segunda-feira, 25 de abril de 2011

Recordando uma data: 25 de Abril de 1974

Salgueiro Maia no 25 de abril


Novas mentalidades valorizaram 
o espírito democrático


Fernando Martins 

Em 25 de Abril de 1974 alguns militares politicamente mais esclarecidos, os «Capitães de abril» como ficaram na história, descontentes com a guerra colonial e com algumas leis que afetavam os oficiais de carreira, conspiraram e levaram a cabo uma revolta com o objetivo de instaurar um regime democrático em Portugal. 
Vivíamos numa ditadura corporativa, voltados para África, na senda de um regime que se proclamava de «orgulhosamente sós», na defesa de um país que se afirmava multirracional, multicontinental, uno e independente. 
O analfabetismo era muito. O atraso em relação à Europa era enorme. A guerra colonial, com tudo o que ela teve de mau, gerou descontentamento geral entre o povo, sempre o mais sofredor. A incapacidade de os nossos governantes se adaptarem às correntes do pensamento então dominantes, era notória. A aceitação da autodeterminação das nações africanas era impensável. Tudo isso levou ao Golpe de Estado, seguido de uma Revolução. 
Os militares, que, eventualmente, apenas estariam interessados em acabar com a guerra e estabelecer a democracia entre nós, viram-se ultrapassados com o regresso de exilados políticos, nomeadamente, Mário Soares e Álvaro Cunhal, e com as festas do 1.º de Maio, pela primeira vez celebrado em liberdade em Portugal, com a expressão que lhe era devida. 
Partidos políticos assumem a liderança do processo, de mãos dadas com os militares ou contra eles, e Portugal foi bandeira de uma revolução sem muito sangue.

ELEIÇÕES: O cumprimento de uma verdadeira exigência


Voto de cada português «pode fazer a diferença»

«O envolvimento dos portugueses nos destinos do país «é um dever» e cada voto «pode fazer a diferença», considera o Grupo de Reflexão Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica.
«Mais do que o voto, a participação ativa no processo eleitoral que se aproxima torna-se uma contribuição necessária e inestimável para o País», sublinha o primeiro documento daquela equipa publicado hoje, dia em que passam 37 anos sobre o 25 de abril de 1974, data que marcou a transição de Portugal para o regime democrático.
A intervenção no processo eleitoral e a participação nas eleições legislativas de 5 de junho supera «a escolha de um projeto de governação», tornando-se «o cumprimento de uma verdadeira exigência» em «tempos de mudança», assinala o texto.»

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domingo, 24 de abril de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 234

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 17 




A ALEGRIA DE ANDAR DE BICICLETA 

Caríssima/o:



Hoje é Dia de Alegria! De Aleluia!

Alegremo-nos, pois, e rejubilemos!

“O homem que sobe de bicicleta a montanha é senhor do seu destino. Aquele que a desce confia na sua sorte. No cimo da subida pode esperá-lo a vitória. No fim da descida pode estar a cilada da morte. Sabe-lo bem: ergues-te sobre os pedais, com os joelhos unidos, o dorso erecto, os cotovelos apertados contra o corpo, a cabeça encaixada entre os ombros e deixas-te ir. A cada instante, contudo, dás uma ou duas pedaladas, como dois golpes de esporas, para que a corrida se torne mais veloz. Confias nas duas rodas de alumínio, num frágil e subtilíssimo pneumático cheio de ar, nas duas alavancas de um travão. A tua vida está em equilíbrio sobre quatro pedaços de metal e de borracha, sobre um maquinismo que pula, que estremece, que vacila, que se desequilibra. 

Cinquenta à hora: a brisa bate-te no peito elástico, fria como uma mão que te quisesse segurar e que tu repelisses. Sessenta à hora: os olhos enchem-se -te de lágrimas. Centenas de pequenas lentes, entre as pestanas, as pálpebras e as pupilas, alteram o traçado da estrada, aumentam, reduzem, cortam, reflectem os obstáculos. O vento desvia-te o fio das lágrimas para as faces como duas rédeas de choro. Setenta à hora: já nadas vês. Cerras as pálpebras como uma fenda que o vento quer forçar. Vês a estrada apenas como se fosse uma linha de água. Tiraste os óculos por um simples receio: se ficares cego, cais. Apertas os maxilares antes que os dentes se magoem como se, de um momento para o outro, esperassem uma pancada. Os dedos apalpam o travão, experimentam-no sem o apertarem, para sentirem a sua presença e dizê-lo ao coração; todos os nervos parecem estar ali nus, na ponta dos dedos, acumulando aflições... Voas. Pareces uma andorinha quando te ergues e ondulas e te inclinas nas curvas, balançando-te sobre o precipício com as pequenas asas cortadas dos braços. Numa recta pequena, deixas-te ir; alguns segundos de segurança. No interior da curva, equilibras-te com o pé o ar. Não sabes para aonde vais. Deixas que a descida te leve. 

