quarta-feira, 17 de março de 2021

Aldeias e Vilas Medievais - Óbidos



Talvez a vila medieval mais conhecida de Portugal, Óbidos foi conquistada ao mouros no séc. XII e sempre esteve envolta num espírito romântico. Afinal, foi prenda de casamento de reis a rainhas e ponto de encontro para figuras históricas como Pedro e Inês.
As ruas e monumentos dentro das muralhas continuam pitorescas e bem conservadas, cheias de detalhes que atraem visitantes durante todo o ano.

NOTA: Proposta da Via Verde para uma visita e passeio.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Leiteiras das Gafanhas



O Pinterest trouxe-me hoje à memória as leiteiras da Gafanha que vendiam o seu produto, manhã cedo, de porta em porta, na Praia da Barra. Não sei se também iam à Costa Nova, mas presumo que sim. Duas vizinhas nossas vendiam o leite na Praia da Barra, principalmente durante a época balnear. Depois, ficavam com clientes, residentes fixos ou que ali passavam os fins de semana.
Eram lavradoras com vacas leiteiras, mas no Verão o leite das suas vacas não era suficiente. Os lavradores vizinhos abasteciam-nas, vendendo o restante a clientes particulares ou entregavam-no nos postos dos lacticínios, um dos quais ficava na Rua São Francisco Xavier, bem perto da Av. José Estêvão. Mas havia mais nas Gafanhas.
A nossa vizinha, pessoa muito simpática e organizada, tinha um cuidado extremo com tudo o que dizia respeito ao seu negócio da venda do leite.
Os canecos e medidas, de alumínio, bem como uns panos brancos que usavam para filtrar, julgo eu, o precioso líquido dos pequenos almoços, eram lavados com esmero e postos a secar, para no dia seguinte se apresentarem alvinitentes. Não ficou na minha memória qualquer indício de falta de higiene.
Nas épocas de pouca venda, levavam um caneco à cabeça e outro, mais pequeno, na mão. No Verão, usavam um carro de mão de duas rodas.

F. M. 

domingo, 14 de março de 2021

Deus é a nossa mulher-a-dias

Um poema de Adília Lopes para refletir 

Adília Lopes 












                                                         Deus é a nossa
                                                         mulher-a-dias
                                                         que nos dá prendas
                                                         que deitamos fora
                                                         como a vida
                                                         porque achamos
                                                         que não presta

                                                         Deus é a nossa
                                                         mulher-a-dias
                                                         que nos dá prendas
                                                         que deitamos fora
                                                         como a fé
                                                         porque achamos
                                                         que é pirosa

                                                          Adília Lopes


Costa Nova — Saudades das velas brancas


Numa passagem pelos meus arquivos bati à porta da Costa Nova, aqui tão perto e por onde passo com alguma frequência. As velas brancas acordaram-me para uma paisagem que aprecio imenso. Fico com elas na gaveta dos meus propósitos quando vier o bom tempo e quando se forem de vez os confinamentos.

Aldeias e Vilas Medievais - Idanha-a-Velha


Escondida na Beira Interior, Idanha-a-Velha tem uma fundação romana que a torna numa das principais estações arqueológica de Portugal. A história ditou que por lá também passassem os suevos e os visigodos, tendo posteriormente sido doada, no séc. XIII, à Ordem do Templo.
Os vestígios das várias épocas que atravessou continuam bem presente nas suas ruas e monumentos.

A alegria não se decreta (1)

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO


Quando comecei a ler os textos da liturgia deste Domingo, consagrado à alegria, fiquei triste. Há muito tempo que se diz que as homilias ajudam mais ao aborrecimento do que à festa.

1. Quando comecei a ler os textos da liturgia deste Domingo, consagrado à alegria, fiquei triste. São textos muito antigos acerca de acontecimentos ainda mais antigos, de mundos que apenas se renovam em guerras fratricidas, com deuses que só se mostram relevantes a justificar a violência. Não parecem os mais adequados para despertar, hoje, nas comunidades das celebrações dominicais, online, motivações e formas para enfrentar a fadiga, a tristeza e a depressão. Pensei: algo como o quarto andamento da Nona Sinfonia de Beethoven seria bem-vindo!
É, no entanto, pressuposto que tais motivações estão inscritas nesses veneráveis documentos da memória religiosa. Seria tarefa das homilias fazer a ponte entre eles e as questões da nossa vida presente: a Bíblia, em acto de interpretação, numa mão e o jornal na outra, como recomendava Karl Barth.
Mesmo quando isto acontece, o resultado nem sempre é entusiasmante. Há muito tempo que se diz que as homilias ajudam mais ao aborrecimento do que à festa.

sábado, 13 de março de 2021

"Sua Fraternidade" o Papa Francisco no Iraque

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


Precisava de ir, e havia quatro razões e objectivos essenciais: fazer uma reparação, visitar uma Igreja martirizada, aprofundar o diálogo inter-religioso, contribuir para a reconstrução do Iraque.

1. Era a viagem mais arriscada do seu pontificado. Mas Francisco foi, porque era um "dever", repetiu no avião a caminho do Iraque, país onde nunca tinha estado um Papa.
Precisava de ir, e havia quatro razões e objectivos essenciais: fazer uma reparação, visitar uma Igreja martirizada, aprofundar o diálogo inter-religioso, contribuir para a reconstrução do Iraque.

1. 1. O que João Paulo II fez para tentar impedir a invasão do Iraque, mas sem êxito! O que é facto é que, com base numa mentira, a invasão e a guerra em 2003 atiçaram ainda mais o incêndio dos horrores. Um erro fatal! Francisco também disse: "Venho como penitente".

1. 2. Francisco encontrou-se com o ayatollah Ali al-Sistani, a maior autoridade xiita no Iraque, que vive numa casa modesta, num bairro pobre de Nayaf e que, contra as regras se levantou humildemente para saudar Francisco. Foi um encontro a sós. Apesar de não ter havido um documento comum (pode vir mais tarde) como o assinado por Francisco e o Grande Imã de Al-Azhar, o egípcio Ahmad al-Tayyeb, a maior autoridade sunita, "Documento pela Fraternidade Humana", foi um gesto histórico, pois aprofunda o diálogo com o outro ramo do islão. Num encontro que durou uns 50 minutos, segundo um comunicado oficial, o líder muçulmano afirmou que os "os cristãos no Iraque devem poder viver em paz e segurança". O Papa "destacou a importância da colaboração e amizade entre as comunidades religiosas para que, cultivando o respeito mútuo e o diálogo, possamos contribuir para o bem do Iraque, da região e de toda a Humanidade." Ambos apelaram à fraternidade.

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