quarta-feira, 26 de maio de 2021

Feira do Livro de Aveiro começa na sexta-feira

ABERTURA: 
28 de Maio, 18 horas


A 45.ª edição da Feira do Livro de Aveiro decorre num novo espaço, a envolvente do edifício ATLAS Aveiro, e tem inauguração agendada para as 18h00 do dia 28 de maio. A Feira estará de portas abertas de segunda a quinta-feira, das 15h00 às 20h00, sextas-feiras das 15h00 às 22h30, sábados e feriados das 10h00 às 22h30 e domingos das 10h00 às 20h00. Os standes de venda de livros estarão instalados na Praça de República, contando com representações da Livraria Santa Joana, Livraria ABC, Socodante Livraria Técnica Angels Formula-Alfarrabista, Ror de Livros, IBOOK, Livraria Bertrand, Livraria Gigões & Anantes, FNAC, CTT, CMA - Edições municipais. 
Destacando o Teatro, género literário, em homenagem à comemoração dos 140 anos do Teatro Aveirense, a programação cultural da feira abre, logo no primeiro dia, às 18h30, com um monólogo de Sara Barros Leitão, “Proclamação da existência”, seguindo-se uma conversa entre a atriz e José Pina, diretor do Teatro Aveirense.

NOTA: Notícia publicada no "Correio do Vouga"

terça-feira, 25 de maio de 2021

Comunicar

“Nem o regime mais repressivo consegue impedir os seres humanos de encontrar formas de comunicar e obter acesso à informação”

Mandela


Nota: Saiu no  PÚBLICO de hoje em Escrito na Pedra.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Jardim Oudinot: Caprichos da natureza

A natureza é capaz de tudo. Vejam as voltas que a árvore deu para sobreviver. Assim somos nós muitas vezes.

 

domingo, 23 de maio de 2021

Sopro criador vem

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Ainda nos custa lidar com o Espírito do Pentecostes: em nome da unidade, sacrificamos a diversidade; em nome da diversidade, não cuidamos da unidade. É assunto para futuras crónicas

1. Todas as celebrações cristãs implicam três dimensões: não perder a memória, enfrentar os desafios do presente e abrir o futuro. A essência do cristianismo não é uma ideia abstracta. Está intrinsecamente ligada a uma pessoa histórica viva: Jesus de Nazaré.
S. Paulo advertiu que ninguém pode colocar um alicerce diferente deste [1]​. Como observa Hans Küng, a vida, os ensinamentos e a actividade de Jesus de Nazaré destacam-se, claramente, em comparação com outros fundadores de religiões. Jesus não foi uma pessoa formada na corte, como aparentemente foi Moisés, nem filho de príncipe como Buda. Também não foi um erudito e político como K’ung Fu-tzu nem um comerciante rico e cosmopolítico como Maomé. É precisamente pela sua condição social tão insignificante que se torna tão espantosa a sua inultrapassável importância.
Não defende: a validade incondicional de uma lei escrita que se desenvolve sem cessar (Moisés); um modelo de vida monástico, dentro de uma comunidade regulamentada (Buda); a renovação da moral tradicional e da sociedade estabelecida, em consonância com uma lei cósmica (K’ung Fu-tzu); as revolucionárias conquistas violentas, em luta contra os infiéis, e a fundação de um Estado teocrático (Maomé).
Não se identifica com os poderosos, com os rebeldes, com os moralizadores nem com os submissos. A sua vida é um permanente desafio inovador [2].

Um poema de Jorge de Sena para este domingo

A escritora Lídia Jorge sugeriu há dias que os poemas seleccionados 
por José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, 
que fazem parte do livro "VERBO - Deus como interrogação na Poesia Portuguesa", poderiam ser incluídos nas Eucaristias. 
A título de exemplo, apresento, para este domingo, um expressivo poema de Jorge de Sena. 
SÚPLICA FINAL

Senhor: não peço mais que silêncio,
o silêncio das noites de planície como enevoadas águas,
o silêncio dos montes quando a tarde acabou e as pedras
se afiam na friagem que é azul-celeste,
o silêncio do sol encarquilhando as folhas,
e o vento na areia depois de ter passado,
o silêncio das ondas ao longe espumejando tranquilas,
o silêncio das mãos e o dos olhos,
e o das aves negras que pairam nas alturas
de um céu silencioso e límpido. Não peço
mais que silêncio. O silêncio das ideias que deslizam
no tecto escorregadio da memória silente.
E o silêncio dos sonhos coloridos, e o dos outros
a preto e branco imagens desejadas
que não pensei que desejava e esqueço
ao querer lembrá-las. E o silêncio
dos sexos que se possuem sem uma palavra.
E o do amor também, tão silencioso esse,
que não sei quem amo.

