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Águeda e a chuva de hoje

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Águeda - Guarda-chuvas  A chuva de hoje fez-me lembrar Águeda, a cidade linda, com os seus guarda-chuvas. Até chegar ao carro, tive de aceitar e recordar que a chuva é fundamental à vida. Com as nossas pressas e comodidades, vamos interiorizando que só o Sol é que é amigo, mas que seria do mundo sem a chuva que rega os campos e enriquece as barragens, rios e lagos?

Abri o coração e recebei o Espírito Santo

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Reflexão de Georgino Rocha  para o Domingo de Pentecostes O Espírito Santo é dado a todos, mas é recebido conforme a medida de cada um. Vale a pena dar-lhe o espaço todo da nossa consciência e relação com os outros, do nosso amor e empenho na sociedade, na família e comunidade eclesial O Espírito Santo é oferecido aos discípulos por Jesus, o enviado de Deus Pai, após a ressurreição. Esta oferta constitui um acontecimento de excepcional importância e, segundo a narrativa de São João, reveste características especiais que ajudam a captar a sua novidade. Ocorre no primeiro dia da semana, ao anoitecer, quando os discípulos estão fechados em casa e cheios de medo. Que escolha contrastante! Jesus manifesta-se no meio deles, deseja-lhes a paz e mostra-lhes os sinais da paixão. Eles exultam de alegria por verem o Senhor. E neste ambiente cordial e nesta relação pacífica, Jesus faz o seu envio em missão, após lhes ter recordado que é Deus Pai, a fonte do envio missionário. E, enquanto sopra...

Praia da Barra - Painel cerâmico de Zé Augusto

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  Nas festas celebrativas dos dois séculos da abertura da Barra, a efeméride foi assinalada com um painel cerâmico de Zé Augusto. Aconteceu isto em 3 de Abril de 2008. Na abertura da época balnear, ocorreu-me recomendar aos veraneantes ou visitantes que apreciem este trabalho. Depois, saboreiem umas férias retemperadoras.

RIA DE AVEIRO vista por Ribeiro Couto

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RIA DE AVEIRO Na ria de Aveiro Quero um pequenino Barco moliceiro. Também sou menino. Na ria de Aveiro Podeis vir comigo, Barco moliceiro Nunca tem perigo. Nunca se naufraga Na ria inocente: Da crista da vaga Vêm braços à gente. Quer vão ao moliço, Quer soltem as redes, O mar é submisso Aos barcos que vedes. Brancas, amarelas, Na ria de Aveiro Se espalham as velas: Brinquedo ligeiro. Também sou menino, Ó moças de Aveiro! Dai-me um pequenino Barco moliceiro. RIBEIRO COUTO 1944 Ribeiro Couto (1898-1963)  terá passado por Aveiro em 1944  - pelo menos é essa a data do seu poema -,  onde se deixou cativar pela graça  quase alada dos barcos moliceiros.  Caso Curioso,  na mesma época estabeleceria  relações de índole literária  com Mário Sacramento. "Aveiro e o seu Distrito",  n.º 20, Dezembro de 1975

Dia Mundial da Criança - Vamos celebrá-lo todos os dias?

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O dia 1 de junho começa bem com o Dia Mundial da Criança. Vão cantar-se loas ao futuro do mundo de que serão protagonistas os meninos e meninas dos nossos dias, e até, talvez por momentos, se esqueça a guerra que tantos órfãos vai deixar para o futuro. Guerra ou guerras, que o mundo está cheio de lutas fratricidas. Os meninos e meninas da minha geração ajudaram a construir o presente. Olhando para trás, jamais esquecerei amigos e colegas que saltaram dos bancos da escola para o mundo do trabalho, onde aprenderam profissões, sem tempo para brincar. No fundo, fizemos as caminhadas possíveis, de sucessos e fracassos, de que nos orgulhamos, nuns casos, e arrependemos, noutros. Neste Dia Mundial da Criança, celebrado em Portugal desde 1950, não faltarão eventos para os mais novos e para todos os gostos: Festas, visitas a museus, jogos, brinquedos, espetáculos, prendas, leituras, desportos e muito carinho. As crianças sentir-se-ão muito felizes porque estarão a ser os reis e rainhas do dia, ...

RIA DE AVEIRO vista por Raul Brandão

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Ria na Murtosa "A ria é um enorme pólipo com braços estendidos pelo interior desde Ovar até Mira. Todas as águas do Vouga, do Águeda e dos veios que nestes sítios correm para o mar encharcam nas terras baixas, retidas pelas dunas de quarenta e tantos quilómetros de comprido, formando uma série de poças, de canais, de lagos e uma vasta bacia salgada. De um lado o mar bate e levanta constantemente a duna, impedindo a água de escoar; do outro é o homem que junta a terra movediça e a regulariza. Vem depois a raiz e ajuda-o a fixar o movimento incessante das areias, transformando o charco numa magnífica estrada que lhe dá o estrume e o pão, o peixe e a água de rega. Abre canais e valas. Semeia o milho na ria. Povoa a terra alagadiça, e à custa de esforços persistentes, obriga a areia inútil a renovar constantemente a vida. Edifica sobre a água, conquistando-a, como na Gafanha, onde alastra pela ria, aduba-a com o fundo que lhe dá o junco, a alga e o escasso, detritos de pequenos peixes...

