A Boca da Barra de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, é sempre um atrativo para quem chega, de perto ou de longe, para refrescar as ideias.
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
DIA MUNDIAL DA LIBERDADE
O Dia Mundial da Liberdade celebra-se a 23 de janeiro, por decisão da ONU e proclamação da UNESCO. Mas, para nós, portugueses, o Dia da Liberdade é no dia 25 de Abril, que todos cultivamos, por razões que ninguém ignora.
Todos sabemos que a liberdade é um direito de os seres humanos poderem optar pelas suas próprias escolhas e decisões, sem nunca esquecerem os legítimos direitos dos outros. Aliás, é a partir desse direito que traçamos as nossas opções de vida. Assim o possamos fazer no dia a dia da nossa existência.
TERRA DA ALEGRIA E DA JUSTIÇA
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
O Pe. Alberto Neto era não só, nesses encontros, uma festa contínua, como despertava, com liberdade, a liberdade e a alegria dos outros, em relação a tudo e a todos
1. Tinha previsto, para esta crónica, a ressonância actual do texto do Evangelho seleccionado para a Missa deste Domingo, cheio de avisos para a escolha das lideranças de qualquer associação, religiosa ou não. Sem recorrer a todo o passado, a Igreja Católica sofre, hoje, trágicas consequências de não ter sido atenta ao que escondia o carreirismo eclesiástico, finalmente denunciado pelo Papa Francisco. As respostas prontas a um convite, para colaborar nas aventuras de um projecto novo, podem ser comandadas por desejos contrários aos inscritos no convite. O texto é de S. Mateus com paralelos nas outras narrativas evangélicas.
No seu retiro no deserto, Jesus tinha sido assaltado por messiânicas tentações diabólicas. Rejeitou-as radicalmente. Entretanto, tendo ouvido dizer que João fora preso, abandonou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar na Galileia dos gentios.
domingo, 22 de janeiro de 2023
JOSÉ MATTOSO NASCEU NESTE DIA
José Mattoso, grande medievalista, completa hoje, 22 de Janeiro, 90 anos. Acabei de saber há pouco e não resisto à ideia de sublinhar o facto, pelo respeito e admiração que tenho por ele, desde que o descobri.
Diversos livros de sua autoria e coleções que orientou sobre temas em que era e é especialista têm lugar de destaque nas minhas estantes. E quando no meu espírito bailam dúvidas é a ele que recorro.
Permitam-me que transcreva um texto que já publiquei no meu blogue: «O historiador José Mattoso foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes 2019, atribuído pela Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, para destacar um percurso ou obra que, além de atingirem elevado nível de conhecimento ou criatividade estética, refletem o humanismo e a experiência cristã. O alto valor científico da sua investigação historiográfica, o pensamento sobre a identidade nacional portuguesa e a trajetória espiritual foram algumas das virtudes relevadas pelo júri, que decidiu, por unanimidade, atribuir pela primeira vez a um historiador aquele prémio.»
sábado, 21 de janeiro de 2023
DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO
Celebra-se nesta data, 21 de Janeiro, o Dia Mundial da Religião. Esta celebração nasceu em 1949 com o propósito de promover, tanto quanto possível, a aproximação, cooperação e eventual união, em diversas iniciativas, de todas as religiões existentes no mundo. Tarefa muito difícil ou mesmo impossível, contudo seria muito bom que todas se respeitassem mutuamente, sem guerras nem proselitismos.
Este dia ganharia muitíssimo se fosse possível programar ações em comum, fundamentalmente ao nível da espiritualidade e das artes. Vamos pensar nisso?
UMA AVÓ DA MINHA INFÂNCIA
Há anos, alguém teve a gentileza de me oferecer esta fotografia, como sendo de uma gafanhoa dos tempos dos nossos avós. Por essa altura, ainda conheci muitas velhinhas que se vestiam assim, sobretudo se eram viúvas. Depois, as mulheres deixaram de usar chapelinho (acho que era assim que se chamava) e o xaile também passou de moda.
Esta velhinha, de luto pesado, com chanatos, meias grossas, saia e blusa pretas e avental da mesma cor, com lenço a cobrir todo o cabelo, era, realmente, uma mulher conformada com a vida.
