A ABÓBORA
A
José Araújo
Caríssima/o:
a. Já há anos que não semeamos abóboras no quintal mas, curiosamente, vão nascendo aqui e além uns pés de variedades não muito frequentes na região. Com mais ou menos sucesso, cuidando a rega e limpando as ervas que se intrometem, têm-se obtido exemplares interessantes, com certa parcimónia.
e. Abundante, abundante era a produção de abóboras por essa Gafanha além. E essa fartura era aproveitada para a criação do gado...
i. ... e também para a nossa alimentação... caldo (sopa!...), papas (ai as papas de carolo!!...)... as filhós.
Em matéria de doces, acrescentemos tão só o pão de abóbora.
E... as pevides!?...
Todos nos recordamos que tolera a seca mas não humidade em excesso e gosta de terra bem estrumada. Agora o que será motivo de admiração para alguns é o facto de se desenvolver bem na vizinhança da figueira do inferno, associar-se bem com o milho mas, quando plantada junto da batateira, têm um efeito inibidor mútuo.
É ainda interessante apreciarmos que as flores abertas são comestíveis e decorativas, servem para perfumar sopas; podem comer-se recheadas com carne e legumes ou ainda salteadas ou fritas com farinha e ovo.