sábado, 21 de fevereiro de 2015

Solidão e ética do cuidado

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

Anselmo Borges


Italo Calvino escreveu, em As Cidades Invisíveis: "A cidade de Leónia refaz-se a si própria cada dia que passa: todas as manhãs a população acorda no meio de lençóis frescos, lava-se com sabonetes acabados de tirar da embalagem, veste roupas novinhas em folha, extrai do mais aperfeiçoado frigorífico frascos e latas ainda intactos, ouvindo as últimas canções no último modelo do aparelho de rádio. Nos passeios, embrulhados em rígidos sacos de plástico, os restos da Leónia de ontem esperam o carro do lixo. Não só tubos de pasta dentífrica bem apertados, lâmpadas fundidas, jornais, contentores, restos de embalagens, mas também esquentadores, enciclopédias, pianos, serviços de porcelana: mais do que pelas coisas que dia-a-dia são fabricadas, vendidas, compradas, a opulência de Leónia mede-se pelas coisas que dia-a-dia se deitam fora para dar lugar às novas. De tal modo que há quem se interrogue se a verdadeira paixão de Leónia é realmente como dizem o gozar as coisas novas e diferentes, ou antes o rejeitar, o afastar de si, o limpar-se de uma constante impureza. A verdade é que os varredores são recebidos como anjos, e a sua tarefa de remover os restos da existência de ontem está rodeada de um respeito silencioso, como um ritual que inspira devoção, ou talvez porque uma vez deitadas fora já ninguém quer tornar a pensar nessas coisas."

Aprender a viver; aprender a morrer

"Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer."

Leonardo da Vinci 
(1452-1519)


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Mensagem quaresmal do Bispo de Aveiro

Jesus é o Filho de Deus: escuta-O!



«A decadência do catecumenado trouxe alguns elementos positivos que importa realçar: estruturou-se a Quaresma como um período intenso de formação dos futuros batizados, e a Igreja, como boa mãe, alimenta, com o seu ensino e os ritos litúrgicos aqueles que já renasceram na fonte das águas batismais, mas ainda necessitam continuar a crescer na fé.»



Ler a Mensagem aqui

Vencer a tentação da indiferença

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha


Após o baptismo, Jesus dirige-se imediatamente ao deserto. Mc 1, 12-15. Os Evangelhos mostram-nos o contraste aqui ocorrido: Ele, que havia sido proclamado Filho de Deus é tentado na sua condição divina para que mostre “o que vale e o que pode”. As obras seriam as suas credenciais por excelência. O prestígio do poder, a ganância fácil da economia, o pronto socorro da religião são-lhe propostos como caminhos de realização da sua missão. A tentação sedutora tem como fundamento as apetências humanas e como motivação próxima a prova de Jesus ser o Filho de Deus. Por isso continua tão actual e a dominar muitos corações.

Foto do Dia — Barcos em descanso

barcos na Ria

Os nossos olhos não se cansam de contemplar a laguna
que serenamente nos aconchega e atrai. A magia dos largos horizontes
 são desafios permanentes aos nossos sentidos.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Foi há 40 anos que faleceu o meu pai

O meu pai
Foi há 40 anos que faleceu o meu pai, Armando Lourenço Martins, mais conhecido por Armando Grilo. Parece que foi há dias, tão presente tenho esse momento doloroso na minha memória. A partir do dia 20 de fevereiro de 1975, a sua recordação faz parte da minha existência. Não há dia sem o seu sorriso, a sua voz forte e doce, as suas mãos calosas de tantas lutas na vida, de trabalho sem férias. Desde os 14 anos na pesca do bacalhau e depois nas instalações em terra da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro), nunca gozou férias na verdadeira aceção da palavra. 
Quando as teve, ficava envolvido em tarefas caseiras e no quintal da nossa casa. Ria-se quando eu lhe sugeria que fosse passear com a minha mãe, embora algumas vezes desse uma volta comigo e com o meu irmão. Mais nada. Morando perto de mim, todos os dias nos visitava para brincar com os netos, com os quais tanto se ria e gargalhava. 
Morreu com enfarte no miocárdio. Às três horas da manhã, um médico diagnosticou-lhe dores no estômago e só mais tarde, ao fim do dia, nos foi dito que a doença seria fatal. Homem sem doenças, resistiu cerca de um mês na casa de saúde da Vera Cruz. Tinha 61 anos.
O meu pai era um homem bom. Não me recordo de qualquer ralhete, de qualquer zanga, de qualquer azedume em relação fosse a quem fosse. E quando ajudava alguém, não escondia a alegria de ter cumprido um dever para com seu semelhante. Como crente que sou, tenho a convicção de que o meu pai foi acolhido pela ternura materna de Deus.

Evoquei o meu Pai também aqui

Fernando Martins

Mensagem do Papa para a Quaresma


Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8)

«Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.»

