As flores, quando apreciadas com serenidade, envolvem-nos de tal modo que nos deixam extasiados pela sua beleza. Como podemos ficar indiferentes perante o colorido das suas pétalas que se instala no nosso cérebro?
domingo, 24 de julho de 2022
Coleção RTP vendeu 15 milhões de exemplares
Não há receitas
que funcionem para sempre
Manuel Alberto Valente, editor e escritor, publica semanalmente, na E (revista do EXPRESSO), uma crónica interessante, que tem por título O outro lado dos livros, cuja leitura não dispenso. Aborda questões obviamente relacionadas com o que se tem editado, o que se editou há anos, mas também conta histórias vivenciadas com escritores e escritoras com quem se encontrou ao longo da sua vida de editor.
Na revista de 15 de Julho, Manuel Alberto Valente diz que a coleção RTP é constituída por cem livros, começando por “Maria Moisés” de Camilo e terminando com “Os Lusíadas” de Camões. Sublinha na sua crónica que “foi um extraordinário sucesso, tendo vendido 15 milhões de exemplares” na década 1970, sendo hoje “impossível de repetir”.
O editor, que conhece bem o mercado dos livros, adianta que, segundo a Pordata, os 15 escudos, preço de cada exemplar, corresponderiam hoje a 5 euros. A venda apoiou-se numa máquina bem montada, com carrinhas e 3500 postos de venda, quando não havia mais de 600 livrarias no país. Refere também, entre outras considerações pertinentes, que “não há receitas que funcionem para sempre”.
Como fui um dos que adquiriram a coleção na altura e como era novo, com saúde e gosto pela leitura, li e guardei a minha primeira coleção de livros que ilustra este texto.
Fernando Martins
sábado, 23 de julho de 2022
Francisco no Canadá em "peregrinação de penitência"
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
Não se pode duvidar de que o cristianismo foi e é fermento de bondade, de alegria, de fraternidade, de tomada de consciênicia da dignidade infinita de ser ser humano, de esperança e sentido, Sentido último.
no Diário de Notícias
1 - Não tenho dúvidas em afirmar que Jesus trouxe ao mundo por palavras e obras a melhor notícia que a Humanidade ouviu e viu. Por isso se chama Evangelho, que vem do grego (notícia boa e felicitante): Deus é bom, Pai/Mãe de todos. Jesus morreu para dar testemunho disso: da Verdade e do Amor.
Esta mensagem deu frutos através dos séculos. Cito Antonio Piñero, agnóstico, grande especialista em cristianismo primitivo. Depois de declarar que Jesus afirmou a igualdade de todos enquanto filhos de Deus, escreve que, a partir deste fermento, "se esperava que mais tarde chegasse a igualdade social. Se compararmos o cristianismo com todas as outras religiões do mundo, vemos que essa igualdade substancial de todos é o que tornou possível que com o tempo se chegasse ao Renascimento, à Revolução Francesa, ao Iluminismo e aos direitos humanos. Isto quer dizer: o Evangelho guarda, em potência, a semente dessa igualdade, que não podia ser realidade na sociedade do século I.
Fome de conhecer o mundo
Quando leio, vejo ou oiço descrições de viagens pelo mundo, bem contadas, sou invadido pela tristeza e pela certeza da minha dificuldade em confirmar, in loco, as belezas retratadas. Há pessoas com sorte na vida. Nesse aspeto, embora tenha passado por alguns países da Europa, nunca pude fixar-me em qualquer deles, uns simples dias, para visitar as memórias das grandes cidades. E em Portugal, que conheço um pouco, ainda estou longe de poder apreciar muitos dos seus recantos com que frequentemente sonho.
Não sei porquê, mas a história e a vida dos grandes burgos, como a pacatez das pequenas povoações, sempre me atraíram. Gosto de me confrontar com hábitos diversos, de apreciar marcas do passado, de ver e ler os feitos dos íncolas, de contemplar as paisagens que nos oferecem cores, formas e cheiros variegados. Gosto de experimentar ares frescos e calores que aquecem realmente, gosto de contemplar gentes no seu casario tradicional, de calcorrear ruas sinuosas e rios cantantes, gosto de ouvir o linguajar do povo e de apreciar serranias e planuras, gosto de me quedar, de olhares nos horizontes, numa qualquer esplanada, mesmo com barulho em redor. Mas como sou vivo, graças a Deus, pode ser que um dia destes possa deambular por aí, nem que seja por aqui à volta, para saciar um pouco esta fome de conhecer o nosso mundo.
Fernando Martins
Nota: Texto reescrito
sexta-feira, 22 de julho de 2022
PARDILHÓ: Algumas memórias
Igreja Matriz de Pardilhó |
Busto de Jaime Ferreira da Silva |
Casa das Ferreira da Silva |
Em tempo de férias para muitos trabalhadores e estudantes, vou lembrando algumas que vivi com a família, um pouco por todo o lado. Diversas vezes assentávamos arraiais em Pardilhó, terra das origens da Lita.
