quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

SONHEI...

Sonhei:
que os corações
tinham mudado;
que havia lugar na estalagem
em qualquer lado;
que a Luz dissipara as trevas
por todo o descampado;
que o Sol da Justiça
aquecera a Humanidade,
alegre, feliz,
na humildade de acolher
o Verbo da Verdade!…

O que encontrei?
Portas fechadas,
corações empedernidos. 
Barreiras levantadas;
muros de exclusão,
arame farpado;
preconceito, intolerância,
violência, perseguição;
um mar imenso
feito sepulcro de sonhos,
túnel de trevas, solidão;
multidões errantes 
em busca da Estrela,
sedentas de um bafo
terno e carinhoso…
 
Afinal,
o Meu Presépio continua!
Mas não desisto 
de sorrir e contagiar
tantos pastores multiplicados,
muitos reis magos animados,
todos disponíveis
para fazer vencer a Luz,
para fazer crescer o Amor,
para fazer sentir
que, mesmo assim,
Eu sou o Emanuel,
que sempre estou no seio
deste Mundo que caminha,
em busca de novos Céus e nova Terra,
sem dor, sem luto, sem guerra,
de vida plena e gloriosa.

Sonhei e sonharei…
E o sonho será realidade
em cada Natal
que deixes acontecer!

Querubim Silva

Participação e corresponsabilidade na Igreja

Flausino Silva
Está em marcha a caminhada sinodal desencadeada pelo Papa Francisco. É, na opinião de muitos, o maior acontecimento eclesial, depois do Concílio Vaticano II. Pela sua oportunidade, num momento conturbado da vida da Igreja (o problema da pedofilia e outros afins) e do Mundo (o terrível fenómeno dos campos de imigrantes e refugiados) e pelo modo de preparação, extensivo e aberto, desafiando leigos e cristãos das margens a dar o seu contributo. 
Desde logo nas Paróquias e suas estruturas de participação - Conselhos de Pastoral, as mais das vezes fechados, passivos e inoperantes. Mas também no plano diocesano, em que se questionam os Conselhos Presbiterais e de Pastoral, que frequentemente rodam em círculo fechado, assemelhando-se, em muitas circunstâncias, às estruturas de gestão do Estado com as suas portas giratórias. 
O êxito da caminhada também depende de cada um de nós! Tudo começa por mim, ou não começa!

Flausino Silva

NOTA: Publicado no "Correio do Vouga"

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

NATAL DE LUZ

 

NATAL DE LUZ

Tanta luz
Tantas compras
Tanta festa!
Jesus!?
Que vida esta
Em que Teu esplendor
Já nem reluz.

E na azáfama
No bulício
Na confusão
Quanta ilusão!

Esquecem que há festa
Somente apenas
Porque há dois mil anos
Naquela gruta
Fria e modesta
Envolto em panos
Por nosso amor
Nasceu Jesus
Nosso Senhor.

Aida Viegas

Flor de arbusto

Flor de um arbusto do nosso quintal

Quando falta o apetite para escrever, haverá sempre uma flor para publicar. E não é verdade que uma flor, imensas vezes, diz mais que muitas palavras ou frases?

Um barco divaga

UM BARCO

Um barco divaga
sonolento
sob as ondas
redondas
do mar.

Um barco único,
minúsculo,
como uma estrelinha
brilhando
no imenso crepúsculo.

Um barco…
sem remos,
sem velas,
sem asas…

Um barco sereno,
como a brisa do mar.

Norberto Rosa

In Timoneiro,
Setembro/Outubro de 1980


Chegou o Inverno


Chegou o Inverno, para o qual fomos preparados pelo Outono. E daqui a três meses voltará  a Primavera a 20 de Março de 2022. Até lá, temos que suportar o pior que a natureza nos dá: frio, chuva e vento. Uma ou outra tempestade, mas que não seja muito agreste para ninguém, são os meus votos. 

Fernando Martins

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Boas leituras

"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde,
um cego que guia, um morto que vive."

Padre António Vieira

Com votos de boas leituras. E já agora, uma sugestão: Leiam poemas de Natal; Há tantos de tantos poetas e tão expressivos!

Os incontáveis rostos de Deus

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO


O Papa Francisco, desde o começo do seu pontificado, não só não descrimina os cristãos dos não-cristãos como tudo faz para colocar todas as pessoas e grupos em diálogo, que começa pelo acolhimento recíproco.

1. As boas causas, para vencerem, precisam de bons argumentos. O ridículo não é a melhor recomendação. A defesa da igualdade não precisa de ofender a diversidade. Não se pode exigir que, na Europa, sejam erradicadas as palavras Natal e Maria como também ninguém pode ser obrigado a usá-las. Estou a referir-me a uma pergunta que fizeram ao Papa, durante a sua viagem de regresso a Roma, depois da peregrinação ecuménica a Chipre e à Grécia, à qual reagiu: “Ah, o senhor refere-se ao documento da União Europeia sobre o Natal. Isto é um anacronismo. Ao longo da história, muitos, tantas ditaduras procuraram fazê-lo. Pense em Napoleão. Pense na ditadura nazista, na comunista...É moda própria de uma laicidade aguada, de água destilada. Mas não resultou na história. Pensando na União Europeia, há uma coisa que considero necessária: a União Europeia deve assumir os ideais dos Pais fundadores, que eram ideais de unidade, de grandeza, e ter cuidado para não abrir espaço a colonizações ideológicas. Isto poderia chegar a dividir os países, causando o colapso da União Europeia.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Proposta do Papa para este Natal

“Façamos como Maria: olhemos à nossa volta e procuremos alguém a quem possamos ajudar. Conheço algum idoso a quem possa dar alguma ajuda, fazer companhia? Que cada um pense nisso. Um serviço a alguém, uma gentileza, um telefonema? A quem posso ajudar?”

Li  aqui

Boas Festas das nossas amigas rolas


Ao fim da tarde de hoje recebemos uma visita especial, ao jeito de uma saudação de Natal. Rolas, porventura nascidas e criadas nas nossas árvores, não esquecem, julgo eu, as suas origens. Viram-nos e esperaram que as fotografássemos. Depois, foram dar uma volta.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Bacalhau é Rei

Rei Bacalhau: MMI

Vamos entrar na semana em que o bacalhau é rei e senhor todo poderoso das mesas portuguesas. Das minhas memórias, posso afiançar que o bacalhau sempre foi rei na ceia da consoada. Posta grossa bem demolhada, com batatas, couves e ovo cozido, tudo bem regado com azeite de qualidade, de preferência, mais um cheirinho de vinagre, o nosso Rei no prato é sempre saudado com ditos a condizer: A posta tem bom aspeto, é de boa lasca, está no ponto de salga. Um ou outro atira para a conversa que nunca comeu bacalhau tão bom na vida. E os entendidos avançam que este é do Atlântico Norte, que o do Pacífico é fibroso.
Quem o demolhou, cá em casa, explica o cuidado que teve: Água fresca, de manhã e à noite, sem esquecer a lasquinha arrancada com a ponta da faca para saber o estado do Rei para a festa da família. Depois saltam os doces: rabanadas, bilharacos, aletria e bolo-rei. Tudo bem regado com vinhos conforme as posses. E votos, muitos votos de que no próximo ano tudo se repita.
Boa consoada para todos os meus leitores, amigos e suas famílias.

Fernando Martins

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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