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EVANGELHOS DA INFÂNCIA: verdade histórica e verdade teológica

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Crónica de Anselmo Borges  no Diário de Notícias Jesus Cristo - o Filho do Deus vivo Não há figura mais estudada do que Jesus Cristo e não há hoje nenhum historiador sério que ponha em causa a sua existência histórica. Depois, é preciso saber que a história se lê de trás para a frente; a partir do princípio, evidentemente, mas tem sobretudo de ser lida do fim para o princípio. Portanto, com a história e a razão hermenêutica. No caso de Jesus e do cristianismo, essa leitura é essencial, para se não cair em alçapões mortais. Os Evangelhos escrevem sobre realidade histórica, mas foram escritos por quem, à luz do fim, já acreditava que Jesus é, na confissão de São Pedro, "o Filho do Deus vivo". Concretamente no que se refere aos Evangelhos da infância, é necessário ter em atenção a sua significatividade mais do que a historicidade. De facto, eles são construções teológicas, colocando no princípio a revelação do fim: Jesus é o Messias. Se é o Messias, nele realizam-se as profecias...

ESTOU BAPTIZADO. VIVO COMO CRISTÃO?

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Reflexão de Georgino Rocha  para este fim de semana As festas natalícias convergem e abrem horizontes à compreensão da pessoa de Jesus e da missão que lhe está confiada. O menino de Belém portador de paz e alegria, o adolescente de Nazaré fiel aprendiz da vida familiar e da arte do artesão, o orante contemplativo das maravilhas de Deus na humanidade na criação, surge agora como adulto entre os pecadores que demandam o baptismo de penitência. João acolhe-o e tem com ele um diálogo muito significativo, eloquente, assertivo. Aceita fazer o que lhe pede. Deixa que mergulhe nas águas do rio, se banhe como qualquer outro penitente, que assuma os pecados quais limos que se pegam ao corpo e lhe introduzem marcas profundas, a viva experiência original. Jesus, entretanto, entra em profunda e expressiva oração. Manifesta o que realmente é e vive, Deus humanado. Mt 2, 1-12. Plenamente humano. Plenamente Deus.

ZAQUEU

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A árvore foi a forma de te ver E desci para abrir a casa. De me teres visitado e avistado Entre os ramos Fizeste-me passagem Da folha ao voo do pássaro Do sol à doçura do fruto. Para me encontrares me deste A pequenez. Daniel Faria (1971 - 1999) In  VERBO - DEUS COMO INTERROGAÇÃO NA POESIA PORTUGUESA Seleção e prefácio de José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia

BOM ANO PARA TODOS

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A gaivota prepara-se para retomar o trabalho Já vamos no quarto dia do mês de janeiro de 2023 e ainda não me agarrei ao trabalho. Estarei à espera de inspiração? Não sei, mas sei que na vida temos a obrigação de trabalhar, com ou sem inspiração. Pode dar-se o caso de sair coisa de jeito ou sem jeito nenhum. Nesse pressuposto, o importante é que se trabalhe, com mais ou menos esforço, mas com coragem e determinação. Posto isto, é preciso dizer que à falta de vontade para escrever, resta-me criar condições para abrir a porta quando ela se aproximar de mim. Não é a primeira vez que isto me acontece e sempre tenho dado a volta à preguiça, com mais ou menos vontade. Depois de matutar sobre o meu estado de espírito, resolvi pôr-me para aqui a arrumar papelada entre outras coisas. Uma mesinha noutra posição, o PC noutra base, troca de cadeira para ver se altera o ânimo e comecei a escrever esta nota para me abrir ao mundo dos meus amigos. Bom ano de 2023 para todos. Fernando Martins

