domingo, 31 de maio de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 133

BACALHAU EM DATAS - 23

O FRACASSO DO “ELITE”

Caríssimo/a: Voltemos ao ELITE e ouçamos a opinião do capitão Valdemar que nos ajudará, mais uma vez, a entrar com segurança em águas profundas: «A alternância verificada no âmbito do apoio hospitalar às suas frotas, entre franceses e portugueses, ficou a dever-se às diferentes políticas económicas de desenvolvimento adoptadas pelos dois países, sobretudo após a entrada no século XX. Dissemos acima que o princípio da mudança entre os franceses foi anunciado com o aparecimento dos primeiros arrastões nos bancos no início do século, mais concretamente em 1907; no entanto, o grande incremento, a verdadeira grande revolução, só após o término da I Guerra Mundial se verificaria de modo fulgurante. À medida que a nova modalidade - pesca de arrasto - se ia impondo por força das incomparavelmente melhores capturas, com muito menos riscos para o pessoal, os navios veleiros da pesca à linha iam sendo gradualmente convertidos ou abatidos, consoante se tratasse ou não de unidades de boa dimensão e em bom estado de conservação. Mas a muito curto prazo, até esses navios transformados tinham desaparecido, sendo pois a frota francesa constituída na sua totalidade por unidades novas, feitas de raiz. E, em poucos anos, a visão dos veleiros franceses nas águas da Terra Nova era coisa de arquivo, fotografia em parede de escritório, ou recordação gravada na memória. Em Portugal tudo se processou de modo bem diferente, mas por razões que convém esclarecer! Não se pense que não houve entre nós qualquer reacção aos ventos de mudança! Antes pelo contrário, o entusiasmo foi enorme e imediato, Entre nós, a primeira tentativa de enviar à Terra Nova um arrastão ocorreu em 1909 e partiu da Parceria Geral de Pescarias, da casa Bensaúde, sediada na Ilha do Faial, nos Açores. A escolha deste porto de armamento, situado a meio do Atlântico e, por conseguinte, a meia distância entre Portugal Continental e os bancos da Terra Nova, obedeceu a um plano estratégico bem delineado. O navio, chamado "ELITE", era de propulsão mecânica a carvão e estava preparado para trazer o bacalhau eviscerado, conservado em gelo granulado, fazendo viagens relativamente curtas – cerca de três semanas – entre saída e chegada ao porto de armamento. Eram estas, aliás, o tipo de viagens que entre nós se faziam ao Cabo Branco, quer em duração quer em conservação pelo gelo. Mas, infelizmente, por várias razões de ordem técnica, a experiência não correu bem, não resultou, o que foi pena, porque o fracasso desta iniciativa tão louvável, e levada a cabo num momento tão próprio, terá muito possivelmente contribuído para o abandono precipitado da modalidade nascente e para um maior apego à manutenção e desenvolvimento da modalidade ancestral, aliás apoiada numa mão de obra barata e de facílimo recrutamento ao longo de todo o litoral português, E esta é uma razão de consequência que não deve ser omitida.» HDGTM, 42
E ao ELITE regressaremos, em breve, mas por outras razões. Manuel

sábado, 30 de maio de 2009

Férias em tempo de crise

Gafanha da Nazaré 
com muito para nos oferecer



A Gafanha da Nazaré, mesmo sendo uma terra nova (faz 100 anos, como freguesia, em 2010), tem muita coisa para desfrutar. Paisagens cheias de água por todos os lados, mata centenária com muito para descobrir, mar para contemplar e ria para viajar, ruas e mais ruas para passear, museus para visitar.
O mar e a ria são riquezas incalculáveis à espera de serem consideradas, por muitos de nós, como mais-valia para as nossas férias. Praias de areais convidativos e beira-ria que nos desafiam a pescar são bons locais para relaxar. 
A praia da Barra está à nossa espera. Com mais ou menos areal, podemos escolher um recanto de onde se aviste a ondulação que nos convida a um mergulho em tempo de canícula. Até ver, não se paga nada por isso. Então aproveitemos. 
A Casa Gafanhoa, antiga habitação de um lavrador rico, dos princípios do século XX, e o navio-museu Santo André, bem enquadrado pelo Jardim Oudinot, são preciosidades que não podem ser menosprezadas. Para visitas obrigatórias em época de férias profissionais, de preferência com a família toda. 
O Jardim Oudinot, o maior parque de lazer da Ria de Aveiro, começa a merecer a preferência de muita gente, em tempos de férias e não só. Espera-se que na época de Verão haja festas programadas para todas as idades, tanto de âmbito recreativo e cultural, como desportivo e social. Mesmo sem isso, as paisagens já por si são um chamamento, onde há recantos para uma boa merenda com familiares e amigos. Antigamente, o Jardim Oudinot servia essencialmente para isso. O actual não descurou a componente de unir a família. 
Na igreja matriz há um pequeno mas bonito museu paroquial, que merece a nossa atenção. Na mata da Gafanha, o Santuário de Schoenstatt, com os seus jardins sempre bem cuidados, é um convite a horas de meditação e de descontracção. 
O nosso Farol costuma oferecer, na época balnear, sobretudo, a possibilidade de contemplar, lá de cima, a mais de 66 metros de altura, paisagens deslumbrantes e únicas. E o Forte da Barra, que há tanto tempo espera por uma solução de restauro que o dignifique, pode ser motivo para ali, à sua sombra, imaginarmos a espera feita por soldados a eventuais inimigos da Pátria.

