sábado, 30 de abril de 2016

O Espírito de Deus toma decisões connosco

Reflexão semanal
de Georgino Rocha


Georgino Rocha

«O amor a Jesus concretiza-se 
em atitudes e gestos de serviço 
e misericórdia»


Jesus está a despedir-se dos seus apóstolos. Diz-lhes as confidências que guarda para a hora derradeira. João, o evangelista da narração, faz deste momento uma bela construção literária e teológica em que vão surgindo perguntas dos amigos preocupados e curiosos. Após Simão, Tomé e Filipe, surge Judas não o Iscariotes com a sua: “Senhor, porque vais manifestar-Te a nós e não ao mundo?” A resposta de Jesus está centrada no amor de quem guarda a sua palavra, na promessa do Espírito que recorda e ensina, no dom da paz que liberta e serena a perturbação do coração.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Poluição pelo Petcoke vai acabar no Porto de Aveiro

Assembleia da República
aprova projetos do PS, BE e CDS 
 
Porto de Aveiro
Os projetos da resolução da poluição pelo Petcoke dos grupos parlamentares do PS, BE e CDS foram votados e aprovados hoje, 29 de abril, na Assembleia da República. Aqueles projetos defendem todas as reivindicações apresentadas pela ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré), nomeadamente, a construção da Barreira Eólica contra ventos dominantes, de Norte e Noroeste, bem como da Bacia de Contenção de Lixiviados e a Estação de Tratamento, para evitar escorrências para a Ria.
Defendem também a instalação de uma Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, na envolvente do Porto de Aveiro, em permanência, a plantação de uma Barreira Arbórea entre o Porto Comercial e as habitações da Gafanha da Nazaré, para suster algumas poeiras poluidoras que ainda se libertem.
 A ADIG informa que tem promovido reuniões com a APA (Administração do Porto de Aveiro) e com a Cimpor, que originaram cuidados consideráveis no manuseamento do Petcoke no Cais Comercial, com melhoria da qualidade do ar na Gafanha da Nazaré. Afirma por fim que tem indicações de que vão ser realizadas as obras entre maio e outubro, devolvendo à Gafanha da Nazaré e povoações limítrofes um ar mais respirável, com a inerente melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.

Fonte: ADIG

Poder de novo voltar a ser... Mar...

Um poema de Senos da Fonseca 


Poder de novo voltar a ser... Mar...

Olho a tua grandeza
A imensidão das tuas lonjuras
E de um modo absurdo
Sinto que (ainda) existo
Num passado que foi teu.

Sinto-o no desassossego que me causas
Sinto-o na pequenez que me rodeia
E apetece-me perguntar:
Porque nos não ajudas
De novo a cumprir Portugal ?

A partir para achar,
Cá dentro,
A árvore, a flor, a praia, a ave e a fonte
A encher de esperança as horas navegadas
Para assim ultrapassar o medonho.

Galgar valas, aldear encostas, subir os montes
Em conquista de novo o sonho
A recuperar altivez,
E entre o chão encontrado e o império perdido
De novo, tão só, voltar a ser português.

A desejar querer
Poder de novo ser
Povo de um País amanhecido.


Do livro Maresias

“A História colectiva é uma grande mentira”

Svetlana Alexievich
em entrevista ao PÚBLICO


A pluralidade de vozes é a única maneira de nos aproximarmos dessa verdade?

Creio que a verdade é como uma sinfonia. Nós estamos aqui a conversar, mas se amanhã nos pedirem para relatar o que se passou, cada um terá uma versão diferente. Só se unirmos as várias versões, as várias vozes, conseguiremos construir a História, que é uma soma dessas experiências individuais. A História colectiva é uma grande mentira. Quando ouvimos as pessoas, elas dizem coisas inesperadas, coisas que não sabíamos.

Ler toda a entrevista aqui

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Couto de Esteves - 1927



De vez em quando gosto de me isolar no sótão, onde o sossego é absoluto. Hoje nem música ouvi. Deu-me para ver a revista "Ilustração", de que tenho alguns números. No exemplar de 16 de novembro de 1927, encontrei esta foto alusiva a Couto de Esteves, Sever do Vouga, A legenda é clara: Pastora de Couto de Esteves. A foto foi registada por José M. Coutinho. Alguém o terá visto por Couto de Esteves? E quem sabe o nome da pastora?

A contracosta de Angola

Gostei de ler 

«Irrita-me esta obsessiva atitude de tratar com pinças o tema angolano. Enquanto a não ultrapassarmos, a possibilidade das coisas mudarem para melhor mantem-se afastada. Acharia saudável que mais pessoas surgissem nos media portuguesa a falar e escrever sobre Angola. Não para passar “recados” de qualquer um dos muitos lados do tema ou para incendiar irresponsavelmente o ambiente. Mas para escalpelizar friamente cada uma das questões que se abrem, sem suscitar de imediato a suspeição da conspiração ou do frete.»

Ler mais aqui 

Imagens que cativam


Quando passo pelo Jardim 31 de Agosto não posso deixar de olhar para o espelho que o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré nos oferece, com imagens momento a momento alteradas pela luz do sol, pelo ângulo escolhido, pelos reflexos projetados e pelas sombras que completam o quadro. Hoje senti mais uma vez o que o homem e a naturezas nos proporcionam. Passem por lá.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Frei Bento Domingues em Aveiro

CUFC | 4 de maio | 21 horas


A Exortação Apostólica “A Alegria do Amor” foi divulgada pelo Papa Francisco no dia 8 de Abril. Exigindo uma nova pastoral, o seu fio condutor é a misericórdia para ir ao encontro de todas as famílias. 
Aproveitando a estada em Aveiro de Frei Bento Domingues na primeira semana de maio, o CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) convida toda a comunidade académica e todos os interessados para participarem na reflexão que o frei Bento se disponibilizou a fazer sobre este novo documento do Papa. 
Será dia 4 de maio, uma quarta-feira, às 21h, no CUFC.

