Escola Municipal de Educação Rodoviária para recreio e formação. Um espaço limpo e arejado.
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Aproveitar o confinamento saudavelmente
Eu e a Lita na zona da muralha
Três filhos com a Lita junto à Estátua de D. Afonso,
Conde de Barcelos e Duque de Bragança
Nas termas, a Lita prova a água com a Aidinha e o Paulinho
O desânimo não leva a parte nenhuma de sentido positivo. Em maré de confinamento necessitamos veementemente de optar pela via positiva. E como é preciso variar, hoje voltei-me para as fotografias antigas de muitas que tenho por aqui, algumas em caixas e muito poucas em álbuns. O tempo para as arrumar tem escasseado ao longo dos anos. Mas hoje consegui rever umas tantas, que me trouxeram bastantes e agradáveis recordações.
Começo por Chaves onde passei férias em casa de amigos e no parque de campismo, banhado pelo Tâmega com cidade à vista. Foram tempos de descoberta não apenas da cidade de Chaves, com montras vocacionadas para turistas espanhóis, mas com restaurantes a apostar no que é regional. Pastéis de Chaves e presunto eram reis para os flavienses, para os aquistas e para os veraneantes. Eu engrossava a lista dos dois últimos grupos.
Com alguma frequência dávamos um salto a Espanha, clandestinamente, que a União Europeia ainda nem sequer sonhada estava. Não ousávamos passar a fronteira, mas seguíamos tranquilamente por carreiros entre terras agrícolas. Chegámos, contudo, a ir de carro com a concordância dos guardas fronteiriços. E na cidade de Chaves, com a sua ponte romana entre outros sinais que atestavam a sua antiguidade, sempre soubemos apreciar o passado no meio do presente que nos envolvia.
Fernando Martins
Rua Eng. Luís Gomes de Carvalho
O Eng.º Luís Gomes de Carvalho nasceu na Atalaia (Vila Nova da Barquinha), a 15 de abril de 1771. Frequentou a Real Academia de Fortificação, onde foi um aluno laureado. Este Engenheiro militar ingressou depois no Real Corpo de Engenheiros, figurando na toponímia ilhavense devido ao seu papel na abertura da Barra de Aveiro, a 3 de abril de 1808, e pelas obras do Porto.
A abertura da Barra foi uma obra de extrema importância, uma vez que o seu assoreamento estava a causar elevadíssimos prejuízos às salinas da ria e à agricultura da região. Assim, e após diversos apelos das autoridades locais, em 1802, o Ministro do Reino, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, encarregou os Engenheiros Coronel Reinaldo Oudinot e o Capitão Luís Gomes de Carvalho de procederem a estudos para abertura da nova Barra. Estes revelaram-se muito semelhantes entre si, tendo sido aprovados pelo Príncipe Regente D. João VI.
Em dezembro de 1803, o Eng.º Oudinot foi destacado para a Madeira, ficando a obra a cargo do seu genro, o Eng.º Luís Gomes de Carvalho, mantendo-se este até 1823, devido a divergências políticas.
Luís Gomes de Carvalho foi membro da Real Sociedade Marítima, Militar e Geográfica. Além das obras que possibilitaram a abertura da Barra, foi também responsável por diversos estudos e obras de elevada importância. Destas destacam-se os levantamentos topográficos de Trás-os-Montes, que deram origem à Carta Topographica da parte da provinicia de Trás os Montes compreendida entre o Douro e o Sabor até Bragança, e o plano de melhoramento das condições de acesso à Barra do Douro, chegando mesmo a dirigir as obras do dique na extremidade norte do Cabedelo.
Faleceu a 17 de junho de 1826, em Leiria.
NOTAS:
1. Este trabalho foi elabora pelo CDI, no âmbito do projeto "Se esta rua fosse minha";
2. A Rua Eng.º Luís Gomes de Carvalho situa-se mesmo à entrada da Praia da Barra. Foi uma proposta da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, a 20 de junho de 2013, na Comissão Municipal de Toponímia (Ata nº. 12/2013);
3. Em 1947 foi editado pelo Arquivo do Distrito de Aveiro a Memória Descritiva ou notícia circunstanciada do plano e processo dos efectivos trabalhos hidráulicos empregados na abertura da barra de Aveiro segundo as ordens de S. A. R. o príncipe regente nosso senhor: ou notícia circunstanciada do plano e processo dos efectivos trabalhos hidráulicos empregados na abertura da barra de Aveiro. Esta obra é prefaciada por Francisco Ferreira Neves. Nela podemos encontrar não só o estudo para a abertura da Barra de Aveiro, como diversa correspondência do Engenheiro. Destacamos o Mapa da Ria de Aveiro que acompanha a obra;
4. Se alguém possuir ou souber da existência de alguma busto em monumento ou registo fisionómico de Luís Gomes de Carvalho, agradeço informação.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
ATO ELEITORAL: Servidores da democracia
O ato eleitoral decorreu neste edifício escolar, na Alameda Prior Sardo
Ontem, domingo, foi dia de eleições para a Presidência da República. Apesar do confinamento, não faltei ao cumprimento de um dever cívico, atitude que assumi desde a instauração da democracia em Portugal. Receoso de qualquer contacto físico com pessoas infetadas ou em situação de assintomáticas, cuidei-me mentalmente.
