quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Porto de Aveiro com novo recorde


No passado dia 29 de dezembro, o Porto de Aveiro atingiu um novo recorde anual, ao atingir a marca de 5,632 milhões de toneladas movimentadas, data em que entrou um navio proveniente do Brasil carregando 27 915 toneladas de toros de madeira. Para conseguir esse resultado, foi determinante a entrada de navios de maiores dimensões de boca e comprimento. O anterior melhor ano de sempre no Porto de Aveiro tinha sido se registado em 2018 com a marca de 5,623 milhões de toneladas movimentadas.
Sou dos que acompanharam de perto o crescimento do Porto de Aveiro, em diversos setores (Porto de Pesca Longínqua, Porto de Pesca Costeira, Porto Comercial e Industrial), todos instalados na Gafanha da Nazaré, o que me leve a sentir a obrigação de sublinhar este recorde. Tenho dito e redito que a cidade da Gafanha da Nazaré é, de certa forma, filha do Porto de Aveiro. Há, no entanto, quem goste de inverter as posições. Tudo certo.

F. M.

D. João Evangelista faleceu neste dia

EFEMÉRIDE
1958
5 de Janeiro

No dia 5 de janeiro de 1958, pelo meio-dia, faleceu no hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava internado desde 11 de dezembro anterior, o arcebispo-bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal. A infausta notícia espalhou-se rapidamente, causando profunda consternação.
D. João Evangelista foi o primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Quando ele faleceu já eu tinha 19 anos e conheci-o por força da minha ligação, desde a minha adolescência,  à Ação Católica.
D. João escrevia primorosamente e nas crónicas que publicava utilizava um estilo muito poético. Mons. João Gaspar publicou vários livros alusivos ao nosso primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Aproveitem para ler D. João  Evangelista. 

Visita à Livraria Lello





Tenho ido ao Porto, cidade a que me ligam gratas recordações, mas há cerca de quatro anos que não visito a célebre e histórica Livraria Lello. Não estará tão recheada como os espaços mais modernos vocacionados para a venda de livros, mas quem lá vai sente uma satisfação especial que nem sabemos explicar muito bem.
Já estive várias vezes na famosa Lello e senti realmente um prazer diferente, daí o vir hoje com esta evocação. Deduzo que este meu gosto terá a ver com o ambiente artístico e arquitectónico que acolhe as estantes com os mesmos livros que poderemos encontrar em qualquer outra livraria.
Há uns quatro anos a entrada era franca, mas agora e desde há anos é preciso comprar bilhete que será abatido na hora de pagar o que se adquiriu.
Na minha agenda registarei uma recomendação para na Primavera visitar a Lello no Porto. Tentarei cumprir.

F. M.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Vamos ter mais frio

A Nina já está no seu lugar
Vamos ter mais frio! Esta informação chegou aos meus ouvidos ao jeito de quem me anuncia uma grande novidade. Mas como poderia ser diferente se o Inverno começou há dias? Foi o que esclareci.
Fiquei com a impressão de que as pessoas associam à expressão Ano Novo Vida Nova a ideia da eterna primavera com os seus dias amenos e naturalmente agradáveis. 
O Inverno é a estação fria, ventosa e chuvosa pelas leis da natureza e da situação geográfica em que assentamos os pés e respiramos. E não há volta a dar.
A solução está em usar roupa adequada, procurar o aconchego do lar, sentir o crepitar das achas nos borralhos ou nas salamandras e, sobretudo, saborear o calor humano que dimana da alegria de viver. Umas boas risadas não afugentarão o Inverno? E não podemos esquecer que a estação mais fria só vai pregar para outras bandas lá para fins de Março.

F. M.

Gafanha da Nazaré - Rua Cesário Verde



José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855. Filho de José Anastácio e de Maria da Piedade, família de comerciantes e lavradores.O seu pai era proprietário uma loja de ferragens na Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa, onde em 1872, Cesário Verde começou a trabalhar.
No ano letivo de 1873-1874 ingressou no Curso Superior de Letras da Universidade de Lisboa, que nunca chegou a terminar. Mas a frequência daquele estabelecimento de ensino permitiu-lhe estabelecer relações de amizade com outros escritores, em particular Silva Pinto.
Em dezembro de 1873, iniciou a sua colaboração com o Diário de Notícias e mais tarde, com Diário da Tarde, do Porto, onde publicou muitos dos seus poemas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

