domingo, 11 de setembro de 2005

Um texto de Gabriel Garcia Marquez

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Gabriel Garcia Marquez 


  PARA REFLEXÃO...

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate! Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas… Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida… Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas. Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. 
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens … Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…” 


NB: Texto recolhido numa instituição, onde se encontrava exposto.

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa Bem comum e ética na política
Ouvimos há dias um recente candidato à Presidência da República dizer que Portugal vive “um momento de crise, de desorientação e de indiferença.”. Falou da “crescente ausência de valores cívicos” e disse que “o pessimismo” é o pior dos problemas que nos afectam.
Um retrato assim sombrio, embora não constitua novidade, não dá lugar à tranquilidade. Embora com os exageros próprios, recomendados pelo acontecimento — era o anúncio da candidatura a Belém — o estado do país justifica alguns comentários.
O diagnóstico, com alguns matizes, deve ser aprofundado e levar-nos às causas da situação, para não se cair na tentação de pensar que tudo se resolve providencialmente, ou com a chegada de um qualquer cidadão, que se julga ele ou que outros julgam, ser o salvador da pátria. Ir por esse caminho, será regressar a um sebastianismo saloio, com nevoeiro tão denso que logo oculta a realidade e desvirtua o sucesso do herói esperado.
O momento, não sendo ainda dramático, é preocupante. Como não há efeitos sem causas que os provoquem, impõe-se um reflexão, séria, objectiva e serena, para que seja honesta, sobre o que está acontecendo neste país que o levou, perigosamente, a um vazio de esperança e de vontade de reagir. Há os que dizem que somos assim e não há nada a fazer. Tais opiniões nem resolvem, nem confortam. Mas, também, nada há a esperar de festivais de elogios, sonhos esfusiantes, punhados de areia aos olhos.
Afinal, o que se passa ? A partir de cima, parece que o bem comum deixou de ser projecto de todos e a favor de todos, dando lugar à conquista e defesa de prestígios pessoais e partidários; as leis fazem-se e interpretam-se consoante interesses e ideologias e, do mesmo sítio e do gabinete ao lado, saem orientações contraditórias; para cumprir promessas eleitorais que, honestamente, não se podiam nem deviam fazer, mudam-se leis, fazem-se acordos duvidosos, queimam-se pessoas, diz-se e logo se desdiz; há órgãos da comunicação social controláveis a promover pessoas, calar verdades, servir interesses partidários e pessoais; a corrupção aumenta, como erva daninha; põem-se amigos em estátuas de pé alto e apeiam-se cidadãos de estatura e mérito; interrompem-se projectos válidos que não foram de sua iniciativa e geram-se divisões que irão durar décadas e paralisar a necessária colaboração; fomenta-se o assalto das ideologias subversivas, a pretexto de liberdade e troca de favores; promulgam-se leis à revelia da realidade do país, das pessoas e dos seus direitos; uns são ouvidos sem falar e outros esquecidos, mesmo que gritem; o país põe-se de cócoras, ante vacuidades vistosas de outras terras, quando aí os responsáveis já sofrem dores com o caos por elas gerado…
O que se pode esperar assim das pessoas, riqueza de um país, senão desinteresse, desorientação, pessimismo, desconfiança? Tudo terreno fácil para o individualismo, os jogos de interesses, a crítica destrutiva, a falta de esperança e de empenhamento? O povo honesto vê, a partir de cima, destruídos os seus valores, como o amor ao trabalho, a honradez nos compromissos, o respeito pelos bens alheios, a solidariedade mútua, a verdade e a fidelidade nas relações pessoais; os seus esforços não reconhecidos, seus sonhos e projectos ridicularizados. O povo só serve para votar e pagar impostos?
Dar coragem às pessoas é ir ao encontro das causas que tudo destroem; é uni-las e não as dividir por critérios discutíveis de direitas e esquerdas; é não as iludir com promessas; é mostrar-lhes que o país está acima dos compadrios políticos; é dizer aos jovens, com factos e testemunhos de honestidade e de verdade, que Portugal tem futuro; é procurar políticos que vejam o bem comum como único projecto capaz de aglutinar vontades e esforços; é promover a união e a colaboração, respeitar e acolher as diferenças legítimas.; é não apagar a verdade histórica e aprender com os erros cometidos. Afinal, é tomar a sério a verdadeira democracia.