À chegada percebi que havia um movimento normal, bom sinal, em resposta às perspetivas de grandes abstenções. À entrada, com os devidos distanciamentos, foi-me indicado o caminho para a minha mesa de votação. Caminhos bem definidos e com setas bem visíveis, mas nunca faltaram colaboradores da organização, com predominância de jovens, na ajuda a quem ia chegando. Exercido o cumprimento do meu dever, enquanto cidadão, regressei a casa.
Este meu escrito tem por finalidade agradecer aos responsáveis pela organização, nomeadamente à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, mas ainda a todos os que colaboraram neste ato democrático, e muitos foram, pela forma gentil, eficiente e disponível como serviram a nossa comunidade.
Um bem-haja a todos.
F. M.
O Presidente Marcelo foi reeleito
Marcelo Rebelo de Sousa venceu as eleições presidenciais. Era o esperado e desejado pela maioria dos portugueses. Sem se preocupar muito com a campanha eleitoral, sem despesas de maior, sem cartazes nem preocupações e muito tranquilo deixou a léguas os outros candidatos. Ganhou muito mais poder para a sua intervenção política e mais simpatias para voltar ao seu mundo de afetos. Há quem não goste, mas eu gosto bastante de um Presidente que sabe, como poucos, viver a proximidade.
O Presidente Marcelo é um homem bom, culto, solidário, inteligente, humanista, sensível ao sofrimento, capaz do diálogo a toda a hora, espontâneo nos afetos, natural nos relacionamentos institucionais e em representação de Portugal, no estrangeiro, dignifica o país e a nossa gente.
Deste meu recanto, desejo ao Presidente Marcelo as maiores venturas com muita saúde.
Fernando Martins
domingo, 24 de janeiro de 2021
A força de um boletim de voto
"Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda."
Abraham Lincoln (1809-1865),
16.º Presidente dos Estados Unidos
Publicado em Escrito na Pedra no PÚBLICO de hoje
Nota: Por esta razão, mas não só, hoje saí de casa para votar, apesar de levar à risca a norma do confinamento. A ideia de alguns candidatos vencerem as eleições para ocuparem o mais alto cargo da hierarquia do Estado justificou o meu esforço.
Vivemos no tempo, não na eternidade
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
«É na Igreja, a comunidade dos baptizados, que tanto homens como mulheres podem ser convocados para determinados serviços e encargos. Não são nem as mulheres nem os homens que podem atribuir-se, a si próprios, essas funções como se fosse um direito.»
1. Algumas pessoas telefonaram-me para dizer que o 3.º ponto da minha crónica do Domingo passado não respeitava nem o Papa Francisco nem João Paulo II. Chamava bilhetinho desnecessário e, por isso, irónico à Carta Apostólica, Spiritus Domini, do Papa Francisco. Insinuava que Bergoglio recorria a esse estilo por causa da Carta Apostólica de João Paulo II, Ordinatio Sacerdotalis (22.05.1994), da qual deixei apenas a conclusão: “A ordenação sacerdotal, mediante a qual se transmite a função confiada por Cristo aos apóstolos, de ensinar, santificar e reger os fiéis, foi reservada sempre, na Igreja Católica, exclusivamente aos homens.”
Poderia ter sido útil avisar que esta referência se inscreve nas declarações de Paulo VI, de João Paulo II e nos comentários dos Prefeitos da Congregação para a Doutrina da Fé, J. Ratzinger e L. Ladaria. No entanto, o sentido eclesial das minhas intervenções exige o exercício responsável da liberdade, sem o qual o debate teológico não tem qualquer sentido.
Exprimi uma preocupação que é também um desafio. As mulheres lutam, na sua diferença, por um estatuto igual ao dos homens na vida familiar, profissional, cívica, cultural e política. Muitas queixam-se de que, no interior da Igreja católica, a sua diferença é afirmada pela exclusão. Por serem mulheres não são chamadas para exercer os ministérios ordenados que, na organização actual, resultam do sacramento da Ordem e do qual dependem os diáconos, os presbíteros e os bispos.
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