domingo, 31 de outubro de 2021

Domingos Cardoso: um poema para este domingo



E EU FUI TALVEZ FELIZ SEM O SABER 
Maria  Amélia de Carvalho e Almeida in “Ao Sabor das Marés”, p. 193

Domingos Cardoso

Eu fui talvez feliz sem o saber
Quando a felicidade eu procurava
E, cego, via em tudo o que encontrava
A negação do bem e do prazer.

Nessa busca ansiosa pelo ter
As minhas energias dissipava
E impotente e incapaz não enxergava
Que o principal da vida é sempre o ser.

O Tempo deu-me a doce regalia
De ver agora claro o que eu não via
Que é quase sempre em vão o que sofremos.

Depois de uma procura tão a sós
Sei que a felicidade mora em nós
Se amarmos o que somos e o que temos.

Domingos Freire Cardoso

In “Por entre poetas”

Farol da Barra de Aveiro

Farol da Barra de Aveiro - inaugurado em 1893

Para delícia de quem aprecia imagens do passado, aqui partilho mais uma relíquia da nossa terra. O farol da Barra de Aveiro, localizado na Gafanha da Nazaré, é o mais alto de Portugal e apresenta-se como motivo de visita obrigatória.

sábado, 30 de outubro de 2021

A dança das horas continua


A dança das horas continua e continuará. O hábito vem de há muito e cá para nós não mudará tão cedo. De sábado para domingo, lá para as duas da manhã, atrase uma hora e iniciamos o horário de Inverno. Mas não se esqueça para não ficar baralhado.

Forte da Barra para os mais saudosistas

Forte da Barra

 O Forte da Barra é sempre motivo de interesse para os mais saudosistas. Quem, como eu, acompanhou ao longo de décadas as transformações por que passou aquele recanto da nossa terra não pode deixar de gostar desta fotografia.

O essencial, sem ilusões

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

Quando uma sociedade precisa de afastar a morte do seu horizonte, temos aí um sinal decisivo de desumanização e alienação. A ocultação da morte anda vinculada ao profundo mal-estar provocado pelo vazio de uma existência sem sentido.

Há aquele conto persa sobre o jardineiro e a morte: "O jardineiro de um príncipe persa correu para o seu senhor, dizendo: "Senhor, acabo de ver a morte no pátio, e ameaçou-me. Empresta-me um cavalo, para poder fugir depressa para Ispaão; deste modo, a morte não me alcançará." O senhor satisfez o desejo do seu jardineiro, que imediatamente cavalgou para Ispaão. Pouco depois, também o príncipe encontrou a morte, e perguntou-lhe: "Porque é que ameaçaste o meu jardineiro?" A morte respondeu: "Eu não o ameacei. Apenas olhei para ele atónita, pois hoje à noite tenho de ir buscá-lo a Ispaão.""
Aí está um conto cru, que tem muitas versões, mas essencial. Passamos a vida a fugir da morte, ela, porém, está sempre lá. À nossa espera. Em qualquer parte. Não sabemos onde. Nem quando. Nem como. Mas é inútil tentar esquecê-la, pois ela não vai esquecer-se de nós.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Em política já nada nos espanta

Parlamento chumba Orçamento

Em política já nada nos espanta. Com um Governo em gestão, Portugal volta a cair numa incerteza que jamais saberemos no que vai dar. E como o nosso país está na posição delicada do grupo dos mais endividados da Europa, não se vê a curto prazo maneira de sairmos deste imbróglio. Para os políticos que nos governam ou pretendem governar tudo é fácil e tudo corre bem, mas o povo, o que vive o dia a dia na incerteza do que pode surgir dos meandros da política, não pode deixar de estar apreensivo. Vamos aguardar. Ao menos, valha-nos a democracia.

OUTONO - Uma árvore fica despida



Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiura, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.

Dalai Lama 

Amar o outro como a si mesmo: Resposta sábia e inteligente

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXI do Tempo Comum



Todavia há crentes que pensam que a sua grandeza está na imposição das suas ideologias aos outros, ou na defesa violenta da verdade, ou em grandes demonstrações de força. Todos nós, crentes, devemos reconhecer isto: em primeiro lugar está o amor, o amor nunca deve ser colocado em risco, o maior perigo é não amar

Esta resposta manifesta a excelente avaliação que Jesus faz, à declaração do escriba, sobre a apreciação dos mandamentos e a escala da sua importância. Sintoniza com ele, valora a retidão dos seus critérios e anuncia que a sua postura está próxima do reino de Deus. O amor vale mais do que tudo no mundo. Nem bens sagrados oferecidos a Deus lhe são superiores. Que belo exemplo de agir humano e pastoral! Que diálogo sereno e clarificador, sem intenções escondidas e “armadilhadas”! Que contraste com as intrigas e discrepâncias que se seguem com os chefes religiosos na esplanada do Templo, após a expulsão dos que faziam comércio no interior, profanando a casa de Deus! Que atualidade para os tempos que correm! Mc 12, 28b-34.
A resposta do escriba enaltece a excelência do amor que se especifica em amar a Deus e amar o próximo. E define uma dupla “medida”: Amar a Deus com todas as capacidades e ao próximo como a si mesmo. “Arruma”, de forma exemplar, as centenas de mandamentos e leis que tornavam complexa a vida religiosa e social dos fiéis observantes. Aproxima, sem nivelar, as expressões de um e de outro mandamento.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Dia Mundial da Terceira Idade


O Dia Mundial da Terceira Idade celebra-se a 28 de outubro, fundamentalmente para chamar a atenção para a situação económica e social da população idosa. Como é sabido, os idosos são os que passam mais tempo sozinhos e alguns, para além da solidão, podem correr riscos desagradáveis. Outros são abandonados em lares pelos familiares, depois de tudo darem aos seus descendentes.
No entanto, é sabido que muitos idosos deram o máximo à sociedade e foram pilares no seio da família, ajudando na criação dos filhos e netos. Além disso, são responsáveis pela transmissão de valores e de conhecimentos.
Eu, como idoso, não gostaria muito muito de falar deste dia, mas apreciaria ler e ouvir qual a opinião dos mais novos sobre a situação dos mais velhos no seio da família, nos lares ou em suas casas, completamente ao abandono.

Os moliceiros táxis continuam a mostrar Aveiro

 

Para regalo dos turistas, os moliceiros táxis continuam a mostrar as belezas das paisagens vistas dos canais. Se das margens nos encantamos com os canais aveirenses, agora mais límpidos e mais transparentes que há décadas, não há dúvida de que a cidade vista da laguna também nos reserva grandes surpresas. Eu já confirmei isso mesmo.
Há dias pude apreciar o cuidado que os homens do leme têm para evitar qualquer colisão. O moliceiro da direita parou para que o da esquerda saísse do canal. E os passeios continuaram. Clientes não faltam para bem da cidade e suas gentes.

Ainda não me aventurei na Av. Lourenço Peixinho


 Ainda não me aventurei a passear pela  Av. Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro. Como caminho com algumas dificuldades, limitei-me a apreciá-la em sítio seguro, sem ter que andar a correr para fugir ao perigo.
A Avenida foi durante décadas a sala de visitas da cidade com as montras a exibirem as modas de cada época. E não faltava quem desenhasse vestidos expostos para as costureiras os reproduzirem para clientes com gostos ou pretensões mais exigentes.
Tenho saudades desses tempos, mas temos de reconhecer que vivemos em constantes mutações. Agora, novos espaços comerciais nos desafiam a toda a hora. Contudo, gostaria que os novos criadores inventassem maneiras de atrair o povo para a renovada avenida. Ficarei por aqui à espera.

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