segunda-feira, 1 de maio de 2023

Uma passagem pelo Jardim Oudinot



Passámos hoje pelo Jardim Oudinot na hora do café. O café-bar está em pleno na certeza de que não faltarão clientes, ansiosos por saborear uma bebida num ambiente de sala de visitas arejada e acolhedora. E por ali encontrámos gente conhecida que conhece os cantos e recantos da nossa terra como nós.
Naquele espaço de lazer, não faltou gente a inaugurar a época das merendas à sombra do arvoredo, sempre apetecido por quem passa a semana a trabalhar. Famílias sentadas no chão iam petiscando enquanto a criançada brincava com a bola, tentando imitar o Ronaldo. E a nossa visita terminou em jeito de ensaio para novas passagem por este belo recanto da Gafanha da Nazaré.

Lindo dia para os trabalhadores



Diz-se que do tempo falamos quando não temos mais nada que dizer. Mas que temas se poderão abordar, face ao lindo dia que hoje, Dia do Trabalhador, veio apoiar as festas próprias das celebrações que estão a decorrer neste momento, um pouco por toda a parte?
Os trabalhadores têm, pois, razões para dar asas aos seus desejos e necessidades de diversão, compensadores dos esforços de cabeça e braços no dia a dia nos seus espaços de trabalho, quantas vezes monótonos e agressivos.
Embora pessoalmente não seja muito festeiro, por temperamento e peso da idade, aprecio quem sai de casa com a merenda para ser degustada à sombra do arvoredo ou no areal de uma praia, com a família ou em grupo. E se houver música e outras diversões, ainda melhor. Um feliz dia para todos os que trabalham nos empregos e mesmo em casa.

Filhos da Ria

Torreira - 1967

Todos os que nascemos e vivemos nas margens da Ria de Aveiro somos filhos dela. E nela todos brincávamos. No inverno, porém, ensaiávamos nas valas mestres nas alturas das chuvas. E não é que todos sabíamos, também, das artes das construções navais?

Nota: Fotografia do livro "AVEIRO - Imagens de um século". Do espólio de coisas de Aveiro deixadas por João Sarabando.

Dia Mundial do Trabalhador - 1.º de Maio



À volta desta Igreja, vai acontecer a festa ligada ao Dia Mundial do Trabalhador, 1.º de Maio. Música, divertimentos, comes e bebes, alegria, convívios, de tudo um pouco para esquecer agruras da vida.

Em 1 de Maio de 1891, numa manifestação em França, morrem dez operários e meses depois, em Bruxelas, a Internacional Socialista proclama o 1.º de Maio como dia internacional para as reivindicações de melhores condições de trabalho.
Outros países, sobretudo os mais industrializados, seguem o exemplo dos pioneiros. Havia países em que os operários tinham de trabalhar 16 horas por dia, muitas vezes em condições péssimas e mesmo desumanas. Na nossa terra, nas secas e não só, trabalhava-se de sol a sol.
Em Portugal houve celebrações 1.º de Maio muito incipientes. Na primeira República, os sindicalistas chegaram a ser perseguidos e durante o chamado Estado Novo foram proibidas manifestações sindicais. Só com o 25 de Abril, com as portas que se abriram às liberdades fundamentais, é que o 1.º de Maio passou a ser celebrado, como o Dia Mundial do Trabalhador. É feriado nacional e as festas de e com trabalhadores generalizaram-se a todo o território português.
Manifestações, comícios, convívios, com organização das Centrais Sindicais ou mesmo sem elas, os nossos trabalhadores, agora debaixo de um conceito mais alargado, sentem este dia como seu, respeitando-o como homenagem a todos os que, com o seu esforço físico e científico, mas também com a sua capacidade criativa, constroem riqueza e alimentam projetos de dignificação do homem e da mulher para os nossos tempos.

Fernando Martins

domingo, 30 de abril de 2023

Viver nas fronteiras

Crónica de Bento Domingues
no Público

Já há 50 anos, havia quem chamasse a atenção para as resistências à mudança das congregações e ordens religiosas: ou se renovam ou morrem dentro de 150 anos. Bergoglio não se resigna.


1. O Papa Francisco tem um sentido muito agudo do tempo. Repete que já não estamos em regime de cristandade. Estamos a viver, não simplesmente uma época de mudanças, mas uma mudança de época e lembra a afirmação de Newman: “Aqui, na terra, viver é mudar.”
Não se trata de procurar a mudança pela mudança nem de seguir as modas, mas é preciso ir recuperando o tempo perdido. Assumiu a observação do cardeal Martini: a Igreja ficou atrasada 200 anos [1].
Já há 50 anos, havia quem chamasse a atenção para as resistências à mudança das congregações e ordens religiosas: ou se renovam ou morrem dentro de 150 anos. Bergoglio não se resigna.

