quarta-feira, 1 de junho de 2011

Regresso ao passado — Senti-me recuada no tempo

Escola primária do centro

Dizem as más-línguas, é bom… ser aluno!

Maria Donzília Almeida

Por contingências da profissão docente, senti-me recuada no tempo, cerca de meio século e colocada na Escola Primária onde aprendi as primeiras letras. As primeiras e as últimas, já que foi desta escola, que preparada pela D.ª Arminda Moreira, na 4ª classe, parti... à descoberta do mundo. Aqui fica o meu agradecimento a esta senhora que tão bem me preparou para o prosseguimento de estudos. Ainda, há pouco, me cruzei com ela e regozijei-me com o seu bom aspeto, que elogiei. Acusou-me de miopia, causa da minha visão desfocada da sua imagem!!! 
— Ah, mas eu já uso óculos desde os meus 17 anos, pelo que o defeito já deve estar corrigido, há muito tempo! — Retruquei, na ânsia de dar consistência ao elogio que fizera. 
Foi num misto de nostalgia e revivalismo, que calcorreei os corredores da escola carcomidos pelo caruncho e pelas marcas do tempo Os pezinhos das crianças a correr e a saltar evocam em nós os tempos em que também fazíamos parte do grande bando de passarinhos à procura de alimento para a alma. 
Se agora todos os alunos chegam à escola calçados, com sapatos ou sapatilhas de marca, rivalizando uns com os outros, eram raros, naquele tempo, aqueles que usavam calçado, sendo os tamancos e as chancas, os precursores do moderno e diversificado calçado da nossa época.

Os governantes não podem usar óculos que os impeçam de ver ao longe e ao largo



Um artigo infeliz eivado 
de preconceitos

António Marcelino

Vital Moreira, professor de Direito na Universidade de Coimbra, antigo militante do PCP e, até ver, deputado pelo PS no Parlamento Europeu, escreveu, no diário “Público” de 10 de Maio, um artigo titulado “O casamento da ideologia com os interesses”. Um artigo que, a meu ver, no que diz respeito à educação e liberdade de ensino, é infeliz porque ideologicamente redutor e prenhe de um pendor estatizante. No campo educativo escolar, Vital não admite nada que não seja estatal, venha de onde vier, e, pelos seus velhos preconceitos, menos ainda se vier do lado da Igreja Católica.
Em apoio do chefe, de quem se tornou a “voz inteligente” que tenta transformar em teses as intervenções políticas mais incríveis, Vital ataca, logo de início, o programa do maior partido da oposição, que classifica, pelas suas opções como “um manifesto ideológico contra o Estado”. Quando a leitura do que quer que seja é enviesada, o raciocínio não pode ser direito. Não entro nessa discussão. Chamo apenas a atenção para as tendências que, a pretexto de uma interpretação socialista do Estado social, se tornam estatizantes e ditatoriais, porque não respeitam as pessoas e os direitos humanos, os postulados elementares da democracia, o bem dos portugueses, e nem sequer as capacidades de um país que gasta o que não tem e despreza o que tem.

A beleza de Aveiro é um dogma





«É um dogma a beleza de Aveiro.
Não se discute, nem na qualidade,
que é da natureza do cristal,
nem na profundeza,
que é da categoria do mistério.
Nem é de discutir;
aos nossos olhos se ostenta
com uma tal evidência e tão constante
que, só mentindo às instâncias da consciência,
poderíamos negar-lhe o domínio e o afago
que em nossos sentidos e em nossa contemplação
subtilmente se insinua.»

Jaime de Magalhães Lima
Em “O Democrata”, 29-03-1930

Citado por João Gonçalves Gaspar em “Aveiro na História”

Nunca aprendemos as lições da história



Quantos pães tendes?

António Rego

Somos nós e a terra, o pão, a cultura, o espírito, a esperança, convivência, a alegria do presente do futuro. Tudo isto é pão essencial na nossa mesa.

Diz-se, com ironia, que a única lição que aprendemos da história é que nunca aprendemos as lições da história. Muitas vezes olhamos para ela como uma espécie de penumbra, com antepassados mesmo recentes de tipo homúnculo, distantes das luzes que generosamente nos iluminam. Se recapitularmos os dois últimos séculos do nosso país à procura de realidades como crise, falência, bancarrota, notamos que sempre que isso aconteceu isto é, sempre que se chegou a uma situação social limite, sem recuo, logo surgiram soluções drásticas de emergência conhecidas como revoluções, golpes, ditaduras mais ou menos sangrentos. E, aqui e agora, no dia em que os cofres ficarem vazios, os salários, reformas, subsídios, economias reduzidos a zero, as mesas sem pão – poderá chegar um qualquer salvador, verdadeiro ou falso, seja qual for a sua cor, partido ou qualidade que cairá nos braços do povo. Com carta branca para enterrar muitos dos nossos sonhos.

