Mensagens

O Papa Bento XVI nos Estados Unidos

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Embora evitasse temas tão sensíveis nos Estados Unidos como a democracia e a discriminação das mulheres na Igreja ou a pena de morte, por exemplo, há quase unanimidade no reconhecimento do êxito da visita. Dois objectivos principais moviam o Papa: tentar sarar as feridas profundas na Igreja e no país, causadas pelos abusos sexuais de padres com menores, e a visita à sede das Nações Unidas. Quanto aos abusos sexuais, logo no voo a caminho de Washington, disse aos jornalistas que sentia “profunda vergonha”. Outra coisa, aliás, não poderia dizer. De facto, trata-se de pelo menos quatro mil padres pedófilos que abusaram de muitos milhares de menores. É repugnante e intolerável, tanto mais quanto a Igreja tem um discurso moral duro e até intolerante sobre a sexualidade. A Igreja perdeu, pois, autoridade moral e muitos crentes sentiram-se abalados na sua confiança. Em sucessivas intervenções, o Papa referiu o incalculável sofrimento infligido por esses padres e reprovou que a hierarquia tenh...

Na Linha Da Utopia

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A crise do arroz 1. Cerca de metade da população mundial tem no arroz a sua base alimentar. Este mapa cresce tanto mais quando tomamos consciência da acentuação demográfica da Ásia, populações nas quais o arroz se assume quase como uma matriz cultural. A reconfiguração mundial da globalização económica vai-nos trazendo os seus efeitos inevitáveis, e a adaptação aos novos contextos é tarefa sempre difícil. Lembramo-nos de há algumas semanas a crise dos cereais, nomeadamente de trigo, ter despertado as instâncias económicas mundiais para cenários de crise sem precedentes, ou não fosse o trigo da base do pão, o elemento mais básico da alimentação, das mesas humanas. 2. Sem alarmismos, mas na consciência realista do que está a acontecer, vem agora o alerta estatístico da crise no mercado mundial do arroz, tido de «consequências imprevisíveis». O preço tem subido em catadupa, recordes de sempre são batidos. Os níveis de produção são, desproporcionalmente, dos mais baixos desde a década de...

ESTÔMAGOS VAZIOS GERAM REVOLUÇÕES

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O trigo subiu 130 por cento O problema da escassez de alimentos começa a inquietar o mundo. O tema já foi abordado, com oportunidade, pelo meu colaborador Vítor Amorim, hoje e aqui no meu blogue, mas será sempre bom voltarmos a ele, porque tudo quanto se disser não será demasiado. Em opinião, na coluna lateral, Ferreira Fernandes, do Diário de Notícias, lembra até que “o estômago vazio é que dá horas às revoluções, não a falta de liberdade”. E é verdade. O PÚBLICO de hoje dedica umas boas seis páginas ao assunto, porque é importante reflectir com muita seriedade, sob pena de perdermos a carruagem da busca de soluções, que são inadiáveis. Ao abordar a questão da fúria dos pobres, lembra que ela já está em campo, prenunciando revoluções sociais de consequências imprevisíveis, apoiadas, essencialmente, na falta de pão. Recorde-se, antes de mais, que os preços baixos da alimentação duraram 40 anos e que, de um dia para o outro, as subidas foram simplesmente brutais, segundo o PÚBLICO: o m...

CHINA ACEITA DIALOGAR COM DALAI LAMA

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Afinal, os protestos sempre surtiram efeito. A China já aceitou dialogar com Dalai Lama , o líder espiritual tibetano. No entanto, a imprensa chinesa não desarma e prossegue com os seus ataques, dando pouca importância à oferta do regime de Pequim. Dalai Lama, contudo, já afirmou que quer discussões "sérias" com a China, porque em causa está a liberdade e a defesa da cultura tibetana. Vamos esperar para ver. De qualquer forma, o facto de Pequim acolher os próximos Jogos Olímpicos, já por si pode estar na base deste diálogo. Ainda bem.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 75

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Prova caligráfica de João Simões Amaro, em 9 de Julho de 1930, na escola da Cambeia. O professor atribuiu-lhe a classificação de Bom. (clicar na foto para ampliar) TINTEIROS, CANETAS E APAROS Sentados nas carteiras, dois a dois, três a três ou mesmo quatro a quatro, começávamos por gatafunhar com os lápis de bico mais ou menos rombudo. Falaremos deste e de outros lápis quando nos dedicarmos ao desenho; hoje fiquemos pela escrita no papel... Durante largos meses, os nossos dedos faziam equilíbrios mirabolantes no lápis (por mais que esticássemos o dedo indicador nunca estava na posição correcta! Que martírio...) Quando, por alturas do Carnaval, passávamos para a letra miudinha do livro de leitura, a nossa Professora mandava-nos comprar uma caneta! No nosso tempo na loja só havia daquelas redondas e coloridas. O primeiro encantamento era pois para os “traços e arabescos” que atravessavam ou corriam ao comprido do nosso novo e mágico instrumento; depois era o aparo a que se chamava “bico...

