sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jejum de televisão




Tenho estado a viver uma experiência enriquecedora, com a televisão fechada para me não distrair com o que os diversos canais nos oferecem. Eu sei que há canais temáticos de interesse e que mesmo as nossas televisões nos brindam, de vez em quando, com belos programas. Não nego essa realidade, mas tenho confirmado que me perco com banalidades, ficando sem tempo para leituras e outras alegrias, nomeadamente a escrita. 
Com a televisão ligada, caio na tentação de esperar por algo mais e melhor, coisa que raramente acontece nesta grande janela que dá  para o mundo, apesar de tudo importante, sobretudo quando nos mostra realidades da aldeia global que é o planeta em que moramos. Mas a opção por fechar a televisão prende-se, também, com o muito que se acumula na mesa e nas estantes, à espera de ser lido. Livros, revistas e jornais, sobretudo.
Com este jejum, tenho sentido uma certa paz de espírito e uma tranquilidade enorme  para viver à minha maneira, com filhos e netos que me vão dando o prazer das suas conversas, dos seus sorrisos e até brincadeiras. E quando eles se vão, que as suas vidas são de trabalhos persistentes, então tenho os amigos, os livros, sempre disponíveis para me ensinarem, formarem,  informarem e divertirem, numa ação pedagógica extensiva a todo o universo... 

Fernando Martins

Humanidade às cegas

«Tanto jornal, tanta rádio, tanta agência de informações, e nunca a humanidade viveu tão às cegas. Cada hora que passa é um enigma camuflado por mil explicações. A verdade, agora, é uma espécie de sombra da mentira. E como qualquer de nós procura quase sempre apenas o concreto, cada coisa que toca  deixa-lhe nas mãos o simples negativo da sua realidade.»

Miguel Torga 
(1907-1995), escritor

Li no Correio do Vouga

Nota: Eu apenas acrescentaria "Tanta Televisão"



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Nature versus Nurture

Problema crescente da indisciplina


Hoje em dia, em que a escola portuguesa se debate com o problema crescente da indisciplina, com a dificuldade em controlar o comportamento dos alunos, vem, novamente à ribalta, o debate “Nature Versus Nurture”
O que será mais marcante no desenvolvimento infantil? A genética ou a experiência?
O debate sobre este tema é dos mais antigos da psicologia. A questão está centrada na contribuição relativa da herança genética e dos fatores ambientais, no desenvolvimento humano.
Os filósofos Platão e Descartes sugerem que certas coisas são inatas na pessoa, ou então ocorrem fortuitamente, apesar da influência ambiental. As opiniões dividem-se entre os “nativistas” que defendem que as características e o comportamento individual são herdados e os empiristas como John Locke que acreditavam que o conhecimento é impresso numa tábua rasa, isto é, numa mente completamente em branco. Para eles o conhecimento tem por base a experiência.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Posse das Juntas de Freguesia do Concelho de Ílhavo



«Já estão confirmadas as datas para a tomada de posse dos eleitos, nas últimas eleições autárquicas, nas Juntas de Freguesia do Concelho de Ílhavo.
Na Gafanha da Nazaré, a cerimónia de tomada de posse de Carlos António Rocha está agendada para esta quarta-feira às 21h00, no salão nobre da Junta. Na Gafanha da Carmo, Luís Diamantino tomará posse na quinta-feira às 21h00. Em São Salvador, João Campolargo toma pose às 18h30 e Augusto Rocha, no mesmo dia, toma posse na Gafanha da Encarnação às 21h00.»


Fonte: Rádio Terra Nova

Posse da Assembleia e da Câmara Municipal de Ílhavo


Realiza-se no próximo dia 22 de outubro (terça-feira), pelas 18h30, a Tomada de Posse da Assembleia e da Câmara Municipal de Ílhavo para o mandato 2013/2017. A Assembleia será presidida por Fernando Maria da Paz Duarte e a Câmara por Fernando Caçoilo, no respeito pelos resultados das mais recentes Eleições Autárquicas. 
A cerimónia terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Município.


O Marnoto Gafanhão — 12

Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira


E a estudantada lá desapareceu 
de vista para os lados de Aveiro


E a estudantada lá desapareceu de vista para os lados de Aveiro. Teriam frio na cara mas não no resto do corpo bem agasalhado e com as mãos enluvadas. E o Toino ia trabalhando e pensando: “E eu aqui…”
Enfim, terminou a apanha do moliço. Agora era vir com o carro dos bois e transporta-lo para as terras. Seria no dia seguinte que começariam com esse serviço. Assim foi.
— Como os bois não andam tão depressa como as bicicletas, amanhã temos de levantar mais cedo, para ao nascer do sol estarmos lá! — avisa o pai do Toino.
Não havia safa. Aqueles homens sempre levaram aquela vida, parece que nada os incomodava. Os três cunhados eram só pele e osso — os três — mas a sua resistência parecia não ter fim. E o Toino tinha que aprender a resistir…
No dia seguinte, era ainda madrugada, aparece a minha mãe a chamar-me:
— Toino “alabanta-te” que o teu pai já está quase pronto e vai tirar os bois para pôr ao carro.
O Toino ainda reclama que é de noite, mas a mãe tira-lhe os cobertores de cima e obriga-o a levantar-se. Almoçou rapidamente que o pai já o chamava:
— Vamos à vida que os bois já estão ao carro.

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