Haja uma, ao menos, que se apresente assim no nosso Etnográfico. Mas que não seja uma moça jovem, que naqueles tempos as raparigas já não se apresentavam desta maneira.
NOTA: Não conheço a origem da foto. Não há quem me possa ajudar?
A HERANÇA DE BENTO XVI
Na presente crise gigantesca da Igreja, impõe-se continuar com a reforma que o Papa Francisco pôs em marcha. Para ela, há que contar também com contributos e reflexões de Bento XVI, apesar das duras críticas que justamente se levantam contra ele. Não se pode esquecer que a primeira herança a ter em conta é justamente Francisco. Repare-se em algumas dessas reflexões, que mostram não ser possível contrapor pura e simplesmente Francisco e Bento XVI. Ficam aí alguns exemplos.
CASA GAFANHOA MERECE UMA VISITA
A Casa Gafanhoa merece ser visitada por todos os gafanhões, mas não só. Sei que algumas escolas aproveitam as visitas para os alunos ficarem com uma ideia da vida de outros tempos, mas há muita gente que passa indiferente pela casa que foi de um gerente e sócio de uma empresa ligada ao bacalhau, Virgílio Ribau, cuja esposa, Maria Merendeiro, era agricultora.
As visitas podem ser feitas às quartas-feiras, da parte da tarde, ou a pedido.
Na imagem, pode apreciar-se o poço de rega, a sala do Senhor e a cozinha.
Contactos: 234 040 938 ou 911 599 733
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
EÇA DE QUEIRÓS PROFETA?
«Portugal tem atravessado crises igualmente más — mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não […] e os homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política.»
Eça de Queirós, Correspondência (1891)
Publicado na revista LER há anos
JESUS ANUNCIA O DEUS DA MISERICÓRDIA
Reflexão de Georgino Rocha
para este fim de semana
Os nazarenos ouviram notícias acerca de Jesus e sentiam-se orgulhosos. Finalmente um “filho” da terra tinha nome e fama. De Cafarnaum, sobretudo, provinham comentários muito abonatórios e religiosos. E Jesus lembra-os no comentário tenso ocorrido na sinagoga após a proclamação do «manifesto do Reino» feita a partir do texto de Isaías. “Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. Finalmente, alguém podia “resgatar” a memória das vítimas trucidadas pela repressão romana e fazer ressurgir a consciência e a dignidade da autonomia “nacional”.
Orgulhosos acolhiam Jesus nas visitas que fazia à terra natal, depois do início da missão em público. A fama credenciava a recordação agradável da vida em família, da convivência com a vizinhança, do cumprimento dos preceitos religiosos, na simplicidade na arte de ganhar ao pão e de fazer algo socialmente útil. Acolhiam e gostavam de o ouvir falar, pois dizia “palavras cheias de graça” de que suscitavam pergunt7as existenciais.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
EUGÉNIO DE ANDRADE NASCEU NESTE DIA
Homenagem a um grande poeta
POEMA DE INVERNO
Veio de longe, e mal chegou
partiu para mais longe ainda:
só o tempo justo para fazer
das águas dormentes do meu trôpego
coração
um rumor de sílabas matinais.
Como toda a gente que partilha
com luz a sua vida
era muito inocente, trazia do local
onde nascera
o ardor das coisas do mar.
Não sei de alegria tão pura
como a que morava nas molhadas
pedras dos seus olhos,
e baila ainda nas chamas
em qualquer lugar da casa.
Ao fim da tarde, o canto
do pequeno pássaro e o vento diziam
a mesma coisa: não deixes o incêndio
do deserto invadir-te o coração.
Sem que tu o suspeites, sequer.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
POEMA DE INVERNO
Veio de longe, e mal chegou
partiu para mais longe ainda:
só o tempo justo para fazer
das águas dormentes do meu trôpego
coração
um rumor de sílabas matinais.
Como toda a gente que partilha
com luz a sua vida
era muito inocente, trazia do local
onde nascera
o ardor das coisas do mar.
Não sei de alegria tão pura
como a que morava nas molhadas
pedras dos seus olhos,
e baila ainda nas chamas
em qualquer lugar da casa.
Ao fim da tarde, o canto
do pequeno pássaro e o vento diziam
a mesma coisa: não deixes o incêndio
do deserto invadir-te o coração.
Sem que tu o suspeites, sequer.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
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