quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Dádiva preciosa


"O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa e não uma amarga obrigação"

Einstein


Em Escrito na Pedra - PÚBLICO de hoje

terça-feira, 13 de setembro de 2022

As pontes da nossa terra



Mais um recanto da Gafanha da Nazaré com ponte da Cambeia e palmeiras ao fundo. E dos lados, espelhos de água tão presentes na alma dos gafanhões.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Casa do Povo da Gafanha da Nazaré

 

No TIMONEIRO de Setembro de 1973, publiquei a seguinte nota:

Casa do Povo

Há dias, foram convocados os proprietários e agricultoras para uma reunião em que se decidia a criação ou não da Casa do Povo. A grande maioria dos presentes pronunciou-se favoravelmente e logo foi formada a Comissão Organizadora que ficou assim constituída:
Presidente — Dr. Humberto Rocha; Vice-presidente — Manuel dos Santos Medeiro; Secretário — Prof. Salviano Augusto da Silva Conde; Tesoureiro — Ângelo Ribau Teixeira; 1.º Vogal — José Maria Nunes; 2.º Vogal — Gabriel Ribau Nunes.
Os requerimentos da Junta de Freguesia e da Comissão Organizadora, bem como os estatutos da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, seguiram já para Lisboa donde se aguarda despacho favorável de sua Excelência o Senhor Ministro das Corporações e Previdência Social.
Espera-se que a Casa do Povo venha proporcionar a todos os agricultores os benefícios da previdência de que estavam tão carecidos.
Além disso, a Casa do Povo terá uma missão cultural que muito contribuirá para a formação de novas mentalidades.

Livros do passado para o futuro

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Sem esquecer as questões que sacodem o fenómeno religioso a nível mundial, hoje, desejo evocar algumas das minhas leituras e releituras na praia seca do meu convento, durante o passado mês de Agosto.

1. Recomendei, para as férias, os 4 livros mais famosos do passado e do presente, com o desejo de continuarem a ser a alegria do nosso futuro. Esses livros são os quatro Evangelhos canónicos do Novo Testamento, sem ignorar o contributo dos chamados apócrifos. Embora sejam algo posteriores aos canónicos, tornaram-se uma das grandes fontes da imaginação da pintura cristã através dos séculos[1].
Sem esquecer as questões que sacodem o fenómeno religioso a nível mundial, hoje, desejo evocar algumas das minhas leituras e releituras na praia seca do meu convento, durante o passado mês de Agosto.

domingo, 11 de setembro de 2022

Os amigos



OS AMIGOS

Esses estranhos que nós amamos
e nos amam
olhamos para eles e são sempre
adolescentes, assustados e sós
sem nenhum sentido prático
sem grande noção da ameaça ou da renúncia
que sobre a luz incide
descuidados e intensos no seu exagero
de temporalidade pura

Um dia acordamos tristes da sua tristeza
pois o fortuito significado dos campos
explica por outras palavras
aquilo que tornava os olhos incomparáveis

Mas a impressão maior é a da alegria
de uma maneira que nem se consegue
e por isso ténue, misteriosa:
talvez seja assim todo o amor


José Tolentino Mendonça
Em "A Noite Abre Meus Olhos"

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Marcas do passado — Ponte da Cambeia


Aqui fica, para a posteridade, esta marca do passado — Ponte da Cambeia — que nos dava passagem para o Forte e para a ponte de madeira que nos ligava ao Farol.

Quem se recorda do professor Carlos?


Mais um emigrante, Nuno Silva, neto do professor Carlos, que me examinou na terceira classe, se me não falha a memória, teve a gentileza de me enviar fotos de seu avô. Diz-me que está a trabalhar no Brasil e que possui mais fotografias antigas.
Na foto, o professor Carlos está à esquerda. O seu bisavô, José Maria Simões, pai de Maria do Carmo, esposa, portanto, do professor Carlos, está à direita. Não conhece os dois que estão no centro.

Graças à Internet, o longe torna-se perto e em segundos podemos comunicar, conversar e trocar informações.
O Nuno disponibiliza-se para me ceder mais fotos com evocações de tempos que já passaram há muito. E pode ser que alguém consiga identificar os dois retratados ao centro.