PATRIMÓNIO - Lugre Gafanhoto

Ex-voto ao Senhor Jesus dos Navegantes



O lugre “Gafanhoto” saíra do Porto carregado de cimento com destino à barra de Aveiro. Ao aproximar-se de Aveiro foi colhido pelo mau tempo e, fazendo-se ao largo, nunca mais foi visto. Sem mantimentos, sem meios de segurança, a sua sorte começou a preocupar toda a gente. Confiava-se na valentia do capitão, mas, perante os elementos desencadeados, a esperança de salvamento desvanecia. Passado uns dias atracou em Leixões com grave avaria. Renasceu a alegria em muitos corações e secaram-se em muitos olhos as lágrimas. No momento agudo do perigo os tripulantes ajoelharam no convés do barco e prometeram mandar celebrar missa e sermão ao Senhor Jesus dos Navegantes de Ílhavo, promessa que cumpriram no dia 29 de janeiro de 1933. O Gafanhoto foi construído em 1919 por Joaquim Dias Ministro, em Pardilhó, e teve como primeiro armador Bagão & Ribaus, Lda. Após este episódio foi reparado e rebatizado de San Jacinto e motorizado para a campanha de 1934. Navegou até 1952. Depósito da Igreja Paroquial de Ílhavo em exposição no Centro de Religiosidade Marítima.

Fonte: Agenda "Viver em Janeiro" da CMI

Dia do Festival do Sono - 3 de Janeiro


Celebra-se hoje, 3 de janeiro, o Dia do Festival do Sono. Não pense que estou a brincar ou que estou a sonhar, depois de uma noite mal dormida por força da agitação provocada pelos festejos da passagem do ano. Nada disso. Não me excedi com os festejos nem abusei nas comidas e bebidas. Porém, admito que o Dia do Festival do Sono possa estar ligado à agitação própria das passagens do ano, com excessos de quem quer afogar tempos tristes. Ou então quererão alguns desforrar-se por não terem gozado a vida por causa dos trabalhos e preocupações.
Seja como for, a verdade é que umas boas sonecas dão jeito para recuperar energias de um ano inteiro de lutas e canseiras.
Se puderem, aproveitem, à conta deste Festival, e durmam hoje, descontraidamente, um sono reparador. Eu farei isso logo à tarde. Garantidamente.

domingo, 2 de janeiro de 2022

A fortuna é cega

"Não somente é cega a fortuna, como ainda, geralmente, traz cegos aqueles a quem favorece"

Cícero (106 - 43 a. C.), 
advogado e político romano

Em Escrito na Pedra do PÚBLICO

sábado, 1 de janeiro de 2022

Reassumi a vida pela positiva

º
Com os anos a passar em louca correria, as festas já me cansam. Sinto-as, talvez contagiado pelo fervor dos mais jovens, mas logo desligo preferindo as memórias, apesar de algumas sombras de permeio. E é nelas que me instalo com algum regalo, tantas vezes. Hoje também assim foi.
A passagem do ano, com a família presente e à distância, que os modernos meios de comunicação aproximam, dão azo à partilha de saudações na hora própria. Num já, ficámos em 2022 e consciente ou inconscientemente voltei aos projetos ou sonhos de projetos. E foi aqui que reassumi a vida pela positiva, recusando o desânimo e apostando em ânsias de trabalhos e canseiras que me hão de rejuvenescer.
O primeiro sol do ano novo deu um ar da sua graça, sem me dispensar de agasalhos, e à noitinha, o ambiente aconchegante da salamandra acesa animou-me a escrever esta nota para o meu blogue. E que contas darei aos meus seguidores daqui a um ano? Na altura falaremos.

Fernando Martins

Ano Novo: 2022

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Os fenomenólogos da religião fazem notar que, mesmo nas sociedades secularizadas, encontramos ainda algo dos mitos cosmogónicos, nomeadamente nos festejos da passagem de ano: folguedos e licenças, uma certa tonalidade orgiástica, alguma "confusão" social na noite de passagem de ano, simbolizam o regresso ao estado indiferenciado e caótico de antes da formação do mundo pelos deuses. Volta-se, portanto, de algum modo ao caos das origens, para que o mundo se regenere e se reponha o cosmos: um mundo outra vez novo, ordenado, belo.
Aparentemente, é a repetição. Mas, de facto, é mesmo no novo que nos encontramos: 2022. Nunca houve nem nunca haverá um ano como este em que acabamos de entrar. É novo e único na História da Humanidade e do mundo.
Depois dos eufóricos festejos - neste ano, por causa da pandemia, quase nada -, também haverá alguns pensamentos de meditação.

Miguel Torga para abrir o ano

SÍSIFO 

Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo 
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar 
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…

Do Livro "Miguel Torga - Poesia Completa"

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