domingo, 15 de novembro de 2009

Crónica de um Professor: Os alunos tinham a correr-lhes nas veias a força do mar





Acerca da diabetes

"Menos sal, menos açúcar, mais saúde!" 
 lia-se em grandes caracteres,  naquele poster afixado na parede

Foi no seu périplo pelo país, no exercício da sua profissão docente, que fez uma paragem por terras de José Régio. À memória acorrem, imediatamente, os versos que na sua colectânea de textos de “Língua e História Pátria”, desde menina, a haviam cativado. Pelo ritmo, pela musicalidade. Recitava-os mentalmente, sempre que o nome dessa localidade vinha à baila, ou quando, naquele ano, passava junto à antiga moradia do poeta.

“Vila do Conde espraiada, entre pinhais, rio e mar Lembras-me Vila do Conde, Já me ponho a suspirar!”

Foi numa zona piscatória, as Caxinas, com um contexto social muito semelhante à nossa Costa Nova, que passou um biénio da sua longa peregrinação
Os alunos eram vivos, muito participativos e tinham a correr-lhes nas veias, a força do mar. Mas, tal como o mar, tinham o encanto e a beleza das grandes forças da natureza. Exigiam muito do professor, mas quando este chegava até eles, tinha-os completamente nas mãos. Eram vivaços e aventureiros e já tinham a sabedoria que as asperezas da vida conferem. Um dia, até surpreenderam a teacher, ao oferecerem-lhe ali, de mão beijada, um punhado de “beijinhos”!
Foi na escola destes Caxineiros, que a observação daquele slogan haveria de marcar a professora para o resto da vida. De forma incisiva e fácil de memorizar, se fazia a apologia de uma vida saudável, sem soar a proibição! Teve muito mais impacto a conjugação daquelas palavrinhas simples, numa espécie de raciocínio matemático, - por – dá +!
A sua relação com a Matemática, com os números, nunca foi muito chegada, o que já aqui ficou patente, nunca lhe descobriu o verdadeiro encanto, mas alguma coisa sempre ficou desse raciocínio de álgebra. Para fazer-se entender, a sua antiga professora, desta disciplina, usava uma linguagem acessível e fácil de assimilar por todos: fome de fome dá fartura.......ou seja – por – dá +!
E...  levando para a vida prática este ensinamento, ali propagado no slogan, a teacher tão bem o aplicou, que nunca sofreu de obesidade, nem de hipertensão e... taquicardia.... só em momentos muito pontuais... quando tem encontros imediatos de 2.º grau (!?) Mas estes... só começaram a ocorrer neste século XXI, que ainda está na  1.ª década da sua vida!

M.ª Donzília Almeida

Recordando Piódão


Piódão

Fui, há bastante tempo, a Piódão. Era um Verão quente e seco, de céu claro e convidativo à contemplação da paisagem desabitada. Uma ou outra casita e uma ou outra aldeia semeadas nos horizontes possíveis deslumbram sempre os da beira-mar. Foi o caso. Uma semana depois, mais dia menos dia, um fogo terrível matou securas e verduras daquela natureza virgem,  deixando tudo mais pobre,  onde a reflexão nos alimenta a alma, fixando-se no nosso ADN.
Uma leitora ocasional do meu blogue topou este meu espaço e procura informações. Tanto bastou para que neste domingo triste, com frio de Inverno a alertar-nos para o que aí vem, eu pudesse reviver esse passeio. Por isso este texto e esta fotografia que na altura registei para mais tarde, como hoje, recordar.

