domingo, 21 de novembro de 2010

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 211

PELO QUINTAL ALÉM – 48



A TANGERINEIRA

A
Manuel de Mira e
mulher Maria Merendeira



Caríssima/o:

a. Há dias, ao passar pela tangerineira, ela deu-me um ... cheiro da sua graça. Olhei e vi as tangerinas a pintarem-se.
Não é um ano excepcional mas, ainda assim, a pequenada vai deliciar-se e terá cascas suficientes para brincarem com a chama da vela, fazendo o seu “fogo de artifício”!

e. Também nós quando, de calça arregaçada e pés descalços, nos espantávamos boquiabertos a olhar para o lume ao apertarmos a casca de alguma tangerina arrolada e azeda como rabos de gato. A fruta não abundava e tangerineira era árvore que não se via...

i. A tangerineira, do grupo dos citrinos, é a que melhor suporta o frio, embora, por outro lado, os frutos sejam os mais sensíveis às baixas temperaturas, devido à pequena espessura da epiderme.
Em geral, a tangerina é consumida ao natural, quando se apreciam melhor o sabor e o aroma levemente perfumado.
Pode-se aproveitar também a casca para a produção de doces e geleias, pois é rica em vitaminas.
É possível que, como dizem, os frutos sejam ainda utilizados na industrialização, de onde são obtidos diferentes produtos processados, como sucos, óleos essenciais, pectina e rações.

o. A fruta é útil contra a asteriosclerose. O seu conteúdo em fósforo e cálcio favorece o desenvolvimento do esqueleto, e a presença do magnésio tonifica as articulações e os músculos. É ainda rica em sódio, potássio, ferro e vitaminas A, B1 e C.
A tangerina é conhecida pelo seu efeito diurético e digestivo. O bagaço ajuda a melhorar o funcionamento do intestino. Combate a diabetes, tem acção preventiva para o cancro do cólon e recto, colesterol, prisão de ventre e evita riscos de doenças cardíacas.
Como pode haver alguém interessado, transcrevo mais esta dica para uma possível experimentação: ”Indispensável para a saúde dos olhos, da pele e da resistência às infecções, a fruta é indicada para pessoas de qualquer idade. Quando misturada ao gengibre é capaz de curar dores de garganta e problemas na voz. Já, se combinada à amora torna-se eficaz contra os sintomas de depressão e a obesidade”.

u. Curiosidades:

sábado, 20 de novembro de 2010

Bento XVI quer programa eficaz contra a pedofilia


Vaticano prepara "circular" aos bispos com "programa eficaz" sobre pedofilia. Isto mostra que o Papa está preocupado, mas atento. Veja mais aqui

Grupo Desportivo da Gafanha

Subsídio para a história do Grupo Desportivo da Gafanha. Com fotografias antigas em breve. Veja aqui.

Mas qual foi o núcleo da mensagem papal?

Hospital do Menino Deus
Anselmo Borges

Bento XVI esteve de novo na Espanha, e os comentadores reconheceram, em geral, que a visita foi um êxito. Houve críticas? É a coisa mais natural. Numa sociedade pluralista, é evidente que nem todos concordarão com o Papa - como lembrou o teólogo galego Andrés Torres Queiruga, "quem fala em público expõe-se à crítica e ao peso das razões opostas" - e têm o direito de manifestar-se, como foi o caso dos homossexuais. O primeiro-ministro não esteve na missa? Fez bem e é mesmo de saudar, se realmente não acredita. O Papa foi alguma vez excessivo? Sim, quando comparou a actual situação espanhola em relação à Igreja com o que se passou na II República: "Em Espanha nasceu uma laicidade, um anticlericalismo, um secularismo forte e agressivo como o vimos precisamente nos anos trinta." Realmente, não se deve comparar o que não é comparável, mesmo se é verdade que hoje na Espanha e na Europa há má vontade contra a Igreja e se quer implantar um laicismo no lugar da laicidade. Mas também a Igreja não pode bater a culpa só no peito alheio.
Mas qual foi o núcleo da mensagem papal?