A Igreja Matriz, sempre bem arranjada, limpa e asseada, era frequentada com a assiduidade normal de família assumidamente católica. No largo de Pardilhó, dedicado ao sábio e prémio Nobel da Medicina, Egas Moniz, que por ali viveu na juventude com seu tio abade da paróquia, há o busto de Jaime Ferreira da Silva, médico que foi, entre outros cargos, Governador Civil de Aveiro. Defronte da igreja assinala-se a existência da casa das Ferreiras da Silva, irmãs de um Bispo e de um Monsenhor conhecidos pelos mesmos apelidos. Era passagem obrigatória para umas compras e uns dedos de conversa.
Rezai assim: Pai nosso. Somos irmãos. Temos Pai
Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XVII do Tempo Comum
A resposta de Jesus abre novas dimensões ao pedido que o seu discípulo lhe faz para ensinar o grupo a rezar. São dimensões familiares que manifestam o ser de Deus, na sua relação connosco, que o fazem presente nas entranhas filiais de cada humano, que o definem e tornam reconhecido como a fonte de vida comum que gera “um nós” inconfundível e original. Constituem, por isso, a verdade que nos identifica e consolida na existência e a realidade performativa que nos impele a viver, cada vez mais, de acordo com a matriz do nosso ser humano. Lc 11, 1-13.
O Evangelho senta-nos no banco da “escola de oração” de Jesus. Ensina que a oração do crente deve ser um diálogo confiante de uma criança com o seu “papá”. Com Jesus, o crente é convidado a descobrir em Deus “o Pai” e a dialogar frequentemente com Ele acerca desse mundo novo que o Pai/Deus quer oferecer aos homens. Padres Dehonianos.
quinta-feira, 21 de julho de 2022
Serra da Boa Viagem - Pôr do Sol
Por casa, os meus pensamentos não descansam. E os sonhos também. Ontem, tive bem presentes, por companhia, lembranças da Figueira da Foz e da Serra da Boa Viagem.
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Dia do Amigo
O Dia do Amigo (ou da Amizade?) celebra-se hoje, 29 de Julho, e a sua origem remonta a 1969, data da chegada do homem à Lua, que demonstra a importância da união dos homens para alcançar objetivos. Realmente, todos sabemos que a união faz a força.
Todos temos decerto muitos amigos, mas há uns especiais, aqueles que nos acompanham nas horas boas e menos boas. E ao longo da minha vida tive sempre amigos de coração.
De muitos já perdi o rasto, alguns emigraram e outros tantos já faleceram. Alguns da juventude afastaram-se por razões de casamento ou mudança de residência, mas há sempre uma palavra quando eventualmente nos encontramos. Contudo, vão surgindo muitos amigos nos caminhos da vida.
Para todos, vai um abraço de muita amizade.
Fernando
terça-feira, 19 de julho de 2022
Crianças austríacas na Gafanha da Nazaré
Há anos andei a recolher informações sobre crianças austríacas acolhidas em Portugal depois da guerra 1939-1945. Não descobri muitas... Haverá por cá quem se lembre de algumas?
Fani e France, com a avó, foram duas crianças austríacas que viveram na Gafanha da Nazaré, em casa das "Caçoilas", junto aos semáforos, perto da igreja matriz. Depois, quando foi possível, regressaram à sua pátria e de lá enviaram esta foto, com uma dedicatória no verso. Foi o Leopoldo, leitor assíduo do meu blogue, que ma emprestou, com a informação de que as crianças foram tratadas por sua mãe, Maria, e tia, Aurélia. Penso que ainda será possível encontrar, em qualquer canto das gavetas, fotos de crianças que foram acolhidas por Portugal, depois da segunda grande guerra. Se as tiverem, gostaria de as publicar.
Nota: Publicado em Julho de 2009 num dos meus blogues.
segunda-feira, 18 de julho de 2022
A vida já é curta
"A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo"
Victor Hugo,
(1802-1885),
Escritor
As mulheres deste Domingo
Crónica de bento Domingues no PÚBLICO
Marta representa o estatuto subordinado da mulher que não tinha acesso ao conhecimento da Palavra de Deus. Era essa a situação com que Jesus estava sempre confrontado e que não aceita.
1. Quem frequenta a Missa dominical, sabe que, normalmente, se confronta com três textos bíblicos e um Salmo. Quando são lidos com alma e competência, são um regalo. Se, além disso, a música e o canto são de boa qualidade estética, a liturgia é um prazer. Aí começa a transfiguração das comunidades e das pessoas.
Neste Domingo, a passagem do Antigo Testamento é uma bela e misteriosa narrativa do livro Génesis sobre uma visita inesperada de Deus a Abraão junto do célebre carvalho de Mambré [1].
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