ÍLHAVO: Dia Mundial da Criança — 1 de junho



Celebra-se hoje o Dia Mundial da Criança, quem dera que todo ele voltado para a construção de um futuro risonho para os meninos e meninas dos nossos dias. Que o mesmo é dizer, para um futuro coletivo mais aberto à partilha solidária e à convivência fraterna.
Andam bem as autarquias e demais instituições, nelas incluindo as famílias, se souberem e quiserem nesta data criar alicerces que sejam autênticos suportes de mais felicidade para todos. Sei, por notícias que me chegam, que no concelho de Ílhavo, por iniciativa da autarquia, haverá um programa especialmente dirigido às crianças da rede Pré-Escolar e das IPSS, tendo como tema de fundo  “A Cultura do Mar e das Atividades Náuticas”, que aposta na dinamização de três ateliês repletos de motivos marinhos, jogos, artes e muita animação, não esquecendo também um espaço dedicado aos tão apreciados insufláveis. Esta iniciativa terá lugar no Centro Cultural de Ílhavo e respetiva praça, realizando-se das 9.30 às 12 horas e das 14 às 16.30 horas, envolvendo cerca de 900 crianças.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Efeméride: Santo António é canonizado

31 de maio de 1232





Fernando Bulhões 
— Santo António — 
é canonizado

Filipe d’Avillez

Quando, em 1232, o Papa Gregório IX canonizou Fernando Martins de Bulhões, o homem, que tinha mudado o nome para António quando entrou para a ordem Franciscana, tinha morrido há menos de um ano.
Santo António é, assim, um dos santos cujo processo de canonização foi mais célere, o que atesta bem a fama de santidade que acompanhava o pregador nascido em Lisboa, mas que ganhou fama em Itália, em particular, na cidade de Pádua.
Santo António é hoje um dos santos mais populares da Igreja universal, festejado e venerado em várias partes do mundo, sobretudo, nos que foram evangelizados pelos portugueses, mas não só.

Cegos podem navegar à vela



Um cego consegue navegar sozinho à vela e até participar em competições? Pode e esse é um objectivo do Sporting Clube de Aveiro (SCA) que iniciou agora uma “nova vida”, disse ao Diário de Aveiro o director da academia do clube, Nuno Silva, enquanto acompanhava um grupo de invisuais e amblíopes, numa manhã que marcou o arranque deste projecto náutico designado por “Vela sem limites” na Ria.



Fonte: Porto de Aveiro

O pepino mata mesmo?





A notícia dos pepinos que matam tem alarmado muita gente. Histórias destas são cíclicas e metem medo. Vi um pepino na gaveta do meu frigorífico e fiquei logo inquieto. Será que o mal, se o tem, passa para o que estava ao lado? E as mortes já registadas são mesmo de alguns pepinos importados?
Um comerciante de um mercado português garantiu que os pepinos que tem à venda na sua banca são seguros. Conhece a proveniência deles e sabe que não há qualquer espécie de contaminação.
Eu não sei se o alarmismo é boa tática ou se não seria mais conveniente indicar, com toda a naturalidade, umas boas maneiras de preparar os alimentos crus que temos de ingerir em segurança. Há anos, perante a cólera, bastava lavar as saladas em água com umas tantas gotas de lixívia para nos servirmos à vontade. E assim se fazia sem grandes custos. Hoje, com estas notícias bombásticas de gente que morre por causa dos pepinos, todos podemos ficar com a fobia por tal alimento. Eu, enquanto me lembrar de tudo isto que se tem dito, não toco em qualquer pepino, apesar de gostar de o saborear nas saladas.
Não seria mais educativo ensinar técnicas elementares para se evitar a eventual contaminação?

Ainda "A Árvore da Vida"

CINEMA: "A árvore da vida"



«Entre outras propostas de estreias, com resultados mais ou menos credíveis para problemas que atualmente afligem o Ocidente, a questão do sentido da vida é levantada por Terrence Malick em “A Árvore da Vida.
 O filme faz já furor e bateu o recorde da velocidade entre arrecadar a Palma de Ouro em Cannes e chegar a Portugal. É difícil classificá-lo porque o resultado não é um. São vários. O primeiro, talvez, uma belíssima história de época com um muito bem conseguido retrato de uma família americana dos anos 50.
 Jack, mais velho de três irmãos, cresce no seio de uma família tipicamente americana, entre um pai austero, trabalhador dedicado, fiel às missas na paróquia local, que conquista e ensina a conquistar a vida a pulso; e uma mãe dona de casa que se preocupa sobretudo em transmitir os valores do amor, da amizade, da cumplicidade entre os irmãos.»


Margarida Ataíde
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Fusão de Aveiro, Ílhavo e Vagos?

Ex-autarca de Vagos, João Rocha, recusa, no Diário de Aveiro, fusão dos concelhos 
de Aveiro, Ílhavo e Vagos



“Temos um ADN diferente e estamos muito bem assim”. É a resposta do antigo presidente da Câmara de Vagos, João Rocha, ao repto lançado pelo social-democrata Ribau Esteves, que recentemente defendeu a extinção de cerca de metade dos municípios do território nacional e a “fusão” de Ílhavo, Aveiro e Vagos. 
Segundo João Rocha, o concelho de Vagos é gandarez e ainda tem uma “costela” bairradina, pelo que “nada tem a ver” com Ílhavo e muito menos com Aveiro. “Possui 25 mil habitantes e uma identidade própria a defender”, declarou. 
Discordando frontalmente da posição assumida pelo edil ilhavense, o ex-autarca diz-se, no entanto, favorável à reforma administrativa, que inclua a fusão dos concelhos “mais pequenos, com menos de dez mil habitantes”, como sucedeu na Grécia, obrigada a reduzir os seus municípios para um terço. 
João Rocha, que admite não estar sozinho nesta “luta”, considera que não pretende alimentar “guerras com ninguém”. Porém, sempre vai dizendo que “há 150 anos Mouzinho da Silveira nos tirou as Gafanhas para Ílhavo”, e já então a questão não foi de todo pacífica." 

Eduardo Jaques

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