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 7

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As comemorações do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro prosseguem. A Secção Filatélica e Numismática do Clube dos Galitos associa-se à efeméride, com a realização da Mostra do Mar – mostra filatélica subordinada ao tema Mar. Esta iniciativa realizar-se-á de 2 a 7 de Maio, nas instalações da antiga Capitania do Porto de Aveiro (no centro da cidade). O carimbo comemorativo será lançado sábado, dia 3 de Maio, pelas 14h00, no local da Exposição. A partir das 15h30m, realizar-se-ão três palestras subordinadas aos seguintes temas: - “Os Estaleiros dos Mónicas na história da construção naval na Ria de Aveiro”, pelo Capitão João Batel; - “História Postal – Correio Marítimo”, pelo Dr. Luís Frazão; - “Pesca do Bacalhau – uma viagem”, pelo Capitão Marques da Silva. Aveiro, o Clube dos Galitos, a Secção Filatélica e Numismática e a Comissão das Comemorações do Bicentenário da abertura da Barra aguardam pela vossa visita.

PONTES DE ENCONTRO

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Falta de alimentos e respostas, porquê? Tanto no dia 27 de Março como no dia 17 de Abril, do corrente ano, tive a oportunidade de partilhar dois textos sobre dois bens que estão a influenciar, cada vez mais, o destino do mundo: o preço do petróleo e a escassez e o aumento dos cereais. Em ambos os casos, procurei transmitir uma ideia que me parece óbvia: o mundo entrou em “roda-livre” e ninguém parece entender-se nele, ou seja, nem nos mercados mais liberalizados e concorrenciais pode valer tudo. Agora, ninguém assume responsabilidade por nada e quando são tomadas algumas medidas têm, sempre, um carácter pontual e temporário, pelo que a necessária estratégia global e concertada, com líderes capazes de a executarem, está na casa dos sonhos. Mesmo nas economias de mercado-livre e concorrencial, mais ou menos liberais, tem que haver regras e regulamentos a cumprir, para além dos organismos de supervisão que têm que fiscalizar e regular os próprios mercados. Parece, no entanto, que alguém s...

Um poema de Orlando Figueiredo

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Um navio de rosas Como se fosse o princípio do mundo olhei o mar dos teus pensamentos e decidi construir um navio de rosas Tinha duas rotas qual delas a mais bela O navio quedou-se encalhado nos teus dedos As rosas dormem comigo todas as noites Orlando Jorge Figueiredo

CALORZINHO: Como ele sabe bem!

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Hoje, o calorzinho encheu-me as medidas. Quase nem podia sair de casa, tão forte é ele. E alguém se me queixou, dizendo que estava insuportável. Respondi que assim é que está bem, desde que chova de quando em vez, de preferência à noite. À noite, para podermos usufruir da natureza acolhedora que nos envolve. E como a Net está a dormitar, decerto com o calor, dando-me cabo da cabeça, por aqui me fico com votos de bom fim-de-semana, se possível em espaços verdes, como este que vos ofereço.

Basquetebol na Gafanha da Nazaré

Hoje resolvi assistir a um jogo de basquetebol no Pavilhão Desportivo da Gafanha da Nazaré. Devia esse gesto ao meu neto Ricardo que joga nos iniciados do Grupo Desportivo da Gafanha. Sempre gostei de desporto, mas ultimamente tenho-me situado ao nível do sofá, para ver o que se joga e como se joga na televisão. Reconheço, contudo, que a nossa juventude precisa de estímulos, porque o desporto, quando bem orientado, é uma riquíssima escola de virtudes. Gosto de ver basquetebol, por me parecer um desporto que não pactua com violência entre atletas. À menor falta ou toque no adversário, a punição vem logo. Quem quer ganhar tem de mostrar não só habilidade mas também muito treino. No confronto com o Esgueira, o Gafanha perdeu, desta vez, por 66 – 81. No fim do jogo, porém, não faltaram os aplausos para as duas equipas, que se portaram com muita dignidade, mostrando que têm treinado bastante. Não é de um dia para o outro que estes jovens acertam com o cesto. Foi bonito de ver o entusiasmo d...