Para este fim-de-semana: Recordar Tolstoi


"Ressurreição",
nos 100 anos da morte de Tolstoi


Assinala-se este sábado, 20 de novembro, o centenário da morte de Leo Tolstoi (1828-1910). Evocamos a obra do escritor russo com o trecho final de “Ressurreição” (1899).
«Em vez de se deitar, Nekliudov passeou durante muito tempo pelo quarto, de um lado para o outro. O seu caso com Katiucha estava terminado. Deixara de lhe ser útil e este pensamento enchia-o de tristeza e de vergonha. Mas esperava-o uma outra obra que, longe de estar terminada, o atormentava mais do que nunca e exigia toda a sua atividade.
Os terríveis males que observara no decorrer das últimas semanas e sobretudo, o que acabara de presenciar nessa horrível prisão, todos esses males que tinham causado entre outras mortes a do simpático Kryltsov reinavam, triunfantes, sem que entrevisse a menor possibilidade de os destruir ou sequer de os combater.
Na sua imaginação surgiram os milhares de seres degredados, encerrados numa atmosfera pestilenta por generais, promotores e diretores de prisão indiferentes à sorte desses infelizes. Evocou o estranho velho, liberto de tudo, que acusava as autoridades e passava por louco, assim como os cadáveres e o belo rosto de cera de Kryltsov, que morrera num desespero. Como outrora, interrogou-se sobre se era ele, Nekliudov, quem estava louco ou os outros, aqueles que eram cúmplices de todos estes atos pretensamente razoáveis, e a pergunta impunha-se-lhe com uma força nova, reclamando uma resposta.

Ler mais aqui

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Banco Alimentar: Recolha de alimentos nos dias 27 e 28 de Novembro



A próxima Campanha de Recolha de Alimentos em supermercados e superfícies comerciais realiza-se nos dias 27 e 28 de Novembro de 2010. Isto significa que cada um de nós deve colaborar, dentro das suas reais possibilidades. Os voluntários podem inscrever-se nos Bancos Alimentares das suas regiões. Em Aveiro podem telefonar para 234 381 192.
Em simultâneo, prolongando-se até 5 de Dezembro de 2010, terá lugar a Campanha "Ajuda Vale", que permite a recolha de alimentos sob a forma de vales que representam seis produtos básicos à alimentação. Esta modalidade de campanha, em que cada pessoa continua a decidir o que quer doar, permite uma simplificação dos procedimentos logísticos.

Cimeira da NATO em Lisboa

A Cimeira da Nato está no ar. A chegada dos grandes deste mundo, com todo o aparato que lhes está associado, faz-nos pensar que a paz não é tarefa fácil. Vêm para falar de estratégias de paz, mas se deixassem o povo falar e manifestar-se, os grandes sentiriam, ao vivo, o descontentamento que reina no mundo. Mas também sentiriam a falta de confiança que há em relação nos que mandam à face da terra.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gafanha e Faganha

O meu amigo Zé tem tido um medo terrível das modernices dos computadores e da Net, sem razão lógica. Ele, que anda sempre na luta, há anos, pelo progresso social, cultural, político e económico… receia enfrentar coisas tão simples. Nem parece de um progressista!
Mas a história da nossa terra e das suas gentes está desde sempre nas suas preocupações, porque acredita que o exemplo de tenacidade dos nossos antepassados pode servir para nos estimular nos trabalhos de construção de um futuro mais fraterno e mais justo para todos.
Um dia destes teve o bom gosto de me enviar umas considerações sobre Leprosos, Gafaria, Galafanha, Gadanhar. E contou uma história que aqui transcrevo, das suas andanças pela Europa, onde contacta com gafanhões e outras gentes. Diz ele que participou num casamento, numa igreja de aldeia, onde foi levado por uma amizade antiga. Só não sei é se ele rezou pela felicidade dos noivos, mas julgo que sim. Mesmo que ele negue, por se declarar alheio a orações, estou convicto de que rezou. Alguém acredita que o meu amigo Zé já esqueceu o Pai-Nosso aprendido na infância?

Aqui fica a história:

«Leprosos? Gafaria?
Galafanha? Talvez.
Gadanhar? Por que não?

