sexta-feira, 4 de novembro de 2005

FÁTIMA: MISSA DA ESPERANÇA

Posted by Picasa "Missa da Esperança" junta brasileiros e portugueses
No próximo dia 6 de Novembro, Domingo, será celebrada no Santuário de Fátima a "Missa da Esperança", celebração que se pretende vivida em sentido de oração e recolhimento, pelos doentes e pelos mais desprotegidos.
O Santuário acolhe pela terceira vez esta iniciativa, proposta pelo Conselho da Comunidade Luso-brasileira, e que tem a particularidade de, após a celebração da Eucaristia, contar com a presença de um grupo de cantores, de Portugal e do Brasil, que dedicam uma canção/oração a Nossa Senhora, no momento da oração do Rosário, na Capelinha das Aparições.
Este ano vão estar presentes no Santuário os cantores brasileiros P. António Maria, Joanna e Maria Bethânia, e os cantores portugueses Marco Paulo e Kátia Guerreiro.
O programa inicia-se pelas 11 horas, com a celebração da Santa Missa, no Recinto de Oração, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva. Terminada a Eucaristia, por volta das 12.15 horas, e após a procissão com a imagem de Nossa Senhora de Fátima de regresso à Capelinha das Aparições, segue-se a oração do Rosário, naquele lugar, com a dedicação de um tema musical à Virgem.
Está também confirmada a presença do Embaixador do Brasil em Portugal, Paes de Andrade; do Presidente do Conselho da Comunidade Luso-brasileira, António dos Ramos; e do Seleccionador Nacional de Portugal, Luís Felipe Scolari.
A "Missa da Esperança" será, de novo, transmitida em directo pelas estações de televisão RTP – Canal 1 e RTP Internacional – e Rede Vida de Televisão (Brasil) .
Recorde-se que, em 2004, 65 mil pessoas participaram na celebração da segunda "Missa da Esperança", realizada a 21 de Novembro.
Fonte: Ecclesia

Citação - 1

"Nada é mais natural num debate que discordar. O problema não está aí. Está antes em não se aprofundar essa discordância. Em não se fazer um esforço para que ela possa ser «mutuamente compreendida». Hoje o interesse numa discussão reside mais em saber quem a vence do que em esclarecer o porquê das divergências."
Tiago Mendes,
no Diário Económico
In "Citador"

Um artigo de Clara Ferreira Alves, no Diário Digital

Paris já está a arder
Paris está, de facto, a arder. Mas, estes fogos postos são um pequeno rastilho aceso dos fogos que estão para vir. Quem deixar o centro de Paris e as suas conotações fantasistas e românticas pintadas de Sena e Torre Eiffel, de cafés e boulevards, de croissants e gastronomia, e decidir apanhar a rede de metro suburbana e deixar-se arrastar pela viagem à «grande banlieue parisienne», sabe que o aguarda o inferno no fim da linha. É como passar de um mundo para outro, nos antípodas. Os subúrbios de Paris, onde moram tantos imigrantes, entre eles os portugueses, são uma massa de desumana arquitectura, talhada e arrumada de propósito para mostrar a quem lá vive a sua alienação e a sua diferença desintegrada. É uma arquitectura monstruosa e apocalíptica, de corredores desabrigados e materiais frios, sem vida comunitária. Lugares onde as pessoas vivem como em gaiolas, atomizadas, isoladas, reduzidas à ínfima espécie da sua condição menor. Por mais que a França igualitária, republicana, fraternal e idealista, criadora dos Direitos do Homem e herdeira espiritual do Iluminismo queira pensar e repensar o fenómeno da integração dos imigrantes e da suas políticas, o facto saliente é este: ninguém, salvo escassíssimas excepções, está integrado. Magrebinos, negros, árabes, os grupos mais representados, quase todos eles um subproduto residual do colonianismo francês e das suas guerras de libertação, sabem à partida que podem trabalhar em França, viver em Paris, mas, viverão sempre à sombra da luz que ilumina os brancos e os filhos da terra e do sangue. O racismo francês, latente ou explícito, contaminou sempre a sociedade francesa, uma das sociedades mais chauvinistas e xenófobas do mundo, apesar da capa «cultural» e das manias snobs dos intelectuais que gostam de «descobrir» culturas marginais mas, nunca, de as integrar de pelo direito como francesas ou europeias. A integração cultural, falsa, assente em meia dúzia de participações controladas dos estrangeiros «escolhidos», não oculta nem pode ocultar a separação profunda e radical entre o Estado francês e os grupos étnicos que lhe são estranhos, pelos hábitos, as tradições, a pobreza, a ignorância e a cor da pele. Esta gente, remetida para guetos donde só saem para trabalhar, espera na ansiedade, na raiva e no desespero. Paris não é Londres nem Nova Iorque, que acolheram sociedades multirraciais sem fracturas nem degradações tão humilhantes como as que atingem os imigrantes em França. Paris não é, sequer, Berlim. É uma capital de luxo e bem-estar, cercada de arame farpado e favela melhorada. Nem Sarkozy, nem Villepin, nem os decrépitos partidos franceses e os seus dirigentes, mais um Chirac decadente e na recta final, estão preparados para enfrentar este magno problema, que requer mais do cargas policiais e manifestações de força e autoridade. Estes imigrantes desafectados tornar-se-ão, no seu abandono, um perigo sociológico e uma subcultura de crime e desvio da norma.