Estrada Aveiro - Barra

30 de Abril de 1861

                         



Com a conclusão do lanço da Gafanha ao Forte, terminaram neste dia os trabalhos de construção da estrada da Barra, iniciados em 12 de Março de 1860. - Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pg. 181.

sábado, 29 de abril de 2023

Antigos alunos da EICA em convívio

                                       

A vida não pode ser apenas trabalho, mais trabalho e preocupações. O ser humano, gregário por natureza, tem de conviver para partilhar ideias, sentimentos e emoções. Quem o não fizer corre o risco de se perder no mundo agitado e tantas vezes barulhento dos nossos dias. Daí a necessidade dos encontros entre pessoas, familiares ou não, que nos são sugeridos ou proporcionados.



Antigos alunos da EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) participaram hoje num almoço-convívio no restaurante Marisqueira da Costa Nova, recuperando uma tradição que foi interrompida por razões impostas pelo COVID-19.
Responderam à chamada cerca de 40 convivas com predominância de cabelos brancos. Aspeto dos convivas de acordo com as idades, de anos diversos, mas com a lucidez à altura das circunstâncias.
Nos rostos dos participantes notava-se a alegria espontânea de quem estava feliz, prova evidente de que conviver dá-nos anos de vida.


A organização coube, como não podia deixar de ser, ao António Rosa Novo, velho amigo com traquejo nestas iniciativas, que assume, aliás, com enorme naturalidade. Onde ele se mete, sabe os riscos que corre, mas nada o assusta. Um aplauso meu e garantidamente de todos pela sua determinação, na certeza de que, no próximo ano, o Rosa Novo, voltará a indicar o local, dia e hora do almoço-convívio.
Como é normal, fala-se de tudo e mais alguma coisa: Professores que nos deixaram saudades, colegas que já não estão no mundo dos vivos, brincadeiras que partilhámos, profissões que exercemos e estados de saúde que enfrentamos. E de vez em quando uma ou outra historieta para animar.
Sentimos a falta de alguns colegas que não puderam participar, por razões de saúde ou outras, e aqui manifestamos o desejo de que no próximo ano haja mais antigos alunos da EICA no convívio.
A Marisqueira soube receber-nos muito bem.

Fernando Martins

Não basta. Nem chega


"Entre as fraquezas da democracia está a mais citada: é o regime de todos, incluindo os não democratas e os antidemocratas. Além desta, outras fragilidades mostram bem como, mais do que imperfeita, a democracia tem vícios, alimenta vícios e premeia vícios. O regime democrático inclui corruptos, mentirosos, exploradores, ladrões e os representantes das várias cáfilas conhecidas. A democracia coexiste ainda com cunhas, droga, machismo, assédio sexual e tráfico de influências. Muitos destes vícios e defeitos têm de ser tratados com civilização. Outros, com a justiça e o Estado de direito. Quando estes últimos falham, perde a democracia."

Do Texto de António Barreto
no PÚBLICO de hoje

Poemas de Amor: Cantiga



Deixa-te estar na minha vida
Como um navio sobre o mar

Se o vento sopra e rasga as velas
E a noite é gélida e comprida
E a voz ecoa das procelas
Deixa-te estar na minha vida

Erguem-se as ondas, mãos de espuma
Aos céus em cólera incontida
E o ar se tolda e cresce a bruma
Deixa-te estar na minha vida

À praia um dia, erma e esquecida
Hei, com amor de te levar
Deixa-te estar na minha vida
Como um navio sobre o mar

Cabral do Nascimento

In "366 poemas que falam de amor", 
uma antologia organizada por Vasco Graça Moura

O enigma da pessoa humana

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

"Nunca trates os seres humanos como coisas, mas sempre como sujeitos e pessoas."

Com as biotecnologias, um dos novos continentes científicos é o cérebro, e a pergunta é se, com os avanços neste domínio, o enigma do ser humano será finalmente superado ou se, pelo contrário, ele permanecerá. Grandes debates se travam entre as neurociências e a filosofia, precisamente por causa de temas candentes e incendiários, como a subjectividade, a autodeterminação, a vontade livre.
Sobre estas questões, o filósofo e professor da Universidade de Tubinga Manfred Frank deu há algum tempo uma longa entrevista ao alemão Die Zeit. O que aí fica reflecte esse debate.
A questão da subjectividade pertence ao núcleo da reflexão humana. Embora algumas correntes filosóficas falem da sua dissolução, penso que o sujeito é ineliminável. Argumento, mostrando que a condição de possibilidade de objectivar -- no caso do Homem, de objectivar-se -- é o sujeito, de tal modo que, por mais que objective de si mesmo, nunca se objectivará completamente, já que continuará a ser o sujeito que (se) objectiva.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Associação Náutica com nova direção

José Maria Troia 
é o novo presidente

        

José Maria Troia foi eleito presidente da direção da Associação Náutica e Recreativa da Ga­fanha da Nazaré (ANRGN) para o triénio 2023-2026 e tomou posse no dia 14 de Abril, sucedendo no cargo a Hum­berto Rocha. Os novos órgãos sociais foram eleitos na assembleia geral da associação, realizada no dia 31 do passado mês de março. José Maria Troia terá como vi­ce-presidente Manuel Júlio Vilelo. A mesa da assembleia geral será presidida por João Campolargo e o conselho fiscal por Raul Martins.
Criada em 1996, a ANRGN surgiu com a missão de criar condições que permitissem o parqueamento de embarcações a motor, quer na água, quer em terra.

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