Ler toda a Mensagem aqui

Foto do Dia — Painel cerâmico

Painel cerâmico
As marcas de Aveiro para memória futura. 
Propósito: olhar, apreciar, registar e partilhar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Líder religioso saudita diz que a Terra está parada

Não será brincadeira de carnaval?



Quando se comemoram os 451 anos do nascimento de Galileu Galilei, astrónomo que defendeu o heliocentrismo, 
um sheik saudita deixou os estudantes boquiabertos com a sua teoria

«A Terra não anda à volta do Sol e está, na verdade, parada. Foi esta a teoria apresentada pelo sheik Bandar al-Khaibari, numa palestra para estudantes numa universidade dos Emirados Árabes Unidos no domingo. O líder religioso saudita acredita precisamente naquilo que Nicolau Copérnico e Galileu Galilei tiveram de contrariar há cerca de 500 anos, quando a teoria do geocentrismo colocava a Terra imóvel no centro do universo.
Com o heliocentrismo mais do que comprovado cientificamente, quando se comemoram precisamente 451 anos do nascimento do astrónomo italiano Galileu Galilei (a 15 de fevereiro de 1564), o sheik saudita foi à universidade dizer que se a Terra se movesse os aviões não poderiam nunca chegar ao seu destino.
No vídeo colocado no Youtube, ouvem-se as explicações deste líder religioso muçulmano. Recorrendo a um copo de água, ele tenta demonstrar que, se a Terra girasse, um avião que partisse do emirado de Sharjah em direção à China nunca chegaria ao seu destino visto que a própria China estaria a deslocar-se. E, se a Terra girasse em sentido contrário, defende ele, bastaria ao avião parar no ar para alcançar o destino.
No vídeo, enquanto sheik Bandar al-Khaibari fala não se ouve qualquer reação àquilo que defende, mas a teoria por ele apresentada, e noticiada pelo Al Arabiya, tem dado que falar. Até porque esta não é a primeira vez que este clérigo muçulmano se mostra pouco crédulo em relação a factos científicos. Anteriormente, segundo o Al Arabiya, já havia dito que o homem nunca foi à Lua.»

Li no DN 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

AVEIRO: “O padre das prisões” é apresentado no dia 21

Documentário de Daniela e Inês Leitão 
acompanha o padre João Gonçalves como responsável 
pela Pastoral Penitenciária portuguesa

Padre João Gonçalves

«A apresentação do documentário “O padre das prisões”, que relata a história do padre João Gonçalves como coordenador da Pastoral Penitenciária portuguesa, está agendada para o próximo dia 21, em Aveiro. A obra, com realização de Daniela Leitão e guião de Inês Leitão, estará disponível nas redes sociais durante o dia 20, Dia Internacional da Justiça Social. No dia seguinte, Aveiro acolhe a apresentação oficial (16 horas, antiga Capitania). Lisboa, Braga e Porto também receberão sessões de divulgação, embora ainda sem datas conhecidas.»

NOTA: Texto e foto do Diário de Aveiro


Movimento de Schoenstatt no Jornal i

(Foto do jornal i)

«Marcos e Raquel, casados, Rita, a aguardar a decisão final sobre a anulação de um casamento, e João Pedro, a terminar a faculdade. Mingas, a representante da juventude feminina, não pôde, à última hora, estar presente. Só leigos e nenhum sacerdote, por incompatibilidade de horários. Mas, por telefone, o padre José Melo, coordenador das actividades do Movimento de Schoenstatt, viria a explicar que estava muito bem assim, porque "estrutura não é piramidal, é federativa".
E depressa se percebe que, sem uma hierarquia vincada, este tipo de estrutura é uma das marcas-d'água da instituição, um dos movimentos católicos mais elitistas e por muitos considerado ultra-conservador. Riem-se os quatro quando pergunto se estão de acordo e, à laia de brincadeira, lhes peço os apelidos: Frescata, Fontoura e Duarte. A intermediária do encontro é Rocha e Melo. Coincidência. Acontece que o santuário de Lisboa, à volta do qual se realizam todas as actividades, foi construído no Restelo, uma zona nobre.
Muito mais a sério, explicam que para se construir um santuário não basta ter dinheiro, é preciso haver vida. E, quando uma comunidade sente que está preparada, então sim, ergue um altar. A ideia é que é Nossa Senhora quem escolhe onde e quando. O Santuário do Restelo foi erigido em 1974 e os pais de Marcos foram membros fundadores. Mas há mais três: em Braga, Aveiro e no Porto, por acaso no Canidelo, na margem mais pobre do rio Douro.»

Texto de Isabel Tavares no jornal I de hoje, 17 de fevereiro...

Excerto da reportagem do jornal i sobre o Movimento de Schoenstatt. Para ler toda a reportagem aqui

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