AROUCA: Terra e gentes merecem uma visita

 


 
Numa organização da Câmara Municipal da Lousã, com o apoio do ISCIA, encontra-se patente, até ao próximo dia 18, no Museu Etnográfico daquela vila, a exposição "Um Olhar sobre a Arouca". À descoberta da Serra, Paulo Bastos traz-nos o Sr. Manel, brasões, cruzes, carroças, moreias, as pedras parideiras e muito mais. 
Arouca é uma simpática vila situada no extremo nordeste do distrito de Aveiro, num vale esguio e fértil, cercado por diversas serras. O Monte da Mó e a Serra da Freita, erguem-se aprumados e vigilantes, como escoltas que guardam o riquíssimo tesouro da vila. De entre as várias relíquias que poderá encontrar em Arouca, destacam-se o Mosteiro de Arouca, o qual compreende a Igreja paroquial e o túmulo de D. Mafalda, o Calvário, Capela da Senhora da Mó e a Casa dos Malafaias, conhecida por "Casa Grande". 
Arouca é dotada de uma riqueza geológica muito forte, tendo no passado havido uma forte exploração de minerais, nomeadamente o volfrâmio. Agora subsistem apenas as ruínas das minas e as inúmeras escombreiras, que se podem visionar um pouco por todas as encostas.

Um texto de Luís Naves, no DN

Um mundo em mudança ou o dia que mudou o mundo?
Nos meses seguintes ao 11 de Setembro de 2001, muitos textos sobre os atentados começavam pela frase "o dia que mudou o mundo". Passados quatro anos, o tom peremptório tende a desaparecer. Há mesmo quem pense que a sociedade dos países atingidos pelo terrorismo não terá mudado de forma tão profunda como se previa após cada acção destrutiva.
Houve mudanças, não apenas na América mas em outros países afectados pela vaga de ataques da Al-Qaeda a sensação de segurança dos cidadãos já não é a mesma, o que tem reflexos na vida quotidiana; as pessoas não viajam da mesma maneira; mudaram os destinos turísticos; as minorias muçulmanas sentiram o impacto de mais discriminação; por outro lado, haverá hoje, nos países ocidentais, um interesse desconfiado pela cultura islâmica; até a linguagem foi enriquecida, com termos que reflectem o novo fenómeno (quem conheceria a palavra talibã, por exemplo?).
Os atentados (nos EUA, em Londres, em Madrid) terão mudado a geopolítica. A opinião pública ocidental ganhou consciência do perigo colocado pelo crescimento do radicalismo islâmico. Nos últimos quatro anos, parte da actualidade andou em torno deste tema. A Administração americana chama-lhe "guerra contra o terror" e nela tem gasto muito dinheiro.
No entanto, é difícil dizer se a diminuição da intensidade do conflito israelo-palestiniano é consequência desta nova preocupação. Por outro lado, as teses que pretendiam ligar o regime de Saddam Hussein à proliferação das armas de destruição maciça estão hoje desacreditadas, enquanto antigos elementos da Administração americana admitem que os indícios que ligavam Saddam ao terror islâmico eram, já na altura em que foram apresentados por Washington, pouco credíveis. No fundo, admite-se que não foi este o motivo da invasão do Iraque. E que dizer da atrocidade de Beslan, cujo horror tem génese na Chechénia, uma guerra pós-soviética, num caótico fragmento da implosão da Guerra Fria, que por acaso tem maioria muçulmana? Faz parte do mesmo conflito do 11 de Setembro, do 11 de Março ou do 7 de Julho?
(Para ler mais, clique DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

