Foto com data de 1959 |
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Jesus, sentado, observa os que fazem ofertas
Diante das atuais dificuldades e desafios lançados é necessário que se renove e cresça o desejo de se fazer caminho em conjunto
Estamos em Jerusalém. No coração do Templo. Para mais um ensinamento de Jesus. “Em frente à arca do tesouro” é o local escolhido por Ele para observar as atitudes dos que se aproximavam para fazer as suas ofertas. Mc 12, 38-44.
Sentado, é a posição normal do corpo que, nestas circunstâncias, adquire um simbolismo cheio de riqueza humana: observação e escuta atenta, acolhimento solícito, reflexão profunda, discernimento lúcido, sabedoria interiorizada, autoridade moral, transmissão da mensagem colhida e assimilada. A ilustrar este simbolismo, que pode facilmente ser ampliado, estão os episódios de Jesus no monte das bem-aventuranças, de Maria ao ouvir os magos e os pastores em Belém, de certas parábolas dos Evangelhos, de Abraão junto ao carvalho de Mambré, e tantos outros.
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
O café faz bem
Há textos que nos agradam, sobretudo se vêm ao encontro dos nossos desejos. Como sou diabético Tipo 2, esta nota que acabo de ler vem mesmo a calhar. Encontrei-a num site dedicado ao café que tenho agendado para consultar de vez em quando. E li: «O consumo até quatro chávenas de café por dia pode reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 25%, de acordo com um estudo do Institute for Scientific Information on Coffee (ISIC), na Suíça, publicado na passada quinta-feira.» E como eu tenho por hábito tomar três cafés por dia já fico mais descansado.
O estudo revela ainda que o café não aumenta «as hipóteses de desenvolvimento de cancro e hipertensão ou da ocorrência de acidentes vasculares cerebrais».
Aqui fica uma boa notícia para os que gostam de café.
quarta-feira, 3 de novembro de 2021
Faleceu o professor Celso Santos
Soube há momentos do falecimento do professor Celso Santos, colega de relacionamento cordial com quem privei de perto na então Direção Escolar de Aveiro. Era Adjunto do Diretor Escolar, professor Corujo, estando eu destacado em tarefas de alfabetização e bibliotecas.
Quando eu chegava para resolver qualquer questão, o professor Celso logo se disponibilizava para me ajudar, nunca faltando a troca de impressões sobre assuntos pertinentes relacionadas com a educação e o ensino.
Desde os primeiros contactos, facilmente o identifiquei como homem bom, disponível e afável, com quem era fácil trocar impressões e discutir assuntos profissionais ou outros. O seu sorriso sereno era notório.
Depois enveredou pela política na Câmara de Aveiro e os nossos encontros, por razões compreensíveis, rarearam. Um dia, porém, cruzámo-nos na rua e logo partiu dele o convite para passar pelo seu gabinete na autarquia. — Apareça, não incomoda nada, terei muito gosto em o receber; os amigos precisam de conversar. E lá apareci sem tema de conversa.
A conversa já ia longa, mas ele insistiu para mais uns minutos. Outros encontros ocorreram na cidade, sempre sem pressa. Depois, deixei de o ver. Morreu hoje e não pude deixar de evocar a sua amizade e a sua simpatia. Tinha 81 anos e já está no seio de Deus.
Fernando Martins
Não achamos o descanso
"A razão por que não achamos o descanso
é porque o buscamos onde não está"
António Vieira (1608 - 1697)
Padre e escritor português
In Escrito na Pedra do PÚBLICO
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Todos os Santos e Fiéis Defuntos
Novembro começa bem com Todos os Santos e Fiéis Defuntos. Depois voltamos à vida com as suas exigências envolventes que motivam trabalhos e geram esquecimentos. Mas em novembro, em todos os novembros, jamais esqueceremos os dois primeiros dias.
Como é meu hábito, gosto de visitar o nosso cemitério. Entro e deambulo livremente. Vou para visitar familiares e amigos, muitos familiares e muitos amigos. E falo com eles, rio e sorrio de histórias partilhadas, de conversas e convívios animados. Tantos rostos que me saúdam e me seguem quando me afasto, ao jeito de quem suplica que fique mais um bocadinho. E quantas vezes respondi a esse apelo para confirmar idades e datas de quem repousa naquele chão sagrado.
Naqueles dias, apreciei o carinho posto nas campas que ostentam nomes que me foram próximos e muitos outros que nunca vi na vida. E com que amor foram ornamentadas. Flores e mais flores de todas as cores e preços. Mas também me cruzei com campas abandonadas. Há tantos que não têm quem se lembre deles!
