domingo, 24 de maio de 2015

A catástrofe

"Um dia ouviremos na televisão que a desgraça já está em marcha e nesse dia ninguém nos virá salvar."

Ler a crónica de Vasco Pulido Valente no PÚBLICO

Nota: Vasco Pulido Valente é um conhecido cronista e historiador. Como cronista, é tido por pessimista ou, melhor dizendo, catastrofista. É rara a crónica em que anuncie coisas boas. Dá a impressão que nasceu com algum espírito de contadição, porque critica tudo. Muito menos será capaz de um aplauso. Contudo, às vezes, leva-nos a pensar. Se calhar é isso mesmo o que ele quer.


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Não desistir do espírito do Pentecostes

Crónica de Frei Bento Domingues 


«A Europa, depois de ver o Mediterrâneo 
transformado num imenso cemitério, 
resolveu discutir a atribuição, por cada país, 
dos migrantes que batem à sua porta. 
Veremos, como diz o cego.»

Frei Bento Domingues


1. Ao começar a crónica deste Domingo, escrevi: a festa de Pentecostes não celebra o que já foi, mas o que falta fazer. De repente, deparei com a notícia: a morte de cerca de uma centena de passageiros de um navio carregado de migrantes do Bangladesh e da Birmânia.
Este navio andou quase dois meses à deriva no alto mar, depois da guarda costeira da Malásia e da Tailândia o ter impedido de aportar a estes países. A luta desesperada pelos últimos mantimentos, a bordo, provocou a morte de uma centena dos passageiros. Já em segurança na Indonésia, os sobreviventes contaram a crueldade dessas mortes: esfaqueados, sufocados, atirados ao mar.
A Europa, depois de ver o Mediterrâneo transformado num imenso cemitério, resolveu discutir a atribuição, por cada país, dos migrantes que batem à sua porta. Veremos, como diz o cego.
Apesar das apregoadas virtudes da modernidade e da laicidade, a fraternidade universal foi ficando pelo caminho. O pensamento liberto do obscurantismo da religião não construiu a realidade, segundo o bem do ser humano, isto é, de todos os seres humanos. A grande maioria não passa de simples meio e instrumento de uma minoria privilegiada.

sábado, 23 de maio de 2015

Os almanaques



Gosto de ler e ver almanaques, sobretudo quando se apresentam com arte, que os olhos, uma das portas do nosso entendimento, também precisam de ser estimulados. Mas o recheio destas edições, normalmente anuais, despertam em mim uma enorme curiosidade, já que me revelam pormenores de artes, ciências e culturas diversas, sensibilizando-me para outras leituras.
Hoje tenho em mãos a Agenda Almanaque 2015 de "Olegário Fernandes - Artes Gráficas, S. A." que me revelou um livro, "ABC Illustrado", "Offerecido gratuitamente pelos proprietários da FARINHA LACTEA NESTLÉ".
Um texto anexo, intitulado "Aprender a ler e a beber leite", fala-nos do Professor Egas Moniz que impulsionou a Indústria leiteira do nosso país, "a ele se devendo a criação da primeira fábrica de leite em pó em Avanca, 1923, Sociedade de Produtos Lácteos Lda, que viria a dar origem à Nestlé Portugal."

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Reconciliação com a vida

"Eu nem sequer gosto de escrever. Acontece-me às vezes estar tão desesperado que me refugio no papel como quem se esconde para chorar. E o mais estranho é arrancar da minha angústia palavras de profunda reconciliação com a vida."

Eugénio de Andrade 
1923-2005)

Li no Almanaque Bertrand 2014-2015


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O bom humor

"O bom humor tem algo de generoso: dá mais do que recebe"

Émile-Auguste Chartier (1868-1951)





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Ecologia e religião

Crónica de Anselmo Borges 
no DN


 É preciso cuidar da natureza, 
porque é criação, 
dom e presente de Deus


1. Era Fernando Pessoa que perguntava: O mistério? E respondia: Olha para o lado e ele está lá. Sim, digo eu, está lá, ao lado, fora, dentro, em toda a parte. Ele mora, antes de mais, nesta pergunta infinita, inconstruível: porque há algo e não nada?
Há 13 700 milhões de anos foi o Big Bang. A Terra pode ter aparecido há uns 5000 milhões de anos e a vida há uns 3500 milhões. Há uns 7 milhões de anos, deu-se a separação do tronco comum, que se ramificou, de tal modo que temos, de um lado, os chimpanzés, gorilas... e, do outro, num processo que passa pelo Homo habilis e o sapiens, estamos nós, o Homo sapiens sapiens — acrescento sempre: e demens demens (sapiente sapiente e demente demente) —, há uns 150 mil anos.

Domingo de Pentecostes — Cheios do Espírito Santo

Reflexão de Georgino Rocha



Cheios do Espírito, 
sabem interpretar o que acontece 
e descodificar os enigmas humanos


O acontecimento do Pentecostes manifesta como o Senhor Jesus coopera com os seus enviados. Jo 20, 19-23. Enche-os do seu Espírito e traça-lhes, mais uma vez, os horizontes da missão. De outro modo, como seria possível àquele grupo ir por todo o mundo, anunciar o Evangelho de forma acessível em todas as línguas, semear a paz em gestos de perdão, garantir um futuro melhor, abrir as portas do amor misericordioso, criar condições para que todos se reconheçam como irmãos porque filhos do mesmo Deus Pai?! Humanamente, impossível. O grupo estava ainda traumatizado pelas atrocidades da paixão, temeroso pelo que podia suceder-lhe, debilitado em forças e reduzido em número.

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