Papa Francisco sempre atento

Diz-se que «está na hora dos leigos, 
mas parece que o relógio parou»: 
Papa adverte para perigos do clericalismo


«O clericalismo leva à funcionalização do laicado; tratando-o como “mandadeiro”, coarta as diferentes iniciativas, esforços, e chego ao ponto de dizer, ousadias necessárias para poder levar a Boa Nova do Evangelho a todos os âmbitos da atividade social e, especialmente, política.»
(...)
É «impossível» pensar que o clero tem de ter «o monopólio das soluções para os múltiplos desafios» da vida contemporânea. «Ao contrário, temos de estar ao lado da nossa gente, acompanhá-la nas suas procuras e estimulando a imaginação capaz de responder à problemática atual. E isto discernindo com a nossa gente, e nunca pela nossa gente ou sem a nossa gente»

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Promessas escutistas na Gafanha da Nazaré


Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço

No sábado, 23 de abril, na missa das 19 horas, houve promessas das várias secções do Agrupamento 588 do CNE (Escutismo Católico Português), que tem por patrono D. José de Lencastre. Igreja cheia de jovens com os seus dirigentes e familiares para participarem na Eucaristia presidida pelo nosso pároco, Padre César Fernandes, que exortou os presentes a levarem à prática, no dia a dia, o mandamento novo — Amai-vos uns aos outros como eu vos amei —, numa alusão clara ao Evangelho do dia. «Sois sinais de Deus no mundo, com a certeza de que Jesus está connosco até ao fim dos tempos», disse.
Reforçou a ideia, alicerçada na promessa que juraram pela sua honra, que urge servir Deus, a Igreja e a Pátria, sempre atentos aos que mais precisam, sobretudo «na tristeza, no sofrimento e na dor», apostando «na gratidão e na construção de um mundo novo».
O nosso prior evocou Baden-Powell (BP), o fundador do escutismo, afirmando que foi um homem que soube descobrir um método educativo tão especial, que deu origem à maior organização juvenil a nível mundial.


Na cerimónia, foi lembrado, citando BP, que «o escutismo é um movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si próprios, possuidores de três dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço.»
João Pedro Lagarto, Chefe do Agrupamento, frisou que as promessas «são uma meta porque são fruto de grande preparação para chegar a este momento, significativo e fundamental para a caminhada escutista», mas também são «ponto de partida para levar à prática os princípios essenciais da lei do escuta», que assenta na confiança, na lealdade, na prática de boas ações, na amizade, no respeito pelos outros, na defesa da natureza e na obediência, mas ainda na boa disposição de espírito, na sobriedade, no respeito pelos bens alheios e na pureza de pensamentos, palavras e ações.
Toda a formação escutista, nas diversas secções, aponta para «o serviço aos outros durante toda a vida, mesmo depois de, por razões de idade,  «ficarem desvinculados do agrupamento».
O Chefe João Lagarto salientou que a nova sede, «um anseio do Agrupamento 588», permitirá espaços mais funcionais para as secções (Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros) que acolhem 118 membros, entre dirigentes e escuteiros. Afirmou, concluindo, que a sede, já em fase de projeto, está a ser dinamizada pela comunidade paroquial, sendo certo que conta sempre com «a indispensável colaboração do agrupamento, naturalmente parte interessada».

F.M.

O 25 DE ABRIL

E preciso restituir a esperança
a todos os portugueses


Sobre o 25 de Abril já muitíssimo se disse e escreveu. Tanto que daria para uma biblioteca de tantas estantes quantas as teses pró e contra o que a revolução dos cravos nos trouxe. Certo é que com ele se escancararam as portas da liberdade, da livre expressão de sentimentos, de novas ideias, de partilha de sonhos. Acabaram guerras e a luz brilhante da democracia iluminou caminhos de opções a diversos níveis. Novas ideais inundaram os nossos quotidianos até aí abafados pelo pensar único e imperativo. O povo descobriu que era adulto, que podia escolher, que era parte ativa da sociedade e não agente passivo como burro de carga. E todos ficaram a saber que o povo é quem mais ordena. Para o bem e para o mal. E quando sente ou descobre que se enganou, tem nas suas mãos os votos que tudo podem corrigir.
As promessas de Abril, que indicavam propósitos de democratizar, desenvolver e descolonizar, constituem um processo inacabado. Sempre inacabado… Engana-se quem julga que a perfeição está ao nosso alcance. Não está. Nunca estará. O homem é um ser finito, limitado, imperfeito. Mas tende para a perfeição, mesmo sabendo que estamos no campo das utopias.
O 25 de Abril continua por cumprir. A democracia e o desenvolvimento estagnaram com atrasos imperdoáveis. A descolonização foi um desastre em múltiplas frentes, mas os portugueses que regressaram das ex-colónias souberam dar-nos extraordinários exemplos de readaptação à vida neste Portugal multissecular.
Que as comemorações deste ano do 25 de Abril saibam refletir, serenamente, no sentido de restituírem a esperança porventura perdida a todos os portugueses. São os meus votos.
Fernando Martins

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