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Picasa Torreira: paisagem da ria TORREIRA merece sempre uma visita
A Torreira merece sempre uma visita. Mesmo em dia de chuva, o mar e a ria oferecem-nos paisagens e tonalidades que encantam. Sem o bulício dos tempos de praia, com gente que corre em busca das águas calmas, a maior parte das vezes, do mar e da ria, a Torreira do Outono também tem um ambiente agradável. E se aprecia peixe fresco, não faltam restaurantes com serviço agradável.
Passe por lá.
F.M.

Desafios colocados à Igreja

Formação permanente para o clero de Aveiro
Nos próximos dia 7 e 8 de Novembro, segunda e terça-feira, no Stella Maris, com início às 9.30 e encerramento às 17 horas, decorrem as Jornadas da Formação Permanente, destinadas aos padres e aos diáconos da Diocese, podendo também participar os consagrados e os leigos que o desejarem.
A temática das Jornadas relaciona-se com o Plano Diocesano de Pastoral, que neste período nos orienta para o melhor conhecimento da sociedade em mudança, em ordem ao serviço às pessoas e às comunidades.
Três temas nos ajudarão a reflectir, a partilhar conhecimentos e experiências e a tentar caminhos novos de acção:
- Olhar a sociedade e ver aí os sinais dos tempos e seus dinamismos, Dr. Manuel Ferreira Rodrigues, da Universidade de Aveiro, Departamento das Ciências da Educação;
- Problemas mais emergentes da Bioética e desafios postos à Igreja, Padre Francisco José de Oliveira Martins, do presbitério diocesano;
- Desafios do laicismo e oportunidades da laicidade para a acção pastoral e apostólica, Bispo de Aveiro.

Igreja promove diálogo com cientistas

Vaticano não quer mais «casos Galileu»
O Vaticano quer criar “um novo clima de diálogo” entre cientistas e teólogos, promovendo já na próxima semana o I Congresso Internacional do projecto STOQ(Science, Theology and the Ontological Quest - ciência, teologia e a busca ontológica), sobre o tema “O infinito na ciência, na filosofia e na teologia”. Especialistas de todo o mundo estarão no Vaticano, de 9 a 11 de Novembro, para participar nesta iniciativa do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC).
O presidente deste Dicastério, Cardeal Paul Poupard, disse hoje, em conferência de imprensa, que “todos sabem onde pode levar uma razão científica que seja um fim em si mesma: a bomba atómica e a possibilidade de clonar seres humanos são frutos de uma razão que se quis libertar de qualquer vínculo ético ou religioso”.
Os perigos da separação entre ciência e religião também se fazem sentir para os crentes: também estamos conscientes dos perigos de uma religião que corta os seus vínculos com a razão e se torna presa do fundamentalismo”, disse o Cardeal francês.Apresentando o Congresso aos jornalistas, o presidente do CPC explicou que o STOQ quer “oferecer ao mundo científico parceiros competentes com os quais dialogar sobre as várias questões que o desenvolvimento das ciências, em especial as naturais, colocam nos nossos dias”.
(Para ler mais, clique aqui)