Mas já agora uma pequena história que me veio à lembrança, e que não posso deixar de juntar para aumento das dúvidas que nos assaltam!
Há 40 anos, fui a um casamento no Norte de Itália, na região do Friul.
A terra onde fui chama-se Nogaredo di Corno.
No dia em que chegámos, diz-me o noivo:
— Vais ter uma surpresa que nem te passa pela cabeça.
Já agora posso-te dizer que o noivo, embora a viver fora desta terra, praticamente desde o nascimento, continua a ser um gafanhão de corpo inteiro.
Nasceu na casa do Ti Torres, quase em frente à casa do Humberto. E embora naturalizado francês faz sempre questão de afirmar que é gafanhão e que jamais deixará de o ser.
Casou com uma italiana, na igreja lá da aldeia, e no fim diz-me:
— Agora é que vais saber.
A boda era numa outra aldeia, perto do Adriático, e lá fomos.
Ao chegarmos à aldeia onde ia ser feita a boda, estava o melro aos saltos em frente à placa que assinalava o nome da terra.
Claro que parei e, surpresa minha: A Terra chamava-se FAGANHA.
Claro que fiquei emocionado, e pensei: Queres ver que o nome da minha terra tem alguma coisa e ver com esta gente marinheira?
Meu caro, de vez em quando lá venho vigiar o teu Blogue (nem sei se é assim que se escreve, porque ainda não me adaptei a estas modernices), e lembrar que, apesar da tua proveta idade, ainda continuas vivo. (continuamos).
Já agora só uma achega: A mãe da noiva fez agora, no dia 5 de Setembro, 106 anos e nunca foi a um Hospital.
Tenho a impressão que se esqueceu de morrer.
José Alberto»

Confraria Camoniana vai matar um porco

Apostada em preservar e a continuar as tradições populares, que são uma das mais genuínas formas de Cultura,  a Confraria Camoniana de Ílhavo  tem o prazer de convidar alguns amigos para a matança de um porco, segundo o programa:

Dia 19 de Novembro – 6ª feira

15 horas – Matança
17 horas – Petiscos da matança

Dia 20 de Novembro – Sábado

13 horas -  Almoço típico da matança

Local – Mercado Municipal de Ílhavo

O preço, para os dois dias, é de 15 rojões e o dinheiro apurado destina-se à compra de cabazes de Natal a distribuir pelas Obras de Assistência Social da cidade.

Ouvir o Padre Américo em tempo de crise



OUVIR O PADRE AMÉRICO
Paulo Rocha

Foi com surpresa que, no meio do trânsito, ouvi a voz do Padre Américo.
Na rádio pública evocam-se, nos "27 mil dias de rádio", os 75 anos de emissões. Entre os muitos registos que agora se voltam a ouvir, os arquivos da RDP guardam alguns minutos com a voz do fundador das Casas do Gaiato.
São gravações de 1946. Não identificam as circunstâncias em que o Padre Américo falava entusiasticamente de projectos que levava por diante. Afirmava a urgência da iniciativa e a necessidade de se abrirem mais casas para acolher, educar e formar rapazes "sem nome" de meados do séc. XX.
"Muitos que batem à porta, não sabem identificar-se, não comeram nunca alimentos preparados ao lume, vêm totalmente despidos de hábitos humanos. São de terras de ninguém".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O tempo está de má cara em todos os sentidos



Aventuras de um boxer: Regresso às aulas

Maria Donzília Almeida

Olá, Amigos!

Cá estou, depois de um longo interregno, a veranear por aí a esmo, para dar um ar da minha graça. Apareci num tempo que não está para graças, e num dia que não tem graça nenhuma! Andam por aí umas criaturas vestidas de bruxas e de diabretes, a pedir guloseimas de porta em porta. A minha dona não acha graça nenhuma, pois diz que isso não tem nada a ver com a nossa cultura. Chamam a isso Halloe’en. Os Portugueses só sabem imitar o que vem de fora, não sabem ser criativos!
Refiro-me a um tempo, no sentido lato, ou seja lato sensu, como ouço dizer à minha dona, num latinório que tenho dificuldade em entender. Ah! Mas ela que quer ver-me instruído e faz-me a tradução para português! Pois o tempo está de má cara, quer no sentido meteorológico, quer noutros sentidos, como..................... o tempo político! Este anda pelas ruas da amargura e parece que não se vislumbra uma aberta no horizonte. A política é mesmo complicada para o meu cerebrozinho de cão! Mas não é só p’ra mim! É o que ouço dizer aos amigos da minha dona, quando se reúnem em tertúlia e discutem longamente o estado da nação. Parece, se é que eu entendi o que eles comentam, que os políticos têm andado a portar-se muito mal e não sabem fazer as contas! Até já ouvi dizer que vão tirar dinheiro à minha dona! Será que também irei ser afectado e ficarei sem a minha paparoca?

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