Fernando Martins

Cavaco Silva em Aveiro defende preservação do moliceiro

Não deixeis desaparecer o moliceiro,
porque nele está a alma aveirense
«O presidente da República, Cavaco Silva, apelou ontem à defesa do barco moliceiro, no discurso que proferiu na sessão comemorativa dos 250 anos de elevação de Aveiro a cidade, que decorreu nos Paços do Concelho. "Não deixeis desaparecer o moliceiro, porque nele está a alma aveirense", disse o presidente da República, assinalando que "preservar a identidade atrai os visitantes e cria os alicerces em cima dos quais se constrói o futuro".»
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Jesus Zing
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Que se entende por saúde?

"... o doente, que continua a ser um ser humano integral, na unidade tensa e viva de inconsciente, consciente, corpóreo, afectivo, psíquico, espiritual, espera certamente do médico e dos profissionais de saúde em geral competência científica e técnica, mas que também não esqueçam a sua própria humanidade integral. Assim, a uma medicina que, dados os seus prodígios desde o século XIX, corre o risco da unidimensionalidade científico-técnica, é necessário lembrar o princípio da humanitariedade, segundo o axioma ético-médico: "salus aegroti suprema lex" (a lei suprema é a saúde, também no sentido de 'salvação', do doente)."
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Anselmo Borges
Leia todo o artigo aqui

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Carminho canta Fadinho Serrano

Acabei de ler uma entrevista, no Ípsilon, da fadista Carminho. Os elogios justificam-se. Com aplausos. Digam lá se não é bonito.

Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade


A mensagem de que é urgente envelhecer bem, vivendo o presente e tendo projectos de futuro adequados à situação de cada um, foi tónica dominante na última sessão das Conferências Primavera 2009, organizadas pela paróquia da Gafanha da Nazaré, em parceria com diversas organizações. Esta sessão, que se realizou ontem, quinta-feira, 28, no salão Mãe do Redentor, da igreja matriz, contou com o contributo de Liliana Sousa e Daniela Figueiredo, docentes da Universidade de Aveiro (UA), que apresentaram retratos sociais para um futuro humano, assumindo-se a pessoa idosa como centro de novos desafios comuns a empreender pela sociedade.
As convidadas da paróquia defenderam que urge construir imagens realistas da velhice, combatendo a ideia de que os idosos são solitários e abandonados pelas famílias. A este propósito, Liliana Sousa lembrou que os mais recentes estudos garantem que, afinal, 80 por cento dos cuidados de que as pessoas mais velhas carecem “são assumidos pelos familiares”. Para aquela docente da UA, “envelhece bem quem vive o presente e tem projectos de futuro adequados à sua situação”.
Daniela Figueiredo adiantou que a imagem negativa que há sobre as pessoas idosos são fruto de doenças, havendo nestes casos muito a fazer, numa perspectiva de as ajudar a ultrapassar essa fase de algum pessimismo. “Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade”, referiu. Entretanto, frisou que a sociedade tem procurado criar recursos e avançado com valências que são respostas concretas, tanto para apoiar os mais velhos, como para aliviar os próprios familiares.
Valorizando a permanência dos idosos no seio das suas famílias, apontou a existência de Centros de Dia como uma mais-valia a ter em conta. E sobre os Centros de Noite,  Daniela Figueiredo considerou-os uma valência importante, embora “não generalizada”. O interesse cada vez maior pela ciência geriátrica e pela formação de técnicos vocacionados para este sector foi sublinhado pelas duas conferencistas. Salientaram que todos os estudos apontam a necessidade de provocar o envelhecimento activo ou bem sucedido, promovendo comportamentos saudáveis, criando ambientes amigáveis, ao mesmo tempo que se torna imperioso capitalizar a experiência e o saber acumulados ao longo da vida.
Sendo certo que cada idade tem a sua maturidade própria, as docentes da UA acrescentaram que os velhos nos dão lições de vida, sendo uma fonte inesgotável de contributos sociais, profissionais e éticos, que têm de ser aproveitados.

 FM

L'Osservatore Romano elogia lição de futebol e estilo do Barcelona

O diário L’Osservatore Romano elogiou o jogo limpo da equipa do Barcelona durante a final da Liga dos Campeões, em que venceu o Manchester United por 2-0. A partida disputou-se na última quarta-feira, em Roma. Em artigo intitulado “Il calcio, finalmente” (O futebol, finalmente), o jornal louvou o comportamento do treinador da equipa espanhola, Pep Guardiola, os jogadores e os adeptos, ante “um ambiente muitas vezes castigado por polémicas exasperadas e violências criminosas”.
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