domingo, 8 de maio de 2022

Fugir da rotina

Ontem andei por aqui - Vagueira

Cheguei à idade que me permite, não com a frequência que desejaria, fugir da rotina. O fazer sempre as mesmas coisas, tantas vezes sem mudar um ponto ou uma vírgula ao que se pensa e diz. Desde o levantar ao deitar. Acho que tenho de aprender a ser criativo, renovando tantas vezes quantas as desejadas o que faço ou deixo de fazer.
O problema é que, quando me levanto de sonos normalmente tranquilos, caio na rotina e continuo sem coragem ou habilidade para fugir dela. Já tentei, mas caio sempre no mais do mesmo.
Hoje, por não poder sair de casa por incómodos de saúde, pensei que seria agradável ouvir música com utilização das novas [para mim] tecnologias, mas já é uma hora da tarde e ainda não ouvi nada.
Escrevinhei umas coisas para o nosso Timoneiro, onde colaboro sem grandes responsabilidades, mas não passei disso. Estou no meu sótão onde impera o silêncio. Temperatura amena, alguns livros a desafiarem-me com a música da passarada a cirandar pelo telhado metálico que me protege. E nada mais. Quando meditei nisso, chegou a hora do almoço. Boa tarde, para um domingo solarengo.

A GAFANHA

 


Nota - Texto escrito por José Ferreira da Cunha e Sousa (1813-1912). Foi secretário-geral do Governo Civil de Aveiro e Governador Civil de outros distritos. Do texto que escreveu para o Arquivo do Distrito de Aveiro, publico uma parte, porque terá a sua utilidade. Outros partes serão editadas brevemente. 

Cruz Vermelha Portuguesa em Aveiro

1978
Maio, 8

Entrou na posse das suas funções a primeira Direção da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, em Aveiro, após a sua restauração nesta cidade. Os respetivos membros — cujo presidente, Coronel António Cândido Patoilo Teles, tinha sido designado em 1 de Setembro de 1977 — já haviam iniciado a sua benemérita ação em Fevereiro anterior, socorrendo as vítimas das cheias na Costa Nova do Prado e na Vagueira (Litoral. 29-11- 1985)

Calendário Histórico de Aveiro

A santa esperança

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Porque é que os seres humanos, apesar de todos os fracassos, horrores, sofrimentos e cinismos, ainda não desistiram de lutar e de esperar?

Uma reflexão aprofundada sobre a esperança, deverá começar por aquela tendência para o futuro que caracteriza todo o ser vivo e mesmo toda a realidade cósmica, uma vez que está em evolução, de tal modo que já é e ainda não é adequadamente - por isso, está a caminho.
O cosmos desde a sua origem é em processo (do latim procedo, avançar, ir para diante). A realidade material tem carácter "prodeunte" (do verbo latino prodeo, avançar), para utilizar uma palavra do filósofo Pedro Laín Entralgo, que estou a seguir.
Trata-se de uma propriedade genérica que se vai fazendo proto-estruturação - passagem das partículas elementares às complexas -, molecularização - dos átomos às moléculas -, vitalização - das moléculas aos primeiros seres vivos -, vegetalização, animalização - aparecimento e desenvolvimento da vida quisitiva da zoosfera - e hominização - transformação da tendência geral para o futuro em futurição humana, tanto no indivíduo como na espécie humana e na história, desde o Homo habilis até ao presente.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Miranda do Douro - Contrastes

Fotos de Carlos Duarte


 


As marcas da antiguidade  dos restos do Castelo de Miranda contrastam nitidamente com o presente das amendoeiras em flor,  que ano após ano dão sinais claros de vida pujante. 

