Na hora de partir e repartir o bolo
Se esquecermos o passado não teremos futuro
Ontem, 11 de Dezembro, num restaurante da nossa praça, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) levou a cabo mais um convívio de Natal, sob o signo da alegria. Cerca de 100 convivas, entre membros do grupo e amigos, partilharam o que é típico desta quadra: o prazer da troca de impressões e a satisfação de se reverem, ao mesmo tempo que debitaram opiniões sobre o folclore e sobre vivências proporcionadas por um ano de trabalho intenso em prol da cultura da nossa região. E a propósito, Vasco Lagarto, um amigo do grupo e presidente da Direcção da Cooperativa Cultural e da Rádio Terra Nova, sentado ao meu lado, como é hábito, escreveu na toalha de papel da mesa comum: «O passado pode ser importante, mas quando o esquecemos não temos futuro.» Pois é verdade. Fiquei a pensar nisto e a medir a urgência, que é grande, de olharmos um pouco para as nossas raízes.
Com uma refeição farta e variada, bem regada e conversada, o bolo de aniversário e a música culminaram o repasto, de mistura com curtos discursos bem-humorados. O presidente e fundador do GEGN, Alfredo Ferreira da Silva, voltou mais uma vez a reclamar a já célebre Casa da Música, tendo em conta que as condições de trabalho e de ensaio não são as ideais. Claro que a crise, tão apregoada, até mete medo a quem precisa de pedir, mas o nosso amigo Alfredo não hesitou em o fazer, até porque «atrás de quem pede ninguém corre».