro, semana em que decorre a XXIII Semana Nacional da Pastoral Social, que este ano tem como tema “Crianças em risco: um direito e um dever”. Participam na iniciativa vários especialistas no estudo desta questão, que abordarão as problemáticas das crianças em situações de risco, as correntes ideológicas de solução, o abandono, a violência ou a adopção.
Os interessados em participar podem inscrever-se junto dos serviços diocesanos da Pastoral Social.

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