BENTO XVI VISTO POR PACHECO PEREIRA

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Uma muito boa retrospectiva do Papa Bento XVI foi referida por Pacheco Pereira num programa televisivo. Infelizmente, foi muito pouco tempo que teve para o fazer. Sendo um grande conhecedor de todo o legado do Papa emérito, quis desfazer a opinião generalizada de se tratar de um conservador. Foi filósofo, teólogo e religioso, baseando os seus trabalhos na dicotomia razão-fé. Foi da maior importância o seu trabalho na preparação e redacção final de uma boa parte dos textos do Concílio Vaticano II. Foi quem abriu o caminho para o encontro de todas as Igrejas. Teve a enorme tarefa de denunciar os crimes sexuais praticados no seio da Igreja. Quando se sentiu sem forças e com pouca saúde para estar à frente da Santa Sé, teve a coragem de resignar não sem que antes tivesse preparado o caminho para que Francisco viesse a ser seu sucessor. Foi sem dúvida um grande humanista e homem da fé. António Barbosa No Público de hoje, página 6

GAFANHA DA NAZARÉ — PIA BATISMAL

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A Pia Batismal que cumpre a sua missão junto ao altar principal da nossa Igreja Matriz é o símbolo mais eloquente da fé que os nossos antepassados nos legaram. Foi nela que os nossos avós até às gerações atuais nasceram para a fé. A nossa Igreja Matriz, localizada na Chave, recebeu naquele lugar a nossa primeira e única Pia Batismal, quando a paróquia foi criada, em 10 de Setembro de 1910 e o primeiro batizado celebrou-se em 11 do mesmo mês e ano. E a Pia lá continuou até ao dia da inauguração da nossa atual Igreja Matriz, ocorrida em 14 de Janeiro de 1912, data que regista a sua trasladação. Naquele tempo e durante décadas a Pia Batismal não podia ficar dentro do templo, mas numa zona lateral como foi o nosso caso. Ficou durante muitos anos no espaço de acesso à torre. Depois do Vaticano II passou a ocupar um lugar de honra.

HORA DA SESTA

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 À hora da sesta, junto à nossa laguna azul, pude registar esta cena. Enquanto a fêmea dormia, o macho ficou de vigia. E nem a nossa presença os perturbou. O macho percebeu que era gente de bem.

SÍMBOLOS DA NOSSA REGIÃO

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  Para não ficarem esquecidas, partilho fotos da nossa região.

ANO VELHO. ANO NOVO

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Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias A paz que não é apenas ausência da guerra, mas tranquilidade na ordem, que resulta da verdade, da justiça, do perdão, da fraternidade, da reconciliação. Reconciliação que tem de contar com cada um: precisamos todos e cada um de estar em paz connosco Os historiadores e fenomenólogos da religião fazem notar que, mesmo nas sociedades secularizadas, encontramos ainda algo dos mitos cosmogónicos, nomeadamente nos festejos da passagem de ano: folguedos e licenças, uma certa tonalidade orgiástica, alguma "confusão" social, na noite de passagem de ano, simbolizam o regresso ao estado indiferenciado e caótico de antes da formação do mundo pelos deuses. Volta-se, portanto, de algum modo, ao caos das origens, para que o mundo se regenere e se reponha o cosmos, um mundo outra vez novo, ordenado, belo: a caos contrapõe-se precisamente cosmos, que quer dizer belo (é do grego kosmós que vem cosmética)...

CULTURA DA PAZ

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Crónica de Bento Domingues  no PÚBLICO Paulo VI, na sua visita histórica à ONU, a 4 de Outubro de 1965, exprimiu e repetiu o grande desejo dos povos: nunca mais a guerra! É a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade. 1. É conhecido o ditado latino si vis pacem, para bellum, isto é, se queres a paz, prepara-te para a guerra. De facto, a paz acontece como um pequeno interregno entre guerras. Segundo uma estimativa, bastante rigorosa, entre a II Guerra Mundial e 1992, contaram-se 150 guerras e 26 dias de paz [1]. Na Europa, depois de 1945, tentou-se, com algum êxito, contrariar essa loucura: se queres a paz, tens de a cultivar. Paulo VI, na sua visita histórica à ONU – a primeira de um Papa –, a 4 de Outubro de 1965, exprimiu e repetiu o grande desejo dos povos: nunca mais a guerra! É a paz que deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade.

MARIA JOÃO PIRES

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Para a primeira tarde de 2023