Vitorino Nemésio - Pomba Te vejo...

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Pomba Te vejo... Pomba Te vejo... E vão, de Ti coroadas, Espírito impassível, Promover as aradas Sobre a terra possível. Paráclito no terno, Nem terceiro nem primo, Nem segundo no eterno, Mas triádico ao cimo. Vem, Espírito Santo, Por nome amor e asa, Como a áscua de espanto Acende a mente e a casa. Os corações repletos Serão de Ti, que amplias, Como os grãos são completos Já nas vagens esguias. Das quais Uma, à luz núncia, Para mais que anjos feita, Abre a cruz da renúnica Sobre a Terra imperfeita. Vem na consolação, Indene a gáudio e a pranto, Tu, Padre, e à dextra mão O Filho, Espírito Santo. Vitorino Nemésio NOTA: Li hoje no Correio do Vouga

Dia dos Irmãos - O meu irmão Armando Grilo

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Celebra-se hoje, 31 de Maio, o Dia dos Irmãos. Dia adequado para os irmãos conviverem, recordarem vivência partilhadas em comum e sentirem-se mais próximos, já que a vida apressada muitas vezes os afastam. Eu só tive um irmão, o Armando, que já partiu para o seio maternal de Deus, apesar de ser mais novo do que eu. A vida tem destas coisas. Apesar disso, não esqueço o meu irmão, que me tratava por mano. Não me recordo de alguma vez me chamar Fernando. E ele, para mim, era o Menino e nunca o Armando. A sua partida para Deus, não o afastou dos meus quotidianos. A sua imagem, o som da sua voz, o seu sorriso franco e o espírito alegre que com todos partilhava continuam a ocupar um espaço indelével na minha alma. Há tempos,  estive no cemitério da Gafanha da Nazaré, onde fui para conversar com ele e com outros familiares e amigos. Não vim de lá deprimido, mas feliz. As conversas fazem-nos sempre muito bem, quando bem intencionadas. A minha intenção de os visitar foi alimento para as s...

GDG — Primeiros corpos gerentes

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A Gafanha da Nazaré foi sempre uma terra de desportistas de diversas modalidades. Nunca faltaram razões nem pessoas para levarem à prática o desporto, de forma amadora, mas com paixão. E tivemos atletas que chegaram longe, mas disso falaremos numa primeira oportunidade. Para abrir o apetite, lembramos apenas que no dia 31 de Maio de 1968 foram eleitos os primeiros corpos gerentes do Grupo Desportivo da Gafanha, cujos cargos ficaram assim distribuídos: Assembleia Geral: Presidente, Pe. Domingos José Rebelo dos Santos; Vogal, Manuel Vergas Caspão. Direção: Presidente, José Henrique dos Santos Sardo; Secretário, José Alberto Ramos Loureiro; Tesoureiro, João Gandarinho Fidalgo; Vice-presidente, Carlos António da Silva Loureiro; Vogal, Hortênsio Marques Ramos. Conselho Fiscal: Presidente, Carlos Sarabando Bola, Vogais, Nelson Mónica Modesto e José Casqueira da Rocha Fernandes

Há desigualdades que matam

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Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO Há muito que o Papa Francisco alertou as igrejas, as religiões e a sociedade para uma realidade em que não se queria pensar: estamos a viver a III Guerra Mundial aos bocados. A guerra, pela invasão da Ucrânia, veio ter com um Ocidente distraído 1. Vivemos, como humanos, na e através das experiências da linguagem ou, melhor, das linguagens. A significação das nossas concepções, afirmações e negações depende do seu uso. O uso profano e religioso não são da mesma ordem, embora se possam servir das mesmas palavras. A diferença da linguagem do sagrado nota-se, sobretudo, no culto [1]. Quando, no Credo, dizemos que Jesus Cristo desceu dos céus, foi por nós crucificado sob Pôncio Pilatos, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai, só tem sentido no âmbito das confissões de fé. Fora desse contexto, presta-se ao ridículo. Por outro lado, essas expressões nasceram num contexto cultural que já es...

Nogueira Gonçalves e a nossa Igreja Matriz

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  Li no Inventário Artístico de Portugal , livro VI, 1959, AVEIRO — Zona - Sul, de Nogueira Gonçalves, que «a igreja paroquial [da Gafanha da Nazaré],  inaugurada em 1912, junto da estrada de Aveiro à Barra» ficou «vasta; mas, produto de construtores locais, obriga os actuais dirigentes a pensar em lhe dar carácter arquitectónico». Realmente, desde as investigações de Nogueira Gonçalves, a nossa igreja passou por diversas alterações, as últimas das quais foram levadas a cabo durante a paroquialidade do Pe. José Fidalgo. Na eucaristia de ontem, ao olhar a parte fronteira do altar-mor, pensei que Nogueira Gonçalves teria ficado satisfeito com a decoração que a nossa igreja, dedicada a Nossa Senhora da Nazaré, presentemente ostenta.