FM

D. António Francisco ministrou o sacramento do Crisma na Gafanha da Nazaré


Matriz da Gafanha da Nazaré

A sociedade actual precisa
cada vez mais do contributo da Igreja






Participei ontem. sábado, 14, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, na eucaristia das 19 horas, enriquecida pela presença do nosso Bispo, D. António Francisco, que ministrou o sacramento do Crisma a 54 jovens, um dos quais, o Rodrigo, foi baptizado. No início, D. António dirigiu-se à entrada do templo, para convidar o Rodrigo a entrar na igreja, iniciando assim a sua integração na comunidade católica, de forma oficial.
Foi uma cerimónia bonita, graças à participação de todos, os quais  mostraram a alegria do ser cristão, de pleno direito, assumindo a tarefa diária de testemunhar Jesus Cristo.
D. António Francisco convidou os crismandos a celebrarem a vida e a esperança, empenhados na aceitação e promoção da verdade e da fé. E depois de lembrar a preparação que receberam ao longo de 12 anos, o nosso Bispo manifestou a certeza de que, com os dons do Espírito Santo, hão-de afirmar a sua “disponibilidade consciente para a missão”.
Reconhecendo que muitos crismandos presentes já se sentem “empenhados na Igreja”, estando “despertos para este tempo novo de renovação, que nos diz que todos somos necessários”, o Bispo de Aveiro frisou que a Igreja está a desenvolver os seus projectos “num quadro cultural diferente”, enquanto procura “ler, atentamente e com esperança os sinais dos novos tempos”.
Sublinhou, a dado passo da sua homilia, que “é e será sempre ao ritmo da missão que se intui e descobre este novo rosto da Igreja, fiel ao ensinamento de Jesus transmitido aos Apóstolos, atenta à escuta da Palavra de Deus e assídua à celebração da fé e dos sacramentos”.
“Celebrar o sacramento do Crisma significa retornar ao dia de Pentecostes e daí partir para que o Senhor Ressuscitado nos comunica pelo Espírito”, disse D. António.
Entretanto, afirmou que estamos numa paróquia onde se vive o imprescindível espírito comunitário, numa demonstração de que essa experiência de comunhão “abre uma dimensão feliz à pessoa que em nós habita, educa as famílias para o dom e para a gratuidade", gerando o dinamismo do apostolado.
Afirmou que, “enquanto não desvendarmos que por aqui passa necessariamente a maturidade da fé, dificilmente seremos sal da terra e luz de um mundo novo”. A sociedade actual precisa cada vez mais do “contributo da Igreja a iniciar na família cristã, a percorrer o tempo da catequese e da escola, a entusiasmar o tempo e o agir dos jovens e a permanecer e consolidar ao longo de toda a nossa vida”, referiu.
Ainda salientou o facto de se estar a viver o Ano Sacerdotal, convidando os presentes a aceitarem o “compromisso da oração, afecto e generosidade, e uma abertura imensa de todos a uma nova cultura da vocação e a um novo sentido do ministério em que as famílias se abram ao chamamento de Deus para o ministério presbiteral e para a vida consagrada e missionária”.

Fernando Martins

Uma boa notícia para este domingo chuvoso



Ateus e religiosos unidos em torno da Compaixão

Uma cerimónia, reunindo ateus, agnósticos e representantes das várias religiões e credos marcou, este domingo, o ponto alto das celebrações, em Portugal, da “Semana da Compaixão”.
A ideia foi lançada, em Fevereiro do ano passado, por Karen Armstrong, uma ex-freira católica que se tem dedicado ao estudo das religiões monoteístas.
Armstrong centra-se nos aspectos comuns das três religiões abraâmicas -- cristianismo, judaísmo e islamismo --, tendo concluído que, no âmago delas, está a compaixão, o que a tem levado a tentar fazer com que os crentes redescubram este valor fundamental.

Fonte: RR

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 157

BACALHAU EM DATAS - 47




ACTIVIDADE PLENA NOS ESTALEIROS

Caríssimo/a:

1946 - «Em 1946, estava reunida a maior frota portuguesa para a pesca do bacalhau. Era composta por 55 navios, incluindo seis arrastões, onde a maior parte estava equipada com TSF, motor e frigorífico. As carreiras da CUF, Mondego e Gafanha da Nazaré “encontravam-se em actividade plena”.» [Oc45, 113/114]

«Adquirida a especialidade de trabalhos com navios-motor, em 1946-1947, os Estaleiros Navais do Mondego, L.da fizeram trabalhos no casco do lugre-motor LUSITÂNIA, adaptando-o a navio-motor através da aplicação de castelos e superestruturas de ferro.» [Oc45, 116]

«Entre 1946 e 1948, os Estaleiros Navais do Mondego modernizam-se e ampliam as suas instalações, possuindo três carreiras com capacidade de construir barcos até 3000 t e 500 operários em laboração.» [Oc45, 116]

1948 - «Neste ano iniciou-se a construção, nos Estaleiros Navais do Mondego, em ferro, do novo COMANDANTE TENREIRO, para a “Lusitânia Companhia de Pesca”, em substituição do navio-motor do mesmo nome, que havia naufragado na sequência de uma colisão com um iceberg, investimento que rondou os 17.000.000$00. Os primeiros rebites desta nova unidade foram cravados em cerimónia festiva pelos Ministros da Marinha e da Economia, pelo patrono da nova unidade, Comandante Henrique Tenreiro e pelo Prof. Doutor Bissaya Barreto, em representação do Conselho de Administração dos estaleiros...» [Oc45, 116]

«...[T]erminava assim a construção de navios em madeira para a pesca do bacalhau na Murraceira. Agora as construções eram em aço Siemens Martin, como o COMANDANTE TENREIRO, com 71 m de comprimento, 2.200 t de deslocação e capacidade para 1.080 t de bacalhau. Era um navio moderno, equipado com radar, radiotelegrafia, telegrafia, sondas ultra-sonoras, guinchos americanos, aquecimento, frigoríficos e um motor B&W de 1.200 CV. Este arrastão foi a primeira grande construção em ferro dos Estaleiros Navais do Mondego e ao mesmo tempo a “última palavra” em termos de progresso nas construções navais do género. O bota-abaixo deste navio foi a 12 de Maio de 1949.» [Oc45,. 117]

São da Figueira 9 dos 54 navios da frota bacalhoeira.