sábado, 10 de setembro de 2005

ÍLHAVO: BIBLIOTECA NO PALÁCIO DE ALQUEIDÃO

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BIBLIOTECAS COM VIDA Amanhã, domingo, a Biblioteca Municipal de Ílhavo vai ser inaugurada no antigo Palácio de Alqueidão, depois das profundas obras de remodelação e recuperação por que passou aquele secular edifício e nas quais foram investidos dois milhões e 155 mil euros. O restaurado edifício inclui ainda o Fórum da Juventude e a Capela de Alqueidão. Entretanto, a Câmara Municipal de Ílhavo anuncia que em breve serão abertos pólos de leitura nas Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. Penso que poucos contestarão estas iniciativas da autarquia ilhavense ligadas à cultura, em especial, e à promoção da leitura, em particular. Ler, hoje como sempre, é importantíssimo na vida, ou não sejam os livros fontes inesgotáveis de saberes e de vivências. Os livros, quando bem escolhidos, levam-nos a viajar através dos tempos, fazem-nos reviver acontecimentos históricos, abrem o nosso espírito a novos horizontes, recriam o imaginário dos leitores, promovem a solidariedade entre os homens e tratam-nos como amigos de tantas horas. Importa, por isso, que as Bibliotecas tenham vida, que saibam conquistar novos leitores, que se abram a gentes de todas as idades e condições sociais, que sejam actualizadas com muita regularidade. Que sentido faz ter bibliotecas abertas, se apenas nos oferecem livros que poucos lêem, se não apresentam literatura recente para gostos diversos, se não investem na aproximação entre escritores e leitores? Fernando Martins

Um artigo de Francisco Crespo, no SOLIDARIEDADE

Posted by Picasa Francisco Crespo, presidente da CNIS Unidade e Corresponsabilidade
Um mensário, auto-qualificado de Economia Social e Acção Solidária, após alguns meses de estranho silêncio, entendeu dever arremeter mais uma vez contra a CNIS, tecendo, num tom alarmista e pretensamente preocupado, uma série de considerações que a dão como palco privilegiado de tramóias e jogos de poder estranhos aos interesses do conjunto de IPSS que a Confederação representa.
Não nos espanta tal atitude, já que, como é sabido, o respectivo director havia prometido guerra aberta a quem teve de actuar face ao crescendo de críticas e de conflitos que cada edição do nosso "Solidariedade" então suscitava.
Procurei, no que diz respeito à solução deste problema, agir com total respeito pelas pessoas envolvidas. Sabia, no entanto, como sei hoje, que ciclicamente a vida da CNIS seria objecto de todo o tipo de manobras especulativas que, no final, permitissem demonstrar o erro crasso que foi a alteração de estratégia de produção do "Solidariedade".
E elas aí estão mais uma vez…
Agora são os Bispos que estão perplexos e preocupados com uma alegada crise da CNIS, o que poderia levar à criação de uma união vertical das instituições da igreja, urgindo por via disso "procurar um presidente"; "antecipar o Congresso"; "promover eleições" e "defender as IPSS".
Pese embora o tom comicieiro e eleitoralista do texto publicado, que não enganará ninguém de boa fé, creio ser importante dizer que, individual ou colectivamente, os Senhores Bispos não manifestaram ao presidente da CNIS, por qualquer forma, alarme perante uma propagandeada crise interna.
(Para ler todo o artigo, clique SOLIDARIEDADE)

