quarta-feira, 26 de abril de 2023

Dia de Verão

 Dia de Verão, pintado com a boca por H. Ullberg

Um sol radioso é um convite a sair de casa para sentir melhor um dia de verão que nos oferece um tempo de mais alegria. É certo que o verão só nos visita, oficialmente, no dia 21 de junho, mas os prenúncios prometem.

terça-feira, 25 de abril de 2023

25 de Abril sempre

Crónica de Miguel Esteves Cardoso 
no PÚBLICO

 Neste 25 de Abril também quero agradecer aos derrotados, aos insatisfeitos, aos que continuam a acreditar que vale a pena lutar. São eles que garantem a amplitude da escolha democrática

Os 49 anos de democracia são a melhor resposta aos 48 anos de ditadura. Quarenta e oito anos foi muito tempo. Mas 49 ainda é mais. É assim que se combate o fascismo: com longevidade. A longevidade afasta o antecessor e, com ele, o perigo do regresso dessa noite.
Antes de me pôr a dizer, sem me rir, que estamos todos de parabéns, posso só dizer que nem todos estamos de parabéns?
Muitos houve que quiseram substituir a democracia que temos por outra mais profunda. À democracia que temos – que é a do voto livre numa grande escolha de partidos livres de ser tanto à esquerda como à direita como lhes apetecer – chamaram democracia "oca" ou "burguesa" ou "de fachada".

25 DE ABRIL — Foi há 49 anos

Bandeira Nacional, Salgueiro Maia e  Cravo - Símbolos do 25 de Abril

Ao contrário do que alguns possam pensar, será sempre oportuno e necessário evocar a Revolução dos Cravos, que permitiu, com natural heroísmo, mas também com alegrias incontidas, oferecer a liberdade aos portugueses, muitos deles sem nunca a terem sentido e experimentado. Foi em 1974, precisamente há 49 anos, e será sempre oportuno e necessário sublinhar o facto porque a liberdade pode correr o risco de se perder, levada pela nossa incúria e pela voracidade de ditadores em potência, que pululam por aí.
Não falta quem vista a camisola contra o 25 de Abril, contra o atraso económico, contra as injustiças sociais, contra a corrupção e contra a fome que grassa, ainda, em cada canto deste país “à beira mar plantado”. São protestos com razão, é certo, porque 49 anos são tempo que baste para erradicar as injustiças, mas também é verdade que na sociedade que nós respirámos na meninice e na juventude o atraso económico e social era notório.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

O papel da CEP na Igreja Portuguesa

Reuniu, na semana passada, a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), da qual destacamos a eleição do Presidente e outros membros dos diversos órgãos, a questão dos abusos e do modo como serão continuadas as ações do Grupo de Acompanhamento e a formação de Clérigos e Leigos para lidar com menores e pessoas fragilizadas, a revisão da formação nos Seminários, a situação de carências e de crise económico social grave que o país atravessa e as jornadas mundiais da juventude (JMJ).
A esperada continuidade do Bispo José Ornelas como Presidente e da recomposição dos Órgãos da CEP foram conhecidas, bem como o resumo das reflexões e decisões sobre as temáticas analisadas e constam do comunicado divulgado (206.ª Assembleia), mas não nos permite conhecer e refletir, em profundidade, sobre o que de comum foi estudado, discutido e concluído relativamente aos temas mais controversos – a questão do acompanhamento e formação de clérigos e leigos e também das propostas para a formação nos Seminários.

domingo, 23 de abril de 2023

Dia Mundial do Livro

Celebra-se hoje, 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro, mas também dos Direitos de Autor. Quem gosta de ler não pode esquecer esta data, pois os livros são uma antiga e extraordinária fonte de saberes. Gratos teremos de estar também aos autores. Sem eles, como poderíamos ter acesso aos escritores, nomeadamente, prosadores, poetas, cronistas, ficcionistas, mas ainda à informação que nos é fornecida pelos diversos meios de comunicação social?
Os livros, porém, são uns amigos muito especiais: são pacientes, disponíveis, auxiliares e transmissores de conhecimentos e fontes de saberes e de culturas. Levam-nos a viajar, mostram-nos artes, povos e civilizações. 

COMOÇÕES

As comoções fazem parte do meu ADN. Sou assim, como sempre fui. E um dia destes, ao encontrar um amigo que não via há muito tempo, voltei a confirmar a sensibilidade do meu estado de espírito. Comovi-me.
Cruzei-me na rua com um homem que me identificou. Pedi-lhe o nome porque a expressão do seu rosto me dizia qualquer coisa. E então, recuei mais de três décadas, aos tempos da minha atividade de explicador.
Recordar é viver, mas arrasta sempre vivências que não se perderam com os anos que passaram. Um esforço de memória e boa  parte da vida torna-se presente. 
Sinto agora, com a memória enfraquecida pelos anos, vontade de recordar, com a ajuda das pessoas com quem me cruzo, o que fiz durante tempos idos. O que fiz e o que devia ter feito.

