Mensagens

No Porto com Gaia à vista

Imagem
  De passagem pelo Porto, tive oportunidade de apreciar o Douro e o casario da outra margem, a Vila Nova de Gaia, como sempre a conhecemos. É cidade, mas gosta de ser conhecida como Vila. É o terceiro município mais populoso do país, depois de Lisboa e Sintra. O Vinho do Porto estagia por ali, com rio à vista. E quem sabe se logo mais, depois do jantar, não saborearei um cálix do precioso néctar que os ingleses ajudaram a internacionalizar!

RIA DE AVEIRO vista por António Arroio

Imagem
«A região de Aveiro é uma pequena Holanda em clima e luz ocidentais. Provavelmente pela extensa superfície de evaporação de centos de hectares de água salgada, toda esta região se distingue no norte do país pela luz irisada que a banha e de momento a momento muda de tom. Por vezes julgamo-nos aí transportados a uma região ideal.» António Arroio, engenheiro e crítico,  Porto, 1856; Lisboa, 1934 "Origens da Ria de Aveiro”,  de Orlando de Oliveira

De que espírito somos?

Imagem
Crónica de Bento Domingues  no PÚBLICO A invasão da Ucrânia recebeu o apoio do Patriarca de Moscovo, Cirilo I. Do ponto de vista cristão é inevitável a pergunta: qual é o espírito que move este Patriarca? 1. Continuamos a viver, em muitas partes do mundo, tempos de confusão política e religiosa. A guerra voltou a esta Europa cansada de paz e sem memória das vítimas de um passado não muito longínquo. A invasão da Ucrânia, por mandato de Vladimir Putin, actual presidente da Rússia, recebeu o apoio do Patriarca de Moscovo, Cirilo I. Do ponto de vista cristão é inevitável a pergunta: qual é o espírito que move este Patriarca? O Espírito de Cristo – Espírito do Pentecostes – é um apelo universal à paz e à partilha dos bens da natureza destinados a todos os seres humanos. Não me pertence julgar as suas convicções e intenções, mas também não posso fechar os olhos e os ouvidos, embora não tenha de acreditar só no que é apresentado pelos meios de comunicação e das redes sociais.

Dia Mundial do Ambiente

Imagem
Celebra-se hoje, 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente. A data foi escolhida em 1972, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente. Pretende-se levar todo o mundo a refletir sobre a necessidade de preservar a natureza, nas suas mais diversificadas situações, evitando “ofensas” levadas a cabo pelas pessoas, mas também pelas estruturas a  diversos níveis, nomeadamente de natureza industrial.  Sendo certo que as escolas e outras instituições têm neste âmbito um papel determinante na formação das crianças e jovens, importa sensibilizar todas as populações e estruturas sociais, culturais, empresariais e políticas para o culto da natureza, sob pena de hipotecarmos o nosso futuro, que é também o futuro da humanidade. Repare-se nas devastações causadas pelas guerras que minuto a minuto os meios de comunicação social mostram ao mundo. 

Chora e feijão assado

Imagem
A Gastronomia de Bordo “ Chora e Feijão Assado — A Gastronomia de Bordo na Pesca do Bacalhau” é uma edição da coleção “A Nossa Mesa” e uma homenagem à cozinha tradicional portuguesa, sobretudo bacalhoeira. Assim se lê na contracapa do livro que tem o carimbo do Museu Marítimo de Ílhavo e da Câmara Municipal, mas ainda do Turismo Centro Portugal. Trata-se de uma obra destinada a toda a gente, em especial aos amantes da cozinha e dos bons e tradicionais petiscos. Na apresentação, lembra-se que esta edição teve origem no Festival Gastronomia a Bordo, que decorreu em 2018, apoiado no Projeto “Territórios com História”. Sublinha-se a importância da investigação inédita de Pedro Miguel Silva, que "nos apresenta uma retrospetiva histórica da gastronomia dos navios de pesca do bacalhau,  traçando a vida alimentar a bordo". Refere-se a contribuição da curadora do festival, a Chef  Patrícia Borges, que "trabalhou as receitas a partir de fontes escritas  e sobretudo orais, com as ...

