quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Um projeto interessante - "Se esta rua fosse minha…"
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Portas d'Água |
No CDI (Centro de Documentação de Ílhavo), está em curso um projeto interessante, para o qual todos podemos contribuir. Trata-se de recolher informação sobre a história de cada rua, beco, praça, ponte e outros, como se lê na página da CMI.
“Se esta rua fosse minha…” é um desafio posto a cada um de nós, munícipes, no sentido de partilharmos saberes referentes à nosso toponímia, uma preciosa ajuda para nos alicerçarmos nas raízes de cada canto das freguesias do concelho de Ílhavo. Raízes que alimentam o presente e projetam o futuro.
Tudo será mais fácil se soubermos estimular a recolha de informação alusiva à nossa rua, destacando pormenores, nomeadamente monumentos, pessoas e acontecimentos, que os há em cada canto. Importa, com tudo isto, envolver a comunidade e integrando-a, potenciando o reconhecimento do território e estimulando o apego às raízes.
O desafio, que nos chegou da Câmara de Ílhavo, aqui fica, na certeza de que estaremos dispostos a dar o que pudermos e soubermos.
F. M.
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quarta-feira, 27 de novembro de 2019
D. Manuel II em Aveiro
Efeméride: 27 de novembro de 1908
D. Manuel II, o ultimo rei de Portugal, visitou Aveiro no dia 27 de novembro de 1908, para gáudio dos monárquicos e descontentamento dos republicanos. Pondo de lado os aplausos dos seus adeptos e as críticas dos defensores de outra forma de governo, recordo apenas que D. Manuel foi, que eu saiba, o único rei que passou pela nossa terra, numa visita às obras da Barra. Tudo isto nos tem sido contado pela História e, neste caso, por um trabalho de Armando Tavares da Silva — D. Manuel II e Aveiro – Uma Visita Histórica (27 de Novembro de 1908). O autor, Prof. Catedrático da Universidade de Coimbra, aposentado, também escreveu “A presença portuguesa na Guiné – História Política e Militar” e “Camões e a Química – A Química em Camões”.
Hoje, porém, venho com uma curiosidade.
«Quem, nos dias de hoje, entrar na Sala das Sessões da Câmara Municipal de Aveiro e lançar um olhar atento sobre o conjunto das cadeiras de alto espaldar que a ornamentam, tenderá a reter no seu cérebro uma certa impressão de assimetria. Para além das dez que, em posição frontal, se encontram alinhadas ao longo da vasta mesa, uma outra se encontra encostada à parede do seu lado direito, mas faltando no lado oposto a que formaria o seu par.»
A tal cadeira que falta foi ofertada a el-rei D. Manuel II que, durante a sua visita a Aveiro, manifestou desejo de a possuir. Presentemente, encontra-se no Paço Ducal de Vila Viçosa.
Nota: Informações colhidas no referido livro, editado em 2007.
terça-feira, 26 de novembro de 2019
OIÃ - Uma terra com história
Uma passagem por Oiã, freguesia do concelho de Oliveira do Bairro, deu para perceber que se trata de uma povoação com raízes na história local, mas não só. No Largo do Cruzeiro (séc XVII), lembrei-me de um bom amigo, Armor Pires Mota, que conheci no meio jornalístico, poeta, cronista, romancista e historiador local, com obra muito expressiva e fundamental para o conhecimento da região. Em casa, saboreei umas páginas do seu livro "Oiã - Terras e Gentes", com data de 1991, que recomendo, agora, decerto, em outra edição.
Como desafio a uma visita, aqui ficam referências ao Cruzeiro (construído em 1690, restaurado em 1940 e reconstruído em 2002) e à homenagem a um médico que à terra e ao povo se deu sem regatear esforços.
Jorge de Jesus - De bestial a besta?
Tenho acompanhado as vitórias de Jorge de Jesus no Brasil, ao serviço do Flamengo, conseguidas em cerca de meio ano. Alvo de algumas críticas no início do seu contrato com o “maior clube do mundo” a nível de torcedores, venceu com mérito o que toda a gente já sabe. Um crítico, logo criticado, já pediu desculpas pelo que disse. Contra vitórias destas, logo duas de expressão futebolística ao mais alto nível, não há argumentos para rebater.
No dealbar dos festejos, vieram logo as perguntas da praxe: — Vai continuar no Flamengo? E Jorge de Jesus, que terá muito traquejo neste mundo do futebol, adiantou que há vários fatores a ponderar. E um deles será, sem dúvida, fugir ao velho ditado, que tem demonstrado, à evidência, que de um jogo para outro, qualquer treinador, por mais condecorado que seja, pode passar de bestial a besta.
F. M.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
O que escrevi há 10 anos
Há muitos anos que paro um dia inteiro. Fico entregue a mim mesmo e aos meus. Como que retirado no mundo, mas a olhar quem passa. Presente, contudo, bem presente nas minhas recordações, um incontável número de familiares e amigos. Uns que conheci e me acompanharam na vida, outros que me chegaram pela tradição oral. E muitos daqueles, ontem, se lembraram de mim. E todos eles vieram com palavras muito amigas e com recordações de algum momentos gratificantes recolhidos do que lhes disse e da forma como o fiz.
É claro que já perceberam que foi o dia do meu aniversário, repetido setenta e uma vezes [agora 81]. Pois é verdade. Venci mais uma barreira, a dos 70 [80] com o ânimo robustecido por tantos e tantos amigos. Todos ao lado de uma família que me deu tudo. Mesmo tudo o que sempre desejei.
As recordações de ontem hão-de vir para este meu espaço, ao sabor da maré que me enche a alma. Sem pressas.
Aqui ficam os meus agradecimentos pelos muitos gestos de amizade que ontem me chegaram.
Fernando Martins
Gafanha da Nazaré, 25 de novembro de 2009 [2019]
domingo, 24 de novembro de 2019
Bento Domingues - Hoje estarás comigo no paraíso
«Jesus já tinha rezado por todos os que o condenaram e maltrataram. Não tinha inferno para ninguém e deixou-nos uma missão: tirai as pessoas do inferno em que vivem.»
1. Anselmo Borges publicou, recentemente, dois artigos sobre A pena de morte e o inferno [1]. São duas peças notáveis de filosofia e teologia que é preciso meditar para perceber as razões que o levaram a dizer: Não há inferno. E, para explicitar mais o sentido dessa afirmação, remete para o livro editado pela Gradiva, Conversas com Anselmo Borges.
Antes de manifestar o prazer e o proveito que essa obra me ofereceu, gostaria de contar uma história que se passou comigo, numa aula de teologia, em Fátima, no âmbito dos Cursos de Verão do Instituto de S. Tomás de Aquino (ISTA).
Numa dessas aulas perguntaram-me se há ou não há inferno. Respondi que a minha esperança era nunca chegar a saber. Comentei, a brincar, que um amigo dizia que talvez existisse, pois sem ele os padres não tinham um instrumento forte para meter medo aos seus fregueses com a repetição cadenciada do estribilho dos sermões de Quaresma e de preparação para uma confissão assustada: sempre, nunca! Quem é condenado ao inferno, nunca de lá pode sair.
A resposta não caiu bem. Uma aluna indignada gritou-me: com coisas sérias não se brinca. O inferno existe. Nossa Senhora mostrou-o aos pastorinhos, junto da actual Capelinha das Aparições.
Tentei mostrar que acreditar em Fátima não fazia parte do credo da Igreja. É possível ser católico e não acreditar em Fátima. As impressões das criancinhas estavam condicionadas pelas figurações que aprendiam na catequese, nos sermões, nas conversas e orações das respectivas famílias. Nossa Senhora teria de lhes falar no imaginário e na linguagem que elas pudessem entender. As crianças também têm direito à imaginação e cada um à sua opinião.
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