Escutar e seguir Jesus, o nosso Bom Pastor

Reflexão de Georgino Rocha pata o Domingo IV da Páscoa

A liturgia faz-nos dar um passo em frente. Após as aparições que confirmam Jesus como o Vivente ressuscitado, surge esta declaração solene em resposta às autoridades dos judeus que o haviam rodeado no Templo de Jerusalém e interpelado de forma clara e incisiva: “Se és o Messias, diz-no-lo abertamente”. Jo 10-30.
“As obras que faço em nome do Meu Pai dão testemunho de Mim; vós, porém não quereis acreditar”, responde Jesus. São as obras que dizem quem Ele é, que dizem quem nós somos. Obras que dão testemunho coerente e interpelante, atraente e irradiante.
Hoje, a Igreja celebra o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. E o Papa Francisco dirige-se aos jovens em termos vigorosos: "Não sejam surdos à chamada do Senhor! Se Ele os chamar, não se oponham, mas confiem nele. Não se deixem contagiar pelo medo, que nos paralisa, diante da proposta do Senhor. Lembrem-se sempre que o Senhor promete, aos que deixam tudo para segui-lo, a alegria de uma vida nova, que enche o coração e anima nosso caminho".

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Dia Mundial da Língua Portuguesa

Celebra-se hoje, 5 de Maio, o Dia Mundial da Língua Portuguesa, com toda a justiça, ou não estivesse ela espalhada por todos os cantos do globo. São, segundo li, 273 milhões de falantes. Mais cantada por uns, mais silabada por outros, mais monótona por uns, mais expressiva por outros. Nasceu neste recanto da Europa e projetou-se por todos os quadrantes da Terra. Descobridores, navegadores, cientistas, desportistas, emigrantes e viajantes. Todos estes e muitos outros fizeram da nossa língua portuguesa uma língua universal, enriquecida por poetas, dramaturgos, críticos literários e ensaístas, prosadores e editores, sempre apoiados por professores e professoras, atores e atrizes, nas escolas e palcos das casas de espetáculos. Mas ainda no dia a dia dos povos.

Festa de Santa Joana — 12 de Maio

 


terça-feira, 3 de maio de 2022

Santa Joana do escultor Jorge Barradas


A Princesa Santa Joana é considerada, oficialmente desde 1965, padroeira da cidade e Diocese de Aveiro. Filha de D. Afonso V e de D. Isabel, a Infanta D. Joana nasce em Lisboa a 6 de fevereiro de 1452, vindo a falecer no Mosteiro de Jesus de Aveiro a 12 de maio de 1490. No seu mês, damos destaque à sua imagem exposta no Centro de Religiosidade Marítima do escultor Jorge Barradas, uma das seis imagens (São Nuno Álvares Pereira, São Miguel, Virgem de Fátima, São João de Deus e São João de Brito), de bordo das Capelas dos paquetes Vera Cruz e Santa Maria.

Museu Marítimo de Ílhavo

Nota: Imagem e texto publicados na revista "Viver em Maio", da CMI

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Paixão de servir e paixão de mandar

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A arma que Jesus deixa aos discípulos é o sopro do Espírito. Sem Ele, estamos expostos ao espírito mundano, ao espírito de dominação, da violência, das guerras.

1. No Domingo passado, foi proclamado um texto do Evangelho segundo S. João [1], no qual, Cristo Ressuscitado repetiu, num pequeno espaço, três vezes: a paz esteja convosco. Isto significa que a cultura da paz faz parte da mensagem evangélica. Não se pode pregar o Evangelho apoiando ou não denunciando as guerras. Infelizmente, a história das religiões foi muitas vezes, e continua a ser, tecida pelo recurso a várias formas de violência. A guerra voltou à Europa com todos os seus horrores de destruição. Muito se tem mostrado, dito e escrito sobre a invasão da Ucrânia. Deixo, em nota, apenas algumas referências que se situam no espírito desta crónica [2].
Aos discípulos de Cristo, de todos os tempos e lugares, pede-se que trabalhem na construção de um mundo, onde os instrumentos da guerra sejam transformados em instrumentos de desenvolvimento e de distribuição dos bens que são de todos e para todos [3]. Dir-se-á que esse espírito pacifista não tem resposta para todas as situações de injustiça, mas também não pode ser a recusa em divulgar e seguir as pessoas e os movimentos que mostraram e mostram a eficácia das lutas sem violência. A não-violência é muito exigente e muito trabalhosa, como mostraram, entre outros, Gandhi, Luther King e Mandela. É criminosa a eficácia dos movimentos e das pessoas que fazem fortunas com o fabrico e comércio das armas.

domingo, 1 de maio de 2022

Sebastião da Gama para o Dia da Mãe

(Foto das redes sociais)

PEQUENO POEMA

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

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