Obrigado Nuno

O convite de Jesus: Alegrai-vos comigo

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXIV do Tempo Comum 

Lucas, médico de grande sensibilidade e ternura, anota as “intenções” dos que seguiam Jesus e o contraste que se ia acentuando. Os indesejados da sociedade escutam-no com interesse. Os defensores da ordem estabelecida fazem-se ouvir em comentários críticos. Publicanos e pecadores aproximam-se. Fariseus e escribas distanciam-se. Jesus, como sábio narrador de contos e “histórias”, aproveita a circunstância para realçar, uma vez mais, a sua missão de dar a conhecer o autêntico rosto de Deus Pai. E que bem que o faz! - Lc 15, 1-32
Recorre a exemplos da vida corrente: pastor que busca a ovelha perdida, dona de casa que procura a moeda desaparecida, o pai de dois filhos com comportamentos diferentes. Em cada um destes casos, destaca traços que configuram o modo de ser e agir de Deus: o apreço pela harmonia e proximidade que se alteram inesperadamente: a ovelha perdida do rebanho, a dracma desaparecida na casa da dona, o jovem aventureiro ansioso de liberdade e de novas experiências.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Dia Internacional da Alfabetização

Andei, há anos, envolvido em tarefas de alfabetização de adultos. Eram tempos de sensibilizar as pessoas para aprenderem a ler, para posteriormente se habilitarem a fazer o exame da quarta classe, necessário para ingressarem num trabalho estável, dando acesso a carreira profissional, com algumas garantias de futuro.
Andei de terra em terra pelo Distrito de Aveiro, criando e apoiando cursos, com recurso, inúmeras vezes, aos professores e párocos das freguesias, muitos deles sensíveis à problemática da alfabetização. Isto antes do 25 de Abril e ainda depois dessa data histórica.
Um dia, numa aldeia, pastoreada por um prior idoso, lancei a ideia de abrir um curso para homens e mulheres. O prior concordou e tratei de tudo para que o curso começasse a funcionar o mais depressa possível. Tudo feito, era necessário avisar a população para se inscreverem em determinado lugar, para as aulas funcionarem à noite, depois dos trabalhos. E o prior ficou encarregado de avisar nas missas, lembrando a importância de saber ler, escrever e fazer contas.
Tempos depois, apareci na freguesia para saber o resultado. E dirigi-me ao senhor prior:
— Então, senhor prior, há muitas inscrições?
E ele saiu-se com esta:
— Fiquei a pensar… O senhor acha que eu ia colaborar numa saída de casa, depois do sol posto, de rapazes e raparigas, homens e mulheres, para aprenderem a ler? Não conte comigo.

Fernando Martins

O Profeta - Da Beleza

Nas arrumações, veio à minha mão "O Profeta" de Khalil Gibran. E deparei com a página Da Beleza. Aqui partilho umas frases que podem ser ponto de partida para um qualquer momento de reflexão.


Depois, um poeta disse-lhe: Fala-nos da beleza. E ele respondeu:
«Onde procurais a beleza e como a encontrareis se ela não for o vosso caminho e o vosso guia?
E como falareis dela se ela não for o artesão que tece os vossos discursos?

O aflito e o ferido dizem:
«A beleza é a ternura e a doçura,
qual jovem mãe tímida no seu esplendor, ela caminha entre nós.»

E o irascível diz: 
«Não, a beleza é poder e terror.
«Tal como a tempestade, ela agita a terra por debaixo de nós e o céu sobre nós.»

O cansado e o fatigado dizem: 
«A beleza é um doce murmúrio, ela fala à nossa alma.
«A sua voz ecoa aos nossos silêncios, qual luz tímida que palpita por medo da sombra.»

Mas o inquieto diz: 
«ouvimos os seus gritos nas montanhas,
«e com os seus gritos veio o ruído dos passos, o esvoaçar das asas e o rugir dos leões.»

(...)

Arrumar é preciso

Mais uns dias e tudo estará arrumado

Ausente dois dias deste meu espaço de partilhas por motivo de arrumações, retomo o trabalho. Arrumar é preciso de vez em quando, sobretudo porque gosto de mudanças. Os mesmos ambientes cansam-me. O mais do mesmo mexe comigo. É da minha natureza. E ganho sempre quando altero os meus hábitos.
Estou no meu sótão, apesar de se tornar perigosa a subida, no dizer dos meus, mas com cuidado cá estou.
Nesta altura, procuro recantos para arrumar papelada, mas demora,  porque revistas, discos, CD, fotografias, velharias,  livros e demais objetos carregam memórias, encontros, amizades e participações pessoais em diversas frentes. E é tudo isto que me  dá vida.

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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