SEMANA NACIONAL DE PASTORAL SOCIAL

IGREJA QUER PROCESSOS
DE ADOPÇÃO MENOS MOROSOS “O processo de adopção de crianças é muito moroso em Portugal. Chega a arrastar-se por uns longos 4 anos” – lamentaram os participantes da XXIII Semana Nacional da Pastoral Social que ontem (9 de Setembro) terminou em Fátima. Subordinada ao tema “Crianças em risco: um direito e um dever”, neste congresso referiu-se que “há 1077 crianças em 245 lares, o que dá uma média de 42 crianças por lar”. E acrescentam: “deve favorecer-se a tendência para instituições mais pequenas para evitar a massificação”.
Como o tempo útil da criança a adoptar “é curto”, os presentes sublinharam que “é desejável que os organismos competentes agilizem e reduzam substancialmente este longo tempo de espera para bem de todos os intervenientes: o casal adoptante e a criança a adoptar”.
Nesta iniciativa, organizada pelo Secretariado Nacional da Acção Social e Caritativa, sob a responsabilidade da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, os participantes referiram também que se nota, em “alguns sectores oficiais do Estado, uma desconfiança, agressividade e, por vezes, ataque frontal às Instituições de crianças”. Dado que uma família “acolhedora, afectuosa e educadora é o ideal para todas as crianças”, afirmou-se também que é desejável que “todas as instituições não se «apeguem» à criança, considerando-a como sua propriedade”, mas que procurem encontrar uma “boa família de adopção, entre as três mil que são candidatas”.
O Estado “não apresenta nenhum verdadeiro modelo educativo em relação às crianças” – consideraram. E exemplificaram: “o caso Casa Pia demonstra o vazio de modelos educativos do Estado e também a fuga às responsabilidades: o Estado devia estar sentado no banco dos réus e não está”. Perante este cenário, constatou-se que na Pastoral Social “não pode haver rotina” e o grande desafio está “no inovar permanentemente”.
Durante os cinco dias da semana (5 a 9 de Setembro), os participantes concluíram ainda que se impõe a “criação de estruturas de acompanhamento que ajudem o casal adoptante e a criança adoptada a vencerem as dificuldades de adaptação a uma nova realidade”.
Fonte: ECCLESIA

RUI MARQUES é o novo Alto-Comissário para a Imigração

O médico Rui Marques é o novo Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, anunciou uma fonte do gabinete do ministro da Presidência. Rui Marques, que já exercia desde 2002 o cargo de alto comissário adjunto, substitui o padre António Vaz Pinto, que terminou o seu mandato no passado mês de Julho.
O Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas – estrutura que está sob a tutela do ministro da Presidência – tem como missão promover a integração destas comunidades na sociedade portuguesa, assegurar a participação e a colaboração das associações de estrangeiros e combater a discriminação racial.
Licenciado em medicina e mestre em ciências da comunicação, Rui Marques dinamizou anteriormente várias iniciativas de solidariedade social, associadas à libertação de Timor-Leste, à integração dos sem-abrigo e ao acolhimento de refugiados da Bósnia. Actualmente preside à direcção do Instituto Padre António Vieira.
Fonte: "PÚBLICO"