A tua máquina é de vidro. E também tu és frágil como uma criatura de vidro e de sangue.”

O. Vergani, Os Escritores e os Jovens

Para todos, Santa Páscoa! 

 Manuel

sábado, 23 de abril de 2011

Aveirenses ilustres: D. João Evangelista de Lima Vidal



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Fonte: "Ilustração Moderna", 2.º ano, n.º 9, 1927

UA oferece oportunidades aos seus finalistas

Dias 3 e 4 de Maio

Universidade de Aveiro

Finalistas e mercado de trabalho mais próximos no Fórum 3E

«Dia 3 de Maio, em frente à Reitoria, arranca a 11.ª edição do Fórum 3e - emprego | empresas | empreendedorismo. A UA oferece, uma vez mais, a oportunidade aos seus finalistas de, durante dois dias, contactarem de uma forma privilegiada com algumas das melhores empresas e instituições e de trocarem os seus currículos por oportunidades de emprego e estágios.»

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As pessoas continuam a pensar na morte...

Michel Foucault

O penúltimo e o último

Anselmo Borges

Nos meses de Fevereiro e Março, participei como conferencista em vários colóquios e simpósios sobre o tema da morte, do além e do luto. Em todos, as salas de conferências estavam cheias - a última intervenção foi nos H U C, e as inscrições chegaram, segundo me disseram, a 865. Afinal, embora vivamos num tempo em que a morte se tornou tabu - disso não se fala -, mas as pessoas continuam a pensar nela. Será possível não pensar? Mesmo se ela é o impensável - diz-se que o filósofo Michel Foucault, nos seus últimos dias no hospital, terá sussurrado: "le pire c'est qu'il n'y a rien à dire" (o pior é que não há nada a dizer) -, é-o enquanto o impensável que obriga a pensar.

Bento XVI lembra Fátima na televisão pública italiana

Bento XVI


O Papa  foi convidado de emissão especial para responder a perguntas sobre a dor e a alma, pedindo paz para a Costa do Marfim e o Iraque



«Bento XVI marcou hoje presença no programa «À sua imagem», da televisão pública italiana, para responder a sete questões de pessoas de todo o mundo, numa emissão especial que incluiu referências a Fátima.
A última questão foi sobre a figura de Maria, mãe de Jesus, com o Papa a admitir que um dia possa ser necessário “repetir” o ato de consagração do mundo à Virgem - deixando o exemplo do que viveu em Portugal, em maio de 2010.
“Por exemplo, em Fátima vi como as milhares de pessoas presentes entraram verdadeiramente nesta entrega, se entregaram, concretizaram em si próprias, por si próprias esta consagração”, recordou.
A primeira pergunta foi sobre o "sentido da dor" após uma tragédia como o tsunami que varreu o Japão em março.»

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa: Sinos a Repicar


Páscoa 

Um dia de poemas na lembrança 
(Também meus) 
Que o passado inspirou. 
A natureza inteira a florir 
No mais prosaico verso. 
Foguetes e folares, 
Sinos a repicar, 
E a carícia lasciva e paternal 
Do sol progenitor 
Da primavera. 
Ah, quem pudera 
Ser de novo 
Um dos felizes 
Desta aleluia! 
Sentir no corpo a ressurreição. 
O coração, 
Milagre do milagre da energia, 
A irradiar saúde e alegria 
Em cada pulsação. 

Miguel Torga 
In Diário XVI

Aveirenses ilustres: Jaime de Magalhães Lima

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Fonte: "Ilustração Moderna", 1.º Ano, n.º 8, 1926

BENTO XVI na RAI, às 14.10 horas



«Com uma pergunta sobre o "sentido da dor" após a tragédia que se abateu sobre o Japão em Março, será aberta a primeira entrevista que o Papa Bento XVI dará à televisão italiana por ocasião da Sexta-feira Santa.
Pela primeira vez na história, um Papa responderá em um programa da televisão pública italiana (RAI), chamado "À Sua Imagem", às perguntas de um grupo de fiéis.

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