Manuel

As árvores acompanham o ritmo do tempo...



A FIGUEIRA DOS REBENTOS NOVOS



As árvores acompanham o ritmo do tempo e dão sinais que manifestam o presente e anunciam o futuro. Constituem observatórios do que está a ocorrer ou se avizinha. Conservam as marcas do passado como registo de uma história que se faz vida, ora hibernada, ora pujante de energia. São portadoras de uma seiva que desvenda horizontes profundos e amplos, evocadores de forças que ultrapassam o ser humano e o lançam na busca do Infinito.

Assim acontece com a figueira dos rebentos novos. É uma árvore muito apreciada pelos judeus, juntamente com a oliveira e a videira. Jesus recorre a ela para dar alguns elementos sobre a mudança de estação, o final dos tempos, o fim da história, o futuro definitivo de tudo quanto existe, especialmente da humanidade.

“Aprendei a parábola da figueira” – diz aos discípulos amedrontados com o que estavam a ouvir em linguagem alternativa própria de iniciados. E continua: “Quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo”.

Estes sinais são acessíveis a qualquer observador experiente. O futuro está contido germinalmente no presente, sendo necessário descobrir e potenciar a sua energia. De contrário, as linguagens da natureza, onde se espelha as de Deus, passam despercebidas ou são desvirtuadas. E a mensagem portadora de boas notícias para cada geração surge incompreensível e desumana. Provoca medo, rejeição e indiferença.

A parábola mostra a figueira a querer deixar o Inverno da letargia, do adormecimento das energias, das rotinas de manutenção, do conservadorismo estéril, da imagem despida e sem atracção, da aparente morte portadora de vida. Constitui um reflexo significativo de tantas situações da sociedade: no tempo de Jesus e no nosso, também.

O Inverno, como fonte de riqueza e estação de serviço à vida, está encoberto por densas nuvens de desatenção e banalidade. E a sua função de laboratório de energias germinais passa despercebida e sem qualquer utilidade.

A exortação-convite de Jesus aponta noutra direcção: a da primavera da vida. Olhai os sinais novos, vede os rebentos a surgir, observais as folhas a despontar, a seiva pujante a “chorar”. Dai conta que um mundo novo está em gestação, que tantas sementes de vida estão a germinar. Cultivai uma visão positiva e optimista da realidade que vos envolve. Apreciai os valores emergentes e dai as mãos aos que, sem descanso, lutam por uma sociedade justa, solidária e equitativa.

O “choro” da figueira é sinal do contraste que em si está a ser operado: a vida nova precisa de espaço para brotar e se expandir, mas depara-se com limitações impostas pela situação do tronco e dos ramos. As medidas “cirúrgicas”, como podas e arranque dos “ladrões”, surgem como garantias de vitalidade fecunda e da nova estação que se avizinha. Este “choro” é mais de ganhos que de perdas, de transformação que de destruição, de vida que de morte. Será um eco prolongado do “choro” das mamãs na hora do parto. A alegria do bebé nascido e a esperança de uma vida feliz compensam abundantemente o sofrimento daquela fase de transição.

Georgino Rocha

sábado, 14 de novembro de 2009

Festas de Natal




Jantar de convívio
do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré


No dia 12 de Dezembro, pelas 20 horas, num restaurante da nossa cidade, vai realizar-se o tradicional jantar-convívio de Natal do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Aos membros do grupo, dirigentes, cantadores, músicos, dançadores, e demais colaboradores, costumam associar-se os nossos autarcas, numa significativa manifestação do apoio, que nunca regatearam a esta instituição.


Clube Stella Maris organiza Almoço Solidário

A obra do Apostolado do Mar, através do Clube Stella Maris, com sede na Gafanha da Nazaré, está a organizar um Almoço Solidário, destinado a algumas pessoas carenciadas, apoiadas por instituições. Também participam  pessoas que vivem o drama da solidão e da pobreza envergonhada. O almoço vai ter lugar no dia 19 de Dezembro, pelas 13 horas, na sede do Clube Stella Maris, esperando-se a presença de 100 participantes.

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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