Não peço mais. Afasta
de mim o estrondo: não o das cidades,
ou dos homens, das águas, do que estala
na memória ou penumbra das salas desertas.
Afasta de mim o estrondo com que a vida
se acabará contigo, num rasgar de súbito
em que ficarei inerte e silencioso. O estrondo
em que não ouvirei mais nada. O estrondo
em que não mexerei um dedo. O estrondo
em que serei desfeito. O estrondo
em que de olhos abertos
alguém mos abrirá.

Senhor: não peço mais do que o silêncio do mundo,
o silêncio dos astros, o silêncio das coisas
que outros homens fizeram, e o das coisas
que eu próprio fiz. E o teu silêncio
de senhor que foi. Não peço mais.
Não é nada o que peço. Dá-me
o silêncio. Dá-me o que não fui:
silêncio (porque calei tanto):
o que não sou (pois que calo tanto):
o que hei-de ser (já que falar não adianta):
Silêncio.
Senhor: não peço mais.

Assis, 1961

sábado, 22 de maio de 2021

Há dez anos o FCP foi supercampeão

Há dez anos o FCP foi supercampeão. Como sou um verdadeiro desportista, felicitei o portista cá de casa, o meu filho Fernando Martins. Tem o meu nome porque foi o meu primeiro filho. Só que, por artes que ainda não descortinei, é adepto do Porto, contrariando a tendência paterna, seguida pelos outros filhos. Coisas difíceis de entender, mas aceitáveis, ou não vivêssemos nós numa democracia, em que o respeitinho pelas opções de cada um é norma a seguir. Curiosamente, a Lita, que é benfiquista, ri-se com as nossas piadas desportivas. E alinha sempre pelas vitórias para agradar a todos.
Será que o Fernando felicitou os sportinguistas da família? Não me recordo. Se o não fez, ainda está a tempo.

FM

NB: 
No que escrevi, logo no dia seguinte, o saudoso amigo Torrão Sacramento deixou este comentário:

«Pois, uma "grande" pessoa sempre tinha de ter algum "defeito" - ser do FCP. Mesmo assim, gosta-se do Fernando... porque se gosta!...
Abraço amigo dum Benfiquista de "asa" caída!...» 

Torrão Sacramento 

Tudo e todos interligados. 1

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Se algo se nos impôs de modo claro, com esta terrível pandemia, é que tudo e todos estamos interligados.

1. Constatámos que nos contagiamos uns aos outros, de tal modo que até foi e, por vezes, ainda é (por quanto tempo?), necessário desviarmo-nos uns dos outros, usar máscara, ficar confinados. Percebemos que precisamos de nos proteger uns aos outros: ou nos salvamos juntos ou podemos perder-nos todos. Aí está o exemplo das vacinas: basta um pouco de egoísmo esclarecido, para se perceber que elas têm de ser distribuídas por todos, pois enquanto houver alguém não vacinado no mundo a ameaça continua e tanto mais grave quanto irão surgindo variantes do vírus...

2. Cada uma de nós, cada um de nós é ela, é ele, único, única (cada uma, cada um diz "eu" como mais ninguém pode ou pôde alguma vez dizer). O enigma, o milagre espantoso do eu, ser autoconsciente, consciente de si, alguém como nunca houve outro ou outra!
Será que deste modo se está a afirmar o individualismo? De modo nenhum. Porque cada um de nós é um eu único, mas sempre na relação constituinte. Uma das características essenciais que nos distinguem dos outros animais é a neotenia (nascemos prematuros), que faz com que, vindos ao mundo por fazer, tenhamos de fazer-nos. O que andamos a fazer na vida? A fazer-nos, a partir de outros e uns com os outros. Quando olhamos para a neotenia, temos de concluir: ou a natureza foi madrasta para nós e não nos deu o que devia dar, como fez com os outros animais, ou esta é a condição de possibilidade de sermos o que somos: humanos, tendo de receber por cultura e produzindo cultura o que a natura nos não deu, sendo inventivos, criando o novo.

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