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A caminho de um século de vida

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Diamantino Sarabando  desfia recordações de trabalho duro  Diamantino Sarabando Diamantino da Rocha Sarabando é um ancião prestes a completar um século de vida. No dia 2 de Janeiro de 2014, se lá chegar, como nos garantiu, terá 100 anos. «Mas ainda falta muito!», disse-nos com um sorriso bem-humorado. E nessa altura seria justo que a família e a comunidade o ajudassem a comemorar tão feliz acontecimento, como decerto vai acontecer.  Diamantino Sarabando fala com desenvoltura, intercalando a conversa com um ou outro trocadilho cheio de graça. Mas a sua grande dificuldade está bem patente na necessidade de usar «duas bengalas para se equilibrar melhor». Não sabe ler nem escrever, porque, enquanto menino, «não havia tempo nem escolas para isso». Porém, quando chegámos junto dele, com o ministro extraordinário da comunhão Alfredo Ferreira da Silva, tinha um folheto publicitário na mão, fixando nele os olhos, ao jeito de quem está a ler. Mas não estava: «Est...

Uns dias na Figueira da Foz

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Centro de Artes e Espetáculos Regressei hoje aos ares da minha Gafanha da Nazaré, depois de uns dias de descanso na Figueira da Foz, onde saboreei o prazer de poder olhar à minha volta sem pressas nem horários. Livres, sem compromissos de maior, para além dos naturais que nos ligam à família, podemos apreciar recantos tantas vezes cruzados mas nem sempre vistos na sua riqueza artística e na sua beleza natural.  Sei que os olhares fixos no chão, indiferentes ao que nos rodeia, pessoas, paisagens, pedras, janelas, estátuas, riachos e nuvens são sinal de morte lenta, de desprezo pela vida e pelos encantos que ela encerra. Fez-me bem, também, esta mudança de ares envolvida pelo aconchego de familiares e pelas leituras que nunca dispenso, numa procura de paz interior, longe dos ruídos ensurdecedores dos telejornais e equiparados, carregados de nuvens negras prenunciando tempestades terríveis, que teremos de vencer para nos podermos manter de pé.

JOÃO DE BARROS: AQUELE MAR

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Junto ao monumento dedicado ao poeta Aquele mar da minha infância, bom camarada e meu irmão a sua voz, o seu olor, sua fragrância tanto os ouvi e respirei que trago em mim o seu largo ritmo, seu ritmo forte, como se as praias onde espuma quase me fossem praias sem fim dentro de mim ocultas praias, largas praias do tumultuoso coração… Aquele mar meu confidente de horas idas tudo escutava e adivinhava do meu pueril e ingénuo anseio. Nada sonhei que o não dissesse – frémito de alma, grito ou prece –, às madrugadas e aos poentes, ao sol, às nuvens, ao luar, ora nascendo, ora morrendo nos longos, longos horizontes em que se perdia o meu olhar…

JOÃO DE BARROS E O MAR

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NA MARGINAL DA FIGUEIRA DA FOZ - Posted using BlogPress from my iPad

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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No PÚBLICO de ontem - Posted using BlogPress from my iPad

Dia do Porto de Aveiro - 3 de abril

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UMA DATA PARA RECORDAR O Porto de Aveiro contribuiu imenso para o desenvolvimento da Gafanha da Nazaré e de toda a região. Sem ele, a nossa terra seria muito diferente. Contudo, desde a abertura da barra, nunca deixaram de ser necessárias obras para que as entradas e saídas de navios pudessem ser possíveis. Muitos gafanhões trabalharam nas Obras da Barra e muito progresso veio por via disso. Houve alguns atropelos ao ambiente, mas o progresso tem sempre alguns custos. Porém, o cuidado e a atenção dos responsáveis e das demais pessoas da terra e região muito contribuíram para que o Porto de Aveiro seja olhado como um bem a estimar... Ler Programa aqui