25 de Abril

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Comemora-se hoje mais um 25 de Abril. Houve os tradicionais discursos comemorativos na Assembleia da República, um dos símbolos da liberdade então conquistada. Assembleia que se vestiu de gala para recordar uma data histórica que marcou a era de uma nova democracia. Paralelamente às celebrações oficiais ao nível mais alto do Estado, registo o silêncio na grande maioria das autarquias portuguesas, afinal um símbolo do Poder Local que se enraíza nas conquistas de Abril. Esse silêncio, malhas que a ignorância e a injustiça tecem, merece ser combatido. Realmente, sem o 25 de Abril, não teríamos um Poder Local tão expressivo e tão defensor dos interesses das nossas gentes. Ouço e leio quanto baste para saber que o 25 de Abril tem defensores acérrimos e críticos ferozes. Uns e outros, ao que julgo, terão algumas razões para cantar vitórias e para manifestarem a sua tristeza. Ambas as situações encarnam beneficiados com a liberdade e condenados à pobreza. Há tempos, entre amigos, falava-se di...

O 25 DE ABRIL E O FUTURO

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Passados 34 anos sobre o 25 de Abril de 1974, altura em que foi derrubado o regime que vigorou em Portugal durante quarenta e oito anos, muitas são as opiniões divergentes, que ainda hoje se fazem sentir. É natural e salutar que assim seja. Para uns, tratou-se do corolário de uma luta, de décadas, que culminou na “revolução dos cravos”, acabando com o regime fascista, corrupto, ditatorial e sangrento que governava Portugal. Para outros, foi o fim do sonho do grande império colonial, que começava no Minho e acabava em Timor, sendo um dos baluartes dos valores cristãos e da luta anticomunista que o mundo ocidental travava contra os chamados “países da cortina de ferro”. Para alguns, o 25 de Abril, foi uma oportunidade de assumirem a personagem de “vira-casaca” adaptando-se às novas circunstâncias criadas e tirando delas os máximos benefícios, em proveito próprio. Um outro grupo de portugueses – bem minoritário – para quem o 25 de Abril de 1974 representava uma ruptura com um passado bolo...

A CIDADE ENCHEU-SE DE ALEGRIA

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A afirmação é de Lucas, o médico. Expressa o ambiente social criado pela actuação de Filipe, o fugitivo de Jerusalém, após a morte de Estêvão. Relaciona a verdadeira alegria com Jesus Cristo. Atesta a simpatia e a atenção que as multidões lhe dispensam. Testemunha a transformação operada na cidade liberta de males ameaçadores. O anúncio de Jesus é feito por palavras acompanhadas de gestos concretos. A união de ambos torna credível a mensagem. O povo da Samaria, apesar de praticar uma religião híbrida, adere cheio de entusiasmo. O facto torna-se notícia e chega a Jerusalém. Os Apóstolos vêem-se perante uma situação nova e enviam Pedro e João para verificarem o sucedido. Reunida a assembleia, oram e confirmam o trabalho feito por Filipe, impondo as mãos aos que haviam sido baptizados. E o Espírito Santo revela-se presente com os seus dons e dando os seus frutos. Aceitar Jesus é viver este dinamismo de transformação, nascido no coração e configurado nos comportamentos sociais; é reconhece...

BICENTENÁRIO DA BARRA DE AVEIRO - 6

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(Clicar nas fotos para ampliar) O Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro continua a ser lembrado na exposição que está patente ao público na antiga Capitania. Se ainda lá não foi, aproveite esta boa oportuniada. Eu fui ver a exposição mais uma vez. Tive pena de não encontrar por ali muita gente. E o mais curioso é que a mostra está num lugar central da cidade. Depois queixamo-nos de que entre nós não há acções culturais de relevo.