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

LAICISMO E INDIFERENTISMO

O Estado é leigo na matéria Religião
Duas tendências da sociedade actual, laicismo e indeferentismo, obrigam a repensar o modo de ser e agir em Igreja. Duas centenas de pessoas juntaram-se no Seminário para discutir o assunto
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“Em questões de religião, o Estado tem que perceber que é leigo na matéria”, afirmou o padre jesuíta Vasco Pinto de Magalhães, na jornada sobre “Laicismo e Indiferentismo”. O “Estado é laico; o povo tem as crenças que tiver. O Estado é a-religioso, o que é muito diferente de ser anti-religioso. Compete-lhe gerir todas as formas de religiosidade de maneira a que as pessoas vivam os seus espaços de religiosidade”, disse.
A Jornada, organizada por várias instituições lideradas pelo CUFC, reuniu duas centenas de pessoas em Aveiro, na noite de sexta-feira e manhã de sábado, para falar de duas tendências do tempo actual que obrigam a repensar o modo de estar da Igreja: o laicismo e o indiferentismo.
Como laicismo entende-se a corrente que pretende relegar a religião para o espaço privado. Em última instância, para a consciência de cada pessoa, apagando-a do espaço público. Essa tendência, presente em alguns políticos portugueses e muito actuante na Europa, é um “laicismo serôdio”, diria o Bispo de Aveiro no sábado de manhã, relembrando o laicismo anticlericalista dos sécs. XIX e XX.
Indiferentismo é o caldo cultural difuso e ambíguo, em que a sociedade actual vive, e que se caracteriza pelo relativismo moral, pelos compromissos descartáveis, pelas opções contraditórias, verificadas, inclusive nos peregrinos de Fátima, como mostrou um estudo apresentado pela gestora Madalena Abreu. O indiferentismo “é um inimigo que está dentro de casa”, afirmou o jesuíta, reconhecendo que é a base para que o laicismo seja aceite sem ser criticado.
Pluralismo ambivalente
O director do Centro Universitário Manuel da Nóbrega (Coimbra), reconheceu que o laicismo poderá fazer um grande caminho na sociedade portuguesa, com consequências nefastas como a eliminação das aulas de Educação Moral e Religiosa Católica. “Prevejo que vai ser muito pior do que será. Há claramente vontade de as eliminar do mapa”, afirmou, reconhecendo que, enquanto Igreja, “quase só temos questões; não temos estratégias”. No entanto, “a Igreja está preparada para passar perseguição”. “Os tempos de expulsão são tempos de santidade”.
Numa intervenção mais moduladora, Manuel Alte da Veiga expôs a ambivalência do pluralismo (positivo: a troca de ideias; negativo: o sentimento de andarmos perdidos), para afirmar de seguida a “teoria do grupo perfeito”, ou seja, aquele que é “perfeitamente grupo”, porque “cada qual tem a oportunidade de manifestar a sua opinião, sem se sentir oprimido”.
Segundo o professor reformado da Universidade do Minho e actualmente a colaborar No ISCRA, no grupo perfeito, “o negativo da pluralidade converte-se em positivo de tendência para a verdade”. Alte da Veiga sublinhou a importância do grupo perfeito na educação, “expressão maior do segundo útero”, e deu um exemplo de alcance prático na vida da Igreja: “Por que é que não podemos pedir explicações ao padre no fim da homilia?”
A Igreja no debate cultural
D. António Marcelino, na última intervenção da Jornada, descreveu vários domínios da sociedade segundo o laicismo e segundo a laicidade. Alguns exemplos: A economia pode ser o domínio das leis de mercado, ou ter rosto humano. A cultura poder ser relativista (“tudo é igual”) ou criticar as várias “verdades” para definir prioridades.
A terminar, D. António Marcelino apontou caminhos para a Igreja e seus agentes. Estes caminhos sugerem uma nova atitude no campo cultural: “[A Igreja tem de] estar activa nos debates culturais, (...) entrar no comboio, saber o lugar que lhe compete (...), promover iniciativas concretas no contexto intercultural”. Trata-se, disse o Bispo de Aveiro, de “cultivar o pluralismo legítimo e equilibrado”, “sem pôr em causa o mundo da fé”.
Fonte: Correio do Vouga. Trabalho do jornalista Jorge Pires Ferreira

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