Os crentes, como eu, não se esquecerão dos nunca lembrados.
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
O Etnográfico regressará logo que possível
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) completou, no dia 1 de Setembro, 38 anos de existência e estará a preparar as próximas atuações para breve. As limitações impostas pela pandemia cancelaram as suas atuações, mas logo que possível os festivais de folclore voltarão a animar o nosso povo. O GEGN não descurará os ensaios para regressar em força, com a reconhecida dignidade.
Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré foi eletrificada há 82 anos
Faz hoje, 1 de Novembro, 82 anos que a Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré recebeu a energia elétrica para a respetiva iluminação. De facto, até aí, a iluminação era feita à luz das velas. Aliás, eu nasci à luz de um candeeiro a petróleo ou da vela, em 24 de Novembro de 1938. Aquele melhoramento foi possível graças à criação e inauguração da Cooperativa Elétrica das Gafanha da Nazaré, em 1939.
NOTA: Na torre é visível o relógio oferecido por Sebastião Lopes Conde e Manuel Carlos Anastácio, segundo acta de 13 de Novembro de 1930. A foto é, pois, anterior à eletrificação. Ainda é visível a marca da legenda alusiva à oferta,.
domingo, 31 de outubro de 2021
Um livro prodigioso
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICODisse que A arte de viver em Deus é um livro prodigioso, não só porque desfaz muitos preconceitos acerca daquilo em que os cristãos acreditam, mas sobretudo, porque abre, em todos os capítulos, janelas para o passado, para o presente e para o futuro.
1. Na crónica do domingo passado, referi-me a um belo livro de Eduardo Paz Ferreira, Como salvar um mundo doente [1], com o qual aprendi muito. Cumpre o que o título promete. Agora, acabo de ler o livro mais recente de Thimothy Radcliffe, A arte de viver em Deus [2]. Este título poderia sugerir a banalidade de mais uma obra para a estante de auto-ajuda espiritual. O subtítulo, A imaginação cristã para elevar o real, também não parece muito convidativo. Puro engano. O próprio autor está consciente dessa possível confusão. Quando as pessoas se afastam das igrejas, é uma tentação “vender” um Cristianismo bonito e seguro, não demasiado exigente. Talvez uma espiritualidade gentil seja mais simpática e sedutora: acender uma vela e ver onde se está no eneagrama da personalidade. O apelo da fé torna-se apenas uma sugestão sem compromisso.
Julga que semelhante publicidade e comercialização do Cristianismo está condenada a falhar, sobretudo, porque a espiritualidade cristã é tudo, menos uma segurança. Uma fé domesticada atraiçoa o que constitui o seu âmago que é a aventura da transcendência. O Cristianismo é atractivo porque nos convida a ser ousados e a entregar incondicionalmente as nossas vidas. É a porta aberta para o infinito. A imaginação é a porta pela qual nos furtamos aos limites de qualquer modo reducionista de ver a realidade.
Amigos para a vida
A vida longa não pode deixar de cultivar amizades, apesar dos distanciamentos e dificuldades dos contactos apetecidos Radicados um pouco por todo o país e pelo estrangeiro, ficamos imensas vezes limitados às variadas formas de comunicação centradas no mundo digital. E mesmo aí, não conseguimos vencer barreiras que nos permitam a proximidade necessária. De vez em quando, porém, muito se esclarece e lá conseguimos associar os apelidos às pessoas de quem há anos fomos muito próximos. Depois, há a alegria espontânea e compreensível.
Há meses, identifiquei um amigo de infância num restaurante. Não me reconheceu. Eu tinha a barba crescida e as mudanças físicas que a idade determina. Mas lá acabámos por ser iluminados por uma luzinha que se acendeu no cérebro do meu amigo. E algumas memórias vieram à tona para gáudio de ambos.
Um outro, que não via há muitos anos, lembrou-se de mim. Não conhecia os meus contactos, mas lembrou-se de uma hipótese com alguma lógica. “Como tu sempre andaste ligado à Igreja, recorri a um clérigo”, garantiu-me. E telefonou. Começou a tratar-me por senhor! Esclareci de imediato e o tu cá tu lá proporcionou a conversa telefónica interrompida há décadas.
Confesso que me comovem os encontros com os amigos da infância e juventude porque são sempre motivos para refazer amizades e para todos evocarmos momentos inesquecíveis que não podemos nem devemos perder.
Os que navegam nas redes sociais podem contactar-me. O meu nome de guerra é Fernando Martins e o rosto aí fica.
Fernando Martins
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