Feira Medieval de Buarcos

Hoje gostei de passear pela Feira Medieval de Buarcos, um evento que conta com organização da Vivarte, um grupo especialista neste tipo de evocações históricas, em especial da Idade Média. A feira termina amanhã, domingo, com dia cheio de figurantes e de representações que são outras tantas lições de história. Recriações, espetáculos de fogo e outros, assalto ao castelo, cortejo histórico, torneios d'Armas e a Cavalo. Tudo junto ao Forte de S. Pedro, com encerramento previsto lá para a meia-noite. Barracas de comes e bebes, utensílios domésticos, armas da época, bebidas e especiarias, caça e porco no espeto, bolos e ervas para todas as doenças e enxaquecas, diversões e comediantes, músicas e arautos, cavaleiros e guerreiros, de tudo um pouco se viu na feira. Vale a pena uma visita...

JARDIM INTERIOR NO CAE DA FIGUEIRA DA FOZ

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Os jardins são recantos de paz e de pureza quando são cuidados. O bom gosto e a beleza, nos jardins, são dádivas de paz e harmonia. No interior dos edifícios, são convite ao recolhimento e à meditação. E é isso que eu sinto no CAE - Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, quando lá vou e me sento, tranquilamente, num canto a ler e a saborear um café. Não sei a razão por que o CAE não é muito frequentado durante a semana, salvo quando há encontros e festas ou em dias de inauguração de exposições de fotografia e pintura, entre outras artes. Também nas horas de refeições há um regular movimento, porque o bar-restaurante serve bem, passe a publicidade desinteressada que manifesto neste curto escrito. - Posted using BlogPress from my iPad

É PRECISO CUIDAR DE TODA A CRIAÇÃO

FRANCISCO, BISMARCK E AS BEM-AVENTURANÇAS Anselmo Borges Numa obra cimeira, Ser e Tempo, Martin Heidegger, um dos maiores filósofos do século XX, retoma a famosa fábula de Higino sobre o cuidado. O texto latino da fábula conta como Cuidado modelou uma figura a partir do barro, pedindo depois a Júpiter que lhe insuflasse o espírito, levantando-se então uma disputa sobre quem deveria dar o nome a essa figura, pois esse direito era reclamado por Cuidado, por Júpiter e pela Terra. No meio da contenda, foi escolhido Saturno como juiz, que assim decidiu: o nome para a nova criatura será "homem", pois foi feito a partir da terra, "ex humo" (em latim); na morte, Júpiter receberá o seu espírito e a Terra acolherá o corpo. Mas quem o manterá e terá solicitude com ele enquanto viver será Cuidado. Saturno (o Tempo) escolheu Cuidado precisamente pelo papel decisivo que cuidar desempenha na formação, desenvolvimento e manutenção do ser humano até à morte, incluindo o morrer. Para...

PALAVRAS LEVA-AS O VENTO

VERDADEIRA FELICIDADE António Marcelino Foi no Fórum da TSF do dia 20. Ouço sempre quando vou de viagem. As intervenções livres multiplicavam as opiniões sobre “o que é para mim a felicidade”. O tom era quase sempre o mesmo, traduzindo felicidade por bem estar material. Foi então que apareceu uma senhora. Não fixei nome nem terra de onde telefonava. E disse que também havia felicidade, grande felicidade, em dar e em se dar aos outros. Ela sentia isso mesmo quando ia ao encontro de uma pessoa em solidão, de um doente ou de um casal em dificuldades, quando partilhava com os outros o seu tempo, as suas posses, quando se esquecia de si para pensar e cuidar dos outros. Maior felicidade em dar do que em receber!... Dito, ficou dito, e muita gente o terá ouvido e o terá guardado. Ninguém sabe o bem que faz quando faz bem. Um testemunho assim, com simplicidade, com verdade, com coragem, aproveitando a antena aberta e quando ninguém responde a ninguém… O testemunho é isto mesmo e é o testemunho...

Ainda os Centros Históricos

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Por sugestão de Maria Donzília Almeida