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa António Rego A noite americana
Primeiro foi a fúria dos ventos e das águas vindas de fora, e rodopiadas num bailado louco e devastador. Seguiu-se o grande êxodo no deserto do asfalto, com a pressa da travessia do Mar Vermelho, desta vez acossada pelas fúrias de Neptuno. Os diques da cidade não sustentaram a cidade mais baixa que o mar. (Nada adianta, como fazem alguns extremistas, reduzir o fenómeno à ira de Deus.)
O povo dos Estados fustigados pelo furacão Katrina, sentiu-se náufrago na casa que edificara sobre as águas, possivelmente sem as precauções de Noé na construção da Arca, também ele avisado sobre dilúvio que viria a abater-se sobre a terra.O acontecimento americano deste final de Agosto é trágico de mais para ser objecto de análises primárias ou considerandos políticos oportunistas. Estamos perante uma situação humana, uma comunidade, um povo irmão em gravíssimo estado de sofrimento.
A morte, a dor, a incerteza, a perda de tudo, a impotência humana mesmo com alguns erros de avaliação do fenómeno, foram progressivamente mostrados ao mundo pelos media. Nos primeiros dias prevaleceu a espectacularidade da destruição dos equipamentos urbanos. Aos poucos vieram ao de cima as situações humanas de irrefutável tragédia. A juntar a tudo isto uma espécie de humilhação implacável sobre um povo que é poderoso, o mais poderoso do mundo na economia, na técnica, nas comunicações inter-planetárias. Isso parece de nada ter valido no momento exacto em que era urgente tudo saber e tudo cumprir. Mesmo diante da ineficácia, muitos repórteres teimaram na velha propaganda dos grandes meios e das respostas rápidas. Até que todo o verniz estalou.
Que nem por isso fiquem esquecidos os gestos heróicos, a entrega generosa e solidária, a procura, por todos os meios possíveis, em minimizar as consequências da catástrofe. Alguns países pequenos tiveram pejo de oferecer seus préstimos de solidariedade, não fora o grande senhor, eventualmente, ofender-se de receber a esmola vinda dum pobre.
Que fique a lição. O império mais forte do planeta tem, nalguns momentos, tantas fragilidades como a mais insignificante aldeia dos confins da terra.
Voltamos à contemplação do ser humano, da sua fraqueza face à implacabilidade das leis que armaram o nosso próprio cosmos. Com todo o adquirido pelos milhões de anos, não passamos, dum momento para o outro, de uma insignificante cana agitada pelo vento. Como agora se viu- e se vê - na noite americana.

Incêndios: Campanha do “Diário de Aveiro” a ter em conta

Renascer das Cinzas
A vaga de incêndios que assolou o país, deixou marcas muito significativas no distrito de Aveiro, onde arderam 19.108 hectares de floresta, de acordo com a Direcção-Geral de Recursos Florestais.Vários foram os concelhos afectados, quer a Sul (Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha ou Sever do Vouga), quer a Norte, tendo fustigado sobretudo os municípios de Arouca e de Vale de Cambra.
O rasto de destruição – como foi amplamente relatado nas páginas do Diário de Aveiro – colocou famílias despojadas de bens pessoais e de meios de subsistência. Arderam matos, terras de cultivo e até habitações.
Esta calamidade justifica, todavia, que as populações afectadas tenham a solidariedade de todos nós. Nesse sentido, o Diário de Aveiro – que tem uma relação de proximidade com os leitores e uma preocupação de índole social – lançou ontem a campanha «Renascer das Cinzas» com o objectivo de minorar os problemas causados pelos incêndios.Aos nossos leitores fazemos um apelo para colaborarem nesta iniciativa, podendo para tal enviar os seus donativos – por mais simples que sejam – para a conta DA – Renascer das Cinzas: BPI 6-3580469-000-001.

AVEIRO: Cinema no OITA não vai acabar

PARA BEM DA CULTURA
Segundo noticia o “PÚBLICO”, a sala de cinema do OITA vai voltar à vida, mas a uma vida com sentido. Por iniciativa do Cineclube de Aveiro, vai começar a oferecer cinema alternativo a preços módicos, numa tentativa saudável e arrojada de atrair novos públicos para o cinema de qualidade. No próximo dia 15, portanto, vai ser dia de festa para quantos acreditam que é possível ver bom cinema em Aveiro. Os filmes, seleccionados por quem sabe, serão exibidos de quinta a quarta-feira seguinte. Porque se destinam a gente exigente sob o ponto de vista cultural, cada filme será antecedido de uma pequena apresentação.
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Cá estou de novo
Ausente durante uns dias, com passagem esporádica pelo meu Blogue, cá estou de novo para o convívio diário, tanto quanto pssível, com os amigos de há muito ou mais recentes. De todos espero achegas, sugestões, críticas e colaboração. A porta está sempre aberta, mas sempre pela positiva.
Com amizade,
Fernando Martins

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