Fernando Martins

Um estranho companheiro de viagem

Bento Domingues 
no PÚBLICO

Neste domingo, somos confrontados com uma construção literária da presença clandestina e declarada de Cristo.

1. Há 49 anos foi derrubada a ditadura em Portugal. As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril já começaram. Frei Luís de França, O.P. (1936-2016) teve o cuidado de reunir os textos de grupos e individualidades do mundo católico não oficial que maior influência tiveram no período, a vários títulos único, que decorreu entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975. Por razões de ordem pessoal, não quis aparecer como autor dessa rigorosa colheita de 394 páginas [1].Esta publicação foi precedida de outra muito mais breve, fruto de um grupo de cristãos que, desde os primeiros dias do 25 de Abril, se reuniu, de modo informal e semanalmente, para reflectir sobre o modo de ser cristão e ser Igreja nesse tempo novo. Para se abalançar a uma reflexão de conjunto sobre a Igreja e a política, nesse mesmo período, o grupo resolveu estudar de modo paralelo e cronológico esses dois mundos.Esse estudo iniciado em 20 de Outubro de 1975 vai até ao começo do Verão de 1976. Foi um trabalho que deixou abertas muitas interrogações [2].São duas obras que não pretendiam fechar a informação e o debate sobre os cristãos e a Igreja, no interior do novo desafio político.

George Steiner nasceu neste dia

Nasceu em 23 de Abril de 1929
Morreu em 3 de Fevereiro de 2020


«Aquilo que amamos, devemo-lo saber de cor. Não é por acaso que “coração” em latim é “cor”. Ninguém nos pode tirar nunca o que sabemos de cor. Deixem-me frisar: saber, saborear de cor, com o coração, não com a cabeça. Queremos sempre levar connosco o que amamos. Eu sou muito velho, mas tento, todos os dias, ou quase todos, aprender um poema, ou fragmentos de poema, de cor, porque é assim, que se agradece uma bela obra.»

«Já a música é-me absolutamente indispensável. Sem música poria termo à vida de imediato. A música é para mim, agora, o mysterium tremendum. O que é a música afinal? Por que razão causa determinada reação numa pessoa, e noutra algo completamente diferente? Não fazemos ideia de como funciona a música dentro de nós. Se passar por uma janela aberta, e lá dentro estiver alguém a tocar piano, a melodia que ouviu não o abandonará jamais.»

Nota: De uma entrevista que concedeu à revista LER.

sábado, 22 de abril de 2023

Dia Mundial da Terra

Foto Pixabay
A 22 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Terra. A data foi criada em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson. Depois de verificar as consequências do desastre petrolífero ocorrido em 1969 em Santa Barbara, na Califórnia, o senador resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra. E porque a poluição continua, porventura com mais agressividade, urge criar o espírito de combate, cada vez com mais intensidade, para podermos legar aos vindouros um planeta mais saudável. 

Dizer eu. Alguém livre

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Uma antiga aluna, agora avó, enviava-me há dias um vídeo com o seu neto. É uma alegria comovedora ver aquele bebé a gesticular e a sorrir, agitando-se... Uma outra avó: "É uma emoção muito grande". E eu alegro-me também e reflicto: Estes bebés vão crescer, aos poucos vão tentar articular palavras, e muito lentamente, depois de se referirem a si como o menino, a menina ou pronunciando o seu nome, dizer "eu". Ao princípio sem consciência do que isso significa na sua grandeza, mas, depois, mais uma vez lentamente, com tom acentuado e afirmativo de autonomia...
Evidentemente, sempre em contraposição com o outro, um tu: afinal, há eu porque há tu, e a primeira tomada de consciência é mesmo a do tu, mas sempre numa interação e inter-relação permanentes. E num processo nunca verdadeiramente acabado...
E perguntamos: o que diz alguém, quando diz "eu", fazendo-o de forma autenticamente consciente? Afirma-se a si mesmo, a si mesma, como sujeito, autor/a das suas acções conscientes, centro pessoal responsável por elas, alguém referido a si mesmo, a si mesma, na abertura e em contraposição a tudo.
Mas, reflectindo, deparamos com observações perturbadoras. Por exemplo, pode acontecer que alguém adulto, ao olhar para si em miúdo, se veja de fora, apontando como que para um outro: aquele era eu, sou eu?

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