RIA DE AVEIRO vista por Luís de Magalhães

Imagem
Palheiro de José Estêvão Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar, Desta mesma risonha e plácida paisagem, Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem Se reflectiu no teu embevecido olhar! Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar, Refazer, para a luta, as forças e a coragem, Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem, Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar… Por isso o coração aqui me prende assim! E, da saudade, quando, ao remorder acerbo, Tua figura evoco e ressuscito em mim, Vejo-te errar na praia — emocionado engano! — Buscando a inspiração do teu ardente verbo No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano! Luís de Magalhães "José Estêvão — Estudos e Colectânea”

Linguajar dos gafanhões de outros tempos

Numa das minhas passagens pelos meus blogues,  encontrei este texto de Maria Donzília Almeida.  Resolvi republicá-lo para não se perder com a passagem dos anos PARA SORRIR...  Em tempos que já lá vão, apresentaram-se duas comadres para baptizar uma criança, juntamente com a mãe, da mesma. O abade inquiriu: Então como se vai chamar a criança? A 1.ª comadre respondeu: — Botelhana, Sr Prior! Botelhana! A 2.ª comadre retorquiu: — Prantelhana, Sr Prior, Prantelhana! Por fim, a mãe da criança também se pronunciou e anuiu: — Eu Cudcana. Depois de ter ouvido as três versões, o padre ficou confuso e levou algum tempo até descobrir. Afinal, isto traduzia a maneira de falar das gentes da Gafanha, nos princípios do século passado e todas queriam dizer o mesmo. Já naquela altura, como sempre, se aplicava à linguagem oral, a lei do menor esforço, pelo que, o povo despende a menor energia possível, para pronunciar as palavras (acto de fonação). Assim, o que as comadres queriam, realment...

Babel, Pentecostes e uma ética global

Imagem
Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias A revolução a caminho é a dos pobres e humilhados, que nada têm a perder. 1. Fazemo-nos e construímo-nos uns aos outros; desfazemo-nos e destruímo-nos uns aos outros. Lá está o mito da Torre de Babel, um mito que transporta uma verdade fundamental e dá que pensar, como escreveu o filósofo Paul Ricoeur. Um dia - está escrito no Génesis - os homens disseram: Construamos uma cidade e uma Torre cujo ápice penetre nos céus. A Bíblia vê neste projecto uma iniciativa de arrogância e orgulho insensatos, aquela hybris - desmesura -, que os gregos também condenavam, porque arrastava consigo a maldição e a catástrofe. No meio da arrogância e da desmesura, os seres humanos, em vez de se compreenderem, guerreiam-se e matam-se na barbárie. A tragédia repete-se constantemente. Quando, por exemplo, um ditador brutal, ignorando o Direito Internacional e as Nações Unidas, invade um país independente com uma guerra de terror, aí está uma Babel, num mundo pe...

Ver o mar afugenta o stresse

Imagem
Praia da Vagueira Ver o mar afugenta o stresse. Não será novidade para ninguém. E este casal da fotografia, publicada no meu blogue há bons anos, resolveu escolher o mar da Vagueira para retemperar o espírito. Passei por lá ontem, mas a chuva miudinha não me aconselhou sair do carro. Fica para um dia destes. No fundo, diz-me a experiência que toda a natureza, seja ela marítima ou serrana, mais campestre que citadina, inspira-nos vida nova, saudável e tranquila. Bom fim de semana para todos, estejam onde estiverem.

Águeda e a chuva de hoje

Imagem
Águeda - Guarda-chuvas  A chuva de hoje fez-me lembrar Águeda, a cidade linda, com os seus guarda-chuvas. Até chegar ao carro, tive de aceitar e recordar que a chuva é fundamental à vida. Com as nossas pressas e comodidades, vamos interiorizando que só o Sol é que é amigo, mas que seria do mundo sem a chuva que rega os campos e enriquece as barragens, rios e lagos?

Abri o coração e recebei o Espírito Santo

Imagem
Reflexão de Georgino Rocha  para o Domingo de Pentecostes O Espírito Santo é dado a todos, mas é recebido conforme a medida de cada um. Vale a pena dar-lhe o espaço todo da nossa consciência e relação com os outros, do nosso amor e empenho na sociedade, na família e comunidade eclesial O Espírito Santo é oferecido aos discípulos por Jesus, o enviado de Deus Pai, após a ressurreição. Esta oferta constitui um acontecimento de excepcional importância e, segundo a narrativa de São João, reveste características especiais que ajudam a captar a sua novidade. Ocorre no primeiro dia da semana, ao anoitecer, quando os discípulos estão fechados em casa e cheios de medo. Que escolha contrastante! Jesus manifesta-se no meio deles, deseja-lhes a paz e mostra-lhes os sinais da paixão. Eles exultam de alegria por verem o Senhor. E neste ambiente cordial e nesta relação pacífica, Jesus faz o seu envio em missão, após lhes ter recordado que é Deus Pai, a fonte do envio missionário. E, enquanto sopra...