FORTE DA BARRA NA AGENDA POLÍTICA

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Tenho-me dado conta de que o Forte da Barra começa a estar na agenda dos partidos políticos. Isso mesmo se verificou no programa "Discurso Directo" da Rádio Terra Nova . Já não era sem tempo. Penso que o património histórico que nos foi legado pelos nossos antepassados deve estar, permanentemente, tanto na agenda dos partidos políticos como nas preocupações de todos nós. Por isso, congratulo-me com o interesse manifestado, deixando aqui, ainda, uma palavra de estímulo a todos, para que o Forte da Barra não caia no esquecimento. FM

Modernidade, casamento, família e divórcio

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Li, com cuidado, a longa “Exposição de motivos”, dezasseis folhas, nada menos, com que o PS apresenta e justifica o seu Projecto de Lei, no qual propõe Alterações ao Regime Jurídico do Divórcio e que, a meu ver, vai acelerar a destruição da família. Aqui se verifica que a modernidade com seus postulados é para os legisladores da maioria, e neste ponto com outros colegas a ler pela mesma cartilha, o novo dogma e o ponto de partida indiscutível para leis e orientações superiores. Na modernidade estão implícitos os apregoados “valores republicanos”, como é evidente. Deste modo, o que, por sua natureza, tem carácter de responsável e permanente dá de mão beijada lugar ao transitório e ao efémero, sem história nem futuro, ainda que culturalmente disseminado e acolhido por muita gente. Trata-se de um legado, pobre e discutível, que se transmite para o futuro de um país que, em alguns aspectos essenciais, já vagueia sem rumo, nem sentido. O destino de um povo não pode estar dependente de corre...

A MEMÓRIA DE 1506

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A MEMÓRIA DE 1506. Esta ideia de civilização era tão recente. Estavámos em 70. d.C. e a destruição de Jerusalém obrigou à dispersão dos judeus pelo mundo, ao exílio, diáspora, גלות. Até meados do século XV, a Península Ibérica foi um mundo possível para os judeus sefarditas. Em Portugal, obtiveram relativa liberdade religiosa e destacaram-se na vida pública até que veio um doloroso baixar de pano. As perseguições começaram em Espanha: em 1355, 12 mil judeus morreram em Toledo; em 1391, foram 50 mil em Palma de Maiorca. A Inquisição iniciou operações e o terror alastrou em larga escala, veio o édito de expulsão e milhares de judeus procuraram refúgio em Portugal. Triste rumo. Leia mais aqui e aqui

O marnoto de Santiago

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Morreu o senhor Manuel. Com os pés desfeitos e o coração aos pedaços. Vivera os últimos tempos de pobre envergonhado, que só estendia a mão a quem o conhecia. Triste e injustiçado protagonista de uma história que merecia outro fim. Falei aqui dele. Uma generosa voluntária, obreira de amor e de caridade que percorre ruas e casas do Bairro, deu-me a notícia da sua partida sem regresso. Sabia que já não o encontraria, mas fui ao Bairro. Falei com vizinhos e amigos, ali junto ao café onde nos encontrávamos e conversámos. Porque persiste, como chaga cruenta, a pobreza imerecida? Porque vale tão pouco o trabalho honesto dos humildes, que morrem tristes e desiludidos com uma sociedade ingrata, onde a uns sobra e a outros falta, onde uns contam milhões e outros nem sequer tostões? Porquê? Porque se empenham tanto legisladores e governantes em leis e decisões que se consolam o individualismo de uns, destroem a vida e a esperança de outros? Porque não se preocupam os donos do poder, com os pobre...

Na Linha Da Utopia

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XVIII FITUA: privilégio para Aveiro 1. A tradição está criada, a qualidade sempre garantida. As gentes da cidade acolhem o XVIII FITUA – Festival Internacional de Tunas da Universidade de Aveiro. Como todos os anos, é em beleza que se iniciam as festas académicas. Da organização cuidadosa da TUA - Tuna Universitária de Aveiro ( http://www.tua.com.pt/ ), núcleo cultural da Associação Académica da Universidade de Aveiro, o FITUA dá o verdadeiro espírito da confraternização festiva da cidade com a universidade, dos estudantes com a sociedade em geral. Faz-nos bem, a uma comunidade construtiva chamada a ser participativa, apreciar este esforço que traz a Aveiro tunas de estudantes de outras paragens: este ano o FITUA, além da habitual presença colaboradora dos da casa e de Portugal, no espírito animado intercultural que caracteriza as juventudes, Aveiro acolherá tunas de Espanha e Peru. 2. A estimulante história é longa, no mar alto, já é o XVIII FITUA. Nas sociedades do futuro, na histor...

