domingo, 23 de fevereiro de 2025
DOMINGO
O domingo é o primeiro dia da semana. É tido como ponto de partida para mais um período de seis dias de trabalho e canseiras. Para muitos é um direito ao descanso, à reflexão, ao divertimento. Mas não falta quem o dedique à oração, à reflexão e à partilha.
Outros saboreiam umas leitura, conversam e viajam pela Internet e conseguem contactar com outras civilizações por formas muito diversas. Hoje apetece-me sugerir uns passeios pelos arredores. E não faltarão motivos para nos enriquecermos.
FM
sábado, 22 de fevereiro de 2025
A ditadura da imagem e a pobreza do símbolo
No século VIII, no contexto da ameaça militar e religiosa do islão a Bizâncio, a tradição cristã viu-se confrontada com a pureza radical do monoteísmo islâmico e a sua proibição das imagens. Os imperadores bizantinos mandaram destruir as imagens e os seus defensores foram perseguidos como idólatras. Embora esta luta dos iconoclastas tenha acabado com a vitória dos iconódulos (veneradores das imagens), pois Jesus Cristo é a imagem visível de Deus, nunca deveria esquecer-se que Deus é infinitamente transcendente e, se o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, Deus não é à imagem do Homem.
Diz-se perante certas imagens: vale mais uma imagem que milhares de palavras. Pense-se, por exemplo, naquelas imagens televisivas das crianças esfomeadas no mundo — pequenos andaimes de ossos a soçobrar, num olhar suplicante e quase morto —, e o soco que nos dão no estômago e na alma.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Ainda há tempo para nos precavermos
O asteroide 2024 YR4 está a caminho da Terra e tem a maior probabilidade de impacto jamais registada. Tenhamos calma porque o impacto só ocorrerá em 2032. A haver o impacto, poderá destruir uma cidade inteira, pondo em risco a vida de milhões de pessoas.
Ler mais aqui
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Dia tranquilo
Não será, garantidamente, uma afirmação de todos os dias. Há sempre tarefas a desempenhar e respostas a dar a amigos que me contactam. A estes, digo sempre que estou bem, no sentido exato da palavra. Durmo muito tranquilo, levanto-me quando acordo e inicio o meu dia procurando saber como vai o mundo. Este bem precioso é possível graças às novas tecnologias da informação, às quais estou ligado há bons anos. Sem estas possibilidades, seria um analfabeto num mundo em permanente evolução, com surpresas a cada segundo.
Olha para as minhas estantes e pego num livro para ver o que poderei recordar de leituras feitas há muito tempo. Há sempre curiosidades e memórias que saltam para o meu cérebro, o que me obriga a parar para pensar. E depois, o dia corre tranquilamente sem preocupações.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Faleceu o Padre Manuel Carvalhais
Faleceu o Padre Carvalhais que foi diretor do semanário Correio do Vouga, a quem sucedi. Na altura, deu-me os conselhos da praxe, dizendo--me que não tinha vocação para jornalista. A sua vocação estava no sacerdócio, para o qual tinha sido ordenado.
Contudo, tanto quanto posso testemunhar, cumpriu com muita dignidade e saber as funções que lhe foram confiadas pelo nosso Bispo de então, no semanário diocesano.
Em posteriores encontros, tinha sempre para comigo palavras de simpatia e apreço.
Que Deus o aconchegue no seu regaço maternal, são os meus votos.
Fernando Martins
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Cabo elétrico entre Forte e Barra
A Administração do Porto de Aveiro e o Município de Ílhavo anunciaram a assinatura de um protocolo de cooperação, com vista à instalação de um cabo elétrico subterrâneo em substituição da linha aérea existente entre o Forte da Barra e a Praia da Barra.
FONTE - Terra Nova
A Escrita de um Ícone
O Salão de S. Domingos, por cima da Livraria Santa Joana, acolhe mais uma exposição promovida pela Comissão dos Bens Culturais da Igreja, da diocese de Aveiro, até 12 de maio.
Com sala aberta nas tardes de 5ª feira e sábados, e outros dias por marcação, a exposição tem à disposição do visitante mais de 50 ícones distribuídos por 3 setores: a iconografia de Cristo, a iconografia da Virgem Maria e imagens de Santos e Dias de Festa
Uma mostra de rara beleza que põe à disposição do visitante ícones do século XVIII ao século XXI, podendo assim compreender a "escrita de um ícone" que se mantém fiel ao longo dos séculos.
