domingo, 29 de janeiro de 2012

TU ÉS O SANTO DE DEUS

Uma reflexão de Georgino Rocha



Esta afirmação não deixa de ser ousada e interpelante, atendendo a quem a faz. Que assombro manifesta perante os ensinamentos de Jesus na sinagoga de Cafarnaúm! Que estatuto social e religioso reconhece ao humilde artesão de Nazaré! Que prenúncio adianta do que virá acontecer no futuro! “Que tens a ver connosco? Vieste para nos perder” – declara o endemoniado em altos gritos.
O episódio ocorre durante a “homilia” na celebração habitual aos sábados, segundo os preceitos judaicos. Convidado a comentar as leituras, Jesus adopta um estilo próprio, distanciando-se do método tradicional. Não cita nenhum dos famosos rabis, como era de “bom tom” para credenciar o comentário. O que disse, Marcos não o regista, mas não andará longe, como noutras passagens se afirma, de algo parecido com o que Mateus conserva na sequência do sermão da montanha ( 5, 21-48). Jesus reinterpreta com autoridade pessoal o sentido das escrituras e manifesta o seu conteúdo oculto e inédito. Os ouvintes ficam admirados com a novidade e interrogam-se sobre o seu alcance: “Que vem a ser isto? Até os espíritos imundos lhe obedecem!” O que estes intuem, declara-o convictamente o possesso endemoniado.

sábado, 28 de janeiro de 2012

BÓSNIA - HERZEGOVINA, MOSTAR







CAMALEÃO, DE FILIPE RIBAU








Filipe Ribau é um jovem artista em luta pelo reconhecimento. Estou certo que tal irá acontecer, mais tarde ou mais cedo. Talento não lhe falta. Enquanto isso não acontece, vai exibindo a sua arte por onde calha. Um muro velho recebe este Camaleão, com autorização do construtor de um novo edifício. Pena é que a destruição do muro, pela substituição por outra vedação, atire para o lixo este trabalho tão expressivo do Filipe Ribau. Por mim, devia figurar num lugar de destaque da casa nova. Seria um excelente prémio para o Filipe.

POESIA PARA ESTE SÁBADO







Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

A espada de Dâmocles

Um texto de Anselmo Borges



1. Esta - a da espada de Dâmocles - é uma estória sábia. Cícero também se lhe referiu nas Tusculanae Disputationes.
Conta-se que Dionísio, tirano de Siracusa, que vivia num luxuoso palácio, com o poder todo e servos às ordens para tudo, tinha um amigo invejoso e bajulador. Que sorte a tua!, repetia-lhe.
O rei, cansado de o ouvir, propôs-lhe que o substituísse por um dia. E Dâmocles viu-se com uma coroa de ouro na cabeça e, cercado de honras, de luxo e de prazeres, julgou-se o homem mais feliz do mundo. Sentado à mesa, onde se servia um banquete lauto, com vinhos raros, perfumes e música, inebriado, levantou os olhos. E o que viu? Uma enorme espada flamejante, afiada e pontiaguda, presa ao tecto apenas por um fio, que pendia sobre a sua cabeça. Aterrado, todo o entusiasmo se esvaiu e o rosto empalideceu. Era essa espada pendente que Dionísio via todos os dias, na ameaça constante de algo ou alguém cortar o fio.
Não é sob a espada de Dâmocles que nos encontramos todos? Nós, os portugueses; nós, os europeus; nós, os habitantes do planeta - sete mil milhões?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bélgica, Bruselas, Grand Place


DIA DO HOLOCAUSTO — 27 de janeiro

Um texto de Maria Donzília Almeida 

Museu do Holocausto

Há homens de “estatura”... 
 e os pequenos homens! 


O Holocausto foi a maior mácula da história alemã, atribuída ao ditador Adolf Hitler. É, aliás, associado a esta personagem sinistra, o tom demagógico, tenebroso, sustentado pela característica gutural da língua alemã, verbalizado no vocativo: “Deutsche Frauen und Herren...”. Com todos os rr bem vincados... na boca do ditador... era o melhor isco para inflamar o sentimento patriótico da raça ariana! Constatei isso, quando estudei a língua alemã. 
A palavra Holocausto tem origens remotas, em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas, animais e seres humanos, eram oferecidos às divindades e queimados durante o ritual. Passou a significar cremação dos corpos. 
Após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto foi utilizado, para referir o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazi: judeus, comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu. Incluía também ativistas políticos, testemunhas de Jeová, sacerdotes católicos, membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Todos esses grupos pereceram, lado a lado, nos campos de concentração. 

A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único, National Soziallismus com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a conceção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos, uma raça superior às demais raças. Deste princípio absurdo, nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus, propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”.

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