PORTUGUÊS DE OUTROS TEMPOS

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"Cartas Familiares e Bilhetes de Paris", de Eça de Queiroz, edição de 1922 Diccionário de Portuguez, edição de 1874 "Segredos Necessarios", edição de 1861 Para os críticos do Acordo Ortográfico, aqui ficam três pequenas amostras do Português de outros tempos.

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DO DIREITO DE AUTOR

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O " Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor " é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril. Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão. Não ficaria de bem com a minha consciência se neste dia, à semelhança do que tenho escrito neste meu espaço, não abordasse a importância dos livros e das leituras. Faço-o, então, na convicção de que ainda há muita gente que menospreza a riqueza que nos vem dos livros e da certeza que alimento, no sentido de educarmos os mais novos para as leituras. Um dia destes falei aqui da carrada de papéis que ac...

NOVOS TEMPOS

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Nos meus tempos de menino e moço, na Gafanha da Nazaré, só havia a Igreja Católica. Tempos depois, um gafanhão, Manuel Vilarinho, alfaiate de profissão e pessoa de leituras, aderiu, sem eu saber porquê, ao protestantismo, arrastando, consigo, boa parte da família e muitos amigos. Ainda hoje essa Igreja existe na Gafanha da Nazaré, com membros que vêm do trabalho de Manuel Vilarinho, de quem fui amigo, enquanto ele foi vivo, e que hoje recordo com saudade. Lembro, agora, a “guerra” que houve na Gafanha da Nazaré com a comunidade protestante nascente… E senti bem como os protestantes dominavam os católicos, que de Bíblia pouco sabiam. Mas foi complicado o relacionamento. Houve ofensas, ataques pessoais e boicotes ao estabelecimento comercial do meu amigo Manuel Vilarinho. Depois, com o tempo, tudo se esqueceu. Ainda bem. Falo disto hoje por causa da Páscoa Ortodoxa que anuncio no meu blogue. Com a imigração, novas gentes assentaram arraiais em Portugal, um pouco por toda a parte. E com e...

PÁSCOA ORTODOXA

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Celebra-se na próxima noite de sábado, dia 26 de Abril, a Ressurreição de Cristo, ou Páscoa Ortodoxa, entre os que seguem o velho calendário juliano. Em Aveiro, a liturgia terá lugar às 22.30h na igreja da paróquia ortodoxa de S Nicolau, situada na Estrada de S Bernardo, nº 267. A partir das 21,30 o pároco estará disponível para a confissão, seguindo-se a Celebração da Luz às 22.30h no espaço fora do templo, após o que se continuará com a Divina Liturgia e Àgapes no final.

PONTES DE ENCONTRO

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O poder da palavra O ser humano é o único ser vivo da Terra que utiliza a palavra como meio de comunicação intrapessoal (consigo mesmo) e interpessoal (com o outro). A palavra é um símbolo que expressa uma ideia e está intrinsecamente relacionada com a nossa mente. A mente, por sua vez, está relacionada, directamente, com os nossos sentimentos, as nossas emoções, os nossos impulsos, o nosso corpo, as nossas atitudes e as nossas acções. A palavra, escrita ou falada, por cada um de nós, pode ter uma grande influência na maneira como vivemos, pois é através dela que a maioria das pessoas comunica com o mundo externo (os outros) e o interno (nós próprios). Ainda, não há muito, a sociedade, em geral, valorizava a palavra, naquilo que ela de melhor pode e deve representar. Expressões do género: "Dou-lhe a minha palavra de honra!", "A sua palavra basta-me.", e tantas outras, valiam mais que qualquer documento assinado e atestado oficialmente. A palavra fundia-se com a próp...

Manuela Ferreira Leite candidata a líder do PSD

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Está confirmada a candidatura de Manuela Ferreira Leite à liderança do PSD. É, pelo que se ouve e sabe, a candidatura mais consensual para arrumar a casa do maior partido da oposição. No entanto, os críticos de tudo e mais alguma coisa já avançaram com a ideia de que Manuela Ferreira Leite é passado e que Pedro Passos Coelho é que será o futuro do PSD. A partir de agora não hão-de faltar os especialistas em vasculhar o passado para porem a descoberto as eventuais decisões menos felizes da antiga ministra das Finanças e da Educação. Tão certo como três mais dois serem cinco. Para esses especialistas, o que importa é criar, a todo o custo, a desestabilização, por mais sérios e competentes que sejam os políticos. FM