sábado, 18 de junho de 2016

Ser discípulo de Jesus, opção livre envolvente

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus quer fazer a avaliação das iniciativas da sua missão na Galileia. Afere critérios de actuação com Deus Pai em diálogo de oração na presença dos discípulos. Sozinhos. Depois, prossegue com a conversa à base de perguntas e respostas. Conversa que tem como tema principal auscultar o “eco” da sua mensagem nas pessoas, saber o que diziam, verificar a compreensão dos seus acompanhantes. O tempo ia passando. As acções sucediam-se. Os comentários surgiam. A fama chegava às altas instâncias políticas e religiosas. Até Herodes Antipas, o rei governador da região, mostrava curiosidade pelo que estava a acontecer. Lucas situa este episódio depois da multiplicação dos pães, que fez reviver grandes expectativas, e antes de se iniciar a viagem para Jerusalém, viagem impregnada de catequeses sobre a novidade do projecto de Deus para a felicidade humana.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

"Artesãos da festa, da maravilha e do belo"

«Semear a beleza e a alegria também é misericórdia», 
disse o Papa no encontro que reuniu também 
profissionais das feiras e espetáculos itinerantes


O Papa destacou [ontem] no Vaticano a missão dos profissionais do mundo do circo, das feiras e espetáculos itinerantes, em “enriquecer a sociedade” através da sua alegria, do seu empenho e audácia.
Numa audiência com cerca de 6 mil profissionais do setor, integrada no Jubileu da Misericórdia, Francisco classificou os presentes como “artesãos da festa, da maravilha e do belo”.
Lembrou ainda que os artistas “têm um recurso especial, de com a sua contínua itinerância levarem a todos o amor de Deus, o seu abraço e a sua misericórdia, de serem comunidade cristã itinerante, testemunhas de Cristo que está sempre a caminho ao encontro de quem está mais longe”.
A iniciativa está a decorrer esta manhã na Sala Paulo VI, no contexto do Ano Santo da Misericórdia que a Igreja Católica tem vindo a promover.

Um passeio a Arganil


Uma boa recordação
Arganil
Se eu pudesse, andava por aí a ver coisas interessantes. De preferência pelo interior do país. Sabe-se lá porquê. Talvez por estar habituado a ver o mar e a ria no dia a dia. 
Ao arrumar umas fotografias no meu PC, de um montão delas postas a granel em várias caixas, encontrei boas recordações dessas fugazes viagens pelo interior. Digo fugazes porque raramente saio deste recanto gafanhão. Coisas da vida de quem até gosta de algum isolamento. Parece um paradoxo, mas não é, porque as pessoas como eu também precisam de espairecer, mesmo que raramente. 
Há anos, nem sei há quantos, saímos (eu e a Lita) da Figueira da Foz para uma visita à aldeia de Piódão. Parámos em Arganil e gostámos do que vimos. Andei pela rua estreita que ilustra este curto texto, onde se vendia de tudo. Parecia um supermercado, com a vantagem de se cultivar o sentido de proximidade. Depois passámos pela homenagem ao conhecido político e homem bom Fernando Vale e entrámos no espaço museológico que alberga o consultório do médico Adolfo Rocha (Miguel Torga na literatura). Fomos ainda ao museu etnográfico e seguimos viagem. Hoje, à conta da fotografia que encontrei, voltei a Arganil. Já valeu a pena a reorganização do meu computador. 
Bom fim de semana com ou sem histórias como esta.

Folclore na Gafanha da Nazaré

XXXIII Festival Nacional de Folclore 
da Gafanha da Nazaré

Cozinha da Casa Gafanhoa (foto de arquivo)

 Vai realizar-se, no próximo dia 2 de julho, o XXXIII Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, no Jardim 31 de Agosto, às 21h30, por iniciativa do Grupo Etnográfico da nossa terra, esperando-se a adesão de todos os amantes das tradições etnográficas.
Para além do grupo anfitrião, participam o Grupo Folclórico de Parada de Gonta — Tondela, Viseu; a Associação Folclórica Cantarinhas da Triana — Rio Tinto; o Rancho Folclórico e Etnográfico "Os Camponeses de Vale das Mós" — Abrantes; e o Grupo Regional Folclórico e Agrícola de Pevidém — Guimarães. Do programa consta a receção aos grupos convidados, uma visita à Casa Gafanhoa com cerimónia de abertura e entrega de lembranças, jantar na Escola Preparatória da Gafanha da Nazaré para convidados e autoridades, desfile às 21h, seguindo-se o festival.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Urgentemente


É urgente o amor
É urgente um barco no mar

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade,
em "Até Amanhã"

A Memória nos tempos que correm

    

«A Memória nos tempos que correm deixou de ser um exercício de lentidão. Perdemos algo de relacional, pois só (quase) a «lentidão», permite a análise, o aprofundamento, e até, a contemplação. Tudo feito a correr contra o Tempo e não sendo ele – o Tempo – o nosso aliado natural. Tempo para rezar e escutar. Tempo para comer e degustar. Tempo para servir e inventar. Tempo para estar e acompanhar. Tempo que nos faz, verdadeiramente, falta.»

Jardim Oudinot — A grande janela para a ria



Li no Diário de Aveiro que o concelho de origem dos nossos avós quer voltar-se mais para a ria. “Voltar Vagos para a ria”, assim se chama o programa que vai definir objetivos específicos, lembra que o concelho conheceu um “crescimento urbano desorganizado” e “de costas para a ria”, pelo que a aposta faz todo o sentido.
Olhando para a Gafanha da Nazaré, reconheço que as obras portuárias e seus acessos nos coartaram a visão ampla que tínhamos da laguna com a qual sempre nos identificámos. Eu sei que o Porto de Aveiro, com as suas diversas vertentes, é fundamental para o desenvolvimento da nossa terra e região e até do país, mas julgo que o nosso povo e quem nos visita necessitam de ser sensibilizados para usufruir da ria o que ela pode ofertar. Temos o Jardim Oudinot com infraestruturas bem pensadas, mas as gentes gafanhoas, penso eu, ainda não se convenceram de que ali podem respirar a maresia e apreciar, dentro do possível, paisagens que nos enchem de orgulho. Há diversas iniciativas, é verdade, mas para além delas falta o hábito de ir e estar, olhar e contemplar. A ria é uma das nossas grandes riquezas. E o Jardim Oudinot é, afinal, a grande janela que temos à nossa disposição todo o ano.
Passo por lá imensas vezes e pouca gente encontro. Será que o tempo não tem ajudado?

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