Em memória de Valdemar Aveiro
“No Grande Norte, a Natureza é pródiga, isso sim, em campos de gelo derivante, em ondas de frio que queimam, em ventos uivantes furiosos que afundam navios, mesmo assim incapazes de rasgar o manto negro da noite que nos envolvia continuamente, como se o Sol tivesse sido desterrado ou deixado de existir.
Foi por aqui, por estas paragens desoladas, que passei alguns dos anos mais válidos da minha vida.
Só nas recordações da família longínqua, espécie de prece entranhada nas profundezas da alma, todos os dias murmurada com emoção, se entranhava a chama intensa e crepitante a lareira acesa, fonte de luz e calor, que tanto ansiávamos partilhar, sentir na face… mas… dia após dia, sempre adiada, sabia-se lá por quanto tempo!”
In "Ecos do Grande Norte"
sábado, 15 de fevereiro de 2025
Pinto da Costa faleceu
Pinto da Costa, o carismático dirigente do FCP, faleceu hoje, deixando de luto dirigentes, atletas e associados de um dos mais expressivos clubes portugueses.
Como sportinguista, curvo-me perante a sua memória, sublinhado a conhecida coragem e determinação nos campos dos mais variados desportos.
Jorge Nuno Pinto da Costa foi o 31.º Presidente do Futebol Clube do Porto, cargo que ocupou durante 42 anos, entre 1982 e 2024.
Apresento sentidas condolências aos dirigentes, sócios e simpatizantes do FCP.
A Igreja católica e o protocolo de Estado
Crónica semanal
de Anselmo Borges
Nos Estados, há cerimónias oficiais, sendo natural que se estabeleça um protocolo de Estado. Em Portugal, já houve um debate à volta disso, e a Igreja católica e as outras confissões religiosas deixaram de ter lugar no protocolo.
É assim que deve ser. De facto, a que título é que as autoridades religiosas haveriam de surgir na lista de precedências no protocolo, concretamente num Estado regido pelo princípio da não confessionalidade, portanto, da separação da(s) Igreja(s) e do Estado? “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, foi programaticamente declarado por Jesus Cristo. Esta separação do político e do religioso não tinha sentido na Grécia, que não separava o cívico e o cultual, nem para o judaísmo, que unificava nação e religião. Como escreveu Régis Debray, em Jerusalém, Atenas e Roma, “o ritual cívico é religioso, e o ritual religioso é cívico”. Para as três culturas que estão na base da nossa, alguém que estivesse fora da religião estava fora da Cidade.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Valdemar Aveiro faleceu
Valdemar Aveiro, o Capitão Valdemar como era conhecido entre os homens do mar, simples marinheiros, oficiais e empresários, foi um cultor da literatura, com o mar, imensas vezes, como pano de fundo.
Visitou-me algumas vezes, sobretudo para me falar dos livros que foi publicando ao sabor da maré, com o amor humano sempre presente.
Toda a obra de Valdemar Aveiro, um ilhavense que se tornou também gafanhão, mostra à saciedade, pelo que escreveu, a vida dura dos nossos homens do mar, mas o autor não se ficou por aí. A sua obra está cheia de estórias quantas vezes fora da história, umas tristes e melancólicas e outras com chiste que baste para alegrar quotidianos difíceis. Tudo isso cabe nos escritos do capitão Valdemar, um homem que nunca fugiu da luta, apesar de horas amargas sentidas tantas vezes na pele e na alma. Emigrou mas regressou, que o mar e as saudades eram imensas.
Tive o prazer de conversar com o Capitão Valdemar, um ilhavense que assumiu, como sua, a nossa Gafanha da Nazaré. Por aqui andou desde menino, brincando com miúdos da sua idade nas ruas da nossa terra, enquanto sua mãe fazia os seus negócios de porta em porta, caiando casas, também, o que fazia com mestria, pois, como me garantiu, não deixava "santos" nas paredes por onde passavam a broxa e os pinceis.
Quem conheceu o capitão Valdemar, como é mais conhecido na região, sabe que a sua vida, de sonhos realizados e por realizar, de lutas insanas, de canseiras teimosamente enfrentadas e de desafios constantes, daria um romance. De qualquer forma, os seus escritos, memorialistas na sua pureza literária, são romances que podem ser apreciados pelo leitor comum. São, indubitavelmente, retratos da sua vida de marinheiro desde jovem, subindo a pulso as escadas íngremes dos navios como na vida.
Fernando Martins
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