terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O filho pródigo

Um conto de Natal 
de Maria Donzília Almeida



Na cozinha, as mulheres da casa afadigavam-se na preparação da ceia de consoada. O prato típico da quadra iria aparecer com todo o esmero, na mesa que reuniria a família. O bacalhau fora demolhado com a antecedência conveniente, as batatas cresciam em grande alguidar, juntavam-se as cenouras, os ovos e a couve penca de Chaves. Era uma couve tenrinha que o avô cultivava ali,no quintal da casa e que se orgulhava de ostentar, fazendo jus aos seus dotes de hortelão.
Numa mesa redonda, vistosamente coberta por uma toalha colorida, em tons verde e vermelho iam aparecendo em grandes travessas, os doces que faziam as delícias dos comensais: os bilharacos, o arroz-doce,  a aletria, as rabanadas, o bolo-rei, os frutos secos, etc.

Ponte para S. Jacinto

23 de Dezembro

S. Jacinto

1966 — O ministro das Obras Públicas recebeu, no seu gabinete, uma representação de aveirenses que foram pedir ao Governo a construção de uma ponte entre as duas margens da ria, sobre o canal de São Jacinto; o pedido não teve seguimento (Correio do Vouga, 23-12-1966; Litoral, 31-12-1966). J

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de João Gonçalves Gaspar e António  Christo

Nota: A tão falada ponte, na altura, foi por água abaixo. Foi feita a da Varela, mas a de S. Jacinto não foi considerada prioritária. Até hoje.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Papa apresenta 15 "doenças" cruciais

Que grande lição para toda a gente




«Papa fala à Cúria sobre os males da Cúria. 
Diante dos cardeais, bispos e monsenhores 
que trabalham no Vaticano, 
Francisco apresentou uma lista 
com 15 "doenças" curiais.»





«Do "Alzheimer espiritual" à "divinização dos chefes". O Papa Francisco identifica 15 "doenças" na Cúria Romana e falou sobre todas esta segunda-feira, num discurso perante os cardeais, bispos e monsenhores que trabalham no Vaticano.

Herança cristã da Europa

Crónica por Anselmo Borges 
no Diário de Notícias de sábado

Anselmo Borges

No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".
Pamuk não concretizou muito quanto a estes valores. Assim, talvez se deva ter em atenção o que disse, há um ano, a um jornalista colombiano, que lhe perguntou se se sentia europeu: "Não sei. Não penso nesses termos. Em primeiro lugar, sinto-me turco. E um turco tanto se sente europeu como não europeu. Acredito numa Europa que não se baseia no cristianismo, mas no Renascimento, na Modernidade, na 'Liberdade, Igualdade, Fraternidade'. Essa é a minha Europa. Acredito nessas coisas e quero fazer parte delas. Mas, se a Europa é a civilização cristã, lamento: nós, turcos, não queremos entrar."

Meu Pequenino


Jean-Paul Sartre, o filósofo ateu, 
enviou do seu cativeiro 
aos padres que admirava 
uma meditação sobre a pintura 
que gostaria de fazer do Natal. 
Aqui fica a minha imperfeita tradução: 

"A Virgem está pálida e olha para o menino. O que seria necessário pintar neste rosto é um encantamento ansioso que não apareceu senão uma vez sobre uma figura humana. Porque Cristo é o seu menino: a carne da sua carne, o fruto das suas entranhas. Cresceu nela durante nove meses e dar-lhe-á o seu seio (...) e, por momentos, a tentação é tão forte que ela esquece que ele é Deus. Aperta-o nos seus braços e diz: 'Meu pequenino.’

domingo, 21 de dezembro de 2014

NATAL




Natal

Foi na pobreza
Sem brilho
Sem luz
Que a natureza
Nos trouxe Jesus.
Mas na humildade
A humanidade
Venera o Menino
A nossa paz
E a serenidade
Ele nos traz,
Se caminharmos
E embarcarmos
No bom caminho!
Que o nosso destino
Seja a comunhão
Ao darmos a mão
Ao nosso irmão!
Este ano eu pus
Na senda da vida
A aura sentida
Do Menino Jesus!

M.ª Donzília Almeida


Quantos Cristos ressuscitaram? (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Nas crónicas de Natal, durante vários anos, preocupei-me, com questões de ordem histórica e teológica, levantadas pelo género literário dos chamados “Evangelhos da Infância”. Esses belos tecidos simbólicos, anunciando o reinado do Espirito de Cristo – recusa do mundo de senhores e escravos – são mal servidos por uma leitura estéril de biologia milagrosa.
Este ano, opto pela peregrinação ecuménica do Papa Francisco à Turquia, fundamental para o renascimento das Igrejas. Selecciono, apenas, duas respostas descontraídas a perguntas dos jornalistas, no voo de regresso [1]. Voltarei, em breve, a outros aspectos.
O Papa Bergoglio tinha afirmado que, para chegar à suspirada plenitude da unidade, “a Igreja católica não tem intenção de impor qualquer exigência”. Daí a questão: “estaria